O que deve acontecer quando um time quer muito jogo e o outro não está nem aí para o que vai rolar? Goleada, né?
Pois bem. Como tinha de ser o América, que entrou em campo hoje fumando numa quenga para seguir na liderança, goleou o Força e Luz, que estava numa noite bizarra.
O placar terminou nem sendo justo porque o América teve um gol mal anulado, um pênalti para o qual o árbitro simplesmente fez vistas grossas e ainda meteu umas duas bolas na trave, fora as defesas de Odair. Isso para nem citar uma expulsão não efetivada de atleta do Força e Luz, que deu um carrinho por trás altamente perigoso em William Marcílio, que por sua vez teve sorte de não se lesionar gravemente.
Wallace, Thiaguinho e Willliam estiveram bem à vontade e a volta de Allef SEMPRE melhora o meio e o time como um todo. A ausência dos dois últimos na partida anterior foi MUITO sentida.
Apesar de todas as belas jogadas e do domínio absoluto do América, não convém entusiasmo para os comandados de Leandro Sena. Quando começaram a achar que jogavam mais do que precisavam se esforçar permitiram que um adversário em noite bizarra começasse a rondar o gol de Bruno Pianissola. Chegaram ao cúmulo de errar 3 vezes num mesmo contra-ataque e de rodar bola na defesa com extrema displicência, entregando a posse de mão beijada para o adversário. Fosse outro time ou o Força e Luz não estivesse numa saga tão desesperada para fazer um pênalti para o América converter (houve até um jogador na barreira que tentou alcançar uma cobrança de falta de Téssio com a mão), tais vacilos muito provavelmente não teriam sido perdoados.
Comemore-se a seriedade na maior parte do jogo, mas que se abra o olho para a necessidade dela existir do primeiro ao último minuto. Desde o jogo contra o Globo que o América entrou numa realidade de que todo jogo é uma final e assim será até o fim da temporada. Todo jogo é uma final a partir de agora. Todo jogo é uma final. E toda final tem que ser jogada com o máximo empenho e a mais alta atenção possíveis. Só assim os frutos virão.