terça-feira, 3 de outubro de 2017

Vale a discussão

Simplesmente não resisto a compartilhar por aqui algum texto (bem escrito, diga-se de passagem) sobre temas palpitantes. Afinal, como digo no lema deste blog: "Discutir é existir".

Hoje volto no tempo um pouco para trazer texto de Rodrigo Lemos, doutor em Literatura pela UFRS e professor da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, publicado na Veja de 20/09/17 (páginas 80-81), a respeito justamente da liberdade de expressão. Vale a leitura:

"A Censura das Redes
O cancelamento da exposição Queermuseu demonstra que hoje as ameaças à liberdade de expressão não vêm mais do Estado, mas de grupos de pressão organizados na internet.

O Século XX é conhecido como um tempo sangrento: duas Guerras Mundiais, duas grandes revoluções violentas (a russa e a chinesa), totalitarismos dividindo a Europa (o nazifascismo e o comunismo), colonialismos e um cordão de ditaduras castigando a África, a Ásia e as Américas. Em uma coisa, entretanto, viver naquele tempo talvez fosse relativamente menos complicado do que no nosso: todos sabiam o que era a opressão e quem era o opressor. A liberdade de expressão era o que nós queríamos. A censura era o que eles, os governos ditatoriais, nos impunham, a partir dos seus Departamentos da Verdade e de seus Secretariados da Informação. O recente fechamento precoce da exposição Queermuseu, com curadoria de Gaudêncio Fidelis, no Santander Cultural de Porto Alegre, indica uma mudança grave no conceito e na prática da censura nos nossos tempos. Sob o pretexto de que as obras expostas nessa mostra LGBT fariam apologia da zoofilia e da pedofilia, além da blasfêmia, militantes de direita (alguns dos quais autointitulados liberais) organizaram ataques coordenados por meio das redes sociais. Estes teriam compreendido desde o boicote ao banco até agressões verbais a visitantes e a depredação de agências. O deputado estadual Marcel Van Hattem (PP), um dos próceres locais do liberal-direitismo, decidiu introduzir mais Estado para levar o caso até o fim, ameaçando acionar o Ministério Público contra a exposição.

Muitos desses grupos de direita denunciam práticas de intimidação semelhantes quando empreendidas por seus inimigos públicos preferidos, os militantes de minorias sexuais e raciais alinhados à esquerda. Essas ocorrências são de fato frequentes. Em março deste ano, estudantes do Middlebury College, nos Estados Unidos, tentaram impedir violentamente uma palestra do cientista social Charles Murray (autor do polêmico livro A Curva do Sino, que demonstraria a existência de supostas diferenças cognitivas entre as raças); para os militantes, Murray era 'racista, sexista e antigay'. O caso, por óbvio, repercutiu negativamente nos meios direitistas brasileiros. Em maio deste ano, os genéricos nacionaisdo progressismo americano realizaram um protesto semelhante contra a mera presença, no festival de cinema do Recife, do documentário O Jardim das Aflições, sobre o intelectual conservador Olavo de Carvalho. Sete diretores solicitaram a retirada de seus filmes de um páreo em que constava o representante da temida direita reacionária. O episódio encerrou-se pela eleição do documentário de Josias Teófilo como o melhor filme da 21.a edição do festival.

O caso do Santander teve um desfecho bem menos positivo. Charles Murray terminou por fazer a conferência pela internet. O filme sobre Olavo de Carvalho foi premiado. Já o banco Santander decidiu unilateralmente encerrar a exposição. Isso indicaria que a direita aprendeu a exercer pressão em favor das suas pautas, assim como a esquerda vinha fazendo em nome do seu conceito de igualdade, e que agora os direitistas superaram seus mestres? Se for o caso, haverá motivos para comemorar - para essa direita, e talvez só para ela. É duvidoso que o debate público saia ganhando com o mimetismo do funcionamento de bando que caracterizava até há pouco o outro lado do debate. Quando não mais, porque esse funcionamento de bando redunda em um verdadeiro empobrecimento dos termos da discussão, quando não na sua morte. (E sabemos o que se segue à morte da discussão: o confronto direto na rua, a guerra civil.)

Os direitistas que impediram a exposição LGBT (assim como os militantes contrários a Charles Murray ou a Olavo de Carvalho) reivindicaram pura e simplesmente a supressão do seu objeto de desgosto da arena pública. É a nova forma que assume a censura em nosso tempo: não mais a decisão de um burocrata insignificante em um bureau do Leste Europeu ou da América Latina nos anos 70, mas o clamor mais ou menos anônimo, reverberado pelas redes sociais, contra a mera existência do que desagrada a certa maioria.

Tal coisa ofende; logo, deve sumir. Simples assim, como pensam as crianças. Não apenas os que gostam de arte queer (ou de Charles Murray ou de Olavo de Carvalho) são prejudicados. Sobretudo, são poupados todos os que não gostam de arte queer (ou de Charles Murray ou de Olavo de Carvalho), de analisar, de criticar, de tentar entender, de rejeitar racionalmente e até de repudiarcom veemência o que fere as suas concepções religiosas, políticas ou morais. Um texto, um bom texto argumentativo, estudado e inteligente, mostrando por que a arte queer (ou Charles Murray ou Olavo de Carvalho) não merece atenção seria a resposta civilizada. Mas não; para tanto, seria necessário criar algum tipo de relação com aquilo que eu repudio, dar uma chance a que a coisa se mostre e até, talvez, se revele menos ruim do que eu havia imaginado.

Acontece que o homem das redes sociais pode não ter um intelecto muito autônomo, mas tem seu grupo, ao qual se funde como numa tribo, unida pelo ódio aos símbolos da tribo contrária. Exigir a destruição desses símbolos basta para promover aquele gostoso sentimento de pertença. Pensar e escrever em tensão com sua tribo, diferenciando-se da sua tribo, cavando espaços de autonomia quanto à tribo, sabendo que os símbolos da tribo se interpõem à realidade e que se comprazer neles é rumar à estupidez - eis algo de terrivelmente solitário, um ato dissuadido no dia a dia das redes sociais, em que se teme a reprovação dos amigos e em que se busca a todo custo a aprovação imediata ("quantos likes na minha foto?"; "viu o que eu postei?"). Vivemos e pensamos e fazemos escolhas sobre o fundo dessa voz que não chega a ser bem uma conversa, mas que já é bem mais do que um simples rumor.

É essa terrível nova voz, coletiva e anônima, autoritária e caótica, imperativa e manipulável, que representa, hoje, o maior perigo às liberdades individuais - e, em primeiro lugar, à liberdade de expressão. Stendhal viu-a nascer no século XIX francês e chamou-a de opinião; Tocqueville viu-a reinar na América dos 1830 e batizou-a de tirania de maiorias. Nenhum deles podia imaginar a proporção que ela ganharia na sociedade da conexão total.

Os próprios autoproclamados liberais estão perdidos. Foram completamente ultrapassados pelos acontecimentos. O episódio do Santander mostra isso muito bem. Continuam a raciocinar como no século XX, como se a censura, esse poder de um ente social de fazer uma mensagem incômoda desaparecer do espaço público, fosse ainda atributo exclusivo do aparelho estatal. Uma boa parte não viu anormalidade alguma em obras de arte sumirem por pressão tribal, não podendo mais sequer ser objeto de desgosto. É como se, em não havendo coerção do Estado, nada que mereça tanta preocupação assim pudesse ocorrer no campo das liberdades individuais: os clientes do banco escolheram livremente fechar suas contas; o banco escolheu livremente suspender a exposição; o Estado não se intrometeu, e a democracia liberal reina soberana. Nada preparou os novos liberais para analisar esse novo sufocamento do indivíduo sob o poder avassalador, truculento e capilar da voz coletiva.

Há resposta para essa nova ameaça? Certamente ela não estaria em mais regulações, na retomada por meio judicial de exposições ou palestras vitimadas pelos novos censores - tudo o que significaria resolver os problemas com mais Estado. Por enquanto, o que se pode fazer é explorar os espaços ainda preservados: transmitir pela internet a conferência vedada; não dobrar-se à pressão dos pares profissionais; quem sabe remontar uma exposição interrompida em um espaço alternativo (inclusive e acima de tudo com as obras que mais incomodaram). E manter-se vigilante - sobretudo quanto a nós mesmos e ao nosso prazer de finalmente encontrarmos a nossa turma."

Série B 17: Brasil-RS x Juventude às 21h30

Local: Estádio Bento de Freitas (transmissão ao vivo para todo o Brasil, exceto Rio Grande do Sul, pela Sportv)

Brasil-RS (4-5-1): Marcelo Pitol, Éder Sciola, Teco, Leandro Camilo, Marlon; Leandro Leite, Itaqui, Marcinho, Calyson, Elias; Lincom. Técnico: Clemer.

Juventude (4-3-3): Matheus Cavichioli, Tinga, Domingues, Micael, Maurício; Fahel, Mateus Santana, Leilson; Yuri Mamute, Yago, Tiago Marques. Técnico: Gilmar Dal Pozzo.

Árbitro: Dyorgines José Padovani de Andrade (ES)
Assistentes: Fabiano da Silva Ramires (ES) e Vanderson Antônio Zanotti (ES)

Destaques do Brasil-RS
Itaqui - bom na marcação e no apoio ofensivo.
Lincom - atacante que não perdoa.

Destaques do Juventude
Matheus Cavichioli - seguro.
Tiago Marques - artilheiro.

Prognóstico: o Brasil-RS (11.°) conta com sua torcida para superar a marcação do Juventude (6.°). Empate.

Série B 17: Paraná x Internacional às 20h30

Local: Arena da Baixada

Paraná (4-4-2): Richard, Cristovam, Iago Maidana, Eduardo Brock, Igor; Zezinho, Gabriel Dias, Renatinho, João Pedro; Vitor Feijão, Alemão. Técnico: Matheus Costa.

Internacional (4-5-1): Danilo Fernandes, Cláudio Winck, Danilo Silva, Léo Ortiz, Uendel; Rodrigo Dourado, Edenilson, Camilo, Eduardo Sasha, Nico López; Leandro Damião. Técnico: Guto Ferreira.

Árbitro: Leandro Bizzio Marinho (SP)
Assistentes: Daniel Paulo Ziolli (SP) e Daniel Luís Marques (SP)

Destaques do Paraná
Renatinho - bom na movimentação e na finalização.
Alemão - atacante que não perdoa.

Destaques do Internacional
Eduardo Sasha - bom na movimentação e na finalização.
Leandro Damião - atacante que não perdoa.

Prognóstico: o Paraná (3.°) tem uma verdadeira prova de fogo da boa fase frente ao poderio técnico do Internacional (1.°). Empate.

Série B 17: Ceará x Vila Nova às 19h15

Local: Arena Castelão (transmissão ao vivo para todo o Brasil, exceto Ceará, pela Sportv)

Ceará (4-5-1): Everson, Tiago Cametá, Luiz Otávio, Rafael Pereira, Romário; Richardson, Pedro Ken, Leandro Carvalho, Ricardinho, Lima; Elton. Técnico: Marcelo Chamusca.

Vila Nova (4-4-2): Luís Carlos, Maguinho, Alemão, Wesley Matos, Gastón Filgueira; PH, Geovane, Alípio, Alan Mineiro; Moisés, Mateus Anderson. Técnico: Hemerson Maria.

Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Assistentes: Michael Correia (RJ) e Silbert Faria Sisquim (RJ)

Destaques do Ceará
Richardson - bom na marcação e no apoio ofensivo.
Elton - atacante que não perdoa.

Destaques do Vila Nova
Alípio - bom na movimentação e na finalização.
Alan Mineiro - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: Ceará (5.°) e Vila Nova (4.°) sabem que esta partida é quase uma decisão da última vaga. Vitória do Ceará.

Manchetes do dia (03/10)

Manchete do bem: Governo dá início ao "Transporte Cidadão", que vai oferecer transporte gratuito para pessoas de baixa renda em 10 linhas da Grande Natal.

Outras: Raquel Dodge pede ao STF para ouvir Temer no inquérito sobre a MP dos Portos, Balança comercial brasileira bate recorde em setembro e História dos Mártires ganha espetáculo promovido pela Fundação José Augusto.

Bom feriado a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

"Não vejo a hora disso acontecer"

Ele frustrou a torcida americana neste ano ao comandar o meio de campo da Juazeirense rumo ao acesso para a Série C no lugar do América. Agora, Juninho Tardelli revela-se ansioso para vestir a camisa alvirrubra. Vejamos a entrevista que ele concedeu à assessoria do Orgulho do RN:

Defender o América
"Feliz e bastante motivado por vestir a camisa do América. Não vejo a hora disso acontecer, de poder estar a favor agora da torcida. E feliz mais ainda pelo repercussão que teve [a] minha contratação. Isso me motiva mais pra que eu possa chegar em novembro e me empenhar e buscar fazer o melhor pra que a gente possa ter um ano de conquistas, de vitórias e colocar o quanto antes no seu devido lugar, pela grandeza, pela torcida. Enfim, estou bastante motivado, bastante feliz e não vejo a hora disso acontecer."

Características

"Eu sempre fui um meia, um 10, vamos dizer assim. Mas acho que, pela minha movimentação, isso é indiferente dentro de campo. Hoje em dia a gente tem que chegar na frente e voltar, ajudar a marcar. Acho que a minha característica sempre foi de deixar os companheiros na cara do gol, de chegar na área, de fazer gol. Acho que, quanto a jogar, isso é indiferente. O importante é estar aí pra poder ajudar o América no melhor."

Acrescento às características uma cobrança mortal de faltas. Pelo menos foi o que mostrou pela Juazeirense. 

Pode mudar

No Podcast de domingo, falei a respeito da expectativa da Série D 18 ser disputada apenas a partir de 16 de julho e a tentativa de mudança de regulamento da fase final encampada por Eduardo Rocha.

3 dias após divulgar o calendário de 2018, a CBF solicitou oficialmente à FIFA que as Séries B, C e D não sejam interrompidas durante a Copa do Mundo. A Série A ficará mesmo sem jogos no período.

As justificativas encaminhadas pela CBF, segundo o Globoesporte.com: as divisões de acesso não concorrem com a Copa do Mundo, não têm jogadores nas seleções participantes e o calendário de 2019 pode ficar prejudicado se houver a interrupção.

Em relação à Série D, que atualmente tem 16 datas sem jogos no meio de semana, isso pode ser um indício de que a ideia de Eduardo Rocha para a fase final venha a ser adotada pela CBF.

De todo jeito, será uma quebra de paradigma, pelo menos recentemente, a FIFA permitir o desenrolar de campeonatos durante a Copa 2018.

Aguardemos.

O lado humano

A estupidez humana é um perigoso gatilho para a violência. Agora acrescente um ambiente em que qualquer um pode comprar a arma que quiser (inclusive armas de uso militar) e na quantidade que quiser - aliás, infelizmente, sonho de uma parte barulhenta de brasileiros. Pronto. Eis as condições perfeitas para os massacres que vemos repetidas vezes nos Estados Unidos.

A cada tragédia, um novo recorde de vítimas. Corremos o terrível risco de nem nos chocarmos mais. Não podemos, nem devemos.

A CNN publicou carta de um sobrevivente - Brandon J. Wolf -  do massacre da boate Pulse em Orlando para os sobreviventes deste massacre do festival em Las Vegas. Mais do que números, devemos reparar mais no lado humano mesmo desses acontecimentos. Assim, segue uma tradução livre:

"De novo.

Eu não tinha ideia do que estava acontecendo de início quando fui sacudido da cama na segunda de manhã por ligações, mensagens de texto e postagens frenéticas. Mas logo essas palavras 'de novo' ficaram martelando na minha cabeça. E voltei a pensar nas ligações perdidas, nas mensagens de texto frenéticas e nas atualizações de status do Facebook dos amigos encurralados. E pensei "Está acontecendo de novo em Las Vegas.".

16 meses atrás, essas postagens eram minhas. "Escondido no banheiro. Não consigo encontrar meus amigos.", escrevi. E agora pelo menos 58 pessoas estão mortas e mais de 500 feridas em Las Vegas, depois de um ataque a tiros num festival de música country.

E embora mais de um ano tenha se passado desde o ataque a tiros à boate Pulse em Orlando, onde 49 pessoas morreram, inclusive meu melhor amigo, esse novo horror em Las Vegas me trouxe de volta aquela mesma sensação de pavor. Posso sentir a dor nas histórias dos sobreviventes. Me dói o pesar das mães e dos pais esperando notícias de seus filhos. Posso lembrar da cobertura incessante da mídia.

Eu tento esquecer a espera para ver o nome e a foto do meu melhor amigo numa lista de vítimas. Hoje, todo esse terror está de volta.

A comunidade de Orlando sofre hoje por Las Vegas e por nós mesmos. Uma ferida que mal tinha começado a sarar foi rasgada e exposta novamente por um homem aparentemente armado como um soldado. Exatamente como foi há muitos meses, a violência causada por armas rasga as costuras deste país. E isso é intensamente sentido por todos os que foram atingidos pelo massacre da boate Pulse.

Para as pessoas atingidas em Las Vegas: amamos vocês. Eu amo vocês. Se aprendi alguma lição nesta estrada escura da recuperação de um ataque em massa, é que todos nós precisamos de amor mais do que gostaríamos de admitir. Fiquem juntos. Deem-se os braços. Abracem. E saibam que enquanto vocês começam o trabalho de fechar uma ferida profunda, Orlando está ao seu lado.

Aos meus amigos e vizinhos em Orlando eu peço que se engajem em cuidado próprio. Tirem pausa da cobertura. Parem de atualizar a timeline do Twitter hoje. Visitem um conselheiro. Cerquem-se do amor e do calor afetuoso que os protegeram no dia logo após o ataque. Hoje é um dia para fortalecer a alma; nossos irmãos e irmãs de Las Vegas vão precisar de ombros fortes para apoiá-los.

E para o país: fique farto disso. Exija que algo seja feito para salvar nossas vizinhanças. Quando será o bastante? Quando chegar ao nosso quintal? Quando você acordar com mensagens de texto frenéticas de medo? Quando for a foto do seu irmão te assombrando na tela da TV? Enquanto esta comunidade se recupera, envie seus pensamentos e orações. E quando tiver terminado de rezar ajoelhado, levante-se pronto para lutar. Exatamente como fiz no ano passado, as pessoas de Las Vegas precisam de atitude agora. Precisam de mudança. Precisam de um país onde nós estejamos ao seu lado protestando nas ruas e nos recusemos a nos curvar diante do ódio."

Na verdade, 2

Fui na onda de um site de estatísticas de futebol e terminei cravando que o meia Daniel Costa conquistou o acesso à Série C com o CSA em 2016, o que não é verdade.

O alerta me foi passado por Leonardo Bezerra. Em 2016, Daniel Costa estava no futebol árabe e só voltou ao CSA em fevereiro/2017.

De todo jeito, o meia conquistou 2 acessos seguidos em suas últimas atuações no futebol brasileiro: em 2015, da B para a A com o Santa Cruz e em 2017, da C para a B com o CSA, que inclusive ontem colocou um pé na final ao vencer o São Bento em Sorocaba por 1x0.

Magoou

Futebol é tão passional que deixa marcas profundas. Veja-se o caso daquela voadora de Flávio Boaventura na já distante final do estadual de 2015, o do título centenário. Houve gente aguardando esse tempo todinho (caminhamos para 3 anos) para ver um gol contra do zagueiro (na última rodada, quando o CRB enfrentou o Londrina) e então perguntar se ele também tinha dado uma voadora na bandeirinha.

O problema não é ser torcedor. O problema é quando o magoado é um jornalista.