terça-feira, 5 de julho de 2016

Balanço da sétima rodada

A sétima rodada deu pinta de que a Série C vai começar a separar o joio do trigo.

No grupo A, foram 3 vitórias de mandantes e 2 empates.

A maior goleada da rodada coube ao ABC, que não tomou o menor do conhecimento do River e, no Frasqueirão, venceu por 4x0. Foi o famoso "dois vira, quatro acaba",  com dois gols de Caio Mancha e dois gols de Lúcio Flávio, cada um tendo marcado nos dois tempos.

O Fortaleza venceu o Asa de virada no Castelão, 2x1, gols de Rosinei, Pio e João Paulo.

O Salgueiro venceu o Remo no Cornélio de Barros por 1x0, gol de Cássio Ortega.

O Confiança ficou no 1x1 em casa com o Botafogo-PB, gols de Rodrigo Jesus e Rodrigo Silva.

O Cuiabá conseguiu arrancar um empate com o América em casa. 2x2, gols de Samuel, Henal, Thiago Potiguar e Luiz Eduardo, de cabeça.

No grupo B, foram 4 vitórias de mandantes e 1 empate.

O Mogi Mirim venceu o Ypiranga por 3x1, gols de Diego Clementino, de pênalti, Bruno Ré, Matheus Ortigoza e Negretti.

Também por 3x1 o Macaé venceu o Guaratinguetá, gols de Deivison (2), Juninho e Anderson, de pênalti.

O Boa venceu a Portuguesa por 1x0, gol de Carlos Renato.

No Alfredo Jaconi, o Juventude venceu o Tombense por 3x1, gols de Roberson (2) e Felipe Lima.

Na disputa da liderança, Guarani e Botafogo-SP não saíram do 0x0 no Brinco de Ouro.

Hoje, os confrontos da segunda fase seriam Fortaleza x Boa, Botafogo-PB x Mogi Mirim, Guarani x Salgueiro e Botafogo-SP x ASA.




segunda-feira, 4 de julho de 2016

A experiência de Niltão




O América anunciou a contratação de mais um preparador de goleiros. Nilton Oliveira da Costa, conhecido como Niltão, está de volta ao clube, vez que trabalhou por aqui em 2007. Vamos ao currículo de Niltão, conforme retirado de seu perfil no LinkedIn:

"Iniciou trabalho de preparador de goleiros em 2002 na base do XV de Piracicaba, com ida para o profissional ainda no mesmo ano, e permaneceu até 2006.
inicio de trabalho no Bragantino(série A1) em 2006 até 2007. E na sequencia foi para o Paulista de Jundiaí (série B - Brasileiro) e América de Natal (série A - Brasileiro)
Em 2008 trabalhou no Rio Branco de Andradas(primeira divisão do campeonato mineiro) e no mesmo ano foi para XV de Piracicaba (Copa Paulista)
Em novembro de 2008 iniciou trabalho no Mogi Mirim Esporte Clube(série A1) permanecendo até junho de 2014 ; passagem por ASA de Arapiraca (série C - Brasileiro) e iniciando no São Bernardo
(série A1) em setembro de 2014 onde permaneceu até maio de 2015."

Ainda no perfil do profissional no LinkedIn, consta como último clube o Bragantino, no período entre julho e dezembro de 2015.

Estão roubando feijão!!!

Parece piada de internet, mas é só o Brasil sendo Brasil mesmo. Hoje o Bom Dia Brasil trouxe reportagem a respeito do roubo de feijão nas fazendas brasileiras. Os bandidos chegaram ao cúmulo de roubar o feijão diretamente no pé, realizando a colheita antes do agricultor. Não peguei a reportagem inteira, mas vi que houve casos em Minas e na Bahia. 

Agora os fazendeiros estão contratando vigias para os campos. 

Foi-se o tempo em que o alvo eram apenas as máquinas agrícolas. Com a supervalorização do feijão, nem as plantas escapam mais.

"É difícil, mas não é impossível"

Na linha do que falei no Podcast de domingo, o América só tem um caminho agora: acreditar e buscar. E foi nessa linha que Diá seguiu na entrevista pós-jogo (confira no Globoesporte.com:

"Vamos procurar a contratação de mais um lateral-esquerdo e a com a chegada desse meia-atacante, a equipe vai encorpar um pouco mais, o Raul vai entrar mais em forma e vamos em busca dessa classificação. No todo, acredito que a equipe não foi mal no jogo contra o Cuiabá, mas alguns jogadores sentiram a falta de ritmo, até porque a equipe foi formada dentro da competição às pressas. Mas, aos poucos nós vamos trabalhar alguns quesitos, como a bola defensiva aérea e que vinha falhando muito nesse ponto. O grupo está de parabéns e nós vamos em busca dessa classificação. É difícil, mas não é impossível."

Vai mudar

Na entrevista pós-jogo, Diá deixou muito claro que a defesa do América falhou e deve sofrer mudança para a partida contra o Confiança. 

"Temos muitas dificuldades na bola aérea defensiva e eu conversei sobre isso com Romildo e pagamos o preço. (...) o Lucas Bahia e o Diego Silva ficaram treinando forte no CT e vão nos ajudar."

Lucas Bahia é zagueiro e Diego Silva, volante.

Série C 2016: Salgueiro x Remo às 19h15

Local: Estádio Cornélio de Barros (transmissão ao vivo para todo o Brasil pelo EI MAXX)

Salgueiro (4-4-2): Luciano, Marcos Tamandaré, Ranieri, Rogério, Daniel; Rodolfo Potiguar, Moreilândia, Maicon, Cássio Ortega; Tatu, Luiz Paulo. Técnico: Evandro Guimarães.

Remo (4-4-2): Fernando Henrique, Sílvio, Max, Henrique, Fabiano; Chicão, Yuri, Wellington Saci, Eduardo Ramos; Patrick, Edno. Técnico: Waldemar Lemos.

Árbitro: Leandro Newley Ferreira Belota (RJ)
Assistentes: Jucimar dos Santos Dias (BA) e Paulo de Tarso Bregalda Gussen (BA)

Destaques do Salgueiro 
Luciano - seguro.
Cássio Ortega - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Remo
Eduardo Ramos - experiente.
Edno - experiente.

Prognóstico: o Salgueiro (6.°) aposta em muita posse de bola contra a motivação do novo técnico do Remo (5.°). Empate.

domingo, 3 de julho de 2016

Com a faca nos dentes

Foi assim que o América de Diá entrou em campo para enfrentar o Cuiabá de Flávio Araújo. Aguerrido, marcando em cima, o América fez 2x0 e poderia ter feito mais.

No entanto, sofreu o empate do Cuiabá já no finzinho do 2.° tempo. Os gols saíram em lances mais aleatórios do que mesmo de mérito. Uma pena.

Mas o que ficou foi a boa impressão de um time que agora corre muito mais certo e se posiciona bem melhor tanto defensiva como ofensivamente. Claro que se ressente de reforços em certas posições, porém, se não se pode ter tudo, é preciso pelo menos lutar. E mais uma vez essa equipe mostrou muita luta em campo.

Eu só faria a observação de que, talvez, a melhor opção na saída de Luiz Eduardo fosse Elias. Romão não corre nem para receber dinheiro. Acredito que Elias pelo menos distribuiria melhor a bola na frente.

Se o América de Diá mantiver a faca nos dentes, a torcida pode voltar a acreditar. Agora é pensar no Confiança.

Atenção!




Segundo a Tribuna do Norte deste domingo, a Avianca distribuiu boletim alertando para a possível fuga do homem da foto acima para o Brasil. Trata-se do terrorista sítio Jihad Ahmad Diyab, que é ex-presidiário de Guantanamo, estava no Uruguai como refugiado, mas é considerado foragido há duas semanas.

O terrorista estaria utilizando um passaporte falso de origem marroquina, jordaniana ou síria. Seus documentos originais (identidade e passaporte) foram expedidos pelo Uruguai.

Ele tem dificuldade de locomoção, usa muletas e não fala português.

Todas as companhias aéreas em atividade no Brasil receberam ordem para divulgar o comunicado para ajudar nas buscas pelo terrorista.

Se você tiver alguma informação, entre em contato imediatamente com a Polícia Federal. 

Podcast: 1/3 já foi

Projeções para a Série C após 6 rodadas.
https://www.spreaker.com:443/episode/8908655


The New York Times: "A catástrofe olímpica do Brasil"

Se o Wall Street Journal jogou a auto estima brasileira lá para cima ao indicar o Real como a moeda a ser adquirida como melhor saída para quem quer fugir dos prejuízos trazidos pela Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia), logo em seguida The New York Times deu uma lenhada segura nela.

O maior jornal do mundo publicou um artigo com o título "Brazil's Olympic Catastrophe", cuja tradução se encontra no título desta postagem. Nele a brasileira Vanessa Bárbara, colaboradora do jornal americano, colunista do Estadão e editora do website A Hortaliça, desceu o pau no caos em que se encontra o Rio de Janeiro a poucas semanas do início dos jogos.

O artigo começa afirmando que "é oficial: a Olimpíada do Rio é um desastre não natural".

Ele então descreve todas as desgraças que a jornalista presenciou no Rio no dia 17 de junho, há duas semanas, ou a 50 dias do início dos jogos olímpicos.

A lista é grande: desde o estado de calamidade pública até a crise financeira que impede que a cidade cumpra os compromissos com os jogos olímpicos e paralímpicos.

Aliás, sobre o estado de calamidade pública, o artigo traz que "essas medidas são normalmente tomadas por causa de terremotos ou enchentes. Mas a Olimpíada é uma catástrofe feita pelo homem, previsível e evitável."

O ritmo das obras passou a impressão - veja bem, a 50 dias dos jogos - de que os jogos serão realizados apenas em 2017. Nenhum trabalhador consultado sabia dizer qual instalação olímpica estava em construção. A resposta era uníssona: "É para a Olimpíada". A ruma de tijolos e canos espalhados pela cidade transformaram o Rio num imenso canteiro de obras, impressão que eu confirmo porque lá estive na última quinzena de maio.

A coitada da jornalista ainda se preocupou em pedir ao escritório de imprensa da Rio 2016 um tour pela cidade. Mas, em suas palavras, ela foi "olimpicamente ignorada".

Num dos canteiros - especialmente o que será o Parque Olímpico Deodoro - ela entrou à vontade no meio das ferragens porque tudo estava abandonado em plena tarde da sexta-feira.

Dos poucos projetos terminados, um desabou: a ciclovia Tim Maia. Duas pessoas morreram.

A arena de vôlei de praia sofreu com as tentativas frustradas de licenciamento ambiental e danos causados pelas ondas. Depois da construção de uma barreira, agora são os bandidos que dão as caras por ali. Um homem esfaqueado foi encontrado pelos trabalhadores. Segundo o artigo, "os ladrões estão tão à vontade que deixaram suas mochilas e uma cadeira de praia por ali".

Quanto à segurança, reportagens locais são conta de 20 disputas territoriais envolvendo traficantes em 20 bairros do Rio. 43 policiais foram assassinados só neste ano e pelo menos 238 civis foram mortos pela polícia. 76 pessoas foram atingidas por balas perdidas, das quais 21 morreram.

O artigo chega a relatar o ataque de 20 homens armados até com granadas ao maior hospital público do Rio para libertar um dos chefes do tráfico no dia 19/06.

Sobre informações turísticas, a repórter brasileira, obviamente fluente em português, gastou meia hora na central do metrô apenas tentando entender qual ônibus deveria pegar para o Parque Olímpico. Não havia funcionário na cabine de informações. Um vendedor de pipoca e alguns transeuntes ajudaram-na.

As dívidas assustam. O estado do Rio de Janeiro deve mais de R$ 21 bilhões ao governo federal e R$ 10 bilhões a bancos públicos e fundos internacionais. O orçamento deve sofrer uma queda de R$ 5,5 bilhões neste ano. Já houve um empréstimo de R$ 860 milhões para ajudar a cobrir os gastos com segurança durante os jogos.

A Zika é outra desgraça. 150 médicos e cientistas de vários lugares do mundo já pediram ao Comitê Olímpico que ou adie os jogos, ou os leve para outro lugar.  Alguns atletas anunciaram que não vão participar da Olimpíada, como o jogador de golfe número 1 do mundo Jason Day.

Mas aí o artigo pegou pesado: de acordo com um cálculo divulgado por brasileiros, no Rio, o risco de uma mulher ser estuprada é 10 vezes maior do que ser infectada com o vírus da Zika. No caso dos homens, o risco de ser assassinado com um tiro é maior.

O prefeito Eduardo Paes não escapou incólume. O artigo lembrou de uma piada sua numa entrevista para a TV em 2012: "A Olimpíada é um pretexto maravilhoso; eu preciso usá-la como desculpa para tudo. Agora tudo que eu precisar fazer, farei por causa da Olimpíada. Algumas coisas até podem estar relacionadas aos jogos, outros não têm nada a ver com eles."

A repórter então mostrou como a estratégia do prefeito está errada, dando como exemplo a favela Providência. Lá, os habitantes queriam saneamento. A prefeitura gastou R$ 22 milhões no local construindo um teleférico.

O custo da Olimpíada está estimado em R$ 12 bilhões, mas sem incluir as isenções de tributos para quem organiza os jogos, os custos de instalações temporárias e as indenizações de famílias por desapropriações para a construção olímpica.

Agora vamos todos dormir com um barulho desse.

Faltam 33 dias para a Rio 2016.