sábado, 12 de julho de 2014

Brasil x Holanda às 17h

Local: Estádio Nacional de Brasília
Histórico do confronto: 11 jogos, 3 vitórias do Brasil, 5 empates, 3 vitórias da Holanda

Brasil (4-3-3): 12 Júlio César, 23 Maicon, 3 Thiago Silva, 4 David Luiz, 6 Marcelo; 17 Luiz Gustavo, 5 Fernandinho, 11 Oscar; 7 Hulk, 20 Bernard, 9 Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Holanda (5-3-2): 1 Cillessen, 15 Kuyt, 2 Vlaar, 3 De Vrij, 4 Martins Indi, 5 Blind, 20 Wijnaldum, 6 De Jong, 10 Sneijder; 11 Robben, 9 Van Persie. Técnico: Louis Van Gaal.

Árbitro: Djamel Haimoudi (ALG)
Assistentes: Redouane Achik (MAR) e Abdelhak Etchiali (ALG)

Destaques brasileiros
David Luiz - mostrou ser um verdadeiro capitão.
Fernandinho - bom na marcação e no apoio.

Destaques holandeses
Van Persie - exímio finalizador.
Robben - veloz e bom finalizador.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

A limpeza dos CDs

Tenho uma rara coleção de CDs. Rara não por ter um valor inestimável ou ser de qualidade superior, nada disso. Rara porque todo mundo hoje prefere ou baixar ilegalmente suas músicas, ou comprar CDs (na verdade, DVDs) piratas.

Eu prefiro os oficiais. Eles me dão a oportunidade de ouvir o inesperado. Nos antigos LPs, o inesperado sempre estava no famoso lado B - o lado obscuro. Com os CDs, não há lado para escolher, mas há sempre uma faixa diferente, que merece sua atenção, mas não é comercial.

Sempre ouço todos os meus CDs com a desculpa de limpá-los. Vou escutando um por um no carro, e à medida que os devolvo à estante, eles estão limpos e organizados alfabeticamente.

E assim viajo no tempo. A maioria dos CDs tem alguma história para contar.A Próxima Vítima Internacional, por exemplo, me lembra meu tempo de aluna do curso de inglês com No More I Love Yous. Também foi a última novela que acompanhei com efetivo interesse. Voltei ao hábito agora com Em Família, mas a novela só engrenou de verdade nos últimos capítulos.

Bilingual dos Pet Shop Boys é a cara do meu caminho para a faculdade quando comprei meu carro. Se A Vida É é uma ode à alegria, uma verdadeira injenção de ânimo. Nessa mesma categoria de lembrança da faculdade vem Ed Motta (com um t ou dois?). Sua Colombina me fez cantar muito a caminho da UFRN.

Aqua e sua Barbie Girl me lembram de um tempo em que eu colocava CD em casa só para dançar, sem o mínimo pudor ou compromisso com o tempo.

Os CDs de novela são a cara das aulas (como professora) de inglês. Todo mundo queria a música da novela e eu que não assistia, coitada, corria para saber que danado  de música era aquela tão comentada. Turmas de iniciantes são bem assim.

Volto ao tempo da Escola Doméstica, do time de basquete, à minha infância nos anos 80, à minha adolescência nos anos 90... Tudo depende da música que está tocando.

É uma deliciosa sensação fazer a limpeza dos meus CDs - uma verdadeira máquina do tempo. Afinal, como dizem, recordar o passado é viver duas vezes.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

A final da Copa 2014

Alemanha x Argentina
 13/07 - 16h - Estádio Maracanã

A disputa do 3.° lugar da Copa 2014

Brasil x Holanda
12/07 - 17h - Estádio Nacional de Brasília


Festa da Adidas

Um detalhe interessante que quase passa desapercebido a respeito da grande final da Copa 2014 é que tanto a Alemanha como a Argentina são patrocinadas pela Adidas. Depois de duelos pelas semifinais que envolveram Nike x Adidas, a marca alemã de material esportivo, que é patrocinadora oficial do evento da Fifa, se sobressaiu em ambas as partidas.

Agora, teremos a festa da Nike na disputa do 3.° lugar no sábado e uma grande festa da Adidas na final da Copa Fifa 2014. Um final feliz para a patrocinadora, sem dúvida.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Ranking do Bolão da Copa 2014: 09/07

Com o fim da fase semifinal, Mariza quebrou o tabu de que quem lidera o Bolão desde o início não vence e se sagrou campeã com a classificação da Argentina para a final. Parabéns, Mariza!

1.° Mariza - 440 pontos
2.° Elisiane - 400 pontos
3.° Janaina - 395 pontos
4.° Eduardo - 385 pontos
      Jussara
6.° Lathoya - 380 pontos
7.° Cidlene - 370 pontos
      Wallace 
9.° Sonia - 365 pontos
10.° Luciana - 355 pontos
11.° Águeda - 350 pontos
12.° Fabrício - 335 pontos
13.° Rita - 330 pontos
14.° Raissa - 315 pontos
15.° Isadora - 275 pontos

Resultado da Copa 2014: 09/07

Holanda 0x0 Argentina
(2x4 nos pênaltis)
Cartões amarelos: Huntelaar, Martins Indi (NED), Demichelis (ARG)

Felipão, sem querer, admitiu um erro

O bom de entrevistas coletivas, especialmente as realizadas no calor dos fatos, é que elas não deixam muito espaço para o raciocínio. E assim, sem querer, surgem as grandes verdades nas entrelinhas.

Foi assim ontem com Felipão. Perguntaram se estava tudo errado. Ele disse que não. Que 12, 13, 14 jogadores desta seleção estarão na próxima copa. Que foi assim com a Alemanha, por exemplo. Só não deu tempo de ele admitir que não foi assim com o Brasil.

Da Copa 2010, apenas Júlio César, Thiago Silva, Maicon, Dani Alves e Ramires. Chutou-se tudo para cima e resolveram partir do zero com uma geração absolutamente inexperiente. 

Isso não apaga a realidade brasileira de time sem esquema tático. Qual era a grande jogada do Brasil? Toca para Neymar que ele resolve? Não resolveu nem contra o Chile, nem contra a Colômbia. Nem contra o México lá atrás. Não fez falta contra a Alemanha. Um amontoado em campo contra uma seleção superorganizada. Saiu barato, já que a Alemanha naturalmente diminuiu seu ritmo.

Mas esse é o futebol brasileiro. O futebol que exalta o drible, a malandragem dos que cavam pênaltis, faltas, idolatra um jogador em detrimento do coletivo. O futebol de salvadores da pátria. O futebol que reclama que esquemas táticos robotizam os craques. Ora, desde quando organização impede talento? Desde quando o caos é o melhor ambiente para o talento aflorar? Cheguei até a ler nesta copa que o fato de Neymar e Oscar serem obrigados a marcar acabava com seu futebol. Santa inocência, Batman. Todo mundo marca no futebol atual. O que mata o futebol de craques são times medíocres, sem jogadas treinadas, que vivem de improviso, de chutões para cima, da famigerada bola parada. 

O Brasil não caiu antes porque enfrentou seleções de menor poderio quanto ao talento. Quando enfrentou uma de nível semelhante, mas muito acima em organização tática, foi sumariamente humilhada, deixando o mundo inteiro estupefato ante uma goleada de 7 no time da casa numa semifinal de copa do mundo.

Nenhum talento individual é capaz de se sobrepor ao trabalho coletivo. "11 são mais que 1" parece ser uma afirmação óbvia. Não no futebol brasileiro. Ainda há quem pense que treinador só serve para entregar camisas ou motivar o time. E assim temos um campeonato brasileiro ridículo em público e audiência, com enorme ajuda de gramados ruins e horários malucos. 

Eis um legado da Copa 2014: gramados espetaculares, estádios de grande serviço agregado. Mas e os horários? E os treinadores? Quando aprenderão a montar jogadas de ataque? Quando soltarão seus laterais? Quando deixarão de ser meros destruidores das jogadas adversárias? Quando deixarão de ser meros entregadores de coletes? Quando vão aprender esquemas táticos de verdade?

Pobre futebol brasileiro. Ainda viveremos alguns anos achando que o que aconteceu ontem foi uma fatalidade que nunca mais se repetirá. Pior: ainda aguentaremos imbecis cheios de razão sobre como o Brasil vendeu a vaga na final para a Alemanha, igualzinho à tal venda da final da Copa 1998 para a França. Não sabemos perder. Não reconhecemos nossas falhas. Não enxergamos a qualidade dos adversários. Não aprendemos com as adversidades.

E assim seguimos na ilusão arrogante de que temos o melhor futebol do mundo. E seguiremos com clubes endividados, envolvidos em esquemas com empresários de futebol que só querem vitrine para sua mercadoria, com treinadores que ou são marionetes, ou estão tão ou mais envolvidos nesse esquema de "exportação de craques". E o torcedor se contentando com espetáculos deprimentes seja pela TV, seja ao vivo. Até quando?

Klose alcança feito histórico

Miroslav Klose achou de colocar mais história no já histórico Brasil 1x7 Alemanha. O alemão tornou-se o único jogador a marcar 16 gols em copas do mundo ontem aos 23 minutos do 1.º tempo. Klose marcou o 2.º da impiedosa goleada alemã e entrou para a história. 

Superou Ronaldo. E como são as coincidências desta vida! Ronaldo tornou-se o maior artilheiro das copas ao marcar dois gols justamente contra a Alemanha na final. Agora, Klose vem ao Brasil e, ao vencer os donos da casa, também marca seu nome na história. What goes around, comes around?

Um aula de como jogar futebol

A Alemanha não digeriu bem a derrota na final da Copa 2002 para o Brasil. Passou por uma renovação extrema com Jürgen Klinsmann no comando e caiu nas semifinais em casa para os italianos na Copa 2006. É o preço que se paga por uma grande renovação. Na hora H, falta experiência. Mas o time encantou com um futebol de velocidade, aberturas nas laterais, bons passes no meio.

Klinsmann caiu. Já morava nos Estados Unidos e foi acusado de estar muito americanizado. Ficou seu auxiliar, Joachim Löw. Em 2010, a seleção repetiu o resultado: caiu nas semifinais para a campeã Espanha e ficou de novo com o 3.º lugar.

Joachim Löw foi mantido. Afinal, o time cada vez mais joga melhor. E eis que, no Brasil, a Alemanha já deu um passo a mais em relação às copas anteriores. Está na final. Eliminou o dono da casa. Deu uma aula de futebol.

Essa Alemanha nunca reclamou de cansaço, de clima, nem mesmo quando enfrentou a França com 7 jogadores gripados. Só teve um dia de folga. Fechou seus treinos, não para esconder o jogo - coisa idiota nos tempos de hoje -, mas para ter a necessária privacidade para que seus treinamentos fossem levados a sério pelos jogadores.

Ontem foram 5 gols até os 28 minutos do 1.º tempo. Diminuiu o ritmo e marcou mais 2 no segundo tempo. Levou 1. Nunca antes na história da copa uma seleção havia perdido por tamanho placar na semifinal. Argentinos comemoraram a cada gol alemão com buzinaços. Nunca souberam nem perder, nem ganhar. 

A Alemanha sim soube perder. Nunca acusou Itália ou Espanha de favorecimentos de arbitragem ou de complôs para derrubá-la. Nunca achou bodes expiatórios, como o pobre Barbosa de 1950.

Também mostrou que sabe vencer. Reconheceu a dor dos brasileiros como a sua de 2006. Não tripudiou em um só momento. Nada de sambadinha na cara do adversário. Nenhum sorrisinho irônico. Nenhuma piadinha infame. Nenhuma musiquinha mal educada. 

Os alemães deram uma aula de como jogar futebol em todos os sentidos. O maior legado desta copa seria se aprendêssemos essa civilidade com eles. Infelizmente, para nós, difícil.