domingo, 6 de dezembro de 2020

De novo?

Nem foi o resultado. Ter que vencer por 2 gols de diferença em campeonatos nacionais é tarefa da qual o América já é useiro e vezeiro. 

Olhar para o que aconteceu no jogo é que é desanimador. Um primeiro tempo com um jogador absolutamente nulo em campo (Anderson Paraíba), um dormindo (Rondinelly) e um que parecia empenhado em errar bolas dentro de sua especialidade (Wallace Pernambucano) terminou deixando a conta pesada para os outros que tentavam empurrar o time para frente (Felipe Guedes, Romarinho e Elias, esse praticamente só nos acertos à frente).

Com tudo isso, o América ainda criou chances e de certa forma controlou o jogo, ainda que o Coruripe também tenha tido pelo menos um bom momento no 1.° tempo dentro de sua estratégia de contra-ataques.

Por falar em contra-ataques, acho que eu já posso reclamar que o América não sabe se aproveitar das chances que tem, e aqui não me refiro a chutes a gol. Hoje inúmeras vezes preferiu atrasar o jogo a tentar surpreender quando a equipe da casa errava quase na linha do meio de campo. Contra-ataque veloz mesmo, só se a bola fosse perdida pelo adversário já quase na grande área. E aí a moleza de hoje de Rondinelly e Wallace Pernambucano custaram uma vitória.

Pior que já vimos isso antes. Chances muitas de abrir o placar e um cochilo fatal que impõe uma derrota contra uma equipe claramente menos qualificada. Neguette deu um chutão para frente retirando uma bola na área. A bola foi devolvida na mesma medida e pegou o mesmo Neguette junto de Edimar - acho que pensavam na dureza da vida naquele momento - desatentos e o 1x0 se fixou no placar. E olha que Neguette estava muito bem até então.

Faltou dizer que Paulinho Kobayashi mexeu primorosamente bem na saída de Anderson Paraíba - que nada produziu defensiva ou ofensivamente - para a entrada de Gustavo Xuxa, que me deixou uma ótima impressão. Rondinelly passou a jogar bem melhor. Aliás, todo mundo melhorou. 

Mas lá foi o cão atentar e Paulinho Kobayashi fez duas substituições toscas, uma delas totalmente incompreensível: Rondinelly e Elias saíram para a entrada de Rodrigo Andrade e... Neilson. Seria Neilson um super craque, que daria conta do meio de campo na medida do que o América havia melhorado no início do 2.° tempo, aliás, de fazer algo ainda melhor para justificar  a mexida? Se é, ele sofreu bastante nessa estreia. Não apareceu em campo nem no meio nem quando foi para a lateral direita, tida como sua posição. Foi uma verdadeira personificação de Anderson Paraíba do 1.° tempo, agora no 2.° tempo. O castigo veio logo depois. 

Precisando pressionar e com um desempenho muito abaixo do que o visto com Rondinelly, Elias, Gustavo Xuxa e Wallace Pernambucano, caberia a saída do próprio Neilson, uma crueldade sem tamanho, diga-se de passagem. O sacrificado foi Everton Silva. E quem entrou? Bom, Tiaguinho deixou o clube, segundo se noticiou. Entrou Lucas Campos, que, até agora, só se mostrou mais ofensivo mesmo que o próprio Tiaguinho, que não tinha essa característica. Uma lástima.

Sabem o atacante que chegou com pompa e circunstância e status de ídolo, estava devendo nas primeiras partidas em que entrou, mas mostrou que tem estrela no penúltimo jogo e marcou um gol? Pois é, Dico não saiu do banco. Paulinho preferiu Lucas Campos.

A falha da zaga pesou, mas Paulinho, grande ídolo do Mecão, também precisa analisar com calma, de cabeça fria, sua atuação no jogo de hoje. A capacidade de reação da equipe esbarrou num time desorganizado, com um lateral que acabou de chegar perdido no meio e a parte ofensiva do time se ressentindo de entrosamento e até mesmo de qualidade técnica, como no caso de Lucas Campos.

Hoje, depois do belíssimo acerto da entrada de Gustavo Xuxa era caso de apenas trocar seis por meia dúzia em situação de cansaço, cartão ou lesão. 

O que todo mundo espera ver de novo na Arena das Dunas não é frustração, e sim um América que controla o jogo, se impõe em casa, com uma zaga que não fica refém de chutão. Um América que desconstrói qualquer vantagem do adversário desde o primeiro minuto de jogo. Um América que impõe sofrimento ao adversário, não à sua torcida, que cerrará fileiras à distância na hipocrisia atual em que aglomeração desorganizada fora do estádio pode, mas dentro, de forma controlada, não pode.

Enfim, é preciso enxergar o jogo de hoje para construir a vitória do próximo domingo. Vitória por dois gols de diferença para ninguém sofrer mais com pênaltis. Mas é obrigação que essas penalidades sejam treinadas exaustivamente por TODOS, inclusive goleiros, no elenco. Afinal, prevenir é melhor do que remediar. Repito: prevenir é melhor do que remediar.

Podcast: Agora é pra valer

O início da Rodada de 16 da Série D.









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Manchetes do dia (6/12)

A manchete do bem: 'Vacina chinesa' está para sair, dizem países que compraram e fazem a Coronavac.

As outras: Cientista do Google é demitida e acusa empresa de racismo, Professor da pós-graduação da UFRN deve assumir diretoria do Iphan e Um em cada quatro brasileiros está descontente com a vida, indica pesquisa de plataforma de viagem.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (12/6)

The headline for good:  World watches as Russia and Britain begin mass vaccination campaigns.

The others: Voter turnout, highest in a century, could reshape future elections, The newest hotel amenity? Virus-scrubbed air, and Doctors are skeptical of pricey drug given emergency approval for Covid.

Good morning.

Source: The New York Times

sábado, 5 de dezembro de 2020

Podcast: Brasil e a fila da vacina

O Brasil não pode se dar ao luxo de ficar para trás na luta contra a pandemia.









Listen to "Brasil e a fila da vacina - Só Futebol? Não! com Raissa" on Spreaker.

Podcast às 10h

O podcast sobre assuntos variados volta hoje ao horário de sempre: sábado, às 10h.

É daqui a pouco.


Pesado


É preciso coragem para superar a primeira metade dos episódios de Grand Army, série lançada pela Netflix em outubro. 

A temática é pesada mesmo, sem subterfúgios. Terrorismo, racismo, xenofobia, misoginia, uso de drogas de todos os tipos, estupro, desigualdade social, sensação de não pertencimento... A lista é de tirar o fôlego numa estória que aborda os estudantes de uma escola de ensino médio no Brooklyn, NY, no momento em que uma bomba explode ali perto.

O primeiro episódio, por exemplo, nem parece fazer muito sentido, mas como eu já sei que dificilmente gosto do primeiro episódio de qualquer série, persisti. A estória passa a se afastar de questões menores para se aprofundar em questões bem mais complexas.

A recompensa de tanta coisa pesada nos assolando desde o primeiro episódio é como as coisas começam a fazer muito sentido do 5.° episódio em diante. São muitos os socos no estômago que levamos até o episódio final. 

Menos mal é que até agora Grand Army não foi afetada pela mania da Netflix de cancelar séries logo após o lançamento da primeira temporada. Pelo menos isso ainda não foi anunciado. Dá até para sonhar com uma nova temporada de mais desenvolvimento para personagens tão complexos. Num velho ditado, ainda há muito pano para as mangas. Resta torcer.

Manchetes do dia (5/12)

A manchete do bem: Deputados aprovam descriminalização da maconha nos Estados Unidos.

As outras: Funcionários de companhias aéreas relatam alta de Covid; empresas não abrem dados, Após morte de Beto Freitas, Carrefour anuncia que vai deixar de usar seguranças terceirizados e Marcas investem em plataformas exclusivas para carros elétricos.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (12/5)

The headline for good: House passes landmark bill decriminalizing marijuana.

The others: Spit in a tube and mail it in: A new frontier in coronavirus testing, The virus is devastating the U.S., and leaving an uneven toll, and For Boris Johnson, a week to exorcise the demons of 2020.

Good morning.

Source: The New York Times

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Manchetes do dia (4/12)

A manchete do bem: Ana Maria Braga encoraja Fátima Bernardes na luta contra o câncer.

As outras: Instituto Reuters lança projeto sobre confiança nas notícias, Equipe de transição de Biden convida Anthony Fauci, conselheiro da Casa Branca, para força-tarefa da Covid-19 e China está para bater EUA com vacina em seu quintal, diz militar.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo