domingo, 8 de agosto de 2021

O vazio da Olimpíada

Falei sobre o que eu acho que a Olimpíada de Tóquio - 2020 deixou para nós, mas preciso falar do enorme vazio que fica para quem ama esporte com o seu fim.

Temos uns 10 canais de esporte na TV por assinatura, fora os canais abertos que também se aventuram em coberturas esportivas. Com o fim da Olimpíada, quase todos vão seguir na monotonia do futebol masculino dominando sua programação. Não importa se a galera madrugou para ver skate, surfe, boxe, arremesso de peso, canoagem (a de Isaquias ou a de Ana Sátila), maratona aquática, vela, nado sincronizado, saltos ornamentais, ginástica artística e tantas outra modalidades que sempre encantam. Nada disso seduz quem define a programação esportiva da TV: temos mais do mesmo o ano todo, todos os anos.

Quer ver golfe feminino? Vá para um canal específico. Futebol feminino ou WNBA? Reze para a transmissão estar disponível no Twitter ou no Facebook e para você ficar sabendo a tempo. O resto fica escondido - quando fica - nos piores horários ou nos canais mais inacessíveis. 

Já o futebol masculino, seja de quinta categoria ou de nível adequado, este vive em profusão. É ao vivo, é VT, é VT de novo, é debate de manhã, na hora do almoço, no jantar, de madrugada... Ai de quem ousar gostar de um outro esporte neste país do mais do mesmo.

Fala-se muito sobre investimento nos esportes olímpicos (tiremos o futebol masculino dessa e deixemos apenas o futebol feminino), mas a verdade é que os próprios canais de transmissão não se permitem pelo menos testar colocar um canal mais acessível - aquele que qualquer pacote de TV tem - com uma cobertura mínima das modalidades olímpicas, principalmente quando se trata do feminino.

Já viram handebol de clubes na TV? Ou o campeonato americano de futebol feminino? Um mundial de esgrima ou de badminton? Ou de remo ou canoagem? Ou pelo menos notícia do que rola por aqui no Brasil a esse respeito? 

Enfim, o vazio que uma Olimpíada deixa é enorme para quem ama esporte de verdade.

Quase 18



Dei a sorte de encontrar uma indicação de filme do The New York Times na nossa Netflix. Para quem não sabe o catálogo não é o mesmo e exatamente por isso já dei com os burros n'água mais de uma vez.

O filme em questão é The Edge of Seventeen, aqui conhecido como Quase 18, numa tradução agradável. 

Nele vemos a estória de uma adolescente, Nadine, que enfrenta aquela barra que quase toda pessoa adolescente tem que enfrentar, mas com o acréscimo de ter perdido o pai, o familiar que mais a compreendia nessa caminhada. Tudo piora quando sua melhor amiga passa a namorar seu irmão.

O filme tem uma levada de drama com muitas pitadas de comédia de humor bem ácido e é um entretenimento de altíssima qualidade, tanto pelo ritmo da estória como pelo desenvolvimento da personagem principal, com uma atuação de gala de Hailee Steinfeld e todo o elenco, com destaque para Kyra Sedgwick, que interpreta a mãe de Nadine, e Woody Harrelson, o professor que ela adora estressar.

Quase 18 tem 1h44 de uma estória muito bem amarrada, com começo, meio e fim, e que me arrancou algumas risadas e lágrimas. 

Imperdível.


Podcast: O que fica de Tóquio 2020

O que mais marcou para mim na Olimpíada de Tóquio.







Podcast: Mais perto

Primeira fase da Série D 2021 se encaminha para o fim.







Manchetes do dia (8/8)

A manchete do bem: 
  • Ex-apresentadora se torna primeira governadora-geral indígena do Canadá
As outras: 
  • Metalúrgico, músico, doméstica e garçonete: brasileiros despejados vão morar na rua
  • Medo da variante delta reaquece vacinação contra Covid nos Estados Unidos
  • Clima de 'liberou geral' com vacinação incompleta pode custar caro
Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (8/8)

The headline for good: 
  • From Athens to Tokyo, Allyson Felix's journey to the Olympic record book
The others: 
  • Former acting attorney general testifies about Trump's efforts to subvert election
  • The kindergarten exodus
  • Taliban take second Afghan city in two days
Good morning.

Source: The New York Times

sábado, 7 de agosto de 2021

Manchetes do dia (7/8)

A manchete do bem: 
  • Metade da população dos EUA está totalmente vacinada contra a Covid-19
As outras: 
  • Documento mostra ação de Bolsonaro e  Braga Netto para esvaziar Saúde sob Mandetta
  • Estados retomam festas com multidão, jogos com público e shows com 700 pessoas
  • ONS reduz projeção e passa a ver alta de 3,8% na carga de energia do Brasil em agosto
Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (8/7)

The headline for good: 
  • Italians (mostly) embrace a 'green pass' to prove vaccination on its first day
The others: 
  • After deadly floods, a German village rethinks its relationship to nature
  • Jobs surge in July offers fresh sign of economic recovery
  • As Covid surges in Florida, DeSantis refuses to chance course
Good morning.

Source: The New York Times

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Top 10 da Netflix

As obras disponíveis na Netflix mais assistidas no Brasil hoje.

  1. Carrossel (Série, 2012, Livre, 310 episódios)
  2. O Último Mercenário (Filme, 2021, 14 anos, 1h52)
  3. Outer Banks (Série, 2020, 16 anos, 2 temporadas)
  4. Ponto Cego (Série, 2015, 14 anos, 5 temporadas)
  5. Control Z (Série, 2020, 18 anos, 2 temporadas)
  6. Fugindo do Amor (Filme, 2021, 10 anos, 1h42)
  7. Chiquititas (Série, 2013, Livre, 545 episódios)
  8. Brincando com Fogo: Brasil (2021, 16 anos)
  9. Voto de Coragem (Filme, 2020, 16 anos, 1h33)
  10. Mudança Mortal (Filme, 2021, 16 anos, 1h55)

Desperdício



Não cheguei ainda a assistir (vou assistir!) ao último episódio do documentário que a Globo produziu sobre a paraibana fenomenal Juliette, mas já posso confessar a minha decepção praticamente desde o episódio inaugural de Você Nunca Esteve Sozinha.

Talvez a culpa seja minha por ter imaginado que veria algo surpreendente, ou mais intimista, ou imagens inéditas para quem não acompanhou o BBB pelo pay-per-view, mas não posso negar a decepção com episódios que praticamente se limitaram a ser uma eterna repetição do que se viu no programa e  com os próprios episódios tendo o mesmíssimo formato entre eles. 

O que também ajuda nessa minha culpa é o fato de nunca ter visto documentário algum sobre qualquer outro participante de BBB, edição atual ou não, por absoluta falta de interesse.

Eu até esperava que o primeiro episódio fosse o que foi mesmo, mas que os outros tomassem outro rumo, para fora do BBB. No entanto, o documentário não conseguiu largar o reality show em momento algum, parecendo sofrer com um encosto de alma penada.

Como disse, talvez fosse a intenção mesmo da Globo, mas que foi um desperdício de tempo e de recursos ante o potencial que tanto a emissora como Juliette têm, ah, isso foi. Dava para ter feito tudo num episódio só e estaria de bom tamanho.

Bola fora de quem não enxergou a sede do público por algo no estilo Keeping up with the Kardashians para mostrar o depois da participante mais carismática de todos os tempos do BBB.