As lições do interminável 2016.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
RN e o Nordeste, líderes opostos
Luiz Antônio Felipe, que assina a coluna Negócios & Finanças na Tribuna do Norte, trouxe na edição desta última sexta-feira de 2016 duas notas que mostram mostram dados curiosos sobre o RN e o Nordeste como líderes.
Na nota Distância, o Nordeste aparece como detentor da maior diferença salarial do Brasil entre pessoas com apenas o nível fundamental de escolaridade. Os que são funcionários públicos ganham 62,5% a mais do que os que trabalham na iniciativa privada.
Na nota Mais Ventos, o RN ficou bem na foto. Segundo relatório do Ministério de Minas e Energia, o Brasil tem 10 GW produzidos atualmente por usinas eólicas. Isso representa 6,68% da matriz energética nacional. E o RN é o líder no Brasil com 119 parques, cuja produção é de 3,227 GW.
Duas lideranças de aspectos opostos.
Manchetes do dia (30/12)
Manchete do bem: O Banco do Brasil inaugurou ontem o primeiro escritório exclusivo digital no Rio Grande do Norte.
Outras: Fosse vivo, Câmara Cascudo estaria completando hoje 118 anos, EUA anunciam expulsão de diplomatas russos e Novo salário mínimo a partir de janeiro será de R$ 937,00.
Bom dia, minha gente!
Fonte: Tribuna do Norte
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
Como sempre
Fiquei super em dúvida se ia ou não assistir a Sully no cinema. A história me atraía e muito. Afinal, não é sempre que vemos no cinema um filme retratar uma história a que assistimos praticamente ao vivo nos telejornais.
E que história! O cara pousar um avião com 155 pessoas a bordo no rio Hudson, em Nova Iorque, e sair todo mundo vivo é uma coisa para ser mesmo celebrada.
Então, por que a dúvida? É que Sully estava com uma sessão tarde demais para o meu padrão neste fim de ano. Para completar, vi uma rápida sinopse e lá estava a duração: 96 minutos. Normalmente filmes ruins têm pouca duração. O estúdio corta tanto a desgraça que ele sai no padrão 1h30. Botei os dois pés para trás.
Mas aí o danadinho apareceu numa sessão às 19h15 no Cinépolis. Balancei. Quando fui olhar a sinopse novamente, vi um detalhe que fez toda a diferença: o nome do diretor. Clint Eastwood sabe contar histórias, com h mesmo, já que ele adora as que são baseadas em fatos reais.
1h30 para um cara como Eastwood é tempo mais do que suficiente para ele deixe o filme exatamente como ele tem que ser. Como fazer suspense num filme cujo final é conhecido? Eastwood sabe. Como aprofundar certos dramas com apenas 1h30 de duração? Eastwood sabe. Enfim, como fazer 1h30 valer a pena? Eastwood sabe.
Vou mais além: como faz bem assistir a um filme cuja história tem um final verdadeiramente feliz. É disso que estamos precisando no mundo: que mais histórias reais e em cujo final o bem vence sejam compartilhadas por aí.
Tom Hanks e um irreconhecível Aaron Eckhart estão absolutamente convincentes nos papéis de piloto e co-piloto. Destaque para uma coadjuvante que me impressionou: Anna Gunn. Interpretando Elizabeth Davis, ela captou minha atenção na cena da audiência pública. A tensão do momento era visível em seus lábios. Show!
Enfim, valeu a pena assistir a Sully. Clint Eastwood arrasou novamente. Como sempre.
Coisa de cinema
Tive boas experiências com o Wayne's Burger do Seaway e do Tirol. Mas o almoço de hoje na unidade do Midway Mall foi mesmo coisa de cinema: quase um filme de terror.
Primeiro pela espera. 25 minutos para entregar um pedido dentro de um shopping na hora do almoço é indicativo de que alguém não compreendeu muito bem qual é o espírito de uma praça de alimentação. Imaginem essa espera para alguém com diabetes.
Depois o pedido em si. Nem mamãe gostou do steak grelhado, nem eu nem Janaina gostamos de um combo lá que deveria ser com hambúrguer de carne de costela suína. Comi um sanduíche assim nos Estados Unidos. É muita inocência achar que aqui saberiam fazer carne de porco com sabor.
Resultado: The End para minha relação com o Wayne's Burger. Pela espera e pelo preço, há opções com muito mais sabor e mais saudáveis.
Manchetes do dia (29/12)
Primeiro, a manchete do bem: Chuvas de verão se espalham pelo Seridó, Agreste e Litoral.
Agora as outras: PM é um dos suspeitos na morte do colega de farda, Do público ao privado, todo mundo vai terminar 2016 devendo e Briga de casal cancelou um voo Brasil-Estados Unidos.
Bom dia a todos!
Fonte: Tribuna do Norte
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
A manchete correta
Ainda a respeito da polêmica que passou a existir a respeito do América seguir trabalhando em dezembro e o ABC ter dado 13 dias de folga ao seu elenco, registro dois acertos.
O primeiro deles na manchete de capa da Tribuna do Norte de hoje. Vamos a ela: América só terá folga para festa de réveillon. No subtítulo, lê-se: O técnico do América Felipe Surian optou por treinar até a sexta-feira. Com isso, atletas terão folga apenas para a festa de réveillon. Nada de técnico malvado e time sem folga alguma, apenas o fato em si, embora eu tenha que corrigir a data final de treinos em 2016 - no sábado de manhã, não na sexta.
O segundo na coluna da página 13. O colunista (acredito que seja Itamar Ciríaco substituindo Marcos Lopes nas férias, que escreve em dias alternados) abordou esse assunto como deveria ser abordado por quem de fato passa por cima de sua torcida individual em nome do bom jornalismo. Vale a pena compartilhar bons exemplos. Segue o texto principal, exatamente como foi escrito (inclusive pontuação), da coluna publicada na edição desta quarta.
Excesso de confiança?
Da coluna Esportes de Primeira, de Itamar, na Tribuna do Norte de 28/12
Seis dias são suficientes para trabalhar um elenco técnica e taticamente? O técnico Geninho e a direção do ABC acreditam que sim. Ao menos é o que as datas parecem comprovar. O treinador abecedista chega a Natal no dia 9 de janeiro e o Alvinegro faz sua estreia no Campeonato Potiguar no dia 15, diante do Globo, no estádio Maria Lamas Farache. Isso mesmo, o adversário é um clube que renovou com 99% do elenco e está treinando há mais de 30 dias. Outra comparação que pode ser utilizada é a do rival América, que não deu folga ao elenco [deu sim, da tarde da antevéspera do Natal à manhã do dia 26 e da tarde do último dia do ano à manhã do segundo dia de 2017] e tem o técnico Felipe Surian acompanhando tudo de perto.
Segundo justificam os dirigentes do ABC, tudo faz parte de um minucioso planejamento envolvendo inclusive a preparação física do grupo. Dessa forma, até mesmo esse período de festa, no qual todos foram liberados, está no cronograma de trabalho.
Essa é uma aposta que pode dar certo e trazer bons resultados para a equipe logo na primeira parte das competições, mas, se der errado, o torcedor irá cobrar. Os comentários de "soberba" em relação aos rivais locais logo se espalharão pelas redes sociais e a primeira "pressão" será sentida sobre o grupo de jogadores e treinador.
Claro que devemos levar em conta o fato de que o ABC manteve uma boa parte do elenco e que, por exemplo diferente do América, não precisa, em tese, de tanto trabalho para entrosar o grupo de jogadores. É óbvio também que a pressão está toda sobre o rival, que vem de um rebaixamento e de um vice no Estadual deste ano.
Mas, também é evidente a importância de estar bem logo de início. De conquistar o primeiro turno e já garantir vaga em importantes competições para a temporada 2018. Tenho certeza que é nisso que o América está pensando quando exige treinamentos nesse período. O Alvirrubro, além de pressionado, sabe da importância da conquista do turno inicial, principalmente, porque reconhece que o ABC, já próximo da final da competição, deverá se reforçar com jogadores de nível de Série B para a disputa do Campeonato Brasileiro. Ou seja, a tendência é de aumento nas dificuldades. Dessa forma, garantido na decisão, o América sabe que em uma final as camisas pesam, independente de quem esteja dentro de campo.
O próprio Alvinegro é testemunha disso e basta lembrar o título que veio com o famoso 5 a 2, quando o América possuía um elenco extremamente superior ao do ABC.
Se não bastasse tudo isso, os clubes chamados "grandes" precisam estar atentos a equipes de menor investimento, mas que despontam com algo determinante para o sucesso em qualquer ramo de trabalho: a organização.
Estamos falando aqui, por exemplo, do Globo. Um clube-empresa que mantém o time, investe em infraestrutura e, com salários em dia, é sempre uma ameaça.
O estreante Santa Cruz de Natal não pode ser desprezado. O time chega com a chancela de campeão da divisão de acesso e sob o comando do experiente Higor César.
Correndo por fora, mas sempre com o peso da tradição, vem o Alecrim. O time tem a grife de Athirson como treinador e a aposta em um projeto envolvendo empresários do futebol.
Outro clube que aparece com um elenco experiente é o Potiguar de Mossoró. O Baraúnas tem a estrela de Barata, que pode brilhar como treinador do Tricolor. O ASSU promete ser imbatível jogando no Edgarzão.
Ou seja, "cascas" de bananas estarão espalhadas ao longo de todo percurso que pretendem percorrer os tradicionais favoritos ABC e América até um lugar na decisão. Por isso digo que, cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.
Manchetes do dia (28/12)
Manchete do bem: Governo publica MP que permite diferenciação de preços no cartão.
Outras: Acesso sul ao aeroporto está com 90% das obras concluídas, mas der não tem data para abertura, Prefeitura de Natal não pode usar este ano o IPTU antecipado e Centrais sindicais estão pessimistas para 2017.
Bom dia, minha gente!
Fonte: Tribuna do Norte
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
Funcionou
No Podcast de domingo (Natal da polêmica), eu falei a respeito da polêmica falta de comentários na imprensa sobre o fato de o ABC ter interrompido sua pré-temporada por 13 dias e seu treinador só chegar ao clube no dia 10 de janeiro, quando todos os outros clubes do RN estão treinando a todo vapor. Falei também sobre o fato de Guardiola, técnico do Manchester City, não ter dado a menor folga de Natal aos seus atletas porque teria jogo no Boxing Day (26 de dezembro).
Pois bem. Funcionou. O time de Guardiola ganhou do Hull City fora de casa por 3x0. E a imprensa potiguar agora discute a terrível decisão do malvado técnico Felipe Surian de não ter dado folga aos seus comandados neste fim de ano.
Felipe respondeu que todos já foram contratados sabendo. E eu acrescento que os jogadores do América tiveram folga na tarde da antevéspera do Natal até a manhã de ontem. E terão nova folga da tarde do último dia do ano até a manhã do segundo dia de 2017.
Quando me refiro à imprensa, tenho que ressaltar que há exceções, como em tudo na vida há. Mas dar de cara com a manchete Técnico do América deixa jogadores sem recesso no fim de ano é de impressionar! Primeiro, porque dá a impressão de que Felipe decidiu de última hora acabar com a folga, o que não é verdade. Manchetes dúbias devem sempre ser evitadas, né? Segundo, porque não corresponde à verdade, uma vez que os jogadores tiveram folga de 2 dias e meio no Natal e terão de 1 dia e meio no Réveillon.
A tática de Guardiola funcionou. A do Podcast também.
Beto Santos é contra
Finalmente Beto Santos assumiu ser contra o sócio do América ter direito de escolher o presidente do clube. Foi numa entrevista à Rádio Globo Natal, segundo coluna da TN, que o presidente americano saiu do armário. É que até então Beto Santos dizia ser a favor, mas que o assunto tinha que ser discutido pela Comissão responsável pela eterna reforma do estatuto do clube (salvo engano, a reforma, não finalizada, vem desde 2007) - algo como sou a favor, mas não vou lutar pela mudança.
A justificativa é uma graça: Beto Santos afirma, segundo está lá na coluna da página 13 da Tribuna do Norte desta terça, "que o clube não pode correr o risco de ver um empresário 'bancar' alguns sócios que estão inadimplentes e ser eleito para comandar um clube centenário".
Não sei como a OAB consegue eleger presidente pelo voto direto se os candidatos podem bancar a anuidade em atraso de alguns advogados para conquistar sua eleição. Alguém precisa aprender a magia que a Ordem dos Advogados do Brasil é capaz de fazer em suas eleições para implantar no América.
É para rir ou para chorar? Há tantas formas de estabelecer critérios para permitir a um sócio exercer o direito de voto. Um certo tempo de associação, dívidas pagas (para os inadimplentes) até tal tempo antes da eleição,.. Além disso, não há sócio torcedor inadimplente por um motivo simples: o América só associa aqueles que pagam a anuidade através de cartão de crédito. Ou seja, inadimplência zero.
Será que conselheiros não ficam inadimplentes? Será que não há também esse risco de um candidato pagar a dívida de inadimplentes para cooptar-lhes o voto?
É mesmo tão difícil ver que o direito de voto, especialmente se houver um critério de tempo de associação (2 anos, por exemplo), pode acabar com o sócio modinha e garantir um planejamento financeiro ao clube?
Por que o América tem tanto medo de eleição? Por que a democracia é vista como um mal a ser combatido pelos ditos cardeais? Por que há sempre uma composição para que apenas uma chapa seja aclamada?
Se alguém souber, me responda, por favor.
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