Pela primeira vez na história, o Facebook divulgou quais os assuntos mais debatidos pelos usuários brasileiros num determinado mês.
Segundo reportagem da Tribuna do Norte desse domingo, em abril, 64 milhões de pessoas (127 milhões de brasileiros têm conta no Facebook - mais da metade da população do país) geraram quase 1 bilhão de interações.
Destas, 262,2 milhões foram promovidas por 32,3 milhões de pessoas com o tema segurança. Economia gerou 165,8 milhões de interações entre 30,4 milhões de pessoas.
Educação ficou em 3.° com 119,9 milhões de interações entre 26,7 milhões de usuários; tecnologia em 4.° com 102 milhões de interações entre 19,4 milhões de pessoas; habitação em 5.° com 81,3 milhões de interações entre 19,7 milhões de usuários da rede.
Para as mulheres, o tema mais debatido foi saúde (65%), seguido de educação (64%) e habitação, economia, meio ambiente e gênero (62%).
Os homens debateram mais indústria (47%), segurança (43%), agricultura (41%) e turismo e transporte (40%).
Os números não são amostragem, e sim números totais da base de usuários do Facebook.
A manchete do bem: Governo de esquerda português revoluciona por ser civilizatório.
As outras: Marun propõe tribunal acima do STF, anistia a caixa 2 e SUS pago, Indicações políticas e crise em planos põem a ANS na berlinda e Crescem vendas de alternativas ao plástico; preço é o desafio.
Bom dia, minha gente!
The headline for good: Women ask 'What if it were me?' and rush to aid separated families.
The others: Lawmakers, lobbyists and the administration join forces to overhaul the Endangered Species Act, Mesul Özil quits German national team, citing racism and Portugal dared to cast aside austerity. It's having a major revival.
Good morning, everyone!
Na coluna de Lauro Jardim republicada pela Tribuna do Norte na edição deste domingo, o jornalista informa sobre a liberação de um informe confidencial da agência secreta americana (C.I.A) datado de 1975 sobre Pelé.
O beija-mão a Pelé
Pelé é a grande estrela de um informe secreto da CIA de junho de 1975, liberado pelo governo dos EUA ao público recentemente. O texto foi enviado por Henry Kissinger para informar Gerald Ford sobre o objetivo do encontro. Nele, o secretário de Estado orienta o presidente a pedir a Pelé que ensinasse aos americanos a jogar futebol melhor e a amar o esporte. Pelé estava estreando nos Cosmos justamente naquele mês. O texto é tão minucioso nos detalhes sobre como Ford deveria se portar com Pelé que ensina o presidente até a pronunciar o nome do jogador. Em inglês: peh-lay.
O maior jornal do mundo mandou hoje newsletter contendo reportagem de destaque publicada em seu site e na versão impressa a respeito dos militares e a democracia no Brasil. Vale a pena conferir a tradução livre abaixo.
Militares do Brasil caminham para a política, pelas urnas ou pela força
Por Ernesto Londoño e Manuela Andreoni
RIO DE JANEIRO - Membros das forças armadas do Brasil, que têm se mantido amplamente longe da vida política desde o fim da ditadura militar há 30 anos, estão preparando sua maior incursão na política em décadas, com alguns até alertando a respeito de uma intervenção militar.
Generais da reserva e outros ex-oficiais com fortes laços com a liderança militar estão montando uma ampla campanha eleitoral, apoiando aproximadamente 90 veteranos militares que concorrem a muitos cargos - incluindo a presidência - nas eleições nacionais de outubro. O esforço é necessário, eles argumentam, para resgatar a nação de uma liderança entrincheirada que desgovernou a economia, falhou em conter uma crescente violência e descaradamente roubou bilhões de dólares por corrupção.
E se as urnas não trouxerem a mudança rapidamente, alguns ex-generais mais destacados alertam que os líderes militares podem se sentir compelidos a assumirem e reorganizarem o sistema político à força.
"Estamos num momento crítico, caminhando sobre o fio da navalha," disse Antonio Mourão, general de 4 estrelas que recentemente se aposentou após sugerir no ano passado, ainda na ativa, que uma intervenção militar poderia ser necessária para expurgar a classe corrupta dominante. "Nós ainda acreditamos que o processo eleitoral representará a solução preliminar para que mudemos o curso."
A incursão militar na política é uma grande mudança - e para muitos brasileiros, preocupante. A ditadura militar no país durou 21 anos antes de se encerrar em 1985. Desde então, o Brasil, o maior país da América Latina, experimenta seu maior período sob o domínio da democracia. Muitos são ferozes protetores da separação entre política e militares, vigiando qualquer tropeço potencial rumo ao domínio autoritário.
Mas os generais e oficiais da reserva e veteranos que organizam campanhas para as eleições nacionais de outubro dizem que "os valores militares" como disciplina, integridade e patriotismo são vitais para consertar o Brasil, uma nação que eles consideram mal governada, perigosamente polarizada e vergonhosamente irrelevante no cenário mundial.
Analistas e políticos dizem que as chances de uma intervenção militar são provavelmente remotas, mas eles estão atentos ao perfil político crescente de figuras militares, particularmente porque o país ainda não se resolveu completamente com seu passado autoritário.
Os militares torturam pessoas suspeitas de serem dissidentes com choques elétricos ou as espancaram dependuradas em paredes, de acordo com um relatório de 2014 da comissão da verdade. Pelo menos 434 pessoas foram mortas ou desapareceram durante a ditadura. Ainda assim o Brasil tem feito menos do que muitos dos seus vizinhos latino americanos para punir os abusos cometidos durante os anos 60 e 70, aumentando a preocupação com o fato de figuras militares receberem mais poder político.
"A eventual eleição desses oficiais militares pode levar à adoção de propostas autoritárias, especialmente quando se trata de segurança pública," disse Carlos Fico, historiador da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O apelo crescente das forças armadas do Brasil pela política chega no meio de uma guinada direitista na América do Sul e do aumento do autoritarismo em nações democráticas incluindo a Polônia, a Hungria, as Filipinas e a Turquia.
"Em cada país, este movimento tem uma faceta diferente, mas no fundo tem a ver com insatisfação e medo," afirmou Fico.
Mourão, o general da reserva, e outros oficiais aposentados estão avidamente apoiando a candidatura presidencial do congressista de extrema direita Jair Bolsonaro, um ex-capitão do Exército de fala dura que propõe medidas contenciosas para restaurar a ordem, o que inclui dar à polícia mais liberdade para matar criminosos.
Bolsonaro, o primeiro oficial militar da reserva a montar uma candidatura viável à presidência desde que a democracia foi restaurada, recentemente afirmou que apontaria generais para liderar os ministérios, "não porque são generais, mas porque são competentes."
A campanha firmou-se nas largas frustrações Brasil afora. A fé na democracia da nação e nas instituições governamentais despencou em anos recentes, especialmente depois do impeachment de 2016 da presidente Dilma Rousseff e os enormes esquemas de propinas que contaminaram todos os principais partidos políticos.
Uma pesquisa do Latinobarómetro, que acompanha a opinião pública na América Latina, apontou no ano passado que apenas 13% dos brasileiros estavam satisfeitos com o estado democrático, último colocado no ranking com 18 nações. A pesquisa também mostrou que somente 6% dos brasileiros apoiam o governo, uma posição no ranking bem abaixo de outros governos profundamente impopulares, incluindo Venezuela e México.
Mas os militares escapam amplamente dessas críticas. Enquanto a maioria dos brasileiros não acredita no atual presidente Michel Temer, no Congresso nacional e nos partidos políticos dominantes no Brasil, 8 em cada 10 entrevistados tinham uma visão favorável das forças armadas, de acordo com uma pesquisa de 2017 do Datafolha.
Essa, analistas e generais aposentados dizem, é a razão pela qual Temer tem dado poder incomum aos oficiais militares em seu ministério. Numa ruptura com o passado, Temer nomeou um general em fevereiro como Ministro da Defesa.
Pedidos públicos por uma intervenção militar voltaram em 2013, à medida que grupos marginais de direita fizeram um protesto durante uma caótica onda de demonstrações nas ruas contra o governo esquerdista de Dilma. Desde então, pedidos por uma intervenção militar cresceram, talvez mais fortemente durante uma greve nacional de caminhoneiros em maio que paralisou o país por mais de uma semana. "Este é um grito de desespero contra toda essa corrupção," disse Luciano Zucco, um tenente-coronel de 44 anos que se afastou neste mês do Exército para concorrer a uma cadeira numa assembleia legislativa. Zucco ainda afirmou que se opunha a um golpe. "A intervenção tem que acontecer pelo voto," disse. O general Eduardo Villas Bôas, atual comandante do Exército, afirmou em discurso recente que os que falam em intervenção militar não entendem o "espírito democrático que reina nas casernas." Até Dilma, uma ex-prisioneira política que foi torturada durante os anos 70 pelo governo militar e considera seu impeachment um golpe político, disse que ficaria chocada se os generais de hoje tentassem tomar o poder. "Os generais que conheço não seriam seduzidos por estes tipos de aventura de intervenção militar," ela disse numa entrevista. "Há muitas pessoas tentando criar as condições para isso, mas de minha parte, eu não acredito nisso." Maurício Santoro, cientista político da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, disse que, enquanto ninguém no Brasil estava clamando por um ditadura duradoura, muitos brasileiros, particularmente aqueles que não viveram sob o domínio militar, achavam a ideia de uma intervenção curta atrativa. "Há quatro anos, eu teria dito nunca, mas agora eu diria que não é provável, mas, em dadas circunstâncias, poderia acontecer," afirmou. "Você tem muitas pessoas no Brasil que gostam da ideia dos militares despejando a atual classe política e em seis meses convocando novas eleições." O debate sobre tal intervenção cresceu à medida que o pessoal da ativa e generais da reserva de alta patente passaram a comentar questões políticas de forma não vista desde os anos da ditadura. O general Bôas, comandante do Exército, deu o passo altamente incomum em abril de publicar uma declaração no Twitter que foi largamente interpretada como um aviso ao Supremo Tribunal Federal. Naquele momento, os ministros analisavam se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria começar a cumprir uma pena de 12 anos por corrupção. Era particularmente uma grande decisão porque Lula era candidato à presidência novamente e aparecia como líder da corrida. Então o general Bôas aumentou a tensão ao declarar que os militares "repudiam a impunidade," referindo-se à possibilidade de que o STF permitisse a Lula ficar livre a esperar do julgamento de recursos. A declaração alarmou críticos que a viram com uma incursão não apropriada na política, na melhor das hipóteses. (Numa decisão apertada, o tribunal decidiu que ele poderia ser preso.) Eliéser Girão Monteiro, ex-general do Exército que está concorrendo ao governo do Rio Grande do Norte, clamou pelo impeachmente de membros do Supremo Tribunal Federal por decisões que levaram à libertação de políticos condenados por corrupção. O sistema político criado pela Constituição de 1988 tornou-se uma "caverna que aparentemente não tem saída de emergência," disse Monteiro numa entrevista. Enquanto ele pessoalmente não apoia um levante militar, acrescentou que "a única saída de emergência em que as pessoas estão falando é uma intervenção militar." Mourão, general aposentado, disse que nenhum de seus contemporâneos apreciam a ideia de romper a ordem democrática. Mas ele afirmou que a agitação pode forçar suas mãos se a repressão judiciária fosse impedida ou se a violência continuasse a se espalhar. "Nós queremos nos manter firmes ao império da lei o máximo que pudermos," afirmou Mourão. "Mas não podemos deixar o país tombar no caos." Quando os militares tomaram o poder em 1964, líderes da junta argumentavam que o Brasil estava se encaminhando para o Comunismo. Os líderes militares ainda não se referem àquela era como uma ditadura, defendendo que as forças armadas na verdade preservaram a democracia ao pouparem o Brasil do domínio de socialistas autoritários. A economia do Brasil cresceu bruscamente durante os anos iniciais do domínio militar, o que levou alguns historiadores a se referirem à era como um "milagre econômico." Mas a dívida externa explodiu durante esse período e a desigualdade aumentou, preparando o terreno para um crise hiperinflacionária que mutilou a economia durante os anos 80. A imprensa foi censurada e a ausência de um Judiciário independente significava que abusos e corrupção eram raramente investigados. Antes dos militares abrirem mão do poder, o governo aprovou uma lei de anistia que blindou os oficiais desse período. A lei de anistia impediu que o Brasil passasse pelo tipo de avaliação pós-ditadura que manteve os militares de Argentina, Chile e Uruguai distantes da política, analistas afirmam. A falta de confiabilidade também possibilitou que uma geração mais jovem de brasileiros romatizar o que uma nova intervenção militar poderia trazer, disse Pedro Dallari, jurista que dirigiu a comissão da verdade. "O fato de que a lembrança da ditadura fica turva com o tempo, porque os problemas não foram confrontados, gera este risco," afirmou. *Uma versão deste artigo aparece impressa em 22 de julho de 2018 na página A1 da edição de Nova Iorque com a manchete: Militares do Brasil Entram na Política, Avivando Medos de uma Ditadura.
