segunda-feira, 27 de julho de 2020

Na mesma linha

Seguindo a mesma linha de pensamento, eis a manifestação do presidente do Bahia no Twitter: 


Pelo fim do amadorismo

Depois de quartas de final de um nível muito chocho, a Copa do Nordeste terá suas semifinais na terça-feira e na quarta-feira, respectivamente, Fortaleza x Ceará e Bahia x Confiança.

Não vi os jogos de Ceará e Confiança, mas Fortaleza e Bahia apresentaram uma queda de rendimento bem preocupante. O Bahia até mostrou recuperação na parte final do jogo, mas o Fortaleza conseguiu jogar menos do que havia jogado na última rodada da fase de grupos. Isso contra um Sport que não ficou nem entre os 8 melhores do Campeonato Pernambucano. 

Por falar no Pernambucano, que lástima foi Retrô 0x1 Afogados, gol de Júnior Mandacaru, que foi um dia (2016) indicado por Diá, hoje treinador do ABC, para jogar no América! Goleiros assustados, jogadores desconectados e desleais, esquemas inexistentes, o jogo mais pareceu um festival de horrores com muitas cenas de vale tudo e sem expulsão alguma. Depois de ver um jogo desse valendo vaga nas semifinais, tenho a certeza de que o buraco de baixo nível em que o futebol brasileiro se meteu deixa poucos estados de fora.

Talvez seja a hora de se reconhecer o desserviço que os estaduais representam tanto para os olhos como para os bolsos da torcida e dos clubes. Um negócio que só piora a cada ano que passa já está pedindo mesmo que alguém tenha coragem de finalizar o que clama por extinção.

Transformar os estaduais em torneios seletivos para a Série D pode ser uma luz rumo ao profissionalismo tão desejado do futebol brasileiro. Só disputa quem está de fora do Brasileiro. As vagas de Copa do Brasil e Copa do Nordeste poderiam ser distribuídas pelos clubes que estivessem no Campeonato Brasileiro de forma decrescente (de A a D). Se todos estivessem na mesma série, caso atual no RN, valeria o ranking para desempate. 

Esse seria um passo muito bem dado para diminuir muito o amadorismo que ronda o futebol brasileiro. E as federações ficariam até com mais ligas amadoras para administrar, como campeonatos de bairro, matutões e assemelhados, além do seletivo que substituiria o estadual. Isso poderia enfim impulsionar as bases para termos campeonatos mais longos e mais disputados.

Só não dá para ficar na pasmaceira atual e achar que está tudo certo ou que vai melhorar por si só, um caminho que o basquete brasileiro, antes campeão de audiência, tomou e nunca mais se recuperou.

Manchetes do dia (27/7)

A manchete do bem: Grupo cria bancada do livro para concorrer a vereador no Rio.

As outras: Na crise, leitos de internação no SUS crescem após 10 anos, Grileiros convertem castanhais em pasto e cercam extrativistas e Dificuldades e filas marcam os 111 dias de auxílio emergencial.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (7/27)

The headline for good: Selma helped define John Lewis's life. In death, he returned one last time.

The others: A liberal town built around Confederate generals rethinks its identity, Cities in bind as turmoil spreads far beyond Portland, and Volunteer confesses to starting fire at Nantes cathedral.

Good morning.

Source: NY Times

domingo, 26 de julho de 2020

Escolhas e consequências

A vida é feita de escolhas. Pode parecer clichê, mas dia após dias somos instados a ter que escolher atitudes, coisas, pessoas...

A vida também é feita de lidar com as consequências dessas escolhas, outra realidade inegável. Não dá para transferir responsabilidades: quem decide precisa entender as consequências daí advindas.

Digo isto porque a pandemia de Covid-19 parece ter dividido os seres humanos em dois grupos: os que entendem e os que não entendem o balanço escolhas-consequências. Isso é assim no mundo inteiro. Vemos pessoas preocupadas em seguir as recomendações das autoridades sanitárias e vemos outras com comportamento absolutamente desleixado, irresponsável mesmo.

