segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Erro à esquerda e à direita

Na semana passada, Sérgio Lazzarini escreveu um artigo para a Veja (edição de 14/11/18, página 71) sobre o perigo de um governo ter soluções apressadas para os inúmeros e complexos problemas brasileiros. Vale compartilhar aqui.

O custo das convicções pessoais
Devem-se evitar respostas apressadas a questões complexas

Muito já se discutiu sobre os erros da esquerda no poder: expansão desenfreada do Estado, proteção injustificada a campeões nacionais, indisciplina nos gastos. É certo que várias dessas políticas serviram para favorecer grupos bem conectados, em troca de contribuições aos partidos. Mas foram justificadas com base em pura ideologia: políticas pró-mercado seriam antagônicas ao desenvolvimento, o capital estrangeiro causaria dependência e a avaliação de resultados seria prática de neoliberais que querem incorporar critérios de mérito na gestão pública. Agora no poder, a direita corre o risco de incorrer em erros da mesma natureza. Ideologicamente opostos, sim, mas igualmente simplórios, caso ela em base suas propostas em preconcepções ou respostas apressadas a problemas complexos.

Vejamos um tema altamente polêmico: segurança. Sabemos que os presídios brasileiros se encontram em situação precária e que o atual número de vagas não chega à metade do necessário. Quando indagado sobre o tema, Jair Bolsonaro afirmou que o problema da superlotação não é do Estado, mas "de quem cometeu o crime". Que é do infrator a decisão de ir para "antessala do inferno que são os presídios brasileiros". Faltou lembrar que a antessala do inferno não é paga pelo capeta, mas pelo contribuinte. Cada infrator, mesmo sob condições degradantes, custa cerca de 2.400 reais por mês. Às vezes mais. Para piorar, trata-se de um custo recorrente. Enquanto estiver preso, o criminoso continuará sangrando os cofres públicos. E quem sai provavelmente cometerá novos crimes, o que exigirá mais policiamento e reparação de danos. Pior: retornará ao cárcere. Organizações criminosos se beneficiam desse círculo vicioso, ao prover aos presos suporte dentro das prisões e emprego (ilícito) nas ruas. No fim, o governo fica enxugando gelo, gastando muito em problemas que se repetem.

Imagine, agora, que sejam feitos investimentos em melhorias nos presídios e serviços diversos que aumentem a chance de uma parcela dos presos  reintegrar-se à sociedade - por exemplo, ações de capacitação profissional nas unidades ou apoio às famílias dos infratores. Idéias de esquerda? Projetos desse tipo, amparados em detalhadas análises de custo-benefício, têm sido implantados pelo mundo e se beneficiam de captação via mercado. Nos chamados contratos de impacto social, investidores financiam ações de ressocialização e o governo remunera se, e somente se, obtiver economias geradas por uma menor reincidência dos presos. Com isso, o contribuinte deixa de bancar despesas recorrentes desnecessárias e paga apenas por aquilo que dá resultado.

O mesmo cuidado de análise desenho de políticas deve ser aplicado a questões como privatização, regulação ambiental, atração de capital estrangeiro, relações internacionais e discriminação no mercado de trabalho. Sempre haverá uma resposta simples, e provavelmente enviesada, sobre como lidar com esses temas. Convicções pessoais, à esquerda ou à direita, não podem sobrepor-se ao imperativo de propor projetos cujo resultado diminua, e não aumente, a conta para sociedade.

Chegou

O texto e a imagem a seguir são de autoria de Canindé Pereira, assessor de imprensa do América.


Único representante do Rio Grande do Norte, o América já está no Rio de Janeiro/RJ onde a partir desta terça-feira (20), disputará a Copa do Brasil de Beach Soccer. O Alvirrubro está inserido no, considerado, "grupo da morte" que conta com os cariocas Vasco, Botafogo e Boa Vista.

A delegação americana viajou com 12 atletas e três membros da comissão técnica que contará com o reforço do ex-técnico da seleção brasileira e do Flamengo, Rogério Vilela, que auxiliará o treinador rubro Laércio Ponciano.

Defenderão as cores do Orgulho do RN: Ítalo e Josué (goleiros), Diego Maradona, Anderson, Dunga, Paulo Ricardo, Xandinho, Jean, Edson e Leandro, além do preparadores Edson Nascimento e Jhonathan Alef, que inclusive são pai e filho.

No total, oito equipes foram divididas em dois grupos de quatro. Todos jogarão entre si dentro da própria chave, entre os dias 20 e 22/11, com todos os jogos sendo transmitidos através do canal da CBSB no Youtube. Os dois maiores pontuadores de cada grupo passarão para as semifinais, no dia 23/11, com transmissão do SporTV. As disputas do 3º lugar e a final, ambas no dia 24/11, também serão transmitidas pelo SporTV. 

A estreia rubra será contra campeão da Copa Libertadores 2017 da modalidade, o Vasco da Gama-RJ, dia 20, às 14 (horário do RN). No dia seguinte, 21 de novembro, o adversário será o Botafogo-RJ, às 13h (horário do RN). No dia 22 encerra sua participação na primeira fase enfrentando o Boa Vista-RJ, às 15h (horário do RN).

GRUPOS

A: América-RN, Vasco-RJ, Botafogo-RJ e Boa Vista-RJ
B: Sampaio Corrêa-MA, Murici-AL, Vitória-BA e GAMA-DF

Ao longo do dia

Hoje os atletas que farão parte do elenco do América para a temporada 2019 começam a se apresentar hoje no CT Abílio Medeiros. 

Ao longo do dia, saberemos quem são esses misteriosos jogadores.

Manchetes do dia (19/11)

A manchete do bem: Romênia pode ter achado obra de Picasso roubada em 2012.

As outras: Cresce número de barragens sob risco de ruptura no país, Contra a UNE, MBL lança braço dentro do movimento estudantil e Após eleições, otimismo de empresas brasileiras atinge maior nível em mais de quatro anos.

Bom dia a todos!

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (11/19)

The headline for good: Gov. Rick Scott won the Florida Senate race after the recount.

The others: China rules: The land that failed to fail, Long wait lies ahead for migrant caravan, and Tests showed children were exposed to lead. The response? Challenge the tests.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times 

domingo, 18 de novembro de 2018

Segue a finalização

O América divulgou ontem no Twitter fotos com a finalização de alguns setores da obra da Arena América. A informação do presidente Eduardo Rocha é de que falta algo em torno de R$ 187 mil para que enfim o sonho americano se concretize e a Arena receba sua primeira partida oficial. Inclusive houve reunião do conselho deliberativo do clube nesta semana na tentativa de sensibilizar os conselheiros a anteciparem a anualidade de 2019, provendo todos os recursos necessários, portanto, para que esse primeiro jogo ocorra ainda no Campeonato Norte-Rio-Grandense de 2019.

Abaixo, seguem as fotos com as respectivas informações prestadas pelo clube.

Material elétrico doado pela torcida está sendo instalado no nosso estádio




Serviço de aterro e compactação do acesso dos atletas e área premium em andamento




As escadas de acesso às arquibancadas estão concluídas

Piso superior da arquibancada devidamente concretado

Podcast: Amanhã ou não

Os preparativos para a pré-temporada do futebol do RN, a falta de bom senso da FNF em relação ao horário de América x Visão Celeste sub-17 e um ídolo americano pertinho no Campeonato Cearense. 


América 2x2 Botafogo

Perspectiva diferente

Um dia desses me dei conta de que faço postagens aqui a respeito de filmes que vejo no cinema, mas nunca postei uma linha a respeito de séries da Netflix.

Devo alertar que gosto de coisas bem diferentes entre si e que saem da linha do esperado de alguma forma. Mas vou falar sobre algumas das mais recentes descobertas na rede de streaming dos nossos corações.

Primeiro, The Good Place. A premissa dessa é a concepção de que quem é bom, quando morre, vai para o céu, e quem é ruim vai para o inferno, falando em termos gerais. Mas essa comédia altamente perspicaz além de mostrar o conceito diferente de céu, ainda começa com o erro cometido em relação à personagem principal, Eleanor, que é enviada por engano a um bom lugar após sua morte e resolve se esforçar para ficar por ali mesmo. 

Os episódios são curtinhos - 22 minutos em média - e conduzidos de uma forma que esta foi a primeira série que de fato eu maratonei até o fim da primeira temporada, coisa que não gosto de fazer. Prefiro assistir a episódios com mais parcimônia, talvez um por semana. Só que, nesse caso, um episódio leva mesmo a  outro e eu não sosseguei até terminar a primeira parte da série. Estou me segurando para não maratonar logo o resto, afinal, o que é bom deve ser consumido lentamente, como uma boa sobremesa.

Segundo, De Repente, Irmãs. Só de dizer que esta série tem um que de humor britânico (é australiana) eu já digo muito a respeito do tipo de humor dela - sempre um pouco mais ácido. Neste caso, o humor vem em pitadas muito bem entrelaçadas com o verdadeiro drama da vida de Julia quando seu pai em fase terminal decide anunciar ao mundo que diversos casos de sua clínica de fertilização foram resolvidos com seu próprio esperma. A filha única se vê irmã de inúmeras pessoas, embora a série fique bem concentrada nos problemas da própria Julia em lidar com tudo isso e mais duas novas irmãs Roxy, apresentadora de programa infantil, e Edie, advogada. 

Como os episódios são de duração normal (45 minutos em média), De Repente, Irmãs é para ser assistida com calma, digerindo bem cada episódio.  Mas que dá vontade de maratonar, ah, dá sim!

Terceiro, The Great News. Desculpem-me, mas sou grande fã do humor americano estilo SNL (Saturday Night Live). Em The Great News dizem que a premissa é o trabalho de mãe e filha num mesmo noticiário da TV americana. Mas o sarcasmo está em todo lugar, e o talento também.  Comecei vendo a série pelo primeiro episódio da segunda temporada porque ele traz Tina Fey, de quem sou super fã. Mas quando vi que havia começado errado (apenas em termos de cronologia), voltei ao começo, me apaixonei de vez, e essa foi a segunda série que maratonei na Netflix. 

Também com episódios curtos, ela tem muitos atores talentosos para contar a história desse noticiário que luta para sobreviver às novas tendências da audiência e ao ego super inflado de seus apresentadores. The Great News  não perde a oportunidade de usar seu sarcasmo para abordar o ambiente de trabalho para idosos e mulheres e as novas tecnologias e estratégias de marketing no mundo moderno.

Quarto, She-Ra e as Princesas do Poder. Sim, comecei essa pelo saudosismo dos anos 80, ainda que os novos traços dessa animação estejam mais para os desenhos japoneses. Mas a nova série segue por um caminho desconhecido para velhos fãs: a origem de She-Ra. Ontem, emendei os 3 primeiros episódios, cada qual com seus 24 minutos, e só parei porque o celular não tinha mais carga na bateria e, quando cheguei em casa para ver na TV, o sono já me dominava. Mal posso esperar para saber o que acontecerá na sequência. 

O detalhe é que só assisto a qualquer coisa na língua original - inglês neste caso - então levo um certo tempo tentando lembrar os nomes dos personagens na série original, que assisti em português nas manhãs da minha infância na Globo.

Quinto, (Des)encanto. Essa animação é sarcasmo puro e só vai encantar quem gosta da linha de humor americano dos Simpsons, cujo criador é o mesmo. As aventuras da princesa Bean, que adora beber, e seus companheiros de jornada - Luci, o demônio, e Elfo. Sobra crítica para tudo e para todos e ainda dá para rir de algumas cenas inesperadas. 

Essas então são as séries mais novas que me empolgaram. Mas a Netflix tem uma ruma de atrações diferentes. Muitas estão na minha lista para ver. Outras acompanho sem pressa, até pela pena de acabar, como Grace and Frankie, Orange is the New Black, Jessica Jones, Sense8 (sim, eu ainda não terminei a segunda e última temporada. Na verdade, nem comecei ainda), Eu, tu e ela...

Tem ainda Altered Carbon, que lembra muito O Vingador do Futuro, filme do insubstituível Arnold Schwarzenegger. Porém, eu ainda não consegui definir se gosto ou não dela. Estou na fase de estranhamento/conhecimento. 

Muitas séries, né? Isso para não falar nos filmes, documentários, shows de stand-up comedy, programas de entrevistas... É muita coisa mesmo! Mas sempre busco aquelas que tenham uma certa perspectiva diferente. Afinal, para ficar na mesmice, temos os canais normais, embora esse reducionismo seja um acinte a The Handsmaid's Tale, da Paramount, mas isso fica para uma outra postagem.

Manchetes do dia (18/11)

A manchete do bem: Joanna Maranhão dá aula de cidadania.

As outras: Financiamento para energias renováveis deve chegar a R$ 4 bilhões, Jair Bolsonaro terá contracheque dos mais gordos da Esplanada: R$ 60.236,15 e DPU ajuíza ação contra mudanças no programa Mais Médicos.

Bom domingo, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte