quinta-feira, 25 de maio de 2017

Escapou

Ameaçado de perder o mando de campo num jogo do estadual do próximo ano, o América escapou ontem de um prejuízo maior no TJD, mas não saiu sem prejuízo algum. 

O pleno decidiu que a invasão dos torcedores na partida contra o Santa Cruz não representou perigo (de fato, os torcedores apenas conversaram com jogadores e voltaram rapidamente para a arquibancada) a ponto de um mando de campo sem retirado do alvirrubro, mas foi imposta multa de R$ 3 mil reais.

Falando à assessoria de imprensa do clube, Diogo Pignataro, responsável pelo setor jurídico do América, pediu mais prudência aos torcedores: "Os torcedores precisam manter o controle, e mesmo nos momentos de emoção extrema, evitar esse tipo de ação. Neste caso, conseguimos evitar a perda do mando de campo que nos renderia um prejuízo sem tamanho. Mas ainda assim, tivemos a perda de um valor que - com toda certeza - fará falta ao clube."

Manchetes do dia (25/05)

Primeiro, a manchete do bem: Regulação no PS diminui em 15% ocupação no Hospital Walfredo Gurgel.

Agora, as outras: Teatros e bibliotecas do Rio Grande do Norte estão fechados, BNB abre linha de crédito para implantar energia solar e Concurso tem 571 vagas para agente península com salário de R$ 3 mil.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

quarta-feira, 24 de maio de 2017

América na final

Quando o campeão do Nordeste receber a taça entre o fim de hoje e o início de amanhã, o RN estará bem na foto. Mais precisamente o América. É que caberá a Eduardo Rocha, um dos que comandam o futebol do América nesta Série D, entregar o troféu ao campeão da Copa do Nordeste 17, segundo informação do Blog Marcos Lopes.

Eduardo também é dirigente da Liga do Nordeste, que organiza a competição, e um dos grandes líderes do movimento que trouxe a competição de volta ao calendário nacional.

Fim da caligrafia?

Na mesmíssima página 2 da edição de ontem, a Tribuna do Norte publicou carta de Luiz Carlos Amorim, escritor, fundador e presidente do grupo literário A Ilha a respeito de como tem se processado a alfabetização no Brasil. Confesso que, confirmada a tendência, temi pelo fim da velha e tradicional caligrafia. Não saberemos mais no futuro escrever com lápis e caneta?

Alfabetização no Brasil - Luiz Carlos Amorim (escritor, fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA
Meu sobrinho de sete anos, Ramon, saiu-se com esta, recentemente, quando lhe deram um texto escrito em letra cursiva para ele ler: "Como é que vocês me dão uma coisa com uma letra que não sei ler?" E ele tinha razão. Ele está sendo alfabetizado pelo sistema novo que inventaram, há uns quantos anos, para o ensino fundamental, segundo o qual a escola começa com as letras "de forma" ou "de livro". Ao contrário da sistemática antiga, na qual começava-se pela letra cursiva e só depois das famílias de sílabas, que hoje em dia já não se usam mais, quando a criança começava a ler, é que se entrava com as letras de imprensa.
E, comprovadamente, as crianças têm muito mais dificuldade para aprender a letra cursiva depois da letra de forma. A maneira que se usava antes era muito mais prática, tinha uma sequência que funcionava, mas os donos do poder, na última década, resolvera, "modernizar" a educação brasileira e as nossas crianças, agora, estão aprendendo a ler e a escrever com oito, nove anos, por osmose, ao contrário de antes, que era com sete anos. Então o Ramon tem razão de ficar indignado, pois se ensinaram para ele primeiro a letra de forma, que é quase quadrada, com muitos traços retos e poucas curvas, não dá para esperar que ele reconheça um texto escrito em letra cursiva. 
Precisamos que o MEC reveja a nossa sistemática de ensino, pois não está funcionando. Precisam fazer mudanças para melhorar o ensino e não o contrário, como tem sido feito. Estão tornando o ensino cada vez mais fraco neste nosso país, com modificações que deveria melhorá-lo, mas na verdade o sucateiam cada vez mais. As escolas públicas precisam de manutenção, de equipamentos, pois muitas estão caindo aos pedaços, literalmente, e os professores precisam de qualificação e salários decentes.
A educação precisa de uma reforma de verdade, mas uma reforma que melhore o ensino público e até o particular, pois as modificações que foram feitas até agora foram só para encaminhar a nossa educação para a falência.

As feras digitais

Ontem a Tribuna do Norte (página 2) trouxe um interessante artigo do Padre João Medeiros Filho a respeito do comportamento dos seres humanos, especialmente no ambiente digital. Vale a pena compartilhá-lo por aqui:

Por uma educação digital - Padre João Medeiros Filho
Há algumas semanas, educadores discutiam sobre o papel das redes sociais. Afirmaram que as mesmas contribuíram para diminuir a maledicência nas salas de espera dos consultórios e escritórios, nos salões de beleza e outros espaços de aglomeração. No entanto, cabem alguns questionamentos: por que tanto ódio nesses meios de comunicação? Por que muitos expõem ali o que há de mais perverso e maldoso? Quem navega por eles, verifica que o adversário virou inimigo; o opositor, desafeto; o diferente, antagônico; o próximo, desconhecido ou ignorado. Nota-se que a razão está se afogando num niilismo exacerbado. A emoção das pessoas anda à flor da pele. Explodem com surpreendente agressividade, imprevisível intransigência, ferocidade, incalculável violência e radicalismo.
Há décadas, estudiosos da mente humana procuram interpretar nossos sentimentos. Sigmund Freud, em "O mal-estar na cultura", descreveu que a vida em sociedade nos induz a reprimir pulsões (impulsos situados na fronteira entre o mental e o somático). O outro seria então o nosso limite. Jacques Lacan ensinava, na tensão entre os impulsos e a cultura, dispõe-se do recurso da linguagem. E, no entanto, esta é ambígua. "Uma fonte de mal entendidos", na expressão de Exupéry. Assim, na vida social, como por exemplo, no trânsito, somos capazes de duas atitudes: a primeira, ver a sinalização e procurar conduzir de modo a evitar acidentes; a segunda, ignorar os semáforos e arvorarmo-nos do direito de fazer o que quisermos. Parece ser esta última, a postura em vigor daqueles que atualmente perambulam pelas redes sociais.
Elas, cada vez mais, vêm mostrando o declínio dos comportamentos descritos pelos que estudam o fenômeno da psiqué. Estão se tornando um somatório de individualidades recolhidas a suas respectivas trincheiras de agressividade. Muitos se encastelam no próprio ego e perdem horas no pingue-pongue narcisista em torno de vidas alheias. Não comunicam ideias, sugestão ou atividade. Verifica-se que se criou o apertador de botão ou digitador. E este já não precisa mais conter suas pulsões e moderar sua linguagem. Julga-se inatingível. Acima de qualquer padrão civilizatório, capaz de ditar regras de educação recíproca, ele se reveste da condição de um juiz implacável com direito a ofender e ridicularizar aqueles que por eles são considerados réus de suas amargas emoções. Nessas incontroláveis redes, o ego implode o superego, abrindo o caminho para que venham à tona os instintos mais primitivos. O assassino virtual promove a morte simbólica de todos os que são o alvo de seu ódio. A única diferença é que não aperta o gatilho, apenas digita um teclado.
As ditas redes sociais impelem à satisfação imediata, ignorando sumariamente a escala de valores. Elas infantilizam, fazem a pessoa retroceder à fase pueril ou à ausência do uso da razão, de uma menoridade construída pelo chamado virtual, levando tantos à irresponsabilidade. Destitui-se o sujeito racional que deveria ser promovido. As "feras" do inconsciente afloram. A serpente que habita no ser humano expele, enfim, o seu veneno. Não se pode saciar todos os desejos. Esquece-se prontamente que os limites são intrínsecos à liberdade humana, fundando-se nas opções e não nas compulsões. Porém, na era da internet e das redes sociais, o inconsciente pretende ser livre de suas amarras. E isto tem favorecido uma postura de desprezo pelos direitos humanos e pela democracia. É mais do que hora das escolas, famílias, igrejas e outras instituições cuidarem da educação digital das novas gerações. Não basta dominar as tecnologias. Elas são apenas ferramentas. Uma sociedade de conhecimento se constrói com conteúdos humanísticos, respaldados pela ética e solidariedade. Sem avançar nessa direção, corremos o risco de inviabilizar o projeto de uma humanidade ancorada na justiça e voltada para a paz. Parece que se presencia a veracidade ou a comprovação do axioma latino: "Homo homini lupus est" (o homem é lobo de outro homem), na frase criada por Plauto em sua obra "Asinaria".

Elenco forte

Parece chover no molhado, mas para ser bem sucedido numa competição, um clube precisa de um elenco forte, não apenas de um time. É que, a cada rodada, surge uma coisa diferente e quem tiver mais bala na agulha sai vencedor.

Os casos de ABC e América agora são emblemáticos. O ABC está sem seus principais volantes (Márcio Passos e Anderson Pedra) em virtude da necessidade de ambos se submeterem a procedimentos cirúrgicos. Resta um garoto da base ou uma improvisação no setor. Isso dá certo numa Série B? 

O América começou a Série D com a conta do chá no ataque: o único reserva era um garoto da base. É que o DM lotou de uma hora para a outra. Até Bruno Furlan foi embora. Não houve problema na estreia em virtude deste elenco ser reconhecidamente de bom nível para a competição e dedicado ao que pede o treinador. Mas não dá para esticar muito a corda. Tanto que dois novos atacantes chegaram (Uederson e Tadeu).

Dinheiro pouco e necessidade grande obrigam dirigentes a colocar a faca nos dentes. Ponto para quem não dormir de touca e tiver um plano B para quando o destino impuser perdas irreparáveis. Afinal, não é time que vence campeonato, mas elenco. E digo mais: diretoria esperta é fundamental.

A.I. uprising/Levante I.A.

Google Home meets Amazon Echo./ O encontro entre Google Home e Amazon Echo.

Copa do Nordeste 17: Bahia x Sport às 21h45

Local: Itaipava Arena Fonte Nova (transmissão ao vivo para todo o Brasil pelo EI MAXX)

Bahia (4-3-3): Jean, Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca, Armeiro; Edson, Renê Júnior, Régis; Zé Rafael, Allione, Edigar Junio. Técnico: Guto Ferreira.

Sport (3-5-2): Magrão, Matheus Ferraz, Henriques, Durval; Everton Felipe, Ronaldo, Fabrício, Diego Souza, Mena; Rogério, André. Técnico: Ney Franco.

Árbitro: Francisco Carlos do Nascimento (AL)
Assistentes: Esdras Mariano de Lima Albuquerque (AL) e Rondinelle dos Santos Tavares (AL)

Destaques do Bahia
Edson - bom na marcação e no apoio ofensivo.
Allione - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Sport
Magrão - experiente.
Diego Souza - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: o Bahia é muito forte em casa. O Sport aposta numa nova configuração para superar o mandante. Bahia campeão.

Manchetes do dia (24/05)

A manchete do bem: Riqueza cultural do Seridó inspira novo espetáculo da atriz Titina Medeiros em parceria com o autor de televisão Filipe Miguez.

As outras: PGJ denuncia Motta por desvio de R$ 19 milhões do Idema/RN, Agentes federais ficam no RN por mais 30 dias e Justiça espanhola acusa ex-presidente da CBF e ex-dirigente do Barcelona de lavar dinheiro através de jogos amistosos da Seleção Brasileira.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

terça-feira, 23 de maio de 2017

A maratona zumbi

Antigamente, esse tipo de fim-de-semana era bem mais comum em minha rotina. Mas sabem como é, né? A idade vai passando e o corpo cobra a conta por qualquer noitezinha mal dormida.

Da sexta para o sábado, enfrentei uma verdadeira maratona zumbi. Primeiro, porque estava (ainda estou) meio abalada por reação à vacina da gripe. Para completar, tinha uma extensa programação cultural e de trabalho pela frente.

Nem fui para o escritório para não ter que acordar tão cedo. Mas relógio biológico é fogo - trabalhar de casa me deixou com apenas mais 40 minutos de sono.

O dia transcorreu como de sempre: cheio de tarefas e imprevistos e... tchau, planilha de corrida. 

Quando dei fé, já era hora do Podcast sobre assuntos variados. Fim do danadinho. Hora de correr para o banho e os preparativos para o show de Oswaldo Montenegro. Chegamos quase às 21h no Teatro Riachuelo, mas a incrível fila para entrar assustava. Assistimos ao show de um novo ponto - recebi ingressos para o camarote. Ponto de vista interessante. A exemplo da Arena das Dunas, qualquer lugar daquele teatro tem boa visão do espetáculo. 

Nunca havia ido a um show de Oswaldo Montenegro. Gostei, apesar de achar alguns arranjos meio repetitivos. Mas para quem esperava um show deprê voz e violão, o show foi um arraso! Algumas músicas me cativaram mesmo. Ponto negativo é o descuido de engenharia de som do teatro: o som estava insuportavelmente alto na maior parte do tempo. Não era assim. Temi ficar surda. Aliás, o mesmo problema dos últimos shows que vi na Arena, especialmente o de Roberto Carlos. Som alto demais tira o prazer até de música de qualidade...

No estacionamento, encontramos Ilana Albuquerque, super fã de Oswaldo. Disse que o show tinha sido o melhor dele dos últimos tempos justamente pela presença da banda. Escapamos mesmo de um show deprê, então. Mas Oswaldo é muito brincalhão, diga-se de passagem. Desejamos boa sorte aos nossos times na rodada das Séries B e D na despedida. E deu certo: o ABC empatou com o Inter e o América venceu o Murici.

A caminho de casa, marcamos com mais uma companheira na maratona zumbi: Elisiane. Marcamos de sair lá de casa rumo à Pink Elephant para ver o show de Double You (Please don't go...).

Chegamos ao local já no sábado. Carro na rua mesmo. Flanelinha cobrou R$ 10. Neste Brasil de pouco interesse público pela segurança das ruas, melhor pagar. Mas paguei na volta.

A boate me surpreendeu positivamente. Acesso tranquilo. A mesa nos esperava como prometido. Público bem mais maduro. Serviço cortês e eficiente. Comida boa (raridade em boates). Som perfeito. Banheiro absolutamente limpo. Show, show, show! Voltarei.

Reencontramos Rita no meio da balada. Disse que me viu assim que abriu a porta. Também pudera! Eu estava com uma blusa de um amarelo super discreto, para não dizer o contrário...

Double You esbanjou animação e simpatia. O som mostrou certo desacerto no início - grande esforço dos cantores para que as vozes fossem ouvidas. Mas deu certo depois. E nos divertimos muito.

Apesar de convidativa, saí da balada por volta das 3h10. Tive direito de dormir apenas das 4h às 7h. Mas o velho relógio biológico não deixou: acordei às 6h40. Banho tomado, café da manhã nos conformes da dieta e trabalho!

Ainda restava almoçar. A fome por coisa que não presta aumenta depois de não dormir direito. Terminei a última etapa da maratona zumbi no Midway Mall. Fui comer um contra-filé (olha a gordura!) apimentada com uma saladinha El Ranchito. Depois, me afoguei num McFlurry misto de Ovomaltine. Dieta? Que dieta?

Bateu aquele banzo depois do almoço. Botei minha tradicional playlist de jazz no Spotify e fui ler. Dormi 50 minutos, mas acordei revigorada. Continuei minha leitura e o jazz. Vi o jogo do ABC e finalmente dormi de vez.

No dia seguinte, jornal e Podcast. Almoço fora porque a falta de uma noite de sono impede o juízo de querer cozinhar. De novo, comida que não presta é o que o cérebro pede. Fomos de Beirute de camarão no Pittsburg, bem movimentado pela torcida americana se preparando para o jogo. Compramos uma temporada para um amigo. Voltamos para casa para descansar por uma hora e partimos para a epopéia de entrar na Arena das Dunas para assistir a América 3x0 Murici. 

Hora do jantar. Dieta? Que nada! Beto Lanches. 

Resumindo: maratona zumbi destrói a saúde e a dieta em dois tempos. Mas essa foi tão legal que eu faria tudo de novo. Só preciso de mais alguns meses de recuperação...