sábado, 14 de julho de 2018

Manchetes do dia (14/07)

A manchete do bem: Feira Cria de arte impressa e publicações independentes acontece em Natal pela primeira vez, neste sábado, das 14h às 20h, no Praia Shopping.

As outras: Setor de Serviços do RN registra maior queda do país, Criminosos queimam viaturas em Parnamirim e Flávio Rocha anuncia desistência de candidatura.

Bom dia a todos! 

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (07/14)

The headline for good: Microsoft urges Congress to regulate use of facial recognition.

The others: Scarlett Johansson withdraws from transgender role after backlash, Wimbledon: After many, many hours, Kevin Anderson beats John Isner in the semifinals and Trump invited the Russians to hack Clinton. Were they listening? 

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Técnico do Sub-19

"Estou de saco cheio"

O América completa amanhã 103 anos de fundação de modo absolutamente melancólico para o tamanho de sua tradição: sem disputar mais qualquer partida oficial no ano.

A esse respeito, o Globoesporte.com publicou reportagem que trouxe entrevista do presidente Eduardo Rocha, cujos trechos principais seguem abaixo. 

Fim de temporada mais cedo
Mesmo se a gente tivesse chegado na final, o acabaria em agosto, né? Ninguém fala também que a Série C acaba pra muita gente também já agora nos próximos dias. É que quando se perde, parece se fez tudo errado. Vocês pintam como se tudo estivesse errado, que nada está certo, mas não é assim. (...) Foi um ano em que a gente se planejou, se reapresentou em novembro, um dos primeiros do Brasil. Mantivemos o treinador [Leandro Campos], que se dizia que o trabalho tinha sido bem feito e que foi apenas um jogo em que o time falhou [contra a Juazeirense] no ano anterior. Contrariamos o que sempre se faz, que é demitir de um ano para o outro. Pegamos os melhores do time do ano anterior e renovamos. (...) Depois trouxemos um treinador com dois acessos [Ney da Matta]. Aí o jogador cobra o pênalti daquele jeito na decisão. É que, pra qualquer coisa que dá errado, a crítica é em cima da diretoria, a imprensa sempre critica a diretoria. Nós fizemos um planejamento, mas a coisa não aconteceu. (...) Está muito difícil fazer futebol hoje em dia, inclusive com públicos ridículos. (...) Eu, particularmente, estou de saco cheio. Quando acabar esse meu mandato, vou sair e só cuidar das minhas coisas.

Arena América
Há um sentimento no clube de que jogaremos na Arena América em 2019. Não dá pra estimar quando, mas nosso objetivo é de que inauguremos a Arena América de qualquer forma em 2019. Hoje a situação está mais difícil ainda porque não estamos recebendo dinheiro dos contribuintes de cadeiras e camarotes.

Jocian Bento
É um estudioso, tem muita noção de futebol. Mostrou que é um profissional extremamente competente ao conseguir segurar o Força e Luz na primeira divisão com as dificuldades do clube. Mas os trabalhos dele sempre foram voltados e dedicados às bases. Foram dois a três meses de conversas com ele, não foi do nada. É um projeto a médio prazo. Hoje temos cinco ou seis jogadores no grupo principal e pretendemos ter cerca de oito no futuro. Como uma forma de baratear custos e negociar atletas também.

Podcast: Felicidade em alta

A Unicef apontou o país com as crianças mais felizes do mundo e os caminhos que podemos seguir para sermos nós também mais felizes.



Podcast especial: Entrevista

Entrevista com o novo coordernador das bases do América Jocian Bento. Ele assume também como técnico do sub-15 e do sub-17, mas há apostas de que isso é só preparação para que ele seja anunciado como técnico do time profissional para a temporada 2019.
https://www.spreaker.com/episode/15248475


Podcast especial já, já

Diante da longuíssima entrevista do novo coordenador das bases do América Jocian Bento, nada como um Podcast especial para acompanhar tintim por tintim das ideias daquele que à boca pequena se diz que pode comandar também o time profissional em 2019.

É já, já, às 9h30.

Até lá. 

Manchetes do dia (13/07)

A manchete do bem: ANS revisará aumento de planos de saúde.

As outras: Justiça condena Flávio Rocha por injúria contra procuradora, Anistia Internacional cobra solução do caso Marielle e Ibama interdita terminal salineiro de Areia Branca.

Boa sorte a todos nesta sexta-feira 13!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (07/13)

The headline for good: 'Still can't believe it worked': The story of the Thailand cave rescue.

The others: Justice Department plans appeal of AT&T-Time Warner merger approval, Serena Williams, enjoying every moment, is back in the Wimbledon final and FEMA was sorely unprepared for Puerto Rico hurricane, report says.

Good luck on this Friday the 13th, everyone!

Source: The New York Times

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Por dentro do STF - parte 4

Ufa! Chegamos à metade da imensa reportagem a respeito das entranhas do STF. Para ler a parte 1, clique aqui; parte 2, clique aqui; parte 3, clique aqui.

O encontro com o ministro Luiz Fux será em sua casa, numa das quadras internas do Lago Sul. Da transferência do Supremo até o governo Collor os ministros tinham à disposição apartamentos funcionais, e moravam neles. "Apartamento funcional" é típica instituição brasiliense. Os apartamentos dos ministros empilhavam-se todos no mesmo prédio, de propriedade do tribunal. Na sessão plenária que julgou o foro privilegiado, o ministro Gilmar Mendes contou o comentário que ouviu a respeito do juiz Antonin Scalia, famoso campeão do conservadorismo na Suprema Corte americana. "Ah, Brasília, aquela cidade feita por um arquiteto comunista?", disse-lhe o americano. "Fizeram um prédio para os juízes morarem. Eles divergem, brigam, e depois têm de se cruzar no corredor e no elevador. Gostei de saber que os comunistas não conhecem  a alma humana."

Collor se propôs a acabar com os apartamentos funcionais e vendeu vários. Do Supremo restaram algumas unidades - Celso de Mello e Fachin são alguns de seus moradores. Outros ministros moram em casas - Fux, Barroso, Cármen Lúcia. Morar no Lago Sul é chique, mas a casa de Fux não é. O ministro está atrasado, e ao chegar se desculpa. Foi retido no Tribunal Superior Eleitoral, do qual está no exercício da presidência, porque hoje (26 de abril) é seu aniversário e lhe fizeram uma festinha. Não há quadro nas paredes da sala. A um canto repousam, no chão, em seus estojos, uma guitarra e um baixo; uma bateria completa o trio. O ministro é roqueiro, como sabe quem viu sua performance na festa de despedida do ministro Joaquim Barbosa do Supremo (está na internet).

Fux percorreu "carreira completa", diz ele, de magistrado; juiz singular, desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, ministro do Superior Tribunal de Justiça e, em fevereiro de 2011, ministro do Supremo Tribunal Federal. Por isso, fora a responsabilidade que aumentou ao ganhar a missão de "uniformizar o ordenamento jurídico nacional", o STF não teve para ele "nenhum mistério". Para ascender à mais alta corte, teve o apoio de Sérgio Cabral, então governador, e de Antonio Palocci, então ministro da Casa Civil. "Sem apoio político não se consegue", diz. "Nomeação para o STF exige o mérito mais apoio político." Tinha o apoio de Cabral, seu conterrâneo, mas precisava também de São Paulo, "a caixa de ressonância nacional", e procurou Palocci, a quem conhecia de um processo de interesse do governo que relatou no STJ. O então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também ajudou.

Critica-se a "judicialização" da política, mas o fato é que "o Congresso se acostumou a jogar seus conflitos para o STF", diz o ministro. Quando o pastor Feliciano, adversário das demandas dos gays e detrator da África como berço do " paganismo, do ocultismo, da miséria, a aids e da fome", foi nomeado presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, partidos que desejavam obstar a nomeação recorreram ao Supremo. Reação de Fux, a quem coube apreciar a matéria: "Vocês é que resolvam. Não tenho nada a ver com isso". Em contrapartida, mandou sustar o projeto que continha medidas de combate à corrupção. Tratava-se de uma iniciativa popular, e como tal não podia ser mexida. Alguns deputados a encaparam como sua de forma a poder alterá-la - e a desfiguraram a ponto de virar projeto contra o abuso de autoridade.

Na mesa ao centro dos sofás e das poltronas em que nos sentamos, entre pilhas de publicações jurídicas e de outras ordens, sobressaem um grosso volume intitulado The Beatles e outro que trata da saga do povo judaico. O ministro é judeu, o primeiro judeu a chegar ao STF. O primeiro, sim, mas já não seria o único. Luís Roberto Barroso tem mãe judia, e como na tradição judaica a transmissão se dá pelo lado materno, explica Fux, Barroso seria o segundo. Os avós e o pai do ministro vieram da Romênia. Refugiados de guerra, os avós estiveram separados por três anos, antes de se reencontrarem no Brasil. O pai, brasileiro naturalizado, foi técnico em contabilidade e, já em idade madura, formou-se advogado. A família, de poucos recursos, morava no bairro carioca do Andaraí. Fux estudou no Colégio Pedro II, formou-se em direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e seu primeiro emprego foi no departamento jurídico da Shell. Um dia a Shell lhe propôs transferir-se para a sede da multinacional, em Londres. Eufórico, Fux apressou-se em contar a novidade ao pai; recebeu em troca um banho de água fria: "Não gastei nada em sua educação", disse-lhe o pai. "Você estudou à custa do Brasil, em escolas públicas. Deve ficar aqui e retribuir o que o país lhe deu."

Fux ficou associado à controvérsia do auxílio-moradia dos magistrados. Em 2014 determinou monocraticamente seu pagamento a todos os juízes federais. Em março último, com a questão na iminência de ser julgada pelo plenário do STF, decidiu transferi-la a uma câmara de conciliação, a ser instalada pela Advocacia-Geral da União, e com isso jogou-a para sabe-se lá quando. O ministro é a favor do auxílio-moradia?

"Não sou a favor, mas compreendo o problema. Esta casa é alugada, 5.000 reais de aluguel. Nunca recebi penduricalhos, em toda a minha carreira, e disse aos presidentes das associações de juízes que deveriam abrir mão deles. Não fazem bem para o prestígio da classe. O que defendo é uma solução de compromisso, e tenho convicção de que ela virá: os juízes abrem mão dos penduricalhos e o governo passa a cumprir o mandamento constitucional de lhes dar reajustes salarias anuais."

Ele acrescenta: "Por que essa questão, neste momento? Não tenho dúvida de que foi por causa da Lava-Jato. Querem atingir os juízes que cuidam desses processos".