quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Manchetes do dia (08/08)

A manchete do bem: Natal terá festival sobre Cannabis medicinal no próximo dia 25.

As outras: Ministério libera R$ 296,61 milhões para bolsas da Capes, Lewandowski defende aumento para ministros e 84 novos agentes penitenciários desistiram da função no RN.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (08/08)

The headline for good: David Quammen turns tough science into page-turning pleasure in 'The Tangled Tree'.

The others: Cybersecurity firm finds way to alter WhatsApp messages, California fire now the largest in state history: 'people are on edge' and Top Trump campaign aides are portrayed as corrupt at Manafort trial.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Destino ignorado

E não é que dei de cara com um edital de citação (19.a Vara Cível de Natal) de Anthony Armstrong e Ecohouse, dentre outros, numa execução de título extrajudicial, publicado no Agora RN (página 12 da edição de segunda-feira, 06/08)?

Talvez seja um retrato da decadência do futebol potiguar.




Frustrante para mim


Se você não gosta de spoilers e ainda vai assistir a Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo!, pare por aqui porque desta vez eu não vou conseguir escrever minhas impressões sobre o filme sem entregar partes da estória.

Mal começou o filme e eu me senti totalmente ludibriada. Sabe aqueles trailers com a fenomenal Meryl Streep? Pura enganação. Donna, sua personagem, aliás, a personagem principal de Mamma Mia, o original, já começa o filme morta. Me deu uma vontade enorme de me levantar e pedir meu dinheiro de volta. Onde já se viu alguém matar a personagem principal sem nem explicar direito o que houve? 

Agora acrescente-se que essa personagem central é interpretada por ninguém menos do que Meryl Streep. Quem cometera tal sandice?

Ninguém sabe ao certo por que Meryl foi limada assim. Especula-se sobre dinheiro ou até a dignidade da própria Meryl. Houve quem falasse em desentendimentos com Cher.

É bem verdade que a cena mais emocionante do filme (claro que me debulhei em lágrimas) traz sim Meryl Streep e a melhor execução de música também. Mas é só. Uma frustração total para mim.

O filme em si não se resolve bem em relação ao enredo. Se você viu o trailer, esqueça. A estória segue outro caminho. 

Eu até gostei da volta no tempo para mostrar como Donna conheceu os três possíveis pais de Sophie. Achei os jovens atores muito bem colocados dentro de suas propostas - nada fáceis, diga-se de passagem - de interpretarem personagens que já tinham dono. Houvesse ficado só aí talvez eu estivesse menos decepcionada. Afinal, Meryl não apareceria mesmo. 

Só que ver todas as personagens principais, até o fraquinho Sky, e nada de Meryl Streep é dose para leão!

Deixemos Meryl de lado. É a conexão do filme com o presente que também é mal contada. Inicialmente, o objetivo é inaugurar um hotel novinho naquele lugar paradisíaco e antigamente gerenciado por Donna. Isso seria uma espécie de tributo a Donna tanto de Sophie como da personagem de Pierce Brosnan - outro que poderia ter morrido sem deixar muitas saudades - que eu agora esqueci o nome. O filme no presente é então uma melancolia sem fim.

Até um drama de quinta categoria é posto entre Sophie e Sky. É preciso muita generosidade para superar essa cafajestada.

Para fechar as maluquices do tempo presente, Cher é a mãe de Meryl Streep. Sim, apesar de terem quase a mesma idade! O filme resolveu seguir as passagens loucas de tempo que de vez em quando acometem as novelas da Globo, quando as idades não batem com as personagens. Para se ter uma ideia, o par romântico Cher-Andy Garcia (olha o spoiler!) aparenta ter bem menos idade do que dois dos três homens que namoraram a filha daquela. Acho que a ânsia foi tamanha em colocar à fina força Cher na estória, que nem perceberam que ela cairia melhor no tempo passado, não no presente. Ou até poderia ter sido anunciada como uma irmã de Donna ou mesmo uma rival dos tempos de escola (e isso poderia ter sido justificado lá no passado). Minha cabeça deu um nó tentando aceitar como a avó de Sophie poderia ser até mais nova do que seus pais.

Sobre as músicas, surgiu o lado B de ABBA. Como todos os grandes sucessos estavam no original, a sequência teve que se contentar com músicas que só os fãs de carterinha conhecem e com repetição de repertório do filme anterior com uma nova roupagem.

Aliás, esse é o mal das sequências: elas são feitas escancaradamente para ganhar dinheiro com o que foi apresentado no precursor. Mas como surpreender? Como manter a vibração e a energia sem corromper a magia? 

A frustração me lembrou o que Matrix Reloaded fez com o maravilhoso e filosófico Matrix. O choque foi tamanho que, até hoje, não assisti a Matrix Revolutions por inteiro.

Alerto que, num grupo de cinco pessoas, minha opinião foi corroborada totalmente por uma (mamãe), parcialmente por outra (João), e frontalmente derrubada por outras duas pessoas (Janaina e Sidinei), que chegaram a apontar que este segundo filme superou o primeiro.

No mundo das opiniões, muitos críticos gostaram. Todavia, aponto a crítica de Wesley Morris, do The New York Times, porque parece até que ele assistiu ao filme do meu lado ante a concordância em quase 90% das ideias.

Para mim, tudo foi tão mal contado que tive até dificuldade para saber que o filme havia terminado. Como entretenimento, foi bom. Bons atores, ótimas músicas, boas perfomances. Nem vi as duas horas passarem. Talvez sem o original, não houvesse tanta pressão sobre o segundo e as falhas de enredo não ficassem tão óbvias. 

Para resumir, a minha vontade era de correr para casa e imediatamente assistir ao filme original para acabar com a frustração que me invadiu. Pena que nunca comprei esse maravilhoso DVD, embora tenha visto esse filme dezenas de vezes. Entenderam a devoção? Então imaginem aí a frustração...

Excelentes parcerias

A TV Mecão anunciou duas parcerias fechadas pelo América no dia de ontem: Futebol Interativo e Uni-RN. 

Em ambas, os parceiros buscam aprimorar conhecimentos mutuamente e eu só posso aplaudir de pé.

Mais uma bola dentro do América, que vem colecionando boas notícias, como o anúncio de Jocian Bento como coordenador das bases e Armando Desessards como executivo de futebol.

A única bola fora de notícias continua sendo o comportamento do clube em relação à torcida, como o ridículo bloqueio no Instagram. Ainda dá tempo de mudar.

Mais detalhes das parcerias na TV Mecão.

Série C 18: Balanço da décima sétima rodada

Foram 5 vitórias de mandantes, 3 empates e 2 vitórias de visitantes.

O ABC não tem mais qualquer chance de classificação nem risco de rebaixamento e vai apenas cumprir tabela na última rodada. Já o Globo precisa de apenas 1 ponto para não ser rebaixado.

Na última rodada do grupo A, Santa Cruz, Botafogo-PB e Confiança lutam por 2 vagas da classificação. Náutico e Atlético--C já estão classificados. Globo e Juazeirense lutam contra o rebaixamento. O Salgueiro foi rebaixado nesta rodada.

Na última rodada do grupo B, os quatro classificados já estão definidos: Operário, Botafogo-SP, Cuiabá e Bragantino. Tupi, Volta Redonda e Ypiranga lutam contra o rebaixamento. E o Joinville já está rebaixado.

Grupo A
Náutico 2x0 ABC - Ortigoza e Luiz Henrique
Globo 1x1 Botafogo-PB - Reinaldo e Nando
Atlético-AC 0x3 Confiança - Léo Ceará-2 e Frontini
Juazeirense 0x0 Santa Cruz
Salgueiro 0x1 Remo - Jayme
1.° Náutico - 30
2.° Atlético-AC - 27
3.° Santa Cruz - 25 (saldo 8)
4.° Botafogo-PB - 25 (saldo 5)
5.° Confiança - 22
6.° Remo - 21 (6 vitórias, saldo -2)
7.° ABC - 21 (6 vitórias, saldo -5)
8.° Globo - 21 (4 vitórias)
9.° Juazeirense - 18
10.° Salgueiro - 17

Grupo B
Botafogo-SP 2x0 Ypiranga - Daniel Vançan e Pimentinha
Tupi 2x1 Volta Redonda - Potita, Diego Luís, de pênalti, e Marcelo, de pênalti
Cuiabá 2x1 Tombense - Jenison-2 e Rubens
Operário 1x1 Bragantino - Bruno Batata e Vitinho
Joinville 4x2 Luverdense - Breno, de cabeça, Jean Lucas, Adriano-2, sendo um de pênalti, e Paulo Renê-2
1.° Operário - 35
2.° Botafogo-SP - 34
3.° Cuiabá - 32
4.° Bragantino - 26
5.° Luverdense - 21 (saldo 1)
6.° Tombense - 21 (saldo 0)
7.° Tupi - 20
8.° Volta Redonda - 19 (6 vitórias)
9.° Ypiranga - 19 (5 vitórias)
10.° Joinville - 13

Globo 1x1 Botafogo-PB

Manchetes do dia (07/08)

A manchete do bem: Ibram doa sete peças para acervo do RN.

