O Brasil tem mais uma chance ímpar em sua história de reescrever sua realidade. Admitido o processo de impeachment contra Dilma por burlas ao ordenamento pátrio, o recado dado à toda a nação tem que ser efetivo: aqui as leis têm que ser cumpridas.
Agora é ver se a mesma onda leva mais gente, como o presidente da Câmara, cujo processo no Conselho de Ética caminha a passos de tartaruga, envergonhando e enojando o Brasil.
E que a Lava Jato seja bandeira de todos os brasileiros, para que tenha força para prosseguir varrendo esse jeito de fazer política apenas pelo enriquecimento ilícito, através da dilapidação do patrimônio público.
Que o orçamento de todos os governos de todos os níveis priorize o interesse público. Que dinheiro para coisas supérfluas, como propagandas descaradamente eleitorais, ceda às reais necessidades de um povo que não aguenta mais tanto descaso com a saúde, com a educação e com a segurança dos brasileiros, só para ficar nas prioridades.
Como aceitar que haja uma musiquinha de qualquer governo na TV se pessoas ainda se amontoam sem leito nos hospitais, esperando que um atendimento chegue antes da morte? Como aceitar que tenhamos folders e revistas de alta qualidade com loas ao governo se escolas não têm nem mesmo salas adequadas a receber alunos? Como aceitar que nem as ruas tenham a sinalização adequada para evitar acidentes?
Os brasileiros não podemos parar. Político só teme povo na rua. E é preciso fazer esse país funcionar na medida exata do que arrecada de seus cidadãos. Chega de sermos obrigados a pagar tudo duas vezes, através de tributos e da aquisição privada de plano de saúde, ensino, transporte!
Chega de acharmos normal a política ser feita na base da caneta! De nos acharmos o máximo porque o "nosso Vereador" vai ser eleito e nos arranjar algum tipo de boquinha. Chega de facilidades individuais! O Brasil tem que funcionar a contento para todos.
De nada adianta bradar agora contra o Congresso e os governantes que nos representam e votar nos mesmos já nas próximas eleições em outubro.
Que não percamos nunca a capacidade de nos indignar.