terça-feira, 10 de novembro de 2020

Inocentemente engraçada


Já começo dizendo que não tenho a menor ideia do que levou a Netflix a cancelar One Day at a Time depois de 3 temporadas. Assisti agora à primeira temporada e já me apaixonei pela família de cubanos que vive nos EUA, e também não encontro uma só pessoa que diga que achou a série ruim.

Está tudo lá de um jeito meio inocente e muito engraçado: a meia idade, a terceira idade, a adolescência, a pré-adolescência, os estereótipos, a luta para quebrar os estereótipos.

Rita Moreno também está absolutamente fantástica como a "abuela" Lydia.

Num tempo em que tudo desperta ódio, rir faz um bem danado à alma. 

"Ainda falta muito, Papai Smurf?"


Quem foi criança nos anos 80 já pode matar a saudade daquelas criaturinhas mágicas de cor azul que tirava o juízo de Gargamel e seu gato Cruel. A Netflix adicionou ao catálogo a temporada de 1981 de Os Smurfs com 33 episódios, inclusive o que explica a origem de Smurfette, que é o logo o primeiro. 

Fã dos smurfs, confesso que eu nem me lembrava mais do surgimento de Smurfette, ou talvez nunca tenha visto esse episódio especificamente nas manhãs da Globo, seja com a Turma do Balão Mágico ou com o Xou da Xuxa.

Outra coisa, eu nunca imaginaria que cada "desenho" de Os Smurfs tinha quase 30 minutos de duração. Na minha mente de criança e com os parâmetros dos anos 80, aquilo passava rápido demais: coisa de 5 minutos. Como a percepção da criança é diferente!

Os episódios não têm legenda, apenas dublagem, mas ainda que você escolha a dublagem em português, a abertura segue com narração em inglês. Único ponto negativo mesmo é não termos mais as vozes originais em português, como a marcante voz rascante do Papai Smurf.

Para quem vai mostrar aos pequenos dos tempos atuais o desenho, é bom supervisionar o entendimento, principalmente porque a época dos smurfs não era ainda antenada com o politicamente correto. No mais, diversão é diversão em qualquer época e para as crianças grandes Os Smurfs e a tradicional cantoria "lá, lá, lá..." são absolutamente sem defeito.


"O segredo da nossa equipe é o trabalho durante a semana"

O lateral esquerdo Renan Luís conversou com o assessor de imprensa Canindé Pereira sobre o momento do América na competição.

Canindé Pereira: Vitória importante fora de casa contra o Afogados, que estava invicto em seus domínios, e que também garantiu matematicamente o América na segunda fase do Campeonato Brasileiro. Apesar disso, não tem essa de achar que está tudo ganho, não. Tem que manter o bom momento para terminar a primeira fase na liderança do grupo e trazer sempre os segundos jogos para Natal.
Renan Luís: Com certeza. Foi mais uma vitória importante. A equipe está trabalhando em cima disso, em cima de resultados. Graças a Deus, a gente está conseguindo. Fora de casa mais uma vez a gente conseguiu bater a equipe adversária. Nossa equipe é uma equipe que gosta de propor o jogo e assim a gente vem fazendo. A gente vai procurar nestes 3 jogos manter essa sequência de vitórias para a gente chegar no mata-mata confiante e aos poucos ir conseguindo o nosso objetivo.

O América é uma das equipes do campeonato que tem demonstrado uma grande intensidade nos jogos e sabe o momento certo de matar o jogo, de fazer o gol, aproveitando as oportunidades que aparecem. Para você, qual é o diferencial da equipe nesta competição, uma equipe que no começo teve alguns tropeços e, de repente, começou a ganhar, foi mantendo o bom momento e hoje está colhendo os louros de todo o trabalho desenvolvido?
A nossa equipe a gente sabia desde o início que era uma equipe que ia chegar. No começo da competição, os adversários estavam estudando a gente e a gente também estava estudando os adversários. E na medida do que a gente consegue criar dentro do campo, a gente está conseguindo matar os jogos, está conseguindo concluir em gol as chances que a gente tem e isso aí está dando bastante resultado. Eu acho que o segredo da nossa equipe é o trabalho durante a semana. O nosso dia a dia é muito bom, o ambiente alegre, isso vem dando resultado durante os jogos.

Manchetes do dia (10/11)

A manchete do bem: Armênia e Azerbaijão assinam acordo para acabar com guerra.

As outras: Bolsas têm forte alta com vacina da Pfizer e vitória de Biden, Hospitais privados de SP voltam a ter salto de internação por Covid-19 e Congresso do Peru aprova impeachment de presidente.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (11/10)

The headline for good: Pfizer's early data shows vaccine is more than 90% effective.

The others: N.Y.C. dangerously close to second wave, mayor says, as new rules loom, Apple puts key contractor on probation over labor abuses in China, and Trump fires Mark Esper, Defense Secretary who opposed use od troops on U.S. streets.

Good morning.

Source: The New York Times

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Manchetes do dia (9/11)

A manchete do bem: Brasil é visto como ponto de partida por multinacionais.

As outras: Biden começa transição com foco na Covid e em revisão de atