quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O Globo e os gols de placa

Parece ser destino do Globo de Ceará-Mirim ter seu nome atrelado a gols tomados que rodam o mundo pela beleza dos lances.

Em 2014, na Arena das Dunas, foi Arthur Maia, falecido na tragédia da Chapecoense, que saiu da grande área do América driblando Deus, o mundo e as cabras de seu Raimundo para marcar um gol à la Messi e Maradona (até o argentino Olé batizou o jogador de Maiadona).


Agora foi Gustavo Scarpa que, ao ver o goleiro Rafael adiantado, chutou uma bola ainda de dentro do campo do Fluminense e marcou um golaço à la cesta de 3 no basquete, inclusive com direito a chuá na rede.


Além da plasticidade e do próprio Globo, há outra coincidência nos dois lances: o goleiro Rafael. Que sina! 

No estadual deu mais gente

Globo 2x5 Fluminense teve um público pífio ontem em Ceará-Mirim - apenas 1.786 espectadores - segundo o jornal Tribuna do Norte.

Fluminense super embalado, jogando por música, o mesmo podendo ser dito a respeito do Globo, e o público ficou aquém de Santa Cruz 0x0 América, estreia do estadual, quando a mega desconfiada torcida americana colocou 2.234 pessoas na Arena das Dunas.

Aposto que o público de América x ASSU também supera esses dois. 

Preocupante

Pesquisa não é eleição, mas aponta o momento. E o momento brasileiro é preocupante segundo a pesquisa da Confederação Nacional do Transporte. Simplesmente 30,5% dos brasileiros votariam em Lula, aquele mesmo, se a eleição fosse hoje. Achou pouco? Bolsonaro já aparece em 3.°, com 11,3%. Isso tudo na pesquisa estimulada. Na espontânea, Lula é o 1.° com 16,6% e Bolsonaro é nada menos do que o 2.°, com 6,5%.

De uma frigideira a outra, eis o Brasil. Fujam enquanto é tempo.

"Pra dar moral"

Ontem ouvi o jogo Baraúnas 0x1 América pela Difusora de Mossoró. Obviamente o foco era o Baraúnas. Entretanto, o comentarista de lá passou o jogo todo reclamando do espaço que o time mossoroense dava a Lúcio, que parece ter se saído bem no jogo dentro do possível.

No jogo contra o Vitória, Lúcio errou diversos passes ali na bola central de campo, mas quando acionado mais à frente, fez tabelas, cruzou, lançou e chutou a gol. Definitivamente se encaixou como uma luva num time que sentia a falta de alguém mais "cascudo", para usar uma gíria tão querida no meio do futebol.

Jean Patrick é um exemplo de jovem jogador que vem crescendo a cada jogo e parece mais à vontade com Lúcio em campo. Contra o Vitória, marcou o primeiro gol de falta da temporada. Ontem, cruzou no mesmo estilo na cabeça de Tony, que marcou o gol que definiu o placar ainda no primeiro tempo. Devagarinho, sem chamar atenção, Tony já tem 4 gols em 6 jogos na temporada.

Desde que o América anunciou Felipe Surian, eu me dei a função de analisar seu trabalho no Volta Redonda. As finais com o CSA eu já havia visto ao vivo pelos canais Esporte Interativo. Salta aos olhos como ele estuda seus adversários e não tem praticamente apego a certas escalações: joga o que for melhor para o resultado. 

Ontem, entrevistado pela Difusora, Surian ressaltou as palavras do título sobre o que representava aquela vitória para o América. Numa sequência desgastante de 4 partidas Brasil afora colhendo resultados injustos ao meu ver, foi justamente na partida em que não podia nem pensar em empatar que o América conquistou um triunfo revigorador.

Em 2017, a caminhada do América não será fácil. Cada vitória representa uma pequena fatia retirada do peso enorme de tudo que aconteceu em 2016 que Surian e seus comandados terão que carregar até o redentor acesso à Série C. Cada derrota aumenta a carga. É quase como enxugar gelo. Mas quem sabe que faz o seu melhor confia no que faz. E jogadores experientes são fundamentais para ajudar a segurar o tranco dessa carga.

E essa sequência fora de casa coroada com uma vitória no jogo mais fundamental (é bom lembrar que o favorito ABC não passou de um 0x0 contra o mesmo adversário em Assú, o que revela o tamanho da conquista em Mossoró) fortaleceu a equipe, que se tornou ainda mais paciente e confiante de que não será derrotada facilmente. Mais: pode ter engrenado a confiança da torcida, item que andava em falta depois de 3 jogos em que a derrota chegou no 2.° tempo, as duas últimas nos minutos finais.

Contra o ASSU no próximo domingo, às 17h, na Arena das Dunas, contrariando a expectativa de que as manchetes de hoje trouxessem o destaque da eliminação antecipada do América, os comandados de Surian terão a chance de conquistar a vaga até se o Baraúnas vencer o Globo, embora um empate em Ceará-Mirim deixe a ladeira americana um pouco menor. A vitória é, de novo, fundamental. Se os mossoroenses vencerem, cabe ao Mecão uma goleada. Somente a vitória do Globo impede que qualquer resultado dê ao América a vaga. Perceberam a dificuldade do negócio?

Ladeira maior, ladeira menor, não importa. Vencer é fundamental. É mais uma partida com clima de decisão. E aposto que apoio da arquibancada não vai faltar no domingo. 

Manchetes do dia (16/02)

Primeiro, a manchete do bem: Polícia prende suspeitos de matar guarda municipal.

Agora, as outras: Procurador Geral da República avalia pedir intervenção no sistema prisional do RN, Aprovação ao governo Temer cai a 10,3% e Boneco Galante, com 12 metros de altura, estreia no carnaval de Natal.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Pegou fogo

O campeonato estadual simplesmente pegou fogo. 5 equipes brigam pelas vagas na final do 1.° turno na última rodada da 1.a fase. O ABC briga para ser o 1.° porque na final já está. A vaga ainda aberta é disputada por Globo, Baraúnas, América e ASSU, pela ordem da tabela. E é também nessa ordem que eles se enfrentam no próximo domingo: Globo x Baraúnas e América x ASSU.

Alguém vai dizer que o Globo joga pelo empate. Se houver empate entre Globo e Baraúnas e o América vencer o ASSU, teremos o maior clássico do RN logo na final do 1.° turno, o que não acontece desde 2012, salvo engano. 

Aliás, se fizer 4x0, o América até torce por uma vitória simples do Baraúnas.

Ainda se houver empate entre Globo e Baraúnas e o ASSU vencer o América por 2x0, é o Camaleão do Vale que conquista a vaga.

Ou seja, tanto em Globo x Baraúnas como em América x ASSU, somente a vitória é de fato o que interessa. Dois super jogos no domingo, que será mais um dia de coração na mão especialmente para a torcida americana. Os últimos dias não têm sido fáceis para cardíacos.

O jogo Alecrim x ABC, até para que se mantenha o apelo financeiro, deverá ser antecipado para o sábado. É que um empate garante ao time de Geninho a liderança sem depender de nenhum outro resultado. O técnico abecedista já antecipou que vai descansar jogadores. Se o jogo fica para depois dos outros jogos decisivos e o Globo não conquistar a vaga, aí é que o prejuízo será grande, já que a torcida abecedista não tem se empolgado nem com o time titular, imaginem com os reservas dos reservas na situação aventada.

De todo jeito, preparem os seu corações. E pelo menos para América x ASSU a Arena deve receber um bom público no próximo domingo.

Potiguar 2017: Balanço da sexta rodada

A sexta rodada apimentou o 1.° turno. Tivemos 1 vitória de mandante, 1 empate e 2 vitórias de visitantes.

O ABC goleou o Potiguar no Frasqueirão, diante de 1.626 pessoas, por 5x1, gols de Caio Mancha-2, Echeverría-2, Levy e Giovanni.

No Edgarzão, ASSU e Globo empataram em 1x1, gols de Diego Lomba e Renatinho Carioca.

Como visitante, o Alecrim venceu o jogo dos desesperados com Santa Cruz. 2x1, gols de Léo Bahia, Renato e Thiago Barra.

E o América foi a Mossoró e venceu o Baraúnas por 1x0, gol de Tony. Público de 1.002 pessoas.

O ABC permanece como líder com 14 pontos e o América é o 4.° com 10 pontos e saldo 0.

Imagem: Futebol Interior

Silêncio

Esperei o fato se consumar para não ser injusta. A Rádio Globo Natal não transmitiu Audax 1x0 América pela Copa do Brasil na quarta-feira passada, mas hoje transmitiu normalmente, inclusive com o deslocamento de seu principal narrador, Ceilândia 1x1 ABC também pela Copa do Brasil.

Um jogo em São Paulo, o outro no Distrito Federal, ambos destinos de voos saídos diariamente de Natal.

No horário do jogo do América havia ABC x Potiguar pelo estadual. Logo, queda de energia não foi, posto que a rádio continuou com a programação ao vivo.

Alguém viu alguma justificativa oficial para o comportamento da emissora? Eu não vi. Silêncio até agora, num verdadeiro ultraje tanto à instituição América como aos seus torcedores.

Por que somente o jogo do ABC foi transmitido? Cada torcedor do RN, torça ele por quem torcer, já tem sua resposta. Resta saber se a emissora vai preferir o que cada torcedor pensa ou se vai ter pelo menos o mínimo de respeito à sua audiência para justificar sua lamentável atitude. 

Longe da realidade

De vez em quando, alguém me pede para opinar sobre casos mais chamativos que surgem na justiça desportiva. Mesmo com 20 anos de dedicação diária ao Direito, não me arrisco mais nestas questões.

É que, como já disse por aqui outras vezes, a justiça desportiva brasileira passa muito longe da realidade do que estudamos nos bancos universitários e lidamos no dia-a-dia das cortes brasileiras. Processualmente é algo até assustador como se dão as notificações, por exemplo. 

Também nem adianta buscar uma linha de pensamento nas decisões. Tudo muda numa velocidade impressionante. Uma decisão para clube X pode não ser (provavelmente não será) aplicada ao clube Y, numa instabilidade que também assusta aos operadores do Direito.

O caminhar da justiça desportiva brasileira para mim é bem representada pela confusão que torcedores, jornalistas e até árbitros fazem quando da verificação de um pênalti por mão na bola, embora essa regra nada tenha a ver com  a justiça desportiva em si, vez que não cabe a ela a aplicação. Cada um tem uma tese: não importa onde estava o braço, se a bola ia para o gol, é pênalti; se o braço não estava colado ao corpo, é pênalti (alguém anda mesmo com o braço colado ao corpo?); e por aí vai, sem que jamais atentem para o movimento natural (entenda-se como natural, não o que sempre ocorre no futebol, mas o que uma pessoa normal faria na mesma situação pulando ou correndo, por exemplo) dos braços em determinados lances. Pedir pênalti quando a mão subiu para proteger o rosto é plausível? Ou proteger o estômago ou qualquer outra parte sensível, como os seios e os testículos? Falta intenção de fraudar o jogo, coisa que sobra quando a mesma mão sobe na cara do adversário, como adorava fazer o zagueiro Thiago Silva da Seleção Brasileira.

Do mesmo jeito são as teses jurídicas (merecem mesmo este nome?) que são aventadas na justiça desportiva brasileira, quase uma loteria de possibilidades.

Por isso, não opino mais. E também já deixei de me surpreender com as novidades.

Pré-diabetes

Neste ano recebi um diagnóstico que de certa forma eu já esperava: estou pré-diabética. Na verdade, eu temia que já estivesse diabética. Anos de pancinha avantajada e com uma carga genética invejável (até minha irmã, que é magrinha, também é pré-diabética), o diagnóstico foi até leve. Ainda bem que a médica jurou que é reversível.

Mas vou contar que a adaptação não tem sido fácil. Primeiro, o Glifage. Comecei com 1 comprimido ao dia. Depois de 4 dias, passei para a dosagem real: 2 por dia. A fraqueza que sinto após esses danadinhos não tem sido fácil. Algumas pessoas têm diarreia. Escapei até agora. Mas a fraqueza tem sido de matar.

Para completar, entrei hoje numa nova fase da dieta: supressão de carboidratos numa refeição. Escolhi o café da manhã. Quando o remédio começou a fazer efeito, terminei desistindo de ir para o escritório. Fiquei com medo de passar mal no congestionamento da BR. 

Engraçado que meço a glicemia nestes momentos (uma hora após a comida) e ela está sempre dentro da faixa normal para um jejum de 8 horas. Acho que o negócio estava tão descontrolado que meu organismo entende como hipoglicemia uma glicose normal!

Talvez com mais uma semana eu esteja bem adaptada a essa nova realidade. Mas por enquanto é respirar fundo e pacientemente dar tempo ao tempo. 

E a quem é chegado num doce (eu era praticamente uma formiga) ou fast food e/ou não quer saber de atividade física vai um conselho: o que não se faz cedo por estética, vai ser feito depois por saúde.