quarta-feira, 1 de maio de 2019

"A nossa torcida faz a diferença"

O volante e capitão Leandro Melo falou hoje à imprensa no CT do América.

Permanência no América
Eu até coloquei aquele comunicado porque era uma coisa que já estava começando a incomodar, incomodar o nosso dia-a-dia aqui porque havia muita especulação. Então, para acabar com todo e qualquer tipo de dúvida, eu fico no América, eu tenho contrato, eu estou feliz. A gente vem de um título, eu espero poder dar continuidade nesse bom trabalho junto com os meus companheiros que a gente fez neste primeiro semestre e continuar agora no Brasileiro da Série D buscando o acesso, que é o principal objetivo.

Estreia
Toda estreia é difícil. Toda estreia a gente tem que ter um pouco mais de atenção em tudo. A gente não conhece a equipe deles. É um novo campeonato, uma nova forma de jogar. A gente tem que se postar de uma maneira, acredito eu, diferente porque a gente tem que começar a conhecer a competição e saber que a gente precisa virar a chave. Já passou o título do estadual. O título do estadual foi bom, mas já ficou para trás. As comemorações, dois dias ali de comemorações, que a gente merecia, que foi merecido, mas agora acabou. Agora é pensamento na Série D. É ter tranquilidade para esse pessoal que está chegando. É natural sair um pessoal que também de repente não foi tão aproveitado no campeonato estadual. Essas mudanças são normais. O pessoal que está chegando chega para nos ajudar. São jogadores de qualidade. Muitos eu conheço, muito vêm pela indicação do Moacir Júnior. Então eu tenho certeza de que vão chegar para somar junto conosco, que ficamos aqui e mantivemos essa base foi campeã estadual.

Base do título mantida
A confiança é total, mas a gente sabe, como eu frisei, que é um campeonato diferente, é um campeonato que a torcida, que a diretoria toda esperava para 2019. O América não pode continuar nessa situação de Série D. A gente tem que subir, a gente precisa colocar o clube numa divisão acima do Campeonato Brasileiro. Então a responsabilidade é maior. A gente sabe que a gente entra como um dos favoritos na competição, mas a gente tem que trazer para o nosso lado de uma forma positiva. Isso não pode ser peso. A camisa tem que pesar a favor, e não contra. Então a gente sabe que a gente vai ter o apoio da nossa torcida nos jogos em casa e fora, mas gente vai levar isso de forma positiva. A nossa torcida faz a diferença, a gente sabe disso, eles sabem disso porque, quando eles estão do nosso lado, a nossa equipe fica muito forte. Então a gente espera poder continuar esse entusiasmo da torcida.  A gente apresentando um grande futebol dentro de campo e a nossa torcida vindo junto no embalo, nos empurrando, trazendo sempre bastante coisa positiva.

Hiltinho x Max
Com o Max, a gente ganha mais força no ataque. Com o Hiltinho, a gente tem mais agilidade. Mas é aquele problema bom que todo treinador quer ter. São jogadores de qualidade, uma qualidade indiscutível deles que ali estão, que são hoje as primeiras opções. Os jogadores que estão chegando também são jogadores de muita qualidade. Então eu acredito que o Moacir vai ter um grande problema aí pela frente para poder conseguir escalar 11. Mas é, como a gente fala, um problema bom. Todo jogador quer vier para ajudar a gente fica feliz.

Nem tanto assim


Enfim hoje eu vi Frozen. Vou logo dizendo que gostei, mas nem tanto assim. A Disney já fez obras extraordinárias. Frozen não chega a tanto.

A impressão que me deu é que ficou faltando alguma coisa no roteiro. Foi vontade de contar muito e parece ter faltado tempo. Elsa merecia mais desenvolvimento de detalhes.

Entretanto, não posso deixar de ressaltar o acerto com os novos tempos. Nada de princesa beijada enquanto inconsciente ou que nada sabe sem orientação. 

A boa notícia é que a animação está disponível na Netflix com opção de idioma original e legendas em inglês, algo impensável em relação aos filmes Disney até bem pouco tempo atrás.

Menos mal que dizem que a Disney percebeu que Elsa merecia mais detalhes e deve lançar Frozen 2 em 27 de novembro nos EUA, chegando aqui em janeiro de 2020, embora eu não acredite nesse intervalo de mais de um mês entre os países. 

É torcer para que o novo filme preencha essa incômoda lacuna na estória.

De volta

A informação e a imagem são de autoria de Canindé Pereira.


"O presidente Eduardo Rocha, em comum acordo com o treinador Moacir Júnior e o Diretor de Futebol, Leonardo Bezerra, acertou o retorno do auxiliar técnico Barata, profissional campeão centenário em 2015 nesta mesma função. 

Barata se apresenta ainda hoje (1) à comissão técnica alvirrubra para iniciar os trabalhos."

