Quem viveu os anos 80/90 viu e ouviu Renato Russo e sua Legião Urbana criarem e cantarem músicas com a incrível característica de colocar o dedo na ferida, fosse ela uma ferida existencial, uma dor de cotovelo ou ferida social ou geopolítica. Não é à toa que essas músicas não perdem sua atualidade.
Este é o (triste) caso de A Canção do Senhor da Guerra, lançada no maravilhoso disco duplo (uma espécie de coletânea) Música p/ Acampamentos de 1992, que faz parte da minha preciosa (para mim, claro) coleção de CDs.
Fez sucesso como tudo que a banda lançou, mas nada como os hits Eduardo e Mônica, Tempo Perdido, Índios, etc.
Infelizmente o momento atual ainda pede reflexão sobre a tristeza de guerras que nunca nos abandonam e o porquê delas nunca nos abandonarem, venham de onde vierem.
Para reflexão em pleno ano 22 do Século 21, deixo abaixo a letra e dois vídeos - um com a gravação original (mais potente, na minha opinião) e outro que vale pela raridade de uma apresentação ao vivo em rádio e que traz no começo o próprio Renato Russo falando sobre a eterna atualidade da música.