terça-feira, 6 de setembro de 2016

ABC já está classificado

Sem ter como verificar as possibilidades dos confrontos das últimas rodadas do grupo A e apenas olhando para a pontuação, publiquei que o ABC ainda não estava classificado, embora pudesse garantir o primeiro lugar já na próxima rodada.

Conferindo agora com mais detalhes, de fato, o ABC foi a primeira equipe do grupo A a se garantir na próxima fase. Vejamos.

O ABC é o primeiro colocado com 28 pontos, 8 vitórias e saldo 9. Ele só perderia a vaga se todos os que estão entre o 2.° e o 5.° lugares pudessem superá-lo. 

Fortaleza e Botafogo-PB, que têm 26 pontos, superariam o ABC com apenas uma vitória, se o alvinegro não pontuasse mais. 

Já Remo e ASA, que têm 24 pontos, precisariam de 2 vitórias para superar o ABC, uma vez que este venceu 8 partidas e aqueles, 6.

Nas duas últimas rodadas, temos os seguintes confrontos envolvendo essas equipes: na penúltima, Fortaleza x Remo, ASA x Botafogo-PB; na última, ABC x ASA, Remo x América, Botafogo-PB x Fortaleza.

Percebam que o fato de Botafogo-PB e Fortaleza se enfrentarem na última rodada impede o que se chama tempestade perfeita contra o ABC: Remo e ASA venceram as duas rodadas e Botafogo-PB e Fortaleza vencerem na última. Essa seria a única configuração a tirar a vaga do alvinegro.

Ou seja, o ABC agora vai se dar ao luxo de escolher sua posição e até, quem sabe, dependendo do grupo B, o adversário da próxima fase. 

São duas rodadas para Geninho montar seu time para a disputa do ano: voltar para a Série B.

Planejamento passa por técnico

Há anos bato na tecla de que é preciso contratar um técnico com convicção. É ele quem vai montar o elenco, ainda que apenas indique as características que precisa nos jogadores a serem contratados. É ele quem vai estudar os adversários, montar a melhor estratégia e escalar os jogadores.

Pensei que o América havia superado essa fase também há anos. Desde 2011, a maior parte dos treinadores foi contratada com convicção. De cabeça, lembro de Flávio Araújo, Roberto Fernandes e Oliveira Canindé como exemplos de uma forte convicção. Esses treinadores só caíram depois de muitos resultados negativos. Flávio Araújo, por exemplo, só caiu porque entregou o cargo.

Essa continuidade traz estabilidade e economia para uma equipe de orçamento apertado, como tem sido o América nos últimos anos. Afinal, a cada troca, novas dispensas e contratações praticamente jogam o trabalho anterior no lixo e comprometem ainda mais os parcos recursos.

Já na eleição, Beto Santos dava mostras de que não entendia que um treinador deveria ser contratado por convicção. Aliás, ninguém, seja jogador, treinador, diretor... Segundo o então candidato, ninguém teria lugar cativo no América e quem não rendesse logo, rua.

Era claro que uma política assim não funcionaria. Olhem bem, escrevo isso antes do fim da fase de classificação da Série C 2016. O América ainda tem remotíssimas chances. A classificação pode cair do céu ainda. Só que é preciso apontar agora um novo caminho, porque se essa classificação vier, certamente os erros serão encobertos.

Como construir um trabalho que seja produtivo se o presidente contrata um profissional que teria sido (há controvérsias) treinador apenas no longíquo ano de 1993 num campeonato praticamente de várzea? E ainda se recusa a apontar a sua convicção no trabalho dessa criatura? 

O mundo todo sabia que seria apenas uma questão de rodadas para a queda do Guerreiro. Nem um turno do estadual completou. É assim que se planeja um acesso para a Série B numa Série C cada vez mais difícil?

Macuglia chegou e com ele, apesar de bom profissional, o fantasma de tudo o que ocorreu em 2009. Mais uma contratação do tipo "sarna para se coçar". Como o América sofreu! Nem da primeira fase passou na Copa do Nordeste.

Enquanto isso, nomes de ex-treinadores que eram lembrados ao presidente eram solenemente desprezados: Roberto Fernandes e Flávio Araújo eram muito caros; sobre Oliveira Canindé, talvez em outra oportunidade (só para constar, Oliveira acabou de subir com o CSA. Ele perdeu o estadual para o rival CRB, mas foi mantido). Melhor mesmo foi abrir mão de uma preparação para a Série C que vinha chegando e do bicampeonato estadual para esperar um treinador que mais parecia aqueles anúncios sobre fiado nas velhas bodegas: "só amanhã". E esse amanhã nunca chegava.

Mas a Série C chegou. E com ela mandou-se um tal cheiro de podridão dos vestiários embora. Será? A convicção agora era o treinador que acabou em 7.° lugar no grupo A do ano passado - forte indicativo do destino americano. Um novo elenco. Duas vitórias. Mas o que se faz sem convicção não dura. E Sérgio China caiu com 6 rodadas.

Veio Diá, que não era o favorito, mas virou sonho de consumo desde o meio do estadual. O próprio treinador tirou sua carta de garantia: "o meu forte é montar equipes." Mas o campeonato já havia começado. Entretanto, contratações e dispensas seguem diuturnamente. Agora foi Brendo emprestado. Chegaram à conclusão de que Caaporã é mais valioso no elenco.

A convicção em Diá veio na hora errada. A menos que o América já o visse como treinador para 2017. Só isso justificaria o que vem ocorrendo. Porém nem tudo é tão óbvio no América. Diá deu entrevista dizendo que não sabe se fica em 2017.

Beto Santos ainda tem um ano, pelo menos, de administração. Será que aprendeu com as cabeçadas deste ano? Será que a desgraça de 2016 foi suficiente para ele entender que é preciso ter convicção no trabalho do treinador? Que o dinheiro gasto num bom treinador não é gasto, e sim investimento? Que montar pelo menos um time no estadual é economia na hora da Série C? Que a melhor estratégia é reforçar esse time do estadual e não anunciar que esse time não continuará para o Brasileiro?

Houve muitas outras lições neste ano: mais respeito ao sócio, mais carinho à torcida, que está sempre ali, pronta a atender o chamado do América...

Enfim, não há mágica no futebol, especialmente num futebol pobre como o do RN. O que me dói é a perspectiva de uma temporada horrorosa como a atual não ter servido nem para que se entenda como não se deve fazer futebol.

Haverá planejamento de verdade para 2017?

A piada do ano

A piada do ano é o América fechar os treinamentos porque vai enfrentar Roberto Fernandes. Alguém precisa ver o treinamento para saber que Diá vai mudar o time? Em 10 rodadas, ele só repetiu a escalação uma vez. Alguém precisa ver o treino para saber que ele treina uma coisa e escala outra? Alguém imagina que, morando em Natal, Roberto Fernandes nunca tenha visto pelo menos um vídeo do América de Diá?

Dizem que desculpa de amarelo é comer barro. Pois bem. Isso parece a desculpa perfeita de quem não quer ver a torcida pressionar o elenco, o que é correto, mas não tem coragem de dizer isso em alto e bom tom.

Um empate em América x Confiança livra o time de Diá da vergonha extrema de ser rebaixado para a Série D 2017. Uma vitória, se ASA, Remo e Cuiabá perderem, mantém chance igual à da Mega-Sena de classificação para a próxima fase.

Segue firme

O ABC segue firme para a classificação no grupo A. E mais: rumo à liderança e de forma antecipada.

Hoje o time de Geninho está com 28 pontos, 8 vitórias e saldo 9. Se vencer o Cuiabá na Arena Pantanal na próxima rodada e Fortaleza e Botafogo-PB não vencerem seus jogos, o ABC, além de se classificar, garante o primeiro lugar do grupo de forma antecipada e vai poder se dar ao luxo de descansar seus titulares contra o ASA no Frasqueirão pela última rodada classificatória.

Sobre o Uber

Na edição de sábado (página 2), a Tribuna do Norte trouxe um artigo de Thiago Guterres, procurador do Ministério Público de Contas e Mestre em Direito, Inovação e Tecnologia, a respeito da regulamentação do Uber. Achei a opinião do procurador interessante e com alguns aspectos bem diferentes do que vem sendo abordado pela imprensa em geral, Por isso, compartilho aqui o artigo. Vale a leitura.

A péssima ideia de regulamentar a Uber
Por Thiago Guterres

Em 1914, um vendedor de carros de Los Angeles chamado L. P. Draper teve uma ideia. Ao ver os bondes elétricos lotados e as longas filas de espera no centro da cidade, ele pensou em pegar seu próprio automóvel e sair pelas ruas anunciando caronas pelo preço fixo de 5 centavos. A alternativa logo se mostrou mais vantajosa para os usuários dos bondes, que até então monopolizavam o sistema de transporte público da cidade. E assim surgiram os Jitneys (gíria para a moedinha de 5 cents).

Apenas um ano depois, os Jitneys já estavam em mais de 40 cidades dos EUA. Só em Los Angeles, havia 700 veículos que faziam, em média, 150 mil corridas por dia. Para se ter esse número em perspectiva, a Uber realiza, nos dias de hoje, cerca de 157 mil corridas na mesma cidade,

Obviamente, os donos dos bondes não ficaram satisfeitos com os novos concorrentes. Politicamente influentes, começaram a defender a regulamentação dos Jitneys como forma de conter sua expansão. Entre exigências ridículas e caras (como mínimo de horas de trabalho e a fixação de rotas fixas e não lucrativas), as regulamentações foram pouco a pouco sufocando os Jitneys por todo o país até sua virtual extinção ao final da década.

Cem anos depois, a história se repete com a Uber, o aplicativo que permite que qualquer pessoa possa trabalhar como motorista. Taxistas do mundo inteiro pedem por sua proibição ou rigorosa regulamentação. No Brasil, como a tentativa de proibir o aplicativo vem sendo rechaçada pelo Judiciário, vai ganhando força a ideia de regulamentar.

O que muita gente não consegue perceber é que toda regulamentação vem com uma boa dose de proibição. As inúmeras exigências só dificultam a entrada de novos concorrentes e encarecem o serviço para o consumidor. E nem sempre isso significa aumento da qualidade do serviço. Uber, Netflix e WhatsApp são todos serviços desregulados com altos níveis de satisfação de seus usuários. Não se pode dizer o mesmo dos congêneres devidamente regulamentados, como táxis, serviços de TV a cabo e operadoras de telefonia. Em mercados competitivos, é o medo de perder o cliente, e não uma lei, que faz o serviço melhorar.

A falta de lei também não implica em ausência de regras mínimas de qualidade e segurança. A Uber é um exemplo disso. A empresa tem um sistema de checagem de antecedentes criminais dos motoristas e um código de conduta com tolerância zero para comportamentos discriminatórios ou abusivos. Além disso, os clientes dispõem de um sistema de avaliação e reputação que exige dos motoristas bons serviços constantes, sob pena de suspensão de plataforma. Por isso, os motoristas da Uber se preocupam tanto em abrir a porta do carro, oferecer água e balas e perguntar se o cliente está satisfeito com a temperatura do ar. Tudo isso sem que nenhuma lei obrigue.

Mas o maior perigo da regulamentação é a eventual proibição ou restrição do compartilhamento de carona, algo que a Uber já oferece em algumas cidades com o UberPool. Outros serviços, como Cabify, Blablacar, Fleety e Bora, desenvolvem no país modelos similares para o transporte individual e coletivo, tanto intermunicipal como interurbano. O compartilhamento de caronas é fundamental para termos um número maior de pessoas circulando em menos carros, o que, por sua vez, é crucial para o futuro de nossas cidades.

Alguns historiadores econômicos consideram que o desaparecimento dos Jitneys em decorrência das regulamentações contribuiu significativamente para o modelo de urbanismo que prevaleceu posteriormente, orientado para o automóvel individual. As atuais tecnologias nos oferecem uma oportunidade para correção desse modelo, responsável pelo caos de trânsito e poluição em que vivemos. Mas precisaremos repensar as regulamentações existentes e rechaçar as atuais tentativas de restringir o uso de soluções tecnológicas para mobilidade urbana.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Balanço da décima sexta rodada

Faltando apenas 2 rodadas, saíram o primeiro rebaixado para a Série D 2017 e o primeiro classificado para a próxima fase.

No grupo A, foram 1 vitória de mandante, 2 empates, 2 vitórias de visitantes.

O Botafogo-PB foi único mandante a alegrar a torcida nesta rodada. Venceu o Confiança por 2x1, gols de Saldanha, Djavan e Wallace Pernambucano, de pênalti.

1x1 foi o placar de ASA x Fortaleza (gols de Reinaldo Alagoano e Anselmo, de cabeça) e Remo x Salgueiro (gols de Edno, de pênalti, e Álvaro).

O Cuiabá venceu o América na Arena das Dunas por 1x0, gol de Dakson.

E o ABC isolou-se na liderança ao bater o virtualmente rebaixado River por 2x0, gols de Jones Carioca, cada vez mais artilheiro da competição, e Echeverría, de falta.

No grupo B, foram 1 vitória de mandante, 1 empate e 3 vitórias de visitantes.

O Tombense manteve a honra dos mandantes e venceu o Juventude por 3x0, gols de Daniel Amorim, Ewerton Maradona e Felipe Alves.

Ypiranga x Mogi Mirim acabou 0x0.

O Boa venceu a Portuguesa no Canindé por 2x0, gols de Daniel Cruz e Tchô, de pênalti.

O Macaé determinou o rebaixamento do Guaratinguetá ao vencê-lo por 3x0, gols de Donavan, Robinho e Guilherme, de cabeça.

O Guarani venceu o Botafogo-SP por 2x1, gols de Marcinho, Pipico, de pênalti, e Isac, e foi o primeiro clube a garantir vaga na próxima fase.

Hoje, os confrontos da segunda fase seriam ABC x Botafogo-SP, Fortaleza x Ypiranga, Boa x Botafogo-PB e Guarani x Remo.



Por si e pelo outro

Uma situação que tem se repetido nesta Série C é o fato de ABC e América, vez por outra, terem seu resultado de vitória interessando não só ao vencedor, mas ao rival.

Exemplo disso ocorreu na rodada anterior, quando a vitória do América contra o Botafogo-PB também facilitou o caminho alvinegro. 

Mas agora, nas três partidas que lhe restam na fase de classificação, é o ABC que joga para si e para o América. Se derrotar River, Cuiabá e ASA, o alvinegro pode pavimentar o caminho do rival para uma classificação estilo Mega-Sena (chance de 1 em 1 milhão), ou pelo menos impedir sua queda (especialmente se vencer o River).

O América tiraria na Loto vencendo Confiança e Remo e torcendo para que ASA, Remo e Cuiabá não cheguem aos 25 pontos. 

O Cuiabá (20 pontos, 5 vitórias, saldo 2) tem pela frente o ABC em casa e o River fora.

O ASA (24 pontos, 6 vitórias, saldo 1) tem o Botafogo-PB em casa e o ABC fora.

O Remo (24 pontos, 6 vitórias, saldo 6) tem o Fortaleza fora e o América em casa.

Mas aí há dois problemas: 1) o ABC tem em sua história o ridículo papelão de 2014, quando colocou um goleiro da base para enfrentar o Bragantino e não ter a menor chance de ajudar o rival, que terminou precisando de sua ajuda para não cair. O resultado todos nós sabemos; 2) e aqui reside o maior dos problemas: o time de Diá querer jogar para si.

No entanto, para não dizer que não falei de flores, eis a remotíssima chance de classificação do América.

A campanha de Diá

Se é certo que a diretoria tem grande parcela de culpa no papelão do América na Série C (sim, tirou o treinador favorito da torcida alegando falta de recursos, anunciou que tentava Flávio Araújo, outro favorito da torcida, mas trouxe a invenção Aluísio Guerreiro e criou uma política de "3-4 jogos manda todo mundo embora" altamente prejudicial ao clube, inclusive financeiramente), Diá também não fica muito atrás.

O treinador foi anunciado logo após o empate em casa o Botafogo-PB no dia 25/06, pela 6.a rodada do grupo A da Série C. Nesses 2 meses e 10 dias, Diá resolveu que a única solução seria reformular radicalmente a equipe, reformulação essa que nunca terminou, vez que o treinador não repete escalação. Como um time eternamente em formação vai ter condições de lutar por uma classificação?

É de se ressaltar que o América já havia feito uma reformulação radical do fim do estadual para o início da Série C.

Com Diá, foram dispensados: Camilo, Laércio, Bruno Formigoni, Raphael Toledo, Elias. Dessas, compreensível mesmo só a dispensa de Camilo. Laércio jogou uma única partida e já foi execrado. Bruno Formigoni alternou bons e maus momentos. Elias e Raphael Toledo marcaram gols e foram responsáveis pelas vitórias anteriores a Diá. Ou seja, jogadores chegaram e foram embora.

Foram contratados: Daniel (chegou antes, mas foi indicação de Diá), Rafael, Ricardo, Danilo Baia, Arthur Henrique, Danilo, Lucas Bahia, Leomir, Magno, Pablo Oliveira, Diego Silva (outra indicação de Diá), Jussimar, Alex Henrique, Raul, Júnior Mandacaru, Ítalo Melo (outra indicação de Diá), Caaporã, Lúcio (que Diá não queria).

Peço a compreensão se esqueci alguém e já agradeço se os esquecidos, tanto nas dispensas como nas contratações, forem lembrados nos comentários abaixo.

Salvo engano, para resumir, foram 5 dispensas e 17 contratações - um elenco inteiro de modificações nesses 2 meses e 10 dias.

Nesses 2 meses e 10 dias, o treinador nunca achou a equipe ideal. Insistiu com gente sem condições físicas, como Alex Henrique, Arthur Henrique e Júnior Mandacaru. Insistiu com gente em péssima fase técnica, como o goleiro Daniel. Insistiu em manter gente boa no banco, como Lucas Bahia e Lúcio. Trouxe gente que nem no banco teria condição de figurar, como Caaporã e Júnior Mandacaru.

Nesses 2 meses e 10 dias, o América realizou 10 partidas, e só repetiu a escalação nos primeiros jogos (1 empate e 1 vitória):

  1. Cuiabá 2x2 América, gols de Thiago Potiguar e Luiz Eduardo (Daniel, Everton, Cléber, Maracás, Richardson; Memo, Felipe Macena, Thiago Potiguar, Raul; Reis, Luiz Eduardo)
  2. Confiança 0x2 América, gols de Thiago Potiguar e Raul (Daniel, Everton, Cléber, Maracás, Richardson; Memo, Felipe Macena, Thiago Potiguar, Raul; Reis, Luiz Eduardo)
  3. América 1x1 Remo, gol de Luiz Eduardo (Camilo, Everton, Cléber, Lucas Bahia, Richardson; Memo, Felipe Macena, Thiago Potiguar, Raul; Reis, Luiz Eduardo)
  4. ABC 1x0 América (Daniel, Danilo Baia, Cléber, Maracás, Richardson; Memo, Felipe Macena, Thiago Potiguar, Alex Henrique; Reis, Luiz Eduardo)
  5. América 1x1 River, gol de Thiago Potiguar (Daniel, Danilo Baia, Cléber, Maracás, Richardson; Memo, Diego Silva, Thiago Potiguar, Arthur Henrique; Alex Henrique, Luiz Eduardo)
  6. Fortaleza 2x1 América, gol de Alex Henrique (Camilo, Danilo Baia, Cléber, Maracás, Arthur Henrique; Richardson, Diego Silva, Felipe Macena, Thiago Potiguar; Ítalo Melo, Alex Henrique)
  7. América 2x0 Salgueiro, gols de Luiz Eduardo e Lúcio (Ewerton, Danilo Baia, Cléber, Maracás, Gleidson; Memo, Diego Silva, Thiago Potiguar, Alex Henrique; Romarinho, Luiz Eduardo)
  8. ASA 2x0 América (Ricardo, Danilo Baia, Cléber, Maracás, Richardson; Memo, Felipe Macena, Thiago Potiguar, Alex Henrique; Romarinho, Luiz Eduardo)
  9. Botafogo-PB 1x2 América, gols de Jussimar (Ricardo, Danilo Baia, Cléber, Lucas Bahia, Danilo; Memo, Leomir, Magno, Jussimar; Romarinho, Luiz Eduardo)
  10. América 0x1 Cuiabá (Ricardo, Danilo Baia, Cléber, Maracás, Danilo; Magno, Leomir, Thiago Potiguar, Jussimar; Romarinho, Luiz Eduardo)
Nesses 2 meses e 10 dias, foram 3 vitórias, 3 empates e 4 derrotas; 12 pontos conquistados em 30 disputados; aproveitamento de 40%. O América era o 7.° quando Diá assumiu e continua em 7.° após a 16.a rodada.

O grupo A tem 18 rodadas para um clube tentar classificação. Diá teve até agora 10 rodadas - mais de um turno inteiro. Ainda terá mais 2 partidas. Serão 12 rodadas portanto. Não se pode dizer que faltou tempo a Diá.

Trago essas informações não como implicância com o treinador ou tentativa de demiti-lo. Longe de mim, até porque bem sei que, pela carta branca que Diá teve, coisa não vista nem no tempo do mito Roberto Fernandes, fica claro que ele já está montando o elenco de 2017, isso desde junho de 2016.

A minha intenção é apenas ressaltar a incoerência da decisão do América em sua contratação e manutenção se considerarmos que o discurso do presidente Beto Santos foi de uma nota só desde 2015: a prioridade é a volta para a Série B. Pode até ser que um milagre tipo Mega Sena ocorra e a classificação caia no colo do América. Mas o que se viu até aqui foram decisões que contrariavam o discurso do presidente.

Também deixo claro como a imprensa do RN tem dois pesos e duas medidas. Alguém viu algum comentário profissional a respeito dos erros de Diá? Alguém viu algum comentário cobrando postura tática convincente do time comandado por Diá? Alguém comentou o nó tático que o limitado Roberto Fonseca impôs a Diá? Alguém comentou a apatia de Diá em ver o domínio do Cuiabá no primeiro tempo e nada fazer? Alguém comentou a vergonha que é para o América se conformar com a disputa para não cair na Série C?

Sim, a diretoria errou e muito. Mas o América perdeu preciosos pontos e tempo enquanto Diá não dava jeito no time e sim desmanchava tudo para recomeçar do zero praticamente a cada rodada.

A César o que é de César. Agora rezemos para que o planejamento de 2017 não inclua a Série D.

Série C 2016: River x ABC às 19h15

Local: Estádio Albertão

River (4-4-2): Dalton, Tote, Dão, Roberto Dias, Jadson; Amarildo, Luciano Sorriso, Cleitinho, Rodriguinho; Tiago Alagoano, Eduardo. Técnico: Vica.

ABC (4-4-2): Edson, Filipe Souza, Cleiton, Léo Fortunato, Alex Ruan; Anderson Pedra, Felipe Guedes, Erivelton, Lúcio Flávio; Jones Carioca, Nando. Técnico: Geninho.

Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA)
Assistentes: Alessandro Rocha de Matos (BA) e Elicarlos Franco de Oliveira (BA)

Destaques do River
Dalton - faz sua reestreia.
Eduardo - atacante que não perdoa.

Destaques do ABC
Edson - experiente.
Jones Carioca - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: o River (10.º) tenta reencontrar o caminho para fugir do rebaixamento num novo estádio contra o forte ABC (3.º). Empate.

Série C 2016: Botafogo-SP x Guarani às 19h15

Local: Estádio Santa Cruz (transmissão ao vivo para todo o Brasil pelo EI MAXX)

Botafogo-SP (4-3-3): Neneca, Mirita, Filipe, Mancini, Pituca; Rodrigo Thiesen, Ramires, Drli; Tiago Marques, Serginho, Isac. Técnico: Márcio Fernandes.

Guarani (4-3-3): Leandro Santos, Lenon, Maurício, Ferreira, Gilton; Auremir, Zé Antonio, Marcinho; Pipico, Edinho, Deivid. Técnico: Marcelo Chamusca.

Árbitro: Fábio Filipus (PR)
Assistentes: Victor Hugo Imazu dos Santos (PR) e Pedro Martinelli Christino (PR)

Destaques do Botafogo-SP
Neneca - experiente.
Isac - atacante que não perdoa.

Destaques do Guarani
Auremir - bom na marcação.
Pipico - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: Botafogo-SP (4.º) e Guarani (1.º) fazem uma espécie de final do grupo B. Empate.