O blog
Vermelho de Paixão divulgou vídeo de Edmo Anderson com a entrevista de Eduardo Rocha ontem, na Arena das Dunas, por ocasião da apresentação oficial do novo técnico americano. Vamos aos trechos.
Comando de Júlio Terceiro
Ele vem acompanhando o trabalho de Leandro [Campos] e óbvio que ele conhece o elenco e a equipe com mais profundidade do que o atual treinador, o Pacheco. Óbvio que o Pacheco vai assumir definitivamente, e espero que até o final da Série D. O projeto é nesse sentido. Ele, óbvio, que vai dar as opiniões dele. Júlio está aberto para isso. Já conversaram no vestiário antes de vir para a coletiva, vão conversar hoje [quinta] no treino, vão conversar amanhã [sexta] em algum trabalho que obviamente deverá ser feito de ordem tática, e ele vai observar no sábado. E Júlio vai colocar o time em campo e nós vamos vencer a partida.
Escolha de Pachequinho
Não há nenhum demérito em que, na escolha de um novo treinador, você aponte alguns nomes. Mas, quando chegou o nome dele, eu, com muita confiança, com muita convicção, autorizei o meu vice-presidente Eliel e o meu diretor de futebol Leonardo Bezerra [a] fechar, porquanto, antes de dizer isso, eu tomei diversas informações e o currículo dele fala por si só. Ele foi auxiliar técnico de grandes treinadores do futebol brasileiro. E eu acho que o futebol potiguar como um todo está na hora de mudar um pouco o azimute e sair daquelas mesmas pessoas, daquela ciranda que muitas vezes finda em terminar um clube como o América, que era da Série A, hoje está amargando uma Série D. E aí nós precisamos ter novas ideias, novos trabalhos, junto com a comissão permanente, que o América, na minha gestão, não vai abrir mão disso. Quem vier após terminar a minha gestão, se quiser mudar, que mude. Eu não mudo. Júlio permanece, Moura permanece, todos vão permanecer para que a gente ganhe conhecimento com quem vai trazer alguma coisa nova de fora, para que isso possa ser aplicado num futuro próximo por eles próprios. Quem sabe?
Saída de Leandro Campos
Primeiro, elogiar a postura do homem Leandro e do próprio treinador, que você na coletiva colocava com aproximadamente 70% de aproveitamento, o que não é fácil. Mas esse aproveitamento, do ponto de vista prático, infelizmente, e aí contra fatos não há argumentos... No primeiro momento, tínhamos o acesso na mão e perdemos o jogo da Juazeirense, onde tirou nossa condição de manobrar no sentido de poder reverter aquele resultado. Ainda assim, confiando no trabalho, porque havia uma convicção, nós renovamos com ele. Fala-se muito em troca de treinador no América, mas se esquece de dizer que, em mais dois meses, ele faria um ano conosco, com o intervalo de que nós ficamos fora e ele só voltou a começar novamente o trabalho em novembro. Mas já tinha sido contratado em agosto. Então havia uma convicção. Criticar é muito fácil. Agora deviam criticar também com dados. E ele permanece. Temos o jogo decisivo em Tubarão, onde, mais uma vez, infelizmente, mesmo estando bem no estadual, nós soçobramos, e isso trouxe um prejuízo de ordem financeira para o clube. Ainda assim, convicto que esse trabalho era uma coisa que tinha como vir a dar frutos, permanecemos com ele. Ganhamos do ASSU e viemos para o jogo em casa, onde todos esperavam que nós ganhássemos o jogo, ou, na pior das hipóteses, pelo menos empatasse, o que nos levaria a jogar no sábado pelo placar simples de 1x0. Nós fomos surpreendidos com a derrota a meu ver acachapante, que, por óbvio, chateou muito o torcedor, magoou muito a diretoria, magoou muito a nossa torcida. E depois de 3 revezes em momentos decisivos, aí paciência. Nós, infelizmente... A culpa não é dele. E não é só dele. A culpa é minha, como presidente, talvez por ter escolhido errado alguns jogadores. A culpa é de alguns jogadores. Inclusive alguns [Tadeu e Janderson] foram afastados do elenco. E não adianta a essa altura buscar culpado. O que adianta é o América ganhar o jogo dele no sábado e, em fazendo o resultado dele, aguardar que os outros resultados se amoldem ao que nós queremos: ganharmos o 1.° turno.