Também na semana passada o zagueiro Jean Pierre concedeu entrevista sobre a preparação do América sob o comando do técnico interino João Paulo, ainda antes da chegada do técnico Thiago Carvalho.
Preparação para o clássico
A forma de trabalho não mudou tanto. O conceito ainda é o mesmo, embora João Paulo tenha feito alguns treinamentos da forma como ele gosta, porém, por ele estar trabalhando como técnico interino, não dá para mudar tanto. Acho que tem pouco tempo para trabalhar e ainda o clube não acertou a chegada de um novo treinado, João Paulo acaba ficando um pouco limitado também nos trabalhos. Então, junto com a comissão técnica que permaneceu, o analista de desempenho Paulo Vitor, o preparador físico Herbert, eles tentam de alguma forma colocar o nosso trabalho no dia a dia para que a gente assimile, continue assimilando um trabalho que a gente na verdade já vinha fazendo desde o início da temporada, sem mudar tanto essa cara. E nós, jogadores, a gente tenta continuar se adaptando a esse trabalho para que nos jogos a gente não sofra porque uma mudança brusca agora seria ruim para nós, jogadores. Para nós entendermos requer um pouco de tempo, requer entrosamento e isso nos falta no momento. Mas a gente da melhor forma tenta se unir com a comissão técnica para desenvolver o trabalho da melhor maneira.
União
Acho que a gente precisa se unir. A união é boa em todo momento, mas agora mais do que nunca a gente precisa se fechar, se unir, trazer as coisas positivas para dentro do nosso trabalho para que os resultados sejam vistos nos jogos. Acho que não é hora de nós apontarmos erros, procurarmos culpados. É hora de juntarmos forças e usar o que a gente tem de melhor.
Clássico sem mudança na tabela
Apesar de não causar tanta mudança na tabela, é um clássico. E um clássico é uma competição à parte. A gente sabe a importância de se vencer um jogo como esse e com toda a certeza a gente se prepara para mostrar o melhor futebol possível e sair com a vitória. E, querendo ou não, é uma preparação para nós nos jogos da final, que vão ser contra o mesmo adversário. A gente encara com a mesma seriedade como se fosse um jogo valendo a liderança da classificação geral ou a classificação para uma fase posterior. Então, a gente encara com a mesma seriedade e o mesmo comprometimento e o nosso objetivo óbvio é vencer.
Sem derrotar o rival na temporada
Infelizmente os resultados foram negativos nas últimas partidas, nos últimos clássicos. Porém, a gente precisa manter o foco, precisa ter confiança porque o jogo mais importante, lógico, será o próximo, mas temos uma final pela frente e a gente sabe que, conquistando o título, as coisas podem mudar. Toda a mágica que causa uma vitória, um título pode vir sobre o nosso elenco, então a gente está focado e comprometido em concluir essa competição da melhor forma.
Liderança
Acho que é uma responsabilidade muito grande jogar com a camisa do América, jogar diante da torcida americana na Arena das Dunas. Porém, o jogador por si só deve se motivar porque eu acho que é uma baita de uma oportunidade. E a gente tenta conversar no dia a dia, principalmente com os mais novos, para que confiem e acreditem no seu trabalho. E o nosso grupo é um grupo muito bom. A gente é muito unido, a gente se respeita durante o dia a dia. Então, a gente tenta passar algo positivo, uma liderança positiva para eles para que eles se sintam à vontade dentro de campo e como equipe a gente consiga desempenhar o nosso papel.
17 dias de intervalo entre jogos
Acho que tem os prós e os contras, Como você disse, foi um tempo suficiente para que os jogadores se recuperassem das suas lesões. E, por sinal, são jogadores importantes para nós, que fazem a diferença no nosso elenco. Por outro lado, eu acho que o que mais pesa é a questão psicológica. O jogador fica muito ansioso. O jogador quer está em campo, quer estar jogando. Quando ele está ali treinando sem objetivo é muito ruim. Mas na questão física, a comissão técnica é muito experiente e tenta programar da melhor forma os nossos treinamentos durante os dias. Então eu acho que a gente não perde tanto em relação a isso. Então eu acho que existem os dois lados, sim, as questões positivas e também as questões negativas, mas no final o que vai valer é o resultado, são as partidas. E isso aí a gente precisa esperar para ver o que vai acontecer.
Série C
A gente já está pensando, sim, em Série C. Como você falou, já está bem próximo, mais algumas semanas e a gente chega. Uma competição de um nível muito elevado, maior do que o estadual, sendo sincero. A gente sabe a visibilidade que tem uma Série C, a gente sabe também que o América tem o objetivo de continuar galgando lugares maiores com novos acessos. E esse é o objetivo dos jogadores. Nós temos essa pretensão também de fazer uma boa Série C, assim como foi na temporada passada, conseguindo o acesso da D para a C. Nosso foco total é conseguir um novo acesso e elevar ainda mais o nível do América. Então, a nossa cabeça já está na Série C, sim, e principalmente o clube, que já tem movimentado os bastidores, tem trabalhado para que o América chegue forte no Campeonato Brasileiro.