segunda-feira, 6 de maio de 2019

A maior de todas

A goleada de 6x0 que o América impôs ao Serrano não foi só a maior da Série D 2019, embora ainda faltem alguns jogos para completar a rodada. Ela foi a maior de todas as séries da atual edição do Campeonato Brasileiro.

Na Série A, que já teve 3 rodadas, as maiores goleadas também foram estabelecidas na 1.a, mas ficaram aquém do resultado do Mecão: Ceará 4x0 CSA e Palmeiras 4x0 Fortaleza.

Na Série B, em 2 rodadas (falta um jogo da 2.a rodada), nem goleada houve. Os times não passaram 2x0 e 3x1: São Bento 1x3 Atlético-GO, Botafogo-SP 3x1 Vitória, Coritiba 2x0 Ponte Preta, na 1.a rodada, e Oeste 2x0 Guarani, na 2.a rodada. 

Na Série C, em 2 rodadas nos 2 grupos (falta um jogo da 2.a rodada do grupo B), também não houve goleada, mas o placar foi elástico: Volta Redonda 3x0 Atlético-AC e Ferroviário 3x0 Santa Cruz.

Na Série D, faltando 4 jogos da 1.a rodada, quem mais se aproximou de América 6x0 Serrano foi Coruripe 0x4 Sergipe.

É o Orgulho do RN de volta.

Curtinhas do RN (6/5)

Duas escolas estaduais em Currais Novos recebem investimentos de R$ 5,2 milhões 
Em agenda no Seridó, Fátima conferiu também o andamento da obra da sede própria da Central do Cidadão na cidade.

Realizada pelo Governo do Estado, ExpoNovos fortalece a agropecuária do Seridó  
Feira movimenta a economia com mil animais em exposição - bovinos, caprinos e ovinos - julgamento de raças, torneio leiteiro e leilão.

Fonte: Assecom/RN

Manchetes do dia (6/5)

A manchete do bem: Espírito de liberdade toma conta do Sudão após deposição de Omar al-Bashir.

As outras: Americana é 1.a amputada a completar a corrida no Saara, Contra protestos, Maduro volta a endurecer censura e Em 9 anos, 11 mil armas são levadas das casas por ladrões em SP. 

Bom dia, minha gente!

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (5/6)

The headline for good: Miss America, Miss Teen USA and Miss USA are all black women for the first time.

The others: Trump objects to Mueller testifying before Congress, As Gaza fighting intensifies, Israelis and Palestinians bury their dead, and Russian plane makes fiery emergency landing in Moscow, killing 41.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

domingo, 5 de maio de 2019

Por mais oportunidades

Não poderia deixar de compartilhar por aqui o depoimento da química Joana D'arc Félix de Souza, também na Veja da semana passada (1/5/19, página 83).

Os negrinhos fedidos
Joana D'arc Félix de Souza, 55 anos, química, foi tão longe que sua história vai virar filme

Nasci em Franca, no interior de São Paulo, filha de uma empregada doméstica e de um operário de curtume. Cresci com dois irmãos e morávamos em uma casa no mesmo terreno da fábrica que empregou meu pai. Foi lá que vi pela primeira vez pessoas de jaleco branco trabalhando com substâncias químicas - e pensei no que queria ser.

Sou a caçula, e quando era pequena minha mãe me levava junto para a casa de uma patroa, diretora de um colégio público. Um dia a patroa percebeu que eu sabia ler - tinha aprendido com minha mãe, pintando palavras em jornais que ficavam espalhados pela residência. Foi minha primeira grande oportunidade: a patroa me colocou na escola que dirigia. Eu tinha 4 anos. Depois, fui para o colégio onde meus irmãos estudavam. Por causa do lugar em que morávamos, e pela nossa cor, eu e eles ganhamos um apelido: éramos os "negrinhos fedidos do curtume". Alguns episódios me deixavam assustada. Em um deles, a diretora foi até a sala de aula e disse para a turma: "Crianças do nível de vocês nunca serão coisa alguma". Fui para casa e pedi para sair da escola. Meu pai respondeu que eu ia estudar e me tornar alguém na vida.

Por ter ido à escola desde cedo, já aos 14 anos passei no vestibular: para química, na Unicamp. Quando fiz a matrícula, meu pai não sabia se conseguiria me manter na faculdade. Ele mandava o dinheiro contado para que eu morasse num pensionato em Campinas. Toda sexta eu pedia uns pãezinhos no refeitório da universidade, para comer no fim de semana. Tudo mudou quando conquistei uma bolsa de iniciação científica. Passei até a enviar 100 reais mensais aos meus pais.

