domingo, 4 de outubro de 2020

Envolvente

Se todo mundo começa a falar de uma série que tem Sarah Paulson, Sharon Stone, Cynthia Nixon, Judy Davis e que é baseado na vida pregressa de uma personagem famosa de livro/filme, o que você faz? Assiste, claro.

É bem verdade que eu temi o que viria pela frente com Ratched. É que não sou muito chegada a ver cenas fortes, violentas, de tortura, coisas do gênero. Mas conferir mais um trabalho da grande Sarah Paulson foi mais forte do que isso.

E que trabalho! A série tem atuações absolutamente impecáveis, um visual/cenário de tirar o fôlego e figurino sem erro. 

A estória em si traz todo tipo de perturbação (ou não) que se possa encontrar no caminho. Começa com um crime bem chocante e alivia um pouco a dose nos episódios seguintes pelo menos em relação a crimes. Experimentos seguem com um certo prazer sádico. 

No meio disso tudo, apesar da ruma de tramas de manipulação da personagem central, Sarah Paulson consegue lhe dar um ar humano no meio de tanta loucura que lhe rodeia. 

Eu fiquei tão encantada com a série em todos os seus aspectos, apesar dos sobressaltos que proporciona, que nem percebi que ela tinha apenas 8 episódios e assim fui tomada por um verdadeiro choque ao perceber o fim da 1.ª temporada. 

Embora eu ainda não tenha aceitado adequadamente a virada já nos últimos episódios, isso não tira a qualidade do trabalho e me faz aguardar ansiosamente pela confirmação de uma 2.ª temporada pela Netflix. Resta saber se o rumo será corrigido ou se o estrago será total.

Podcast: Segue o rumo

As estranhezas e normalidades do RN na Série D.









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Manchetes do dia (4/10)

A manchete do bem: Exportações criam boom de prosperidade em Mato Grosso.

As outras: Fora da reforma, juízes têm 36% da remuneração em extras salariais, Lula diz que Bolsonaro vive 'lambendo as botas do governo americano' e Atacante do Santos é internado com trombose antes do jogo contra o Goiás.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (10/4)

The headline for good: I traveled to 52 places. Then I discovered N.Y. on my bike.

The others: Workers face permanent job losses as the virus persists, Germany's far right reunified, too, making it much stronger, and The pandemic depression is over. The pandemic recession has just begun.

Good morning.

Source: The New York Times

sábado, 3 de outubro de 2020

De presidente para presidente

O presidente do América Ricardo Valério fez questão de dedicar a vitória a Leonardo Bezerra, presidente que renunciou nessa semana. Esse mesmo gesto foi anunciado pelo técnico Paulinho Kobayashi na entrevista coletiva e por jogadores, como Alisson Brand, nas redes sociais.

Detalhe é que Ricardo também anunciou em sua postagem no Instagram que espera liberação de público (30% da capacidade do estádio) a partir do próximo dia 15. 

Sangue e magia

Cursed - A Lenda do Lago precisou de alguns episódios para de fato me capturar como audiência fiel. A promessa de focar nas mulheres da lenda do Rei Arthur me trouxe logo para a excelente série de 4 livros de Marion Zimmer Bradley, que há muitos anos (bons tempos do Círculo do Livro) foram por mim devorados em apenas 1 semana. 

O problema foi justamente esse. A série foge do que Marion Zimmer Bradley tão bem construiu e isso inquieta a alma de qualquer fã. 

Passados alguns episódios, no entanto, a estória da Netflix conseguiu me fazer desencanar das comparações e embarcar de vez em sua nova narrativa, para usar uma palavra tão em voga e tão abusada dos tempos atuais. 

Quem gosta de violência bem crua, tipo cabeças e outros membros voando, à la Gof of War, vai adorar. Precisei superar isso. Quem gosta de contos que envolvem magia e assemelhados da mitologia britânica, também tem um prato cheio. 

E ainda há uma atualidade nas estórias que se cruzam, inclusive quanto ao papel das mulheres.