Só o que vejo aqui e ali são análises feitas na imprensa a respeito de que há muitos candidatos para uma única eleição presidencial, como se isso fosse uma coisa ruim. Não acho. Para ser sincera, desde que inventaram essa desgraça de 2.° turno, eu acredito que 1.° turno é para ter mesmo muitos candidatos, como foi aquela primeira eleição pós-ditadura em 1989. Isso abre o leque dos discursos, aponta causas importantes para uma sociedade e ajuda a enterrar o velho discurso de lavar as mãos dos brasileiros de que não há opções.
Até um dia desses a campanha presidencial deste ano, campeã da desilusão tupiniquim, contava uns 20 pré candidatos. Para mim, isso é um sinal de democracia viva. Como citei acima, não se faz campanha apenas para vencer, mas para levantar bandeiras de questões importantes para uma nação. Só que a politicagem tomou tão avassaladoramente conta da política brasileira que as candidaturas passaram a balcão de negócios a respeito do tempo na TV. No fim, sobravam uns 4 ou 5 de sempre.
Até na campanha para governador aparentemente teremos mais nomes do que o usual. Viva! Isso aumenta a chance de eu conseguir votar em gente nova porque não aguento mais essa cirandinha que está afundando a passos largos o Rio Grande do Norte.
Outra coisa, os brasileiros também precisam deixar de fazer piada sobre voto consciente e de fato votar consciente. É preciso levar a sério a escolha de quem vai governar essa bodega e tentar conhecer a vida pregressa dos candidatos, especialmente aquele(a) que conta com sua simpatia (sim, os brasileiros votam por paixão, sem qualquer análise mais profunda). Em que tipo de obras/questões públicas aquela pessoa se meteu ao longo dos anos? Há coerência ou tudo não passou de mera busca do poder? As ideias ou projetos defendidos têm alguma razoabilidade na atual situação do Brasil?
Votar é coisa séria, minha gente! Quem decide os destinos do RN e do Brasil também decide o futuro do nosso bolso, se teremos um país/estado mais sério ou se vamos continuar financiando a mamata em que os (maus) políticos profissionais conseguiram transformar este país. Continuaremos pagando pela ladroagem escancarada? Continuaremos pagando duas vezes para obtermos um serviço que deveria ser público e termina sendo privado e ruim, por não ter concorrência? Continuaremos pagando para ver um mundo de fantasia nas propagandas governamentais enquanto pacientes entopem corredores de hospitais, empilhados feito mercadorias?
Mais importante: Continuaremos a ser uma sociedade que acha que só existem direitos para si e deveres para os outros?
Pra valer mesmo a campanha começa em agosto. Mas já é hora de pesquisarmos as ideias dos candidatos para não cairmos na esparrela de musiquinhas fáceis de decorar, frases de efeito e gestos de impacto. E nem seguirmos o fácil caminho de acompanhar pesquisas eleitorais com a ridícula ideia de não perder o voto.
Não se perde voto porque o candidato escolhido perdeu a eleição. Perde-se voto quando não se aproveita a hora sagrada da urna, em que todos somos iguais, para enfim tentar botar esse país/estado nos trilhos. Perde-se voto quando escolhemos nos abster da escolha, faltando ou votando nulo ou em branco. Perde-se voto quando não escolhemos de verdade e deixamos outros (pesquisa, partido, música, fake news) escolherem por nós.
Basta de nos encantarmos com a forma! Chegou a hora de assumirmos a responsabilidade de conhecer o conteúdo, pararmos de reclamar que esse país/estado não tem jeito e mostrarmos como queremos que as coisas sejam feitas daqui para a frente.
Temos que pesar prós e contras dos candidatos e escolher senão o melhor, aquele(a) que menos prejuízo trará para nossas vidas. Afinal, o RN e o Brasil já dão sinais de esgotamento de recursos. Não cabe botarmos mais ladrões deslavados para cuidar do nosso dinheiro.
E depois não venham reclamar das escolhas dos outros. Ou pior: de suas próprias escolhas.
P.S.: prestem atenção no vice que vai junto do seu candidato, viu?
A manchete do bem: Pocket show dos Tribalistas no Fantástico.
As outras: Número de presidiários no país vai chegar a 1,47 milhão até o ano 2025, Fluxo de turistas tem redução de 9,39% e Falta transporte público em 1/3 dos municípios do RN.