Minha primeira experiência com uma série tailandesa surgiu com um sucesso no YouTube que algoritmo fez logo questão de me apresentar: Gap The Series - Pink Theory, que seria baseada num livro mais antigo de mesmo enredo.
Na série, acompanhamos a vida de Mon, que cresceu admirando Khum Sam, que conheceu ainda nos tempos de escola e que pertence à realeza da Tailândia.
Ao se formar, Mon recebe a chance de começar a trabalhar na empresa em que Khun Sam é a CEO, mas esta não parece mais ser a mesma do passado.
Sem medo de dar spoiler, até porque a série é cheia de clichês, mas eles são trabalhados de uma forma tão fofa que passam longe de incomodar, a relação entre Mon, que é também britânica e plebeia, e Sam, nobre e rica, vai pouco a pouco transbordando a relação de admiração e trabalho para invadir o campo do romance.
Nesse meio termo, muitas risadas garantidas com os núcleos de trabalho e de amizades, com muitas das piadas cheias de inocência, lembrando um tipo de humor que já não é mais tão comum hoje em dia e que fazem de Gap uma série que todo mundo quer acompanhar/maratonar, mesmo com o enorme estranhamento que uma língua tão diferente possa causar no início.
São 12 episódios, cada qual dividido em 4 partes, legendados inicialmente em inglês, mas que recebem legendas em uma ruma de outras línguas mais ou menos 2 semanas depois da data de lançamento de cada um deles.
Os episódios 10 e 11 me fizeram muita raiva, especialmente o 11. Acho que deixaram todos os problemas desorganizadamente surgirem numa ordem que não tem muita lógica com o desenvolvimento da série até ali, mas isso não apaga o mérito da ótima produção.
O último episódio - 12 - chegou hoje à tarde e me fez chorar de soluçar quase que do início ao fim.
A série, que foi lançada em novembro do ano passado e teve seus episódios lançados semanalmente, apenas com pausa de 1 semana na virada do ano e de 2 semanas para o episódio final, já ultrapassou os 100 milhões de visualizações e virou um sucesso mundial, catapultando as atrizes Freen Sarocha (Khun Sam) e Becky Armstrong (Mon) para um estrelato típico de bandas que arrebatam corações adolescentes.
De uma hora para a outra, o mundo começou a olhar para as séries tailandesas, sendo esta a primeira do tipo GL (girls love) no país e levou os eventos da série (online e presenciais) para China, Hong Kong, Inglaterra, Filipinas, para citar o que lembro de cabeça. A América Latina não fica de fora, com o Brasil puxando a fila de uma legião de fãs, a ponto de uma das últimas músicas da série, produzida pela Idol Factory, ter incluído a frase "eu te amo" para contemplar essa parcela fiel que consome absolutamente tudo que envolve Gap e as atrizes e atores.
Enfim, Gap The Series - Teoria Rosa é uma verdadeira montanha russa de emoções, mas que deixa o coração quentinho, quentinho. Dê uma passadinha no canal Idol Factory no YouTube e embarque nela sem medo de ser feliz.