América e ABC começam hoje uma série de 2 ou 4 clássicos para definir o campeão estadual de 2020.
O ABC só precisa de 2 empates nos próximos 2 jogos para levar logo o título do moribundo torneio.
Para o América, 1 vitória e 1 empate, não importa a ordem, nas próximas 2 partidas, jogam a decisão para mais 2 jogos, quando também lhe bastam 1 vitória e 1 empate para conquistar o bicampeonato do torneio em que todos os clubes estão com o pires na mão, em contraste com a entidade que organiza a competição e agora até controla as vendas da bilheteria.
Havendo mais 2 jogos, também bastam ao ABC 1 vitória e 1 empate em qualquer ordem para impedir o bicampeonato do rival.
De todo jeito, o campeonato estadual do RN, se já era meia boca, piorou muito com a pandemia e com as equipes de menor investimento sem condição nem de manter o menor investimento.
O que vamos ver a partir de hoje é a concretização de uma realidade que já vem se impondo há algum tempo e que apenas corrobora a total desnecessidade dos estaduais, em especial o daqui: um torneio de pré-temporada entre América e ABC numa melhor de 3 ou 5 partidas faria muito mais sentido técnica e financeiramente. Dava até para incluir os outros potiguares participantes do Brasileiro nesse torneio pré-temporada. Assim, a FNF passaria a cuidar de uma seletiva para a Série D (o que poderia eventualmente incluir América e ABC pelo fundo do poço em que se encontram) e dos campeonatos amadores, enquanto os clubes profissionais teriam um calendário adequado para a disputa da Copa do Nordeste, da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro.
Também não veríamos mais planejamentos que deveriam ser voltados para as competições mais importantes caírem por terra depois de 5 rodadas de um campeonato que não tem servido de parâmetro nem para medir condição física dos elencos e clubes se endividando por viverem numa roda viva de técnicos e jogadores, a ponto de ter gente que nem lembra mais de jogadores que atuaram em sua equipe no 1.° turno da competição.
O óbvio deveria ser a luta para melhorar, mas o futebol brasileiro é só mais um caso que precisa ser estudado por cientistas das mais variadas áreas.