O secretário-geral da FIFA Jérôme Valcke mais uma vez criticou o Brasil no exterior. Em evento na Suíça, ele disse que viveu "um inferno" na relação com o governo brasileiro na preparação para a Copa 2014 e que faltará muitos detalhes durante o evento.
Quando perguntado por jornalistas brasileiros a respeito do que seria um inferno, Valcke disse: "Não foram três anos de inferno. Foram três anos complicados, mas tanto para o Brasil quanto para nós", declarou. "O trabalho não foi realizado por uma parte ou outra, não sei. Tivemos complicações relativas à estrutura do País em relação a investimentos que talvez começaram tarde, uma incompreensão em relação à dimensão do evento", abrandou.
Valcke deixou claro que a Copa 2014 ficará abaixo do nível normal de exigências da FIFA e que a infraestrutura não será a adequada. Questionado sobre o que falta, Valcke foi claro. "São muitos detalhes. Não digo que tudo estará concluído", apontou. "Em uma cidade como Cuiabá, há estruturas na cidade que não são diretamente relacionadas com a Copa. Portanto, haverá certamente obras nos entornos. Mas nos estádios, teremos o que precisamos."
Ele admitiu, porém, que teve de reduzir suas exigências para que as estruturas fossem entregues. "Reduzimos pretensões e necessidades e teremos o necessário para os jornalistas, torcedores e times durante a Copa", disse. "No dia 21 de maio, vamos receber os estádios para instalar a tribuna de imprensa e organizar as câmeras. Custaria mais barato se tivéssemos dez estádios. Mas temos doze."
"É verdade que algumas exigências nós reduzimos para a Copa", disse. Um dos pontos foi a redução do espaço e volume que a Fifa exigia em relação às estruturas temporárias. "Rediscutimos o que precisávamos e reduzimos custos", declarou o secretário-geral. Mas ele garante que não reduziu nem compromissos com estádios nem segurança.
Fonte: Estadão