O América confirmou o favoritismo, despachou o Santa Cruz no Barretão mesmo e sagrou-se campeão estadual de forma antecipada (venceu os dois turnos) e sem perder uma única partida, algo que não acontecia há 43 anos.
No início, o time de Marquinhos Santos estava bem mais avassalador com Gustavo Henrique e Rafinha, mas o ímpeto foi arrefecendo e, como esperado, o Santa Cruz deu trabalho.
Foi uma cabeçada de Salazar aos 43 minutos do 2.° tempo que deu o título ao América. Desde o primeiro amistoso em que o vi atuar eu defendo sua escalação. Além de saber jogar onde joga, ele tem bons passes, bons lançamentos e ainda sabe utilizar muito bem sua vantagem em relação à altura nas jogadas aéreas, especialmente as ofensivas.
Marquinhos Santos soube utilizar sabiamente a competição para preparar sua equipe para o que realmente importa desde sempre: as competições nacionais, principalmente a Série D.
Hoje o América tem um jeito de jogar dentro e fora de casa, contra grandes e pequenos, em campo bom ou campo ruim. E todo mundo tem ritmo de jogo.
Resta saber se as claríssimas deficiências do lado esquerdo e do ataque foram de fato observadas pela direção executiva para que novos atletas cheguem para sanar as dificuldades que apareceram em todas as partidas disputadas até aqui e que ameaçam fortemente o futuro da equipe nas competições que realmente importam.