Ontem tive o prazer de acompanhar música boa e de graça. O Concerto Natalino deste ano (patrocínio do Governo do RN, da Fundação José Augusto, do SESI e da Diocese de Natal) levou a Camerata de Vozes do RN e a SESI Big Band para a Catedral Metropolitana de Natal.
O concerto estava marcado para as 20h. Eu só pude sair de casa quase nesse horário. Graças a Deus o trânsito para o centro estava livre e havia uma vaguinha me esperando no estacionamento. Sentei quase no mesmo banco em que acompanho as missas por ali. E tive a sorte do governador também se atrasar (chegou quase às 20h30), o que me permitiu acompanhar tudo do começo.
Estava curiosa para ver esse encontro de música clássica com jazz. Adoro os dois estilos. Mas não conseguia imaginar como seria essa junção de músicas tão diferentes e, digamos, complicadas.
Primeiro, a Camerata encantou com músicas sacras. Abaixo vocês conferem um trechinho de Ave Maria de G. Caccini. O programa ainda tinha Ize Keruvimy de Dmitri B., Ride on king Jesus de M. Hogan e Christus Batista de Domenico Bartolucci.
Depois foi a vez da SESI Big Band e seus arranjos empolgantes. Abaixo, trecho de Toccata & Fuga em D menor de J. S. Bach. Mas ainda tivemos um mashup de V Sinfonia e Mambo number 5 (música clássica e um pop mambo em ritmo jazzístico), Summertime de George Gershwin, com solo da soprano Ângela Maria) e Mambo de L. Bernstein, oriundo de West Side Story.
Aí a Camerata e a Big Band se encontraram para cumprir 6 obras juntas: Adeste Fidelis, Sanctus do Kiriale, Sanctus - Fauré, Sanctus - Pizzetti, Praise God - iniciale e finale. Este último movimento, inclusive, resultou numa apresentação que jamais esquecerei de tão primorosa. Ainda rolou Jingle Bells, So This is Christmas e Noite Feliz.
Pena que o público natalense não tenha ideia do silêncio que um espetáculo desse requer. Algumas pessoas conversavam como quem atrapalha uma aula com conversas paralelas. Uma lástima!
Mas só ficaram as coisas boas de uma noite tão maravilhosa. Espero que tenhamos a repetição desse tipo de concerto no próximo ano. Parabenizo daqui os astros da noite nas pessoas do Monsenhor Pedro Ferreira da Costa, regente da Camerata, e do Maestro Eugênio Graça, regente da SESI Big Band.
P.S.: Hoje tem Tocata para Natal. Começa cedinho, às 17h30, no Adro da Pinacoteca do RN, no centro. Vai ter Linda Baby de e com Pedrinho Mendes.
Primeiro, a manchete do bem: Encontro de sinfônicas - Mil músicos, de 20 bandas potiguares, se apresentam hoje no Palácio da Cultura.
Agora, as outras: Consumidores percorrem o comércio de rua e lotam os corredores dos shoppings de Natal para as compras natalinas de última hora, Celulares lideram nos acessos à internet e Juros do cartão devem cair 50% em 90 dias.
Não poderia existir lugar melhor para que eu viesse ao mundo. Natal é um paraíso com características muito peculiares.
Vejam bem. Começou o verão. Depois de assarmos desde a parte final do inverno, que no início ameaçou fazer frio abaixo dos 19°, a estação mais quente do ano trouxe bastante chuva para a Cidade do Sol. Sim, só chove desde que o verão começou!
Resultado: já podemos encomendar nossos barcos, canoas, jet-skis e afins para trafegarmos pelas ruas da cidade, que é do sol porque, se chover, alaga tudo.
Querem saber? Amo Natal desse jeitinho mesmo que ela é. Afinal, o que seria da vida só com obviedades, não é mesmo?
A manchete do bem: Trabalhador vai poder sacar o valor do FGTS de contas inativas.
Outras: Um defeito na subestação da Chesf em Bom Pastor deixou vários bairros das zonas leste, oeste e sul sem energia elétrica na noite de ontem, Sindicato do RN assassinou 17 e jogou os corpos no rio Potengi e Preço de itens para o Natal estão até 22,27% mais caros este ano.
Ao fim do jogo-treino (para mais detalhes, acesse 1.° jogo-treino), o técnico Felipe Surian conversou com a imprensa. Ouvi um pedaço na Rádio Globo Natal, quando voltava para casa, e li outro tanto no Globoesporte.com. Vamos aos trechos.
"(...) a gente ainda precisa de alguns ajustes e com o tempo a gente vai encaixar, mas ainda não estamos com a equipe ideal. Eu queria observar como seria a desenvoltura tática que venho passando nos últimos dias. (...) essas primeiras semanas em todo clube se trabalha mais a parte física e a gente intensificou isso, mas a gente já pode trabalhar um pouco o aspecto tático. Os jogadores muitos doloridos na questão da musculatura, mas gostei do posicionamento. Faltam alguns ajustes no nosso setor defensivo porque houve algumas falhas, mas é normal no início dos trabalhos (...) Esse período da pré-temporada a gente usa para esses ajustes. Então valeu muito o trabalho e agora é partir para outro processo de ajustes no sentido tático e técnico para chegarmos no dia 14 de janeiro bem estruturados."
Um dos repórteres (perdão por não ter identificado na hora quem era porque o som não estava muito bom) perguntou qual das equipes tinha lhe agradado mais: a do primeiro tempo (Vinícius, Everton, Lucas Bahia, Maracás, Michel Benhami; Richardson, Marcos Júnior, Jussimar, Dija Baiano; Luiz Eduardo) ou a do segundo (Fred, Osmar, Lucas Bahia, Maracás, depois Richardson, Danilo; Michel Benhami, Marcos Júnior, Anthony, Marcelinho, Dija Baiano, depois Jean Patrick; Tony). Felipe respondeu:
"As duas partes foram distintas no sentido de movimentação porque na segunda etapa entraram jogadores mais velozes, que é a forma que eu gosto mais de utilizar, atletas com alta intensidade. Foi um pouco mais rápido, mas no primeiro tempo houve momentos bons e ruins para a nossa avaliação."
O treinador americano ainda quer mais dois amistosos (jogos-treinos ou não). Moura busca adversários que estejam disputando a 1.a divisão em outros estaduais para os dias 28 de dezembro e 7 de janeiro.
Pontualmente às 15h30 o jogo começou. Cheguei um pouco antes. Foi bom rever Robson, o eterno capitão, ainda em forma. Pena que Fabiano Paredão não estava lá.
O América de Felipe Surian começou com Vinícius, Everton, Lucas Bahia, Maracás, Michel Benhami; Richardson, Marcos Júnior, Michel Cury, Jussimar, Dija Baiano; Luiz Eduardo.
O primeiro tempo foi bem movimentado, nem parecia jogo-treino. Tanto foi assim que o tempo passou rapidinho. Michel Cury abriu o placar em boa jogada com Marcos Júnior, o dono do jogo, e Dija Baiano, esquentadinho demais para um jogo-treino. Perdeu a cabeça depois de sobrar um tapa no seu rosto numa disputa de bola com o camisa 10 do SAFERN. Esse coitado não foi pouco xingado, não!
Binha, cria do Mecão, empatou num bonito gol por cobertura.
Marcos Júnior arrasou. Michel Cury movimentou-se bem. Everton apareceu muitas vezes livre. Michel Benhami não fez feio na esquerda. E a impressão que dá é que Dija Baiano e Luiz Eduardo podem infernizar muito quando entrosados.
No segundo tempo, entraram Fred, Osmar, Danilo, Marcelinho, Jean Patrick, Tony e sei lá mais quem. Tony teve sua camisa puxada na área. O pênalti foi cobrado por Dija Baiano.
2x1. E assim terminou o jogo, embora o Mecão ainda tenha metido bola na trave.
Jogo-treino é sempre chato de se ver. Mas não esse. Os dois times mostraram organização. Mais: pela primeira vez desde que acompanho jogos-treinos, os dois times do América mostraram a mesma organização, com diferença apenas de velocidade. Isso é sinal de que o treinamento tático vem sendo dado aos jogadores todos, não apenas aos prováveis titulares.
Outra coisa foi perceptível: o América não se desfaz da bola facilmente. É um time com paciência para montar as jogadas, mas sem ser burocrático. Pelo menos nesse jogo-treino foi assim.
E como disse acima, Marcos Júnior arrasou. Bons lançamentos e viradas de jogo me fizeram ter certeza de que ele é titularíssimo dessa equipe, seja como volante, seja como meia.
Pelo que vi, diria que há enorme dúvida sobre quem serão os laterais e o goleiro. E Michel Cury plantou outra dúvida pelo bom aproveitamento, já que imagino Raul como titular.
Ah, Jussimar também esteve bem. Nem de longe lembrando o Jussimar da Série C.
Bem, são apenas impressões de um jogo-treino depois de apenas 15 dias de treinamento muito mais físico do que tático. Como bem disse o técnico Felipe Surian, todos estavam bem doloridos. Mas se a primeira impressão é a que fica, eu gostei. Vídeos com comentários captados do ambiente, inclusive um, engraçadíssimo, de Marinheiro.
SAFERN antes do jogo
América antes do jogo
Palavras de motivação no SAFERN
Parte da comissão técnica do América
Fim do aquecimento
Arbitragem a postos
Robson, técnico do SAFERN
Sim, é o eterno capitão do Mecão
Dija Baiano prestes a dar números finais ao placar numa cobrança de pênalti
Difícil achar a manchete do bem hoje, mas lá vai: Aplicações no Tesouro Direto batem recorde de R$ 39 bilhões.
As outras: Crise fecha 22% dos pequenos negócios, Gutson deixa a prisão e promete aos promotores delatar políticos e Investigação na Bolívia culpa piloto e Lamia pela tragédia.
Passei em frente da Arena das Dunas antes das 16h e já havia um certo movimento de carros e torcedores do América no portão E1. Por sorte, a reunião que eu tinha à tarde acabou cedinho e deu tempo de ir em casa trocar de roupa (ninguém merece ir à Arena das Dunas de salto alto) e voltar para a Arena. Atendimento cordial na entrada do estacionamento. Ao descer do carro, já conseguíamos ouvir o hino do América.
Ao chegarmos à entrada, nem abrimos a porta. Uma moça gentilmente nos permitiu a passagem. Espaço totalmente decorado pelo América, bem agradável. Um DJ selecionando músicas animadas e de bom gosto. Nota dez.
Alguns passos para dentro e uma outra moça nos aborda para renovarmos nossos títulos de sócias. Rapidamente preencheu nossos dados e nos acompanhou até o local do pagamento. De novo, ótimo atendimento.
Por volta das 17h30, fomos todos convidados a nos dirigir ao auditório. Lá nos esperavam o presidente Beto Santos, o técnico Felipe Surian, o executivo Moura, dentre outros.
Ao ser anunciado, o presidente foi vaiado. Mas louvo sua atitude: encarou com naturalidade e não apresentou qualquer revanchismo a respeito. Terminou seu discurso apenas aplaudido, nada de vaias. O técnico Felipe Surian também falou. Enfatizou a necessidade de a torcida não abandonar o clube para que o América trace seu caminho de volta às glórias. Moura e Souza, que chegou atrasado, foram muito aplaudidos. Todos reforçando o apelo à torcida.
Diga-se de passagem, um bom número de torcedores compareceu ao evento naquele horário, bem impróprio para quem trabalha no velho horário comercial.
Ao falar novamente, desta vez a respeito do programa de sócios, Beto Santos deu oportunidade aos presentes de fazerem perguntas sobre o programa. E o pessoal não aliviou! Mas ele soube se sair bem das saias justas, mais uma vez sem revanchismos. Palmas para ele.
Por fim, o representante da Arena elogiou a caracterização que o América fez do vestiário e fez questão de ressaltar que 2017 será a quarta temporada em que o clube terá a Arena como sua casa.
Depois, um vídeo com as grandes conquistas americanas nos últimos 20 anos.
Enfim, jogadores apresentados. Muitos gritos de torcida. Clima de jogo mesmo.
Em seguida, hora de conhecer a área mista e o vestiário do Mecão - lindão, viu? Mas antes de começar esse pequeno tour, corremos eu e Janaina (mamãe acompanhou) para abraçar Moura e Felipe Surian, com quem tirei uma foto. Foi por acreditarmos na seriedade de ambos que renovamos hoje nossas associações, mesmo sabendo que a política do América de preferir colocar a mulher de graça ou com desconto na arquibancada do que ter ela como sócia continuará.
No vestiário, não perdi a oportunidade de tirar uma foto com Vinícius, o belo, novo dono da camisa 1. Mais à frente, abracei e desejei muita sorte nesta temporada a Hebert Araújo, preparador físico do Mecão.
Enfim, foi uma boa atmosfera. Vídeos e fotos abaixo. Os vídeos estão bem curtinhos porque o povo ficava na minha frente e, com toda a altura que tenho, o negócio ficava complicado.
O evento atendeu às minhas expectativas. Se tudo vai dar certo em 2017, só o futuro dirá. Mas basta comparar o nome dos treinadores da pré-temporada de 2016 e de 2017 para perceber que as coisas mudaram e muito! E para melhor!
E apesar de defender que a torcida deve sim lutar pelo direito de voto para o sócio torcedor (presidente afirmou que cobrará de José Rocha um pronunciamento oficial a respeito do que está sendo discutido na comissão de reforma do estatuto do clube), o afastamento do torcedor poderá ser muito mais prejudicial. Mas neste ponto a torcida americana sempre foi fantástica. Não à toa recebeu o título de mais fiel do Brasil em 2007, quando o clube fez péssima campanha na Série A. E a julgar pelo que se viu hoje, o América não estará sozinho na caminhada de 2017. E aí já teremos meio caminho andado.