As imagens de Ponta Negra na semana passada e Pipa nesta semana despertam um misto de horror e raiva na parte majoritária da população - a que segue as recomendações para que esta pandemia passe mais rápido. Em mim despertam pena. Porque essas pessoas que aglomeram ou têm consciência absoluta do que estão fazendo, e aí seriam algo muito próximo de suicidas, ou não têm consciência do que estão fazendo, mas as consequências serão as mesmas.

Tenho pena também dos que trabalham nestes locais, obrigados que são a estarem no meio da aglomeração. E aí nem se pode falar muito em escolha...

Temo mais ainda pela saúde mental dos que sentem muita raiva disso tudo. Gostaria muito que percebessem que não podemos interferir nas escolhas dos outros. Podemos tentar conscientizar, alertar, mas enfim a iluminação é própria. Se a pessoa não foi obrigada a aglomerar, não há porque destempero. A vida é feita de escolhas e de consequências dessas escolhas. Precisamos dar aos outros a plenitude de lidar com suas decisões. Concentremo-nos mais no que nós estamos fazendo e deixemos que os outros atinjam por si mesmos esse estágio de consciência, sem alimentar revanchismos. Afinal, a mágoa e o rancor fazem muito mal a quem os sente e prejudicam até a imunidade.

Fulano não usa máscara? Que pena, mas eu não abro mão da minha quando boto o pé fora de casa. Fulana vive na academia? Eu prefiro fazer minhas caminhadas em casa mesmo, mas essa é a minha realidade. Sei lá a motivação de quem está lá na academia... O vizinho faz festa? Prefiro ver minha família de dentro do carro mesmo porque acredito que verei todos bem mais à frente.

Não posso sofrer por quem conscientemente resolveu tomar o caminho da negação. Sofro pela incerteza, mas me apego na realidade do dia de hoje, quando sei que estamos bem na medida do possível, que superamos mais um dia sem a contaminação temida, que temos casa e comida para seguirmos. 

Obviamente gostaria que essa minha visão de mundo fosse compartilhada por todos. Não é. Nada tenho a fazer a mais do que tenho feito. Apenas torço para que aqueles que seguem as recomendações sofram menos ante a realidade irresponsável da minoria (pesquisas afirmam). Cada qual lide com suas escolhas e consequências. 

Cobremos mais responsabilidade das autoridades, em boa parte também mais dedicadas à irresponsabilidade de remédios estilo garrafadas vendidas porta a porta no passado e que só faltavam levantar defunto do que à tomada das difíceis decisões que podem nos salvar em maior número. Mas aqui também lidamos com as consequências de nossas escolhas, especificamente nas eleições. 

Enfim, o que quero dizer é que sofrimento deve existir pelo que vale a pena. Sofrer pelos outros é uma carga elevada demais para nós, especialmente no meio de tantas incertezas do ambiente novo atual. Fiquemos nos clichês da vida. 

Podcast: Vantagem que some

Os dados do futebol jogam luz no mistério da vantagem do mandante.






Listen to "Vantagem que some - Só Futebol? Não! com Raissa" on Spreaker.

Manchetes do dia (26/7)

A manchete do bem: Maioria das empresas vai manter mudanças adotadas na pandemia.

As outras: Apuração da conduta de juízes trava em órgãos; CNJ pune menos de 1%, Executivo relatou ameaça da Lava Jato e pressionou empresa e Produtores de cinema e TV já encaram o custo Covid, que deixa filmes 40% mais caros.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (7/26)

The headline for good: Breanna Stewart is ready for her old normal: winning championships.

The others: Take coronavirus more seriously, say Olympic rowers who got it, The coronavirus unleashed along the Amazon river, and Officials push U.S.- China relations toward point of no return.

Good morning.

Source: NY Times

sábado, 25 de julho de 2020

Podcast: Em busca de concentração

Como superar o bloqueio para leitura causada pela pandemia. 




Listen to "Em busca de concentração - Só Futebol? Não! com Raissa" on Spreaker.

Manchetes do dia (25/7)

A manchete do bem: Elza Soares faz live para ajudar mulheres vítimas de violência e comunidade LGBTQI+.

As outras: Quarentena deve impulsionar modelo híbrido de ensino nas escolas, Seria o dia de falar sobre os jogos de Tóquio, não fosse o vírus e Sem F-1 em 2020, SP perde evento com impacto superior a R$ 300 milhões.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo