quarta-feira, 23 de abril de 2014

Avaí 1x2 Bragantino

Jogo de dois times que enfatizam a marcação não poderia dar outra coisa: 3 gols em jogadas de bola parada. E o gol do Avaí, é claro, surgiu de falta cobrada por Marquinhos, que alçou na área. Desta vez, quem acertou o alvo (de cabeça, e não no meio das pernas do goleiro) foi o zagueiro Antônio Carlos.

A virada do retrancado Bragantino de Marcelo Veiga surgiu em dois lances de falta, cabendo ao zagueiro Guilherme e ao volante Fabiano, que não é aquele ex-América e Abc, marcarem os gols da vitória do Bragantino, que assumiu a liderança com 4 pontos. O Mecão agora é o segundo com 3. O Avaí assumiu a última colocação do campeonato sem marcar um único ponto e com saldo negativo de 3 gols.

Faltam 50 dias para a Copa 2014

Ricky Martin lançou ontem o clipe da música Vida, cuja letra foi fruto de concurso mundial da Sony Music e da FIFA. A música é mais uma a fazer parte do CD da Copa 2014. O vídeo foi gravado em março no Brasil. Assista:

terça-feira, 22 de abril de 2014

Avaí x Bragantino às 21h50

Estádio: Ressacada (17.800)

Avaí (4-5-1): Diego, Bocão,  Néri, Antônio Carlos, Eduardo Neto; Abuda, Tinga, Cléber Santana, Marquinhos, Diego Jardel; Roberto. Técnico: Pingo.

Bragantino (3-5-2): Leandro Santos,  Alex Moraes, Guilherme,Yago; Gedeílson, Francesco, Fabiano, Gustavo, Pará; Léo Jaime, Tássio. Técnico: Marcelo Veiga.

Árbitro: Edivaldo Elias da Silva (PR)
Assistentes: Rafael Trombeta (PR) e Edina Alves da Silva (PR)

Destaques catarinenses
Diego Jardel - o meia canhoto tem boa movimentação e visão de jogo
Marquinhos - apesar de lento, o veterano ainda tem boa visão de jogo e faz ótimos lançamentos

Destaques paulistas
Marcelo Veiga - treinador assumidamente retranqueiro, mas que sabe explorar os recursos de sua equipe.
Léo Jaime - o ligeiro atacante sabe finalizar e marcou um gol na rodada passada.

Faltam 51 dias para a Copa 2014

O cientista Miguel Nicolelis anuncia que já está na fase final de testes do exoesqueleto que possibilitará a um brasileiro com paralisia andar e dar o pontapé inicial à Copa 2014. Esse exoesqueleto pesa 70 quilos. Os sinais que o permitem se mover são captados através de uma touca posicionada na cabeça do usuário, num esquema semelhante ao de um eletroencefalograma. A intenção é que o usuário "sinta" os movimentos do robô, dando a ele a sensação de caminhar.

8 jovens brasileiros com paralisia já testaram a invenção, mas apenas um vai participar da festa de abertura do evento da FIFA em 12 de junho.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Série B não é moleza!

E não é mesmo. São 38 longas rodadas contra clubes de grande poderio financeiro e gramados os mais diversos país afora. A arbitragem também não costuma aliviar, especialmente para visitantes.  Um clube como o América precisa estar em condição 100% para enfrentar as adversidades.

Digo isto porque vejo no Vermelho de Paixão que o goleiro Andrey voltou a sentir o joelho e, por isso, não será relacionado para o jogo contra o Boavista. Sinceramente, alguém deve estar de brincadeira no América. A lesão que Andrey sofreu foi muito séria. Tão séria a ponto de a diretoria ter ido atrás do então sem clube Fernando Henrique, ante a perspectiva de ter apenas o titular Dida, já que Rafael Robalo não agradou. 

Andrey teria lesionado os dois joelhos ao cair, inconsciente, após a pancada na cabeça sofrida num treinamento. O negócio foi tão traumático que o goleiro agora atua com uma espécie de capacete, com receio de uma nova pancada.

Aí alguém resolveu antecipar a volta de Andrey contra o Abc. Não comprometeu porque o rival nem sabia o que era atacar. Contra o Corintians, o bom goleiro mostrou que se ressentia (e muito!) da falta de ritmo. E sentiu novamente a lesão. 

Quando todos esperavam que o goleiro que estava em grande forma e pegando tudo fosse atuar, Oliveira Canindé escalou Fernando Henrique. Deve ter seus motivos. Mas eu tenho direito de não concordar com eles. Tem que jogar quem está em melhor forma. Não dá para arriscar com um jogador, especialmente se ele não é uma sumidade na posição, numa Série B. 

Desde o jogo contra o Globo é visível o desentrosamento de Fernando Henrique com a zaga. Ressalto que o Mecão venceu as duas partidas. Mas Cléber claramente reclamou do goleiro nas duas partidas por falta de avisar o que era pra fazer. O goleiro tem visão privilegiada do jogo. Jogar calado é jogar contra. Claro que o entrosamento um dia vai chegar, pelo menos é o que espero.  Mas precisa mesmo arriscar tendo no banco um goleiro em melhor forma, em ótima fase e entrosado com o time?

Voltando a Andrey, a mesma notícia do Vermelho de Paixão afirma que o goleiro seria relacionado contra o Boavista. Como assim relacionado? Como disse, alguém deve estar de brincadeira no América. Andrey nem está em forma, nem o América está desesperado para arriscar sua volta sem condição física. A parada da Copa do Mundo é logo ali e é o momento ideal para que ele retome sua posição sem atropelo da parte física e sem prejudicar a equipe. Talvez ele esteja forçando a barra por perceber que vai perder a posição para Fernando Henrique. Aliás, já perdeu. Se um goleiro em forma e agarrando tudo não foi páreo para Fernando Henrique na escalação de Oliveira Canindé, avalie outro que não está 100% fisicamente.

Tá na hora de Oliveira Canindé, que teve uma conversa muito elogiada com os goleiros na hora de afastar Dida, ter a mesma conversa com Andrey: retorno só 100% e só na parada da Copa. E outra com Fernando Henrique: durante o jogo, fala, meu filho! Afinal, Série B não é hora de arriscar. Especialmente em fase boa.


Várias invencibilidades do América

A fase boa do América como um todo é inquestionável. O alvirrubro coleciona várias invencibilidades nesta temporada. Tem para todos os gostos: a do campo de jogo, a contra o rival, a do estadual, a de Oliveira Canindé e (por que não?) a da Copa do Brasil e a da Série B. 

Na Arena das Dunas, o América não sabe o que é perder desde sua inauguração em 26/01 deste ano. São quase 3 meses de invencibilidade na nova casa do Mecão, ou mais precisamente 12 jogos (11 vitórias e 1 empate).
América 2x0 Confiança (Copa do Nordeste)
América 0x0 Vitória (Copa do Nordeste)
América 4x0 CRB (Copa do Nordeste)
América 2x0 Ceará (Copa do Nordeste)
América 2x0 Santa Cruz (Estadual)
América 3x2 Abc (Estadual)
América 4x3 Corintians (Estadual)
América 4x2 Baraúnas (Estadual)
América 2x0 Globo (Estadual)
América 2x1 Alecrim (Estadual)
Abc 0x1 América (Estadual)
América 3x1 Avaí (Série B)

Contra o Abc, a invencibilidade chega a 12 jogos oficiais, sendo 8 vitórias e 4 empates.
América 1x0 Abc (25/03/12, Estadual)
Abc 1x2 América (15/04/12, Estadual)
América 2x1 Abc (29/04/12, Estadual)
Abc 0x2 América (06/05/12, Estadual)
América 1x0 Abc (25/08/12, Série B)
Abc 2x2 América (24/11/12, Série B)
América 1x0 Abc (17/03/13, Estadual)
América 1x1 Abc (21/04/13, Estadual)
América 0x0 Abc (10/08/13, Série B)
Abc 3x3 América (02/11/13, Série B)
América 3x2 Abc (23/02/14, Estadual)
Abc 0x1 América (06/04/14, Estadual)

No estadual, o América não sabe o que é perder desde Globo 2x1 América em 19/02, ainda no 1.º turno. São 12 partidas, sendo 10 vitórias e 2 empates.
América 3x2 Abc
Alecrim 1x1 América
América 3x2 Potiguar
América 4x3 Corintians
Santa Cruz 1x2 América
América 4x2 Baraúnas
América 2x0 Globo
América 2x1 Alecrim
Abc 0x1 América
Corintians 3x4 América
Potiguar 1x1 América
Globo 1x2 América

Com Oliveira Canindé, a invencibilidade começou com América 4x2 Baraúnas. Já são 11 jogos sem saber o que é derrota. No geral, a invencibilidade americana no ano recomeçou também com o treinador cearense.
América 4x2 Baraúnas (Estadual)
América 2x0 Ceará (Copa do Nordeste)
América 2x0 Globo (Estadual)
Santa Cruz 1x2 América (Estadual)
América 2x1 Alecrim (Estadual)
Boavista 1x2 América (Copa do Brasil)
Abc 0x1 América (Estadual)
Corintians 3x4 América (Estadual)
Potiguar 1x1 América (Estadual)
Globo 1x2 América (Estadual)
América 3x1 Avaí (Série B)

E, claro, na Copa do Brasil e na Série B deste ano, o Mecão não perde há um jogo. Mas se for contar a Série B desde o ano passado, são 8 jogos (3 vitórias, 5 empates).
América 1x0 Ceará (2013)
Abc 3x3 América (2013)
Chapecoense 0x0 América (2013)
América 2x2 América-MG (2013)
Avaí 0x1 América (2013)
São Caetano 2x2 América (2013)
América 2x2 Oeste (2013)
América 3x1 Avaí (2014)

Definitivamente, são números expressivos da boa fase americana.

Faltam 52 dias para a Copa 2014

Zinho, que conquistou o tetra em 1994 nos EUA, deu uma interessante entrevista ao Portal da Copa (site do governo brasileiro). Ele apontou suas seleções favoritas para a Copa 2014 e fez algumas revelações curiosas, como a profecia de sua mãe quando ele se perdeu da família durante a comemoração do tri em 1970. Confira trechos:

Em 1970, eu tinha três anos. Só lembro que me perdi, porque estava em Petrópolis (RJ). Meus primos maiores saíram para comemorar a vitória e saí atrás. Só que eles não me viram e me perdi. A minha família saiu para me procurar e por sorte me encontrou. Eu tinha perdido o pé esquerdo do sapato, que ficou em casa. Dizem os familiares que a minha mãe profetizou. Ela era muito religiosa, então rezou muito e disse que, se eu aparecesse, ela ainda ia me ver na Seleção.
(...)
A minha primeira convocação para a Seleção foi em 1989. Tinha 21 anos e sabia que tinha uns caras na minha frente, mas como fui convocado para muitos jogos, tinha expectativa. Acompanhar de longe é um pouco triste, mas pensei que ainda teria tempo.  Duro é quando você não é convocado já com 30. Aí, acabou. Mas eu estava iniciando a carreira. Quando os resultados não vêm, você pensa: “Se eu tivesse ido, poderia ajudar”. A Seleção não fez uma boa Copa. Nos bastidores, foi desorganizada. Havia divergência entre jogadores, festa. E isso acabou sendo importante para a nossa conquista de 1994.
(...)
A gente perdeu para a Bolívia e foi a primeira derrota da Seleção em uma eliminatória. Então a gente ficou marcado negativamente na história. E ainda empatamos com o Equador. Não vencemos os dois primeiros jogos, a pressão era forte da mídia e isso se estendeu para o torcedor. Acho que aquilo fortaleceu o grupo.
(...)
Eu lembro que, já na Granja, o Parreira reuniu o grupo e ia pedir para sair. Aí, os mais experientes – Branco, Ricardo Rocha, Dunga, Jorginho, Ricardo Gomes – que já tinham jogado a Copa de 1990 e sabiam que o ambiente lá foi crucial para a Seleção ir mal, sabiam também que a conduta e o profissionalismo do Parreira seriam fundamentais. O grupo fechou e pediu a permanência dele, abraçou e falou que íamos juntos. Tenho certeza de que a gente começou a ganhar a Copa ali.
(...)
[Sobre a perda da mãe] Não deixei transparecer isso na Seleção e nem na mídia. Tem tanta gente que sofre, né?  Quando você tem um certo nome, pode-se criar um clima de coitadinho. Alguns amigos sabiam o que eu estava passando. Ela teve isquemia, juntou com depressão, teve paralisação de um lado do corpo, porque teve um derrame. Foi um processo longo, durante a eliminatória toda. Aí ela deu uma melhorada boa e o médico disse para montarmos uma espécie de hospital em casa. Ela foi recuperando movimentos, fala, então a gente tinha esperança de que ficasse boa.
No sábado, na véspera do último jogo contra o Uruguai, treinamos no Maracanã, o local do jogo. O meu pai foi na concentração me visitar e comentou que ela tinha piorado e voltou a ser internada. Fui para o jogo  e nos classificamos. Ganhamos de 2 x 0. Todo mundo estava naquela alegria, comemorando, e sabe quando você não está no clima? Eu não conseguia ficar feliz, não estava bem
Fui direto de lá para o hospital. Quando cheguei, minha mãe estava entubada. Aí só deu tempo de entrar com minha esposa e apertar a mão dela. No dia seguinte, as manchetes eram de classificação para a Copa e eu estava no cemitério enterrando minha mãe. Ganhar a Copa foi para ela. Vem toda a história. Se minha mãe estivesse aqui... Mas foi por ela, uma profecia dela, um sonho que ela tinha. Ela sempre me apoiou.
(...)
Eu já sabia que ia para a Copa. Eu fiz as eliminatórias, tinha feito muitos jogos amistosos. Comecei a ganhar títulos. Em 90, fui campeão da Copa do Brasil. Em 91, campeão carioca. Em 92, campeão brasileiro. Em 93, campeão paulista e campeão brasileiro... Isso tudo me deu experiência, credibilidade e aprovação de todos, do treinador, jogadores, da imprensa, do torcedor. Fiz uma eliminatória boa. Quando terminou o último jogo, eu já sabia. Não fiquei na expectativa na convocação final. Não me lembro de ficar sentado no sofá esperando, como fiquei em 1998 e não deu.
(...)
Fomos uma Seleção muito cobrada pelo sistema tático implantado. Era um futebol de organização, uma mudança no conceito. O Parreira organizou essa parte sem a bola, organizou a concentração, impôs seriedade, profissionalismo e isso não foi entendido muito bem por boa parte da imprensa.

O time não jogava aquele futebol lindo e o pessoal não estava entendendo a formação tática. O Parreira queria igualar ao futebol europeu sem a bola. E aí sim a qualidade individual ia aparecer, porque a gente jogava com Romário e Bebeto, que estavam no melhor momento da vida. Então, se a gente não tomasse gol, a gente ia fazer pelo menos um.

A gente abraçou o sistema tático, mas para mim foi ruim. Havia jogadores cruciais para isso dar certo, e eu era um deles. O meu futebol não apareceu muito na parte individual. Na época, fui crucificado por não ter jogado como jogava no Palmeiras.

O meu posicionamento era diferente, mas a minha importância para o jogo era igual. Você é um meia de liberdade, de movimentação, de chegada e, de repente, você é um meia que fica mais guardado em um setor do campo, para acompanhar um lateral, para fechar como volante, tudo isso muda. Mas o título é fundamental porque mostra que o sistema deu certo.

Eu gostaria de ter tido mais liberdade, mas, ao mesmo tempo, sempre fui um jogador obediente taticamente e coletivo, sempre pensei no “nós” e não no “eu”.

[Sobre o apelido de enceradeira] Incomodou muito, a imprensa me incomodou, porque foram injustos. E o que incomodou, principalmente, foi um programa humorístico. Você vê o sofrimento do seu pai, da sua esposa. Esse pessoal faz brincadeira e esquece que existe a família.

[Sobre o jogo contra a Holanda] Todo mundo achava que era uma final antecipada e a gente fez logo 2 x 0. Eles eram muito bons. Aí a gente sofreu o empate. Dentro do jogo, a carga psicológica fica melhor pra eles. Mas  vêm aquelas coisas do destino. Foi o primeiro jogo em que o Branco entrou. Se o Leonardo não fosse expulso no jogo anterior, o Branco não teria jogado, então é coisa que tem de acontecer. O Branco tinha que marcar o melhor jogador deles, o rápido Overmars. Eu tinha que ficar mais atrás ainda para proteger o Branco, e justamente ele bateu a falta que originou o gol da vitória.

[Sobre a semifinal contra a Suécia] O melhor jogador em campo foi o goleiro deles. Aquele chute que eu dei de fora da área, além de ser difícil de defender, ainda desviou em um cara. Ele estava adiantado, conseguiu voltar e tirou de mão trocada.

Tinha aquela ansiedade de semifinal, mas a confiança era grande. A gente tinha a convicção do sistema de jogo, da função de cada um.  O placar quase sempre foi 1 x 0, mas se você ver, nenhum time foi melhor que o Brasil nos jogos. Nós ganhamos os jogos de placar magro, mas com superioridade.

[Sobre a final contra a Itália] Tem jogo que tem muito menos chance que aquele jogo ali e acaba 2 x 0, 3 x 0. Eles tiveram chance também. O Romário fez gol muito mais difícil do que os que ele perdeu naquele jogo. Eu também perdi um. Foi 0 x 0, mas houve várias chances de gol e teve qualidade técnica. Era para ser nos pênaltis.

No segundo tempo da prorrogação, eu saí. Parreira ousou e colocou mais um atacante. Quando terminou, nosso grupo estava bem, a ponto de o Romário, que não era escalado para bater pênalti, levantar a mão e pedir para bater. O melhor batedor dos treinamentos era o Márcio Santos e ele perdeu. Eu era um dos escalados para bater, assim como o Raí, mas ele também não estava mais entre os titulares. Aí entrou o Branco, entrou Dunga, tinha o Bebeto para bater o último, Márcio Santos e o Romário.

Foi por competência. Não foi por sorte. Treinamos, nosso time estava encorpado, melhor no jogo, confiante para a batida. A gente tinha um goleiro frio, que assustava. O Baggio conhecia o Taffarel, tinha que bater forte, tirar dele.

Quando acabou foi êxtase, festa. Você não sabe para onde correr, como comemorar. Você campeão do mundo! Nunca tinha ganhado aquele título. Não planejei como ia comemorar, mas abracei meus companheiros, dei a volta olímpica com a taça, coloquei a minha medalha.
(...)
[Sobre a Copa 2014] Estou muito confiante, acho que Felipão e Parreira montaram um grupo forte, temos jogadores talentosos, jogamos no nosso país, a nossa torcida está apoiando. O Brasil é favorito, mas tem outras seleções fortes: Argentina, Alemanha, Espanha, as tradições de Itália, de França, podemos ter surpresas, como a Bélgica que fez ótima campanha (nas eliminatórias). O nosso país está forte, mas logo na próxima fase podemos pegar uma pedreira. E em um jogo acontece de tudo. Um lance pode definir.  Se tudo correr bem, sem surpresa, é favorita. Estou torcendo muito.

domingo, 20 de abril de 2014

O que não vou esquecer de Luciano do Valle

Cada um tem um momento marcante do esporte mundial na voz de Luciano do Valle. Mas o que não vou esquecer sem dúvida é a conquista pelo basquete feminino do Mundial na Austrália em 1994 na Austrália. O Brasil de Magic Paula e Rainha Hortência (ambas apelidadas pelo narrador) despachou a forte seleção americana nas semifinais e ganhou da China, que tinha uma gigantona, na final.

Nas madrugadas daquele ano, era a voz e a emoção de Luciano do Valle que botavam fogo no jogo e espantavam o sono da torcida brasileira. Segue a parte final do último jogo, disponibilizada no YouTube:

Presidente da Portuguesa desiste da Série A

A matéria é do blog Bastidores FC do globoesporte.com:



No que depender da Portuguesa, Ilídio Lico, acabaram as batalhas judiciais para tentar uma vaga na Série A do Campeonato Brasileiro em 2014. O dirigente falou ao blog na manhã deste domingo, e fez um desabafo: 

- Não, não vamos tentar voltar para a Série A. Não tem mais o que fazer. Não existe. temos que aceitar a realidade. O campeonato está aí, os jogos estão marcados. É uma injustiça? É. Mas agora não adianta. 

Na noite de sexta-feira, estreia do time na Série B do Brasileiro, a Portuguesa jogou durante 16 minutos contra o Joinville e então retirou o time de campo. A alegação foi que o clube estava cumprindo uma decisão liminar da 3a Vara Cível da Penha, em São Paulo, que obrigava a CBF a incluir a Portuguesa na Série A do Brasileiro. Tal liminar foi cassada na noite de sábado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). 

- Eu sabia que essa liminar seria cassada. Eu cheguei a torcer para isso acontecesse antes do jogo contra o Joinville, assim nós não teríamos problemas. Nós tiramos o time de campo porque fomos obrigados. Ameaçaram a mim e ao clube caso nós descumpríssemos a decisão - afirmou Lico, sem dar detalhes sobre o autor de tais ameaças.

A Portuguesa pode ser punida pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por ter abandonado a partida contra o Joinville. A Lusa pode ser punida com perda de pontos, multa e, no limite, exclusão da Série B. 

- Eu espero que não aconteça. Vou falar com o presidente Marin, explicar minha situação. Eu fiz isso [tirar o time] para não prejudicar a mim e 'a Portuguesa. Espero que tenham consciência disso - afirmou Lico.

Diante de cenário tão adverso para o clube, o dirigente afirma que não se arrepende de ter assumido a presidência da Portuguesa.


- Arrependido, não. Estou triste por essa situação toda. Não porque a liminar foi cassada, que isso eu já esperava. Mas é muiti difícil, hoje é impossível administrar a Portuguesa na Série B com todos os problemas que me deixaram. A Portuguesa está quebrada. O que vou fazer? Usar muita criatividade. Não vou abrir mão da Portuguesa, sou um homem de luta.

América líder da Série B e com o artilheiro

América x Avaí e Ceará x Oeste foram os jogos que fecharam a 1.ª rodada da Série B. Melhor para o Mecão que já sabia que 3 gols o deixariam líder da competição, ainda mais que o jogo do Castelão era um embate entre um time de reservas e outro desfigurado.

Já me surpreendo com a quantidade de gente num sábado de feriadão à noite. Como a torcida do América gosta de campeonato brasileiro! Há uma mística envolvendo a equipe, o local e a torcida. É entrar na Arena das Dunas e sentir. É diferente; é especial.

Lá estou eu observando o aquecimento dos goleiros. Interessante como os goleiros do Avaí, vira e mexe, estavam de olho no treinamento do Mecão. Não tiraram o olho de Dida e Fernando Henrique. Dava para ver o receio em suas expressões. 

Começa o jogo e o time americano parece ansioso. É a estreia. Do outro lado, um time que adora uma retranca e que tem jogadores veteranos, mas ainda perigosos como Marquinhos e Cléber Santana. E que não costuma rifar a bola. O Mecão parece fadado à marcação, mas aquela marcação que irrita o torcedor, só marcando posição e deixando o outro time tocar à vontade. Nas primeiras saídas em velocidade para o contra-ataque, fica logo claro qual é a do juiz: falta só se for uma facada. Arthur Maia tem dificuldade em jogar. O time todo sente.

Mas Val já dava mostras de que pode sim ser titular nesta equipe. Era quem conseguia acalmar a defesa, que novamente deu grandes sinais de falta de sintonia com Fernando Henrique. É esperar que esse entrosamento chegue logo.

Dando show nos lançamentos e viradas de bola, Val achou Rodrigo Pimpão, que ainda não tinha acertado coisa alguma no jogo. No entanto, quando o cara é decisivo, ele é decisivo mesmo. Rodrigo Pimpão, na primeira que acertou, fez um bonito gol meio que por cobertura. Mecão 1x0.

Será que o time melhoraria depois de saída a ansiedade? O gol não foi suficiente. O América sofria por não entender o ritmo de jogo que o juiz queria: só facada seria falta. Isso para um time que estava marcando de longe era o fim da picada. E o Avaí empatou num lançamento do livre Marquinhos. Roberto tocou no meio das pernas de Fernando Henrique.

Será que agora o América entraria no jogo? Entrou. Finalmente o América virou América. Marcação mordendo o Avaí. Todos os jogadores partindo para cima do adversário sem ligar para faltinhas estilo cai-cai. Pressão que o Avaí só entendeu quando Max marcou um golaço de meio voleio. Sempre ele: o Homem de Pedra, incansável, batalhador, decisivo.

Começa o 2.º tempo e o América dá mostras de que o jogo ruim ficou para trás. Domínio total e absoluto. É claro que o Avaí ainda ameaçou aqui e ali. Não se pode esperar outra coisa na Série B. Mas o América foi senhor das ações. Val teve o jogo nas mãos. Todas as bolas no meio de campo passavam por ele. E ele apareceu bem na defesa dando o bote no momento correto. Aí cresceram Fabinho, Marcelinho, Pimpão, Wanderson. Até Arthur Maia voltou a dar lampejos de Maiadona. Não deu outra. Cruzamento da direita e Max esquece o medo da chuteira dos zagueiros (e ele tem medo de alguma coisa? Acho que os zagueiros é que têm medo dele) e do goleiro e desce o corpo todo para cabecear quase rente ao chão. Goooooool. Gol do desafogo. Gol da liderança. Gol da artilharia. Enfim, gol de Max.

Nem há tempo para descanso. Na quarta, o Mecão enfrenta a volta contra o Boavista pela Copa do Brasil e sem Arthur Maia. Mas esse time de Oliveira Canindé é muito qualificado. Aliás, o elenco é muito qualificado. O time joga por música, independente de quem esteja em campo. Sai um, entra outro e ficamos imaginando se o titular ainda tem lugar ante o desempenho de quem entrou. O Boavista que se segure!