Dei sequência aos estudos. No doutorado,  meu orientador explicou que os alunos costumavam estudar por um ano nos EUA. Havia um porém: em minha área, iam para a Universidade de Clemson, na Carolina do Sul, então um estado extremamente racista. Compartilhei meu receio com meu pai, que disse: "Aproveite a oportunidade, só não ande sozinha na cidade". Foi o pior ano da minha vida. Sofri muitas agressões verbais por causa da minha cor. Já no segundo dia na faculdade, eu precisava tirar um xerox e simplesmente não fui atendida. Explicaram-me que o ato de atender um negro dependia mais do humor do funcionário.

Foi horrível, mas , por não ter desistido, ganhei a oportunidade de iniciar o pós-doutorado na Harvard. Em Boston, a vida mudou da água para o vinho. Pensei até em morar nos Estados Unidos. Contudo, quando minha irmã e meu pai morreram, no intervalo de um mês, minha mãe ficou muito doente, e voltei para o Brasil. Foi um choque de realidade. Liguei para meu antigo orientador, e ele disse: "Pare de ser preguiçosa. Mude a realidade de seu país. Faça em uma escola técnica daqui pesquisa do nível alcançado na Harvard". Prestei concurso para professora em Franca. Hoje sou coordenadora do curso técnico em curtimento. Sim: voltei para o couro. Também dou aula no curso de meio ambiente e no de biotecnologia.

A região da escola é um ponto de tráfico de drogas e prostituição. Com o apoio da Fapesp e de empresas privadas, distribui bolsas. Só que recrutei os piores alunos. Eles ficam no colégio, comigo, até as 11 da noite. Em quinze anos, orientei quarenta alunos. De ex-bandidos e ex-prostitutas, oito estão no mercado e 32 na faculdade (trinta cursam química). Eles só precisavam de oportunidade. Conquistamos, juntos, quinze patentes internacionais e mais de oitenta prêmios. Acredito que podemos fazer pesquisa de ponta sem estar numa grande universidade. Digo o mesmo sobre ser negra. O racismo existe, mas não podemos nos prender ao vitimismo. Aprendi com meu pai. Levanto a cabeça. E assim minha história agora vai virar filme. Eu serei vivida no cinema por Taís Araújo.

Engatinhando

A revista Veja da semana passada (1/5/19, páginas 78 e 79) trouxe dados sobre o VAR no mundo e no Brasil que mostram o quanto a tecnologia ainda engatinha por aqui. 

Nos estaduais de RJ e SP, o tempo médio para que uma decisão fosse tomada com o VAR em lances de impedimento foi de 2 minutos e 18 segundos, isso com número de câmeras disponíveis que variou de 9 a 21.

No mesmo tipo de lance, na Copa 2018 foram necessários 1 minuto e 44 segundos, ante as 33 câmeras disponíveis.

Mas na Liga dos Campeões da Europa 2019 são apenas 58 segundos, com número de câmeras disponíveis variando de 14 a 29.

A reportagem ainda apontou um desperdício de mão de obra nos estaduais, com um terceiro juiz na sala do VAR praticamente sem função, o que foi corrigido no atual Brasileirão.

Além da adaptação ao uso da tecnologia, é preciso investir na capacidade de interpretação dos árbitros, ou seja, colocar professores (de Direito, por óbvio) para ensinar essa galera a identificar a intenção de uma ação. Sem isso, o VAR vai continuar parando o jogo para apimentar debates.

Podcast: Com o pé direito

A empolgação das boas estreias de ABC e América no Campeonato Brasileiro. 


Altos 1x0 ABC

Kobayashi em Natal

Paulinho Kobayashi está de volta a Natal. O ídolo americano hoje comanda o Floresta contra o Santa Cruz, na estreia das equipes na Série D 2019. A partida começa às 16h na Arena das Dunas e terá transmissão pela plataforma mycujoo.

Ele esteve aqui em dezembro participando de um amistoso master do América promovido pela torcida do Mecão, formando um meio de campo dos sonhos com Moura e Souza, e prometeu voltar para a edição de 2019.  

Para americanos que viram a conquista da Copa do Nordeste e os acessos de 2005 e 2006, eis mais uma boa oportunidade de matar a saudade do ídolo do Orgulho do RN.

Treino pré-jogo na TV ABC