Esbarrei em Beauty, filme disponível na Netflix desde o ano passado, e depois fiquei sabendo por uma amiga que ele era livremente inspirado na história de Whitney Houston.
Gosto de dramas e fiquei um pouco assustada em ver que este tinha apenas 1h35. Depois de assisti-lo entendi o motivo: ele se desenvolve muito lentamente, como se tivesse umas 3 horas de duração.
Isso não chega a ser um problema. Há poucos buracos no enredo. Dá para entender boa parte dele. As atuações também estão a contento. E também achei muito bom o recurso de jamais ouvirmos a protagonista cantar. Foi uma boa escolha para também ilustrar sua falta de voz na própria vida, apesar de saber que foi uma limitação pelo fato de ser uma biografia não autorizada de Whitney Houston, como qualquer fã reconhece.
No entanto, é preciso ter estômago para ver aquela que seria Whitney Houston sofrendo o pão que o diabo amassou na mão de uma família extremamente reacionária e com um pai que só a vê como um produto para fazer muito dinheiro antes mesmo dela ser famosa.
Há uma gratíssima surpresa no filme: Sharon Stone como coadjuvante no papel da empresária (gravadora) que primeiro investe nela.
A trajetória de Whitney, que parecia ser uma redenção, vai se embrenhando por um caminho de mais sofrimento não só para ela. Uma pena.
Ainda assim, Beauty é um bom filme.