O América completa amanhã 103 anos de fundação de modo absolutamente melancólico para o tamanho de sua tradição: sem disputar mais qualquer partida oficial no ano.
A esse respeito, o
Globoesporte.com publicou reportagem que trouxe entrevista do presidente Eduardo Rocha, cujos trechos principais seguem abaixo.
Fim de temporada mais cedo
Mesmo se a gente tivesse chegado na final, o acabaria em agosto, né? Ninguém fala também que a Série C acaba pra muita gente também já agora nos próximos dias. É que quando se perde, parece se fez tudo errado. Vocês pintam como se tudo estivesse errado, que nada está certo, mas não é assim. (...) Foi um ano em que a gente se planejou, se reapresentou em novembro, um dos primeiros do Brasil. Mantivemos o treinador [Leandro Campos], que se dizia que o trabalho tinha sido bem feito e que foi apenas um jogo em que o time falhou [contra a Juazeirense] no ano anterior. Contrariamos o que sempre se faz, que é demitir de um ano para o outro. Pegamos os melhores do time do ano anterior e renovamos. (...) Depois trouxemos um treinador com dois acessos [Ney da Matta]. Aí o jogador cobra o pênalti daquele jeito na decisão. É que, pra qualquer coisa que dá errado, a crítica é em cima da diretoria, a imprensa sempre critica a diretoria. Nós fizemos um planejamento, mas a coisa não aconteceu. (...) Está muito difícil fazer futebol hoje em dia, inclusive com públicos ridículos. (...) Eu, particularmente, estou de saco cheio. Quando acabar esse meu mandato, vou sair e só cuidar das minhas coisas.
Arena América
Há um sentimento no clube de que jogaremos na Arena América em 2019. Não dá pra estimar quando, mas nosso objetivo é de que inauguremos a Arena América de qualquer forma em 2019. Hoje a situação está mais difícil ainda porque não estamos recebendo dinheiro dos contribuintes de cadeiras e camarotes.
Jocian Bento
É um estudioso, tem muita noção de futebol. Mostrou que é um profissional extremamente competente ao conseguir segurar o Força e Luz na primeira divisão com as dificuldades do clube. Mas os trabalhos dele sempre foram voltados e dedicados às bases. Foram dois a três meses de conversas com ele, não foi do nada. É um projeto a médio prazo. Hoje temos cinco ou seis jogadores no grupo principal e pretendemos ter cerca de oito no futuro. Como uma forma de baratear custos e negociar atletas também.