O título desta postagem serve tanto para quem assiste a Amigas Para Sempre como para descrever os obstáculos que a amizade entre Kate e Tully precisa superar para se manter firme ao longo de décadas.
A primeira metade da série da Netflix é arrastada, muito cheia de clichês, chega até a ser irritante. Mas eu aguentei o tranco e fui seguindo. Do episódio 5 em diante, a coisa melhora consideravelmente.
Há várias linhas de tempo que seguem sem aviso. Kate e Tully adolescentes, Kate e Tully no primeiro emprego, Kate e Tully na idade adulta e até uma segunda linha de Kate e Tully na idade adulta.
Há um charme irresistível da série: resgatar coisas de cada uma das épocas, já que até a idade adulta se passa no início dos anos 2000, quando telefones celulares nem foto tiravam.
Dá uma certa agonia acompanhar toda a energia investida por Kate na amizade, quando Tully não colabora em muitas das vezes, mas isso vai sendo atenuado da metade para o fim, até que há um acontecimento misterioso no último episódio, do qual devemos ter maiores informações na próxima temporada, isso se a senhora Netflix não seguir de matar séries logo na estreia.
As atuações são praticamente irrepreensíveis, mas não há como não destacar Katherine Heigl e toda a intensidade de Tully em sua fase madura.
É para assistir com calma, aguentar mesmo o tranco dos episódios iniciais para não morrer de tédio e para enfim receber o presente de um bom drama da metade em diante.