As outras: Estado cadastra 245 projetos em leilão de eólicas, Gasolina aumenta R$ 0,33 após 'promoção' e Custo da cesta apresenta redução.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (08/07)

The headline for good: Designing the death of a plastic.

The others: U.S. to restore sanctions on Iran, deepening divide with Europe, Apple, Facebook and YouTube remove content of Alex Jones and Infowars and Indonesia earthquake: at least 98 dead and 20,000 homeless.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Viver e morrer

Na Veja de 25/07 (página 73), um depoimento forte de uma oftalmologista (Letícia Franco, 37 anos) portadora de estranha síndrome marcou os difíceis limites entre viver e morrer com dignidade. E eu, claro, não poderia deixar de compartilhar aqui algo tão inacreditavelmente possível de acontecer a qualquer um.

Eu passei muito tempo pensando que tirar minha vida seria a única forma de acabar com  um sofrimento intenso e extraordinário com qual o qual convivia fazia anos, desde que descobri ser portadora da síndrome Ásia. É uma doença autoimune, rara, incurável e extremamente debilitante e dolorosa. Há três meses, escolhi uma clínica na Suíça que realiza o suicídio assistido. Lá, o procedimento é legal e o trâmite foi mais rápido do que eu imaginava. Em março, enviei um e-mail explicando a minha debilidade e, no mesmo dia, tive retorno. Pediram-me três laudos médicos que comprovassem o agravamento da minha patologia, um exame psiquiátrico para atestar minha lucidez e uma garantia  de que eu estava apta a movimentar os membros superiores, já que tomaria sozinha os remédios que tirariam minha vida.

Primeiro, beberia um líquido para preparar o organismo para aceitar as próximas substâncias, que iriam deprimir meu sistema respiratório e me fazer, finalmente, adormecer. Não há desconforto, tampouco há dor. Com dignidade e em poucos minutos, eu não estaria mais nesta vida. Na clínica há poucos quartos, um crematório e muito verde. É um lugar bonito e agradável aos olhos. Era preciso enviar a confirmação de duas pessoas que me levariam até lá. Escolhi uma amiga e minha mãe, que também é médica. Num primeiro momento, ela concordou.

Foi então que decidi escrever uma carta despedida aos meus amigos e familiares em uma rede social. A notícia se espalhou de uma forma que jamais imaginei. Em poucos dias, eu me vi em jornais, sites e até em revistas internacionais. Passei a receber ligações com pedidos de entrevista de todo o país, e pessoas foram até minha casa na tentativa de fazer contato. Eu estava na UTI pela 37.a vez.

Minha história chamou a atenção de uma médica de São Paulo, que me ofereceu gratuitamente uma terapia alternativa complementar com ozônio, cujo objetivo é aunentar a oxigenação no corpo. Depois da 18.° sessão com a aplicação do gás ozônio via retal, três vezes por semana, juntamente com remédios da terapia ortomolecular, consegui voltar a viver. Minha perna, que estava quebrada por causa do desenvolvimento de osteoporose decorrente dos medicamentos, cicatrizou. Recuperei a função do trato urinário, abandonei a morfina para aliviar dores lancinantes, assim como a maioria dos remédios orais que tomava com a mesma finalidade. Vi-me novamente capaz de tomar banho sozinha, ter vida social, passear, dançar... Não sei quanto tempo essa melhora vai durar e entendo que nada disso significa cura, mas voltei a ter vontade de lutar.

Além da atenção dessa médica, minha carta também alcançou um ex-namorado de dez anos atrás. Ele chegou quando eu estava acamada, inchada, com a pele cheia de feridas e depois de uma semana, estava morando comigo e cuidando de mim. Esse rapaz se tornou novamente meu namorado e me mostrou que o amor pode salvar uma pessoa de várias formas. Jamais imaginei que voltaria a me relacionar com alguém, mas logo ficamos noivos, e nos casamos em 29 de junho. Na maioria dos dias, na companhia dele e da minha família, chego a esquecer que tenho essa doença tão triste.

Hoje, vivo um dia de cada vez. Estou aposentada por invalidez, tomo 48 comprimidos diários e injeções para que a musculatura não atrofie e para aumentar o número de glóbulos vermelhos do sangue. Mas estou feliz. Ganhei dois prêmios internacionais de oftalmologia, um reconhecimento na área da Organização Mundial da Saúde (OMS) e comecei a escrever um livro sobre a minha vida. Pretendo dar palestras sobre a síndrome e lutar para que haja apoio mundial na busca da cura ou de tratamentos. Sou grata a Deus. Ele me deu uma cruz e me mostra, todos os dias, que sou capaz de carregá-la