Curtinhas do RN (1/5)

RN conclui formação de 397 novos sargentos
Na última semana foram realizadas solenidades do Curso de Formação de Sargentos - CFS/2018.3 em Caicó, Pau dos Ferros e Mossoró. Com as formaturas de Natal e Nova Cruz realizadas nesta segunda-feira (29), somam 397 formados.

Governo do RN trabalha na ampliação de vagas e reforma do sistema prisional
Três unidades ganharão novos pavilhões: o presídio de Alcaçuz, o presídio Rogério Coutinho Madruga e a penitenciária Mário Negócio, em Mossoró. Outras unidades prisionais do estado também irão passar por reformas.

Governo trabalha em folha extra para pagar piso dos professores
Folha suplementar dos professores da ativa virá com a diferença entre valor do novo piso e o do piso anterior, além da primeira parcela do retroativo, referente ao mês de janeiro.

Conselho aprova metas para gestão hídrica no estado
Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh) aprovou o quadro de metas do 2º ciclo do Pacto Nacional pela Gestão das Águas (Progestão), convênio entre o Governo do RN e a Agência Nacional de Águas (ANA).

Governadora participa de sessão solene em homenagem aos trabalhadores
"Esta é uma homenagem justa e um reconhecimento aos trabalhadores do deputado Francisco Medeiros e da Assembleia Legislativa", disse Fátima.

Fonte: Assecom/RN

Manchetes do dia (1/5)

A manchete do bem: China faz mudanças para combater assédio sexual.

As outras: Acidente deixa 1.800 mineiros presos em poço na África do Sul, Militares veem Guaidó enfraquecido, mas não descartam escalada da crise e Beth se destacou pela coragem e fez do samba opção de vida.

Feliz Dia do Trabalho a todos! 

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (5/1)

The headline for good: Like 'Uber for organs': Drone delivers kidney to Maryland woman.

The others: The 76ers beat the Raptors by playing like it's 1999, Venezuelan opposition leader steps up pressure, but Maduro holds on, and Trump wants to block Deutsch Bank from sharing his financial records.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

terça-feira, 30 de abril de 2019

"Surpreender e fazer o que não fez nos últimos anos"

O técnico Moacir Júnior deu entrevista coletiva hoje no CT do América.

Time para a estreia
Eu acredito que o América teve um grande trunfo: em momento nenhum ele mexeu em seu elenco durante o estadual porque criou-se um foco totalmente de estadual. A partir de agora para o Brasileiro, com a chegada dos reforços, a tendência é que iniciemos o Brasileiro com a base do estadual, mas que, de uma forma gradativa, esses reforços possam ser inseridos no processo.

Indicação de reforços
Alguns atletas, como o caso do Fábio Souza [Makelele], que trabalhou comigo no Cuiabá, foi meu adversário no Paulistão, a gente conhece bem o jogador. Nos outros casos, não. Foi o mercado que foi oferecendo, a gente foi acompanhando, conversando com os treinadores que trabalharam com os atletas e as informações foram batendo dentro de um modelo de jogo. Nós temos um modelo de jogo e o atleta para vir não resolve só ser bom jogador, ele tem que atender a alguns quesitos, principalmente físicos e táticos e técnicos para ele ser inserido no modelo. Então, eu não tenho assim uma coisa, com exceção até o momento do Fábio Souza [Makelele], que trabalhou comigo e jogador que me agradou muito pela dedicação, pela entrega tática que ele tem, pela parte técnica, por ser muito voluntarioso, porque a competição que a gente vai disputar pede muito isso. Eu acredito que o nosso time ganhou essa cara - competitivo - na reta final do campeonato e os atletas que estão chegando também têm que ter esse perfil. 

Jeito de jogar no Brasileiro
A mesma filosofia: um time que marque forte, que tenha uma boa posse de bola, que rode rápido a bola, circule rápido essa bola e que possa chegar com velocidade, além de bola parada, que foi o nosso trunfo para o título e que nós deixamos a desejar na verdade no decurso do campeonato, mas que a gente treinou tanto. Treinamos tanto que no momento do ápice, no momento decisivo, ela nos foi favorável. Então é uma competição que tem o tônus de um jogo lá contra o Potiguar de Mossoró, é um jogo que tem esse tônus aí de você jogar lá em Goianinha, contra o ASSU. Então a gente também tem essa preparação. Esse mesmo grupo aqui fez jogos, não foram só jogos na Arena, não foram só jogos contra o Santos, contra o ABC. Foram jogos também duros contra equipes que exigiram num certo momento até que a parte física sobreponha a parte técnica. Então a gente tem um grupo de guerreiros, provou ser guerreiro ganhando o campeonato estadual. Agora um novo desafio. Futebol você tem que provar todos os dias. Eu espero que agora a gente consiga provar competência nessa competição tão difícil.

Favorito no grupo
Sempre atrapalha porque no futebol favorito é quem faz o resultado. Não tem essa questão [de favoritismo do América]. Com exceção da Série A do Brasileiro, que tem uma diferença abissal financeira, de estrutura, de um monte de outras coisas. Hoje a gente está ciente de que o América, ele não é um time da Série D, mas ele está na Série D, então ele tem que jogar como tal. Isso é uma coisa que atrapalha, para te falar a verdade, e eu em momento nenhum toquei nesse assunto com eles. É óbvio que o torcedor, que a imprensa vai colocar o América nesse patamar, de uma forma errônea eu acho, porque está começando a competição todo mundo com zero ponto e todo mundo com chance. O América com chance de surpreender e fazer o que não fez nos últimos anos, que é o acesso, que é a classificação de uma forma até mais convincente. E os outros times com a chance de surpreender e transformar o América numa decepção. Então a gente tem que ter ciência disso e trabalhar muito forte para que não sejamos uma decepção, e sim uma grata surpresa, como fomos no estadual. 

Bastidores de ABC 2x0 Náutico na TV ABC

Makelele anunciado


Informação e imagem abaixo de autoria de Canindé Pereira.

"A diretoria alvirrubra segue trabalhando para fortalecer o grupo para a disputa do Campeonato Brasileiro e a bola da vez é o volante Makelele, de 23 anos.

O atleta disputou o Gauchão pelo Pelotas-RS e se apresenta na tarde de hoje (30), ao técnico Moacir Júnior.

FICHA TÉCNICA: MAKELELE
Nome completo: Fábio Gonçalves de Souza
Data de Nascimento: 09/04/1996
Naturalidade: Santo Antônio de Pádua (RJ)
Altura/Peso: 1,78cm/71Kg
Posição: volante
Clubes por onde passou: Ferroviária-SP, Noroeste-SP, Marília-SP, Cuiabá-MT e Pelotas-RS."

Legitimidade como crença

Certa vez, chegou até mim uma dúvida de alunos de Direito a respeito de quanto tempo duraria o contrato social de Rousseau. Os alunos achavam que ele só duraria enquanto houvesse selvageria na sociedade e que era mesmo um contrato firmado. Não conseguiam compreender que o filósofo suíço tão-somente apontava uma justificativa para a existência do Estado em detrimento de uma realidade de todos contra todos.

Achei certa graça da dúvida porque ela gerou grande discussão num grupo de WhatsApp, mas seria bem melhor tratada numa sala de aula, diante do(a) professor(a) da turma.

Tércio Sampaio Ferraz Júnior em seu livro Introdução ao Estudo do Direito: técnica, decisão, dominação (2.ed. São Paulo: Atlas, 1995) traz o tema de outra forma, mas talvez com a melhor definição de que nem tudo é tão preto no branco assim quando tratamos de conhecimento; também lidamos com um pouco de crença. 

A passagem que bem exemplifica isso está na página 350:

"Como se trata de jogo sem fim, isto é aviamento impossível de um ângulo interno. Em consequência, podemos sempre dizer se os comportamentos jurídicos são lícitos ou ilícitos, conforme um princípio interno de legalidade, mas não podemos estimar a própria legalidade. Salvo, é claro, se admitirmos um padrão externo. Analogamente ao que se disse sobre o jogo sem fim, pode-se imaginar, primeiro, a hipótese de uma meta-língua, um pacto inicial que determina aquelas normas que definiram a legitimidade do jogo: a constituição como norma das normas e princípio da legalidade. Segundo, podemos conceptualizar o tempo, isto é, conceber a História como um processo dentro do qual os sistemas jurídicos aparecem, superam-se, desaparecem: um direito superado historicamente não tem mais razão de ser e se torna ilegítimo. Terceiro, admite-se um super-direito, que julga os sistemas jurídicos: é a hipótese de um direito universal, exterior e superior aos direitos positivos, e que lhes confere o caráter legítimo.

Nas três hipóteses reconhecemos possibilidades de fundamentar o direito e de decidir sobre a sua legitimidade. Sucede, porém, que, no caso dos sistemas jurídicos, nenhuma delas é viável, posto que apenas aparentemente são padrões externos. Uma constituição não está fora do sistema, mas é a primeira norma do sistema. Por isso se sistematiza, se interpreta e se aplica conforme as regras do próprio sistema. A segunda hipótese supõe algo de fato impossível: alguém que, vivendo temporalmente dentro do sistema e de sua contingência fática, se coloque de fora, como um observador neutro, capaz de uma visão histórica universal. A terceira saída também não é viável, pois um super-direito é também um direito e acaba por submeter-se às regras de conhecimento e interpretação do próprio direito. Em suma, se o direito é um jogo sem fim (e sem começo) não há como fundá-lo: sua legitimidade é uma questão de crença. Resta saber se esta é a última palavra que cabe sobre o assunto."

Talvez também o problema esteja na aversão que alguns novos professores de Direito têm a autores tidos como antigos. Tudo agora é esquematizado, moderno. Aprofundado, nem sempre.

Enfim, só a Filosofia de verdade nos salva.