Gostei do fim da temporada de certa forma inesperado e estou no aguardo do que vai acontecer na próxima. Espero que não aguarde em vão.

Comemoração

Vale acompanhar a comemoração dos jogadores nos gols marcados pelo América em sua primeira vitória na Série D 2020 em mais um super trabalho do grande Canindé Pereira, assessor de imprensa do Mecão.

Enfim

Muita gente reclamou da escalação inicial do técnico Paulinho Kobayashi, mas nada poderia ser mais certo. Ora, contra o Salgueiro, o Orgulho do RN fez seu melhor 1.° tempo na competição e deveria ter feito 3x1 naquele momento se houvesse aproveitado as chances claras que criou.

Contra o Afogados, o 1.° tempo nem foi assim tão primoroso (segue a tal falta de intensidade), mas ter dois laterais em campo equilibra bem as coisas.

No 2.° tempo, finalmente o América transformou seu domínio em gol. Aliás, gols. Acertaram os cruzamentos. No primeiro, Romarinho tirou da pequena área (cansamos de ver goleiros adversários sendo aquecidos o jogo inteiro) e encontrou a quase sempre certeira cabeçada de Wallace Pernambucano. Sim, ele mesmo. Enfim, recebeu um cruzamento decente e não desperdiçou.

Pouco depois, foi a vez de Wallace Pernambucano tirar da pequena área para Rondinelly abafar de joelho para o gol. 2x0 refletindo a mais absoluta autoridade de quem domina o jogo há algumas partidas e já merecia melhor sorte.

Aí o 10 do Afogados tascou uma bola no chão, levou o 2.° amarelo e foi expulso. Com mais tranquilidade ainda e um novo jeito de jogar, mais veloz, puxando contra-ataques, Paulinho fez várias mexidas neste sentido. Já havia tirado Augusto para a entrada de Dico. Saíram também Wallace Pernambucano, Felipe Guedes, Anderson Paraíba, Everton Silva. Everton Silva? Vixe, de novo sem lateral direito? Não. Dessa vez, havia André Krobel, que adorou a ofensividade e fez até gol.

Também entraram Wallace Rato (na sua, de volante), Matheus Bambu, Dione.

O América seguiu sem aquela intensidade imaginada, mas ficou ainda mais à vontade no ataque. Só que aquela democrática falha defensiva em bolas alçadas na área voltou a aparecer. A dormida da vez ficou com o zagueiro Edimar. 

Isso não apaga o bom resultado. Até durante a partida Josivan me perguntou no Twitter se eu estava gostando. O América é o mesmo dos jogos anteriores, com o diferente equilíbrio de ter dois laterais o jogo inteiro e de ter acertado os cruzamentos, ainda que os acertos não tenham vindo dos laterais, como apontei nos dois primeiros gols. As peças que mais gritantemente faltavam (laterais direitos) deram as caras contra o Afogados e isso fez toda a diferença. O América deixou de ser um time "penso" pela esquerda e assim conseguiu envolver melhor seu adversário. Junte-se a isso que os gols saíram e a festa fica completa.

Como também já dizia antes, a tendência é que, com tempo, o trabalho de Paulinho comece a produzir bons frutos, exatamente como vimos hoje.

Há muito espaço para o América crescer na competição. Precisa melhorar a atenção defensiva principalmente em cobranças de falta. A confiança vai chegar. E que essa vitória seja a primeira de muitas.

Podcast: O melhor jeito de brigar

Dicas preciosas para evitar conflitos no relacionamento.









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Manchetes do dia (3/10)

A manchete do bem: Associação de pacientes de Cannabis consegue parecer favorável do MP para manter autorização de cultivo.

As outras: Investigação sobre palestras de Lula é arquivada, e juíza manda desbloquear bens, Bolsa brasileira cai 1,5% com atrito entre Marinho e Guedes e queda do petróleo e Por renda básica, governo avalia limitar, em vez de acabar com abono salarial.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo