Com idade avançada e uma rotina modificada depois das mudanças que a pandemia impôs à minha vida, ficou meio complicado de achar horário e - confesso - disposição de postar por aqui.
Criei meio que uma aversão aos meios tecnológicos. Fico agarrada a um computador durante pelo menos 6 horas por dia. Com a quebra da tela do que uso em casa, a paciência para ter que usar um ligado à TV não deu as caras. E se eu já não tenho muito apego à tela do celular...
Deve ser um burnout tecnológico, para usar um termo que se popularizou na última década. Isso nada mais é do que a libertação do que estressa. Algo lhe estressa demais? A mente manda um burnout (esgotamento) para o corpo e estamos resolvidas.
No meu caso, fui tomando um abuso de tudo que toma muito o meu tempo. Passei a vida reclamando que jogo de futebol é muito demorado, que tem uma cera chatíssima, que deveríamos ter, no máximo, 2 tempos de 30 minutos com cronômetro parado a cada interrupção. Ninguém me ouviu. Resultado? Hoje não tenho a menor paciência de acompanhar um jogo inteiro. Pego jogo andando, ou só no 2.° tempo, ou largo ainda no 1.° tempo no menor sinal de cera. Culpa da Fifa e de todos os manés que acham legal o antijogo.
Assistir TV também cai nessa vala. É propaganda demais e coisa boa de menos. Me agarro com alguma coisa para ler ou para exercitar o cérebro nos intervalos enormes, especialmente na GloboNews, ou nos assuntos muito repetitivos.
Sinto falta dos jornais impressos e das revistas. Mato a saudade com uma edição aqui e ali do Agora RN (a Tribuna do Norte virou panfletária demais) e com a revista Justiça & Cidadania, que de vez em quando pego quando apareço pela OAB. Demais jornais e revistas hoje são digitais, formato que me estressa, como já disse. Livros têm horário próprio.
Voltando à TV, hoje termino assistindo mais YouTube. As séries são mais francas, as notícias mais pontuais e as músicas têm mais profundidade sonora (comparando com outros streamings, porque nada supera o CD!). É de graça e tem muita coisa independente. Dá para sair da mesmice. Mas não gosto do YouTube no celular, pelos motivos que já citei antes.
Daí a dificuldade de voltar aos textos por aqui. Prefiro papel e caneta, não gosto de celular e o computador de casa anda prejudicado. Já tenho até texto pronto num caderninho há mais de ano, mas que ainda nem me animei a transpor para cá. Vou ver se faço isso neste fim de semana. Ou na próxima disposição que aparecer.