O que o presidente do América Eduardo Rocha falou logo na abertura da entrevista coletiva desta semana.
quarta-feira, 8 de agosto de 2018
Podcast especial já, já
Não posso deixar passar a oportunidade de apresentar as ideias de Eduardo Rocha, José Rocha, Eliel Tavares e Armando Desessards na íntegra para discuti-las.
Como foi uma longa exposição, vou repartir o áudio da coletiva que me foi gentilmente enviado por Canindé Pereira para melhor discussão, mas hoje já tem Eduardo Rocha.
Até lá.
A coletiva
Imagem: Canindé Pereira
Na chegada, reencontrei alguns profissionais por quem nutro carinho: Mallyk Nagib e Ricardo Silva, que só me reconheceu depois de Canindé Pereira fazer a chamada. Foi engraçado.
A coletiva terminou sendo meio quebrada porque haveria transmissão ao vivo da TV Ponta Negra numa determinada parte, o que levou Armando Desessards para um canto e deixou o presidente, o vice presidente, o presidente do Conselho Deliberativo e o executivo das bases (assim foi denominado) Jocian Bento onde estávamos.
No início, estavam presentes Ricardo Silva (Rádio Globo Natal), Mallyk Nagib (TV Assembleia/Rádio CBN Natal), Rogério (TV Ponta Negra) e suas equipes. Fico devendo outro nome que não tenha captado por ainda estar me ajeitando no espaço. Sei que outras emissoras de TV compareceriam em outro horário.
Eduardo Rocha falou livremente sobre o novo momento do América e do futebol brasileiro, inclusive ressaltando que levaria à FNF proposta de que os clubes do estadual só pudessem registrar 30 jogadores para a competição - com direito à troca de um goleiro - e dentre estes, 15 teriam que ser sub-23. Ele entende que isso seria bom para todos os participantes, especialmente financeiramente.
Disse ainda que o América está para fechar uma parceria com um grande clube do futebol brasileiro que só seria anunciada após a formalização por escrito.
Coube a José Rocha falar sobre o desejo de concluir a primeira etapa da Arena América para que jogos sejam lá realizados em 2019 e Eliel Tavares corroborou as palavras de Eduardo Rocha sobre esse novo momento do América com um olhar mais atento a jogadores jovens.
Quando a entrevista começou, fiquei atenta a tudo e a todos. Armando Desessards foi questionado sobre o que espera do trabalho no América (essa parte segue em outra postagem que me foi gentilmente enviada por Canindé Pereira).
Perguntei a Eduardo, Eliel e Jocian (quem quisesse responder) qual seria o nível de convicção do América com esse novo trabalho, já que as últimas administrações do clube apontavam convicção num novo caminho e desistiam após tropeços no estadual. O presidente tomou a frente para responder e revelou uma certa chateação com o meu comentário sobre convicção. Relembrou que havia sim convicção no trabalho de Leandro Campos ante a melhor campanha da Série D 17 em pontos, mas que os testes de fogo da Copa do Brasil e do 1.º turno do estadual apontaram que o trabalho não renderia. Reforcei que eu questionava justamente o quão forte seria essa convicção, se ela resistiria aos trancos do estadual, caso tropeços inesperados acontecessem. Fiquei bastante satisfeita ao ouvir Eduardo afirmar que o América persistirá no planejamento traçado ainda que haja tropeço no estadual porque ele não vê qualquer outro caminho melhor do que esse a longo prazo.
Mallyk perguntou sobre a proposta de mudança de estatuto que seria apresentada por Eduardo Rocha para que 600 novos sócios patrimoniais fossem incorporados com o pagamento de 30 parcelas de R$ 100 e então todos os sócios patrimoniais passassem a ter direito a voto. Eduardo disse que já sentia muita resistência a essa proposta porque os atuais sócios, que estariam nessa condição há 30, 40 anos, não queriam que novos sócios fossem incorporados sem um levantamento do patrimônio do clube.
Eduardo também classificou como falácia o movimento para que sócios torcedores votassem como se isso fosse prática da maioria dos clubes brasileiros. Segundo ele, poucos admitem isso e, ainda assim, a maioria desses estabelece que o direito cabe ao sócio patrimonial.
Mallyk então perguntou mais diretamente se o América não abriria esse voto aos sócios torcedores. Eduardo respondeu que o estatuto não permitia e nem ele apresentaria qualquer proposta nesse sentido. Mais claro, impossível.
Quando a coletiva acabou, me aproximei para um tête-à-tête com Jocian Bento, aliás, muitíssimo simpático. Jocian fala com uma clareza didática, típica de quem acredita no trabalho que desenvolve porque o conhece a fundo. Apontei que nas campanhas bem sucedidas de 1996, 1997, 1998, sob o comando de Eduardo, que culminaram no primeiro acesso do RN à Série A, na conquista da Copa do Nordeste e na disputa da Copa Sul-americana, o time titular sempre contou com 2, 3 jogadores formados aqui e lhe perguntei qual a chance que ele via de isso se repetir agora ante suas observações após 1 semana de trabalho.
Jocian afirmou que há uma dificuldade grande de calendário para as bases do RN (ah, FNF...), já que um atleta aqui disputa no máximo 15-20 partidas por ano e um atleta do Sudeste chega a fazer 70 jogos numa temporada, e isso representa uma pressão muito grande para o atleta daqui na transição para o profissional. Apesar disso, ele disse que há 4,5 jogadores em observação para integrarem de fato o elenco e que a luta é para aumentar a rodagem da base. Nesse ponto, Eduardo se juntou à conversa e afirmou que iria entrar em contato com o presidente do Botafogo-PB para que o sub-17 e sub-19 viessem a disputar um dia de amistosos no CT americano, com a retribuição do América em semana posterior. Além disso, ele tenta viabilizar um torneio de bases envolvendo pelo menos América, Botafogo e Santa Cruz a ser realizado em João Pessoa - meio do caminho entre RN e PE para reduzir custos - com esse intuito, uma vez que a base do Santa Cruz está envolvida em competições mais fortes.
Jocian ainda confirmou que o América não trará atletas que estejam no mesmo nível dos disponíveis na base. A lógica é que é melhor dar espaço aos da casa do que gastar mais com um profissional, com o que eu concordo totalmente. Ora, o atleta daqui ainda pode evoluir e certamente representa uma grande folga de caixa em tempos de clube com parcos recursos.
Por fim, perguntei a Eduardo se já havia alguma especulação a respeito do novo treinador, ainda que obviamente ele não me desse o nome desejado. "Ainda não", apesar de que Armando Desessards já vem trabalhando há uma semana em busca de atletas que possam compor o América 2019. A respeito disso, Eduardo esclarecera no início da entrevista que as decisões seriam sempre conjuntas, o que não impediria a diretoria de também elencar nomes para a discussão.
Aproveitei para perguntar sobre o perfil a ser buscado, uma vez que Jocian apontara em entrevista que era preciso um profissional que olhasse para as bases. Eduardo garantiu que quer "um técnico com coragem de usar jogadores da base", sob pena de tudo que vinha sendo planejado e feito pela diretoria com a contratação de Jocian e Armando ir por água abaixo. Que assim seja!
Por fim, considerando que a pré-temporada começará em novembro, perguntei-lhe quando ele acharia ideal já estar fechado com o novo técnico. "Em outubro", ele respondeu lembrando que ainda estamos em agosto.
Com exceção do sócio torcedor, gostei do que vi e ouvi. Agora é aguardar que, de fato, o América siga um novo rumo já agora em 2018. Não dá mais para imaginar um clube com tamanha tradição no futebol brasileiro relegado à uma Série D e ameaçado de encerrar a temporada entre maio e agosto.
Manchetes do dia (08/08)
A manchete do bem: Natal terá festival sobre Cannabis medicinal no próximo dia 25.
As outras: Ministério libera R$ 296,61 milhões para bolsas da Capes, Lewandowski defende aumento para ministros e 84 novos agentes penitenciários desistiram da função no RN.
Bom dia a todos!
Fonte: Tribuna do Norte
Today's headlines (08/08)
The headline for good: David Quammen turns tough science into page-turning pleasure in 'The Tangled Tree'.
The others: Cybersecurity firm finds way to alter WhatsApp messages, California fire now the largest in state history: 'people are on edge' and Top Trump campaign aides are portrayed as corrupt at Manafort trial.
Good morning, everyone!
Source: The New York Times
terça-feira, 7 de agosto de 2018
Destino ignorado
E não é que dei de cara com um edital de citação (19.a Vara Cível de Natal) de Anthony Armstrong e Ecohouse, dentre outros, numa execução de título extrajudicial, publicado no Agora RN (página 12 da edição de segunda-feira, 06/08)?
Talvez seja um retrato da decadência do futebol potiguar.
Frustrante para mim
Se você não gosta de spoilers e ainda vai assistir a Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo!, pare por aqui porque desta vez eu não vou conseguir escrever minhas impressões sobre o filme sem entregar partes da estória.
Mal começou o filme e eu me senti totalmente ludibriada. Sabe aqueles trailers com a fenomenal Meryl Streep? Pura enganação. Donna, sua personagem, aliás, a personagem principal de Mamma Mia, o original, já começa o filme morta. Me deu uma vontade enorme de me levantar e pedir meu dinheiro de volta. Onde já se viu alguém matar a personagem principal sem nem explicar direito o que houve?
Agora acrescente-se que essa personagem central é interpretada por ninguém menos do que Meryl Streep. Quem cometera tal sandice?
Ninguém sabe ao certo por que Meryl foi limada assim. Especula-se sobre dinheiro ou até a dignidade da própria Meryl. Houve quem falasse em desentendimentos com Cher.
É bem verdade que a cena mais emocionante do filme (claro que me debulhei em lágrimas) traz sim Meryl Streep e a melhor execução de música também. Mas é só. Uma frustração total para mim.
O filme em si não se resolve bem em relação ao enredo. Se você viu o trailer, esqueça. A estória segue outro caminho.
Eu até gostei da volta no tempo para mostrar como Donna conheceu os três possíveis pais de Sophie. Achei os jovens atores muito bem colocados dentro de suas propostas - nada fáceis, diga-se de passagem - de interpretarem personagens que já tinham dono. Houvesse ficado só aí talvez eu estivesse menos decepcionada. Afinal, Meryl não apareceria mesmo.
Só que ver todas as personagens principais, até o fraquinho Sky, e nada de Meryl Streep é dose para leão!
Deixemos Meryl de lado. É a conexão do filme com o presente que também é mal contada. Inicialmente, o objetivo é inaugurar um hotel novinho naquele lugar paradisíaco e antigamente gerenciado por Donna. Isso seria uma espécie de tributo a Donna tanto de Sophie como da personagem de Pierce Brosnan - outro que poderia ter morrido sem deixar muitas saudades - que eu agora esqueci o nome. O filme no presente é então uma melancolia sem fim.
Até um drama de quinta categoria é posto entre Sophie e Sky. É preciso muita generosidade para superar essa cafajestada.
Para fechar as maluquices do tempo presente, Cher é a mãe de Meryl Streep. Sim, apesar de terem quase a mesma idade! O filme resolveu seguir as passagens loucas de tempo que de vez em quando acometem as novelas da Globo, quando as idades não batem com as personagens. Para se ter uma ideia, o par romântico Cher-Andy Garcia (olha o spoiler!) aparenta ter bem menos idade do que dois dos três homens que namoraram a filha daquela. Acho que a ânsia foi tamanha em colocar à fina força Cher na estória, que nem perceberam que ela cairia melhor no tempo passado, não no presente. Ou até poderia ter sido anunciada como uma irmã de Donna ou mesmo uma rival dos tempos de escola (e isso poderia ter sido justificado lá no passado). Minha cabeça deu um nó tentando aceitar como a avó de Sophie poderia ser até mais nova do que seus pais.
Sobre as músicas, surgiu o lado B de ABBA. Como todos os grandes sucessos estavam no original, a sequência teve que se contentar com músicas que só os fãs de carterinha conhecem e com repetição de repertório do filme anterior com uma nova roupagem.
Aliás, esse é o mal das sequências: elas são feitas escancaradamente para ganhar dinheiro com o que foi apresentado no precursor. Mas como surpreender? Como manter a vibração e a energia sem corromper a magia?
A frustração me lembrou o que Matrix Reloaded fez com o maravilhoso e filosófico Matrix. O choque foi tamanho que, até hoje, não assisti a Matrix Revolutions por inteiro.
Alerto que, num grupo de cinco pessoas, minha opinião foi corroborada totalmente por uma (mamãe), parcialmente por outra (João), e frontalmente derrubada por outras duas pessoas (Janaina e Sidinei), que chegaram a apontar que este segundo filme superou o primeiro.
No mundo das opiniões, muitos críticos gostaram. Todavia, aponto a crítica de Wesley Morris, do The New York Times, porque parece até que ele assistiu ao filme do meu lado ante a concordância em quase 90% das ideias.
Para mim, tudo foi tão mal contado que tive até dificuldade para saber que o filme havia terminado. Como entretenimento, foi bom. Bons atores, ótimas músicas, boas perfomances. Nem vi as duas horas passarem. Talvez sem o original, não houvesse tanta pressão sobre o segundo e as falhas de enredo não ficassem tão óbvias.
Para resumir, a minha vontade era de correr para casa e imediatamente assistir ao filme original para acabar com a frustração que me invadiu. Pena que nunca comprei esse maravilhoso DVD, embora tenha visto esse filme dezenas de vezes. Entenderam a devoção? Então imaginem aí a frustração...
Excelentes parcerias
A TV Mecão anunciou duas parcerias fechadas pelo América no dia de ontem: Futebol Interativo e Uni-RN.
Em ambas, os parceiros buscam aprimorar conhecimentos mutuamente e eu só posso aplaudir de pé.
Mais uma bola dentro do América, que vem colecionando boas notícias, como o anúncio de Jocian Bento como coordenador das bases e Armando Desessards como executivo de futebol.
A única bola fora de notícias continua sendo o comportamento do clube em relação à torcida, como o ridículo bloqueio no Instagram. Ainda dá tempo de mudar.
Mais detalhes das parcerias na TV Mecão.
Assinar:
Postagens (Atom)