A justiça a que me refiro não é aquela rede de pessoas e órgãos para aplicação da lei de um determinado país. A justiça do título é aquela relacionado ao que é certo, justo.
Nesta quarta-feira, a Fox Sports transmitiu Atlético Nacional-COL x Kashima Antlers-JPN. Apesar de visitante, digamos assim, o Atlético Nacional era o franco favorito do confronto. Mas deu o dono da casa - 3x0. Mas é preciso contar a história do jogo em alguns detalhes.
Tava 0x0 e o Atlético havia metido bola na trave. Mas num lance de contra-ataque, o Kashima Antlers teve um jogador que corria na extrema direita de seu ataque derrubado na área. O árbitro não viu e deixou o lance seguir. Ao fim da jogada, ele foi alertado pelo árbitro de vídeo que o jogador citado (não me perguntem nomes; peguei o bonde andando) tinha mesmo sido derrubado na área. Foi lá, viu o vídeo e marcou o pênalti. A Fox Sports mostrou com clareza a imagem que o árbitro viu: o jogador do Atlético pisa no calcanhar do japonês. Não há o que discutir.
1x0 para os Antlers e a pressão mudou de lado. No segundo gol, falha coletiva do Atlético e gol de calcanhar do time da casa. O terceiro foi para matar as esperanças do adversário.
E onde está a justiça? Sem o vídeo, o Kashima Antlers teria seguido seu calvário de time azarão. Muito provavelmente teria sido eliminado pelo Atlético, mesmo tendo um jogador derrubado na área adversária. A justiça agradeceu à tecnologia e os Antlers jogaram a pressão para o outro lado com o 1x0 em casa e souberam tirar proveito disso. O Atlético se perdeu como normalmente acontece com os super favoritos quando tomam um gol inesperado.
Mata-mata tem disso. Um deslize e tchau. Mas que foi justo, foi. Graças à tecnologia. Que ela se espalhe logo para todos os campeonatos.