Audax disputou a Série B 2016

Quem olhar para a tabela do Campeonato Brasileiro em suas 4 séries pode pensar que o Audax participou da Série D, mas não foi bem assim.

O clube fechou uma parceria em maio com o Oeste e mandou sua comissão técnica e seus principais jogadores para a disputa da Série B, porém com a camisa do Oeste. Nas palavras do site Futebol Interior, "após o vice do Campeonato Paulista, o Audax meio que abriu mão de disputar o Campeonato Brasileiro da Série D e optou por formar um vínculo com o Oeste para a Série B".

Em 28 de novembro, Audax e Oeste anunciaram o fim da parceria com a devolução de comissão técnica e jogadores ao time de Osasco e agora ambos se preparam separadamente para a temporada 2017, conforme site Osasco Notícias.

Ou seja o adversário do América, além de vice campeão paulista, esteve em atividade em toda a temporada disputando a Série B com a camisa do Oeste. E seu treinador, Fernando Diniz, comandará o time no Paulistão pela quarta temporada seguida. É ou não é um osso duríssimo de roer para quem precisou recomeçar praticamente do zero?

Para encher o cofre

Apesar de pegar o adversário mais forte dentre os potiguares, o Globo é o único que, além de jogar em casa, vai enfrentar adversário com potencial para encher estádio: o Fluminense.

Se mantiver o jogo no Barrettão, terá casa cheia. Mas de colocar o jogo na Arena das Dunas, o Globo pode encher o cofre logo em fevereiro. E se pinta zebra, ganha duas vezes: na renda, mesmo que dividida, e na premiação para passar de fase.

Já ABC e América vão na pindaíba mesmo. Só há vantagem no avanço de fase. Em caso de queda, ainda levarão o coice de uma renda minguada dividida.

Situações diferentes na Copa do Brasil

Enquanto o ABC vai enfrentar o Ceilândia, o América pegou um osso duríssimo de roer, o surpreendente Audax, que disputa o forte Paulistão 2017. Para piorar a tarefa do time de Felipe Surian, o Audax continua sob o comando de Fernando Diniz, o que aumenta a vantagem do time de SP, que vai jogar em casa na partida única.

A boa notícia tanto para América como para ABC é que deslocamentos aéreos para São Paulo e Brasília são sempre mais fáceis quando o ponto de origem é Natal, o que reduz o desgaste se considerarmos outros destinos que não os preferidos do Aeroporto de Natal.

A Copa do Brasil começa em fevereiro.

Manchetes do dia (15/12)

Vamos começar com a manchete do bem: Sinduscon lança hoje em Mãe Luiza o Muro da Gentileza.

Agora as outras: PIB Potiguar teve o menor crescimento nos anos 2002/2014, Prefeitura paga o 13.° amanhã; o Estado, a partir do dia 21, parcelado e Companhias garantem que vão baratear valor da tarifa (sei...)

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte 

Atleta x jogador

Também no Podcast de domingo abordei sobre a falta de espaço no futebol atual para jogadores apenas. Hoje o futebol requer atletas. Gente como Romário e Renato Gaúcho vão cada vez mais ficar no folclore.

Falei o quanto isso estava aplicado ao América de Surian. E o treinador falou exatamente sobre isso em entrevista publicada pelo Globoesporte.com falando sobre o preparo físico dos atletas americanos:

"Eles estão bem adiantados e isto me surpreendeu bastante. Chegaram bem qualificados, dentro daquilo que a gente esperava, porque nós buscamos atletas profissionais. Acho que o jogador de futebol está ficando para trás. Quem busca apenas um jogador está perdendo tempo e nós buscamos atletas, que são aqueles que se dedicam, que se cuida[m] durante as férias e que chega[m] pronto[s], nem que seja 50% do potencial trabalhado para o início dos trabalhos. E isso nos surpreendeu e nos fez [com] que o trabalho se adiantasse um pouco mais. Tivemos a 1.a semana mais intensa com trabalhos físicos e agora, na dinâmica de trabalho, vamos priorizar a parte técnica e tática dentro desse projeto. Fizemos o 1.° coletivo para que os atletas o quanto antes se conheçam mais e no dia 14 estejam beirando os 100% do seu potencial. O entrosamento é o pouco que me importa nesse momento. Eu queria ver mesmo a desenvoltura deles, o aprimoramento do passe, do domínio, a percepção tática daquilo que eu passei durante esses dias e o conjunto a gente vai ganhar nos jogo-treinos, principalmente durante as competições."

Time do Podcast

No Podcast do domingo passado (Quem sabe, sabe), eu especulei sobre o time inicial de Felipe Surian. Pois nesta quarta o técnico americano escalou no primeiro coletivo praticamente o que eu esperava, com apenas uma dúvida no gol: Ewerton (Vinícius), Everton, Lucas Bahia, Maracás, Danilo; Filipe Alves, Michel Benhami, Marcos Júnior, Raul, Dija Baiano; Luiz Eduardo.

Felipe Surian é organizado e coerente. Ninguém precisava ser mãe Dinah para saber como o América começaria. Mas só os treinamentos vão mostrar se esse time será o da estreia daqui a um mês contra o Santa Cruz na Arena das Dunas.

Tecnologia e justiça

A justiça a que me refiro não é aquela rede de pessoas e órgãos para aplicação da lei de um determinado país. A justiça do título é aquela relacionado ao que é certo, justo.

Nesta quarta-feira, a Fox Sports transmitiu Atlético Nacional-COL x Kashima Antlers-JPN. Apesar de visitante, digamos assim, o Atlético Nacional era o franco favorito do confronto. Mas deu o dono da casa - 3x0. Mas é preciso contar a história do jogo em alguns detalhes.

Tava 0x0 e o Atlético havia metido bola na trave. Mas num lance de contra-ataque, o Kashima Antlers teve um jogador que corria na extrema direita de seu ataque derrubado na área. O árbitro não viu e deixou o lance seguir. Ao fim da jogada, ele foi alertado pelo árbitro de vídeo que o jogador citado (não me perguntem nomes; peguei o bonde andando) tinha mesmo sido derrubado na área. Foi lá, viu o vídeo e marcou o pênalti. A Fox Sports mostrou com clareza a imagem que o árbitro viu: o jogador do Atlético pisa no calcanhar do japonês. Não há o que discutir.

1x0 para os Antlers e a pressão mudou de lado. No segundo gol, falha coletiva do Atlético e gol de calcanhar do time da casa. O terceiro foi para matar as esperanças do adversário.

E onde está a justiça? Sem o vídeo, o Kashima Antlers teria seguido seu calvário de time azarão. Muito provavelmente teria sido eliminado pelo Atlético, mesmo tendo um jogador derrubado na área adversária. A justiça agradeceu à tecnologia e os Antlers jogaram a pressão para o outro lado com o 1x0 em casa e souberam tirar proveito disso. O Atlético se perdeu como normalmente acontece com os super favoritos quando tomam um gol inesperado.

Mata-mata tem disso. Um deslize e tchau. Mas que foi justo, foi. Graças à tecnologia. Que ela se espalhe logo para todos os campeonatos.

Manchetes do dia (14/12)

Manchete do bem: Moraes Moreira abre o FLIN 2016.

As outras do dia: Assassinatos de mulheres por violência doméstica crescem 32% no RN, Justiça manda governo do estado corrigir salários pagos com atraso e Prefeitura de Natal não tem datas para pagar salários de novembro.

Bom dia, minha gente.

Fonte: Tribuna do Norte

O estádio, a cerca e a patacoada de sempre

Custo a acreditar que o América partiu para a construção de um estádio, ou arena, como queiram, e não tenha feito o básico antes: protegido o seu terreno (enorme) com um muro ou pelo menos uma cerca.

A reprodução da conta de Kennedy Diniz no Twitter me foi enviada por João Orlando e é revoltante: cavalos pastam no gramado da Arena América.

Fica difícil acreditar na seriedade de um clube que se preocupa com o macro, mas esquece o micro. Desde a construção do CT em 1998, não se compreende o "esquecimento" de primeiro assegurar o patrimônio para depois aumentá-lo. Agora o erro se repete. Quem assumirá a patacoada?

Cold War is back/Guerra Fria de volta

I remember reading Mikhail Gorbachev's article at CNN or The New York Times last year and getting in shock. The guy who was USSR's last leader was talking about the Cold War and saying it was back.

Today I open my e-mail and get a full report of the New York Times about how Russia used its cyberpower to strike the U.S. presidential elections. It is shocking!

All of those things we have seen in old James Bond's movies are not fictional, except for the weapons so far. And now the attacks are majorly digital.

If the US is not safe, I ask who is. Right now the authorities are focused on what was Putin's motive as we can read in the Times's report: "Did he seek to mar the brand of American democracy, to forestall anti-Russian activism for both Russians and their neighbors? Or to weaken the next American president, since presumably Mr. Putin had no reason to doubt American forecasts that Mrs. Clinton would win easily? Or was it, as the C.I.A. concluded last month, a deliberate attempt to elect Mr. Trump?" 

And as the Times pointed, all three goals were accomplished.

In Brazil, we have been living this atmosphere of leaking papers which destabilize the current governament, whether we are talking about Roussef's or Temer's administration. Is there a connection here?

I am still in shock.

Source: The New York Times

Lembro de ler um artigo de Mikhail Gorbachev na CNN ou no The New York Times no ano passado e ficar em choque. O cara que foi o último líder da URSS falava sobre a Guerra Fria e dizia que ela estava de volta.

Hoje eu abro meu e-mail e recebo uma reportagem inteira do The New York Times a respeito de como a Rússia usou seu poder cibernético para atacar as eleições presidenciais dos Estados Unidos. Chocante!

Todas aquelas coisas que vemos nos velhos filmes de James Bond não são ficção, exceto as armas, pelo menos até o momento. E agora os ataques são principalmente digitais.

Se os Estados Unidos não estão seguros, eu pergunto quem está. Neste exato momento as autoridades estão focadas em qual foi a motivação de Putin como se lê na reportagem do NY Times: "Ele buscava atingir a marca da democracia americana para impedir o ativismo anti-russo tanto entre os russos como entre seus vizinhos? Ou enfraquecer o próximo presidente americano, uma vez que presumidamente Hillary Clinton venceria facilmente? Ou era, como concluiu a C.I.A. no mês passado, uma tentativa deliberada de eleger Donald Trump?"

E, como apontou o NY Times, os três objetivos foram alcançados.

No Brasil, nós vivemos esta atmosfera de vazar documentos que desestabilizam o governo atuante, seja o de Dilma Rousseff ou de Michel Temer. Vemos uma conexão aqui?

Eu ainda estou em choque.

Fonte: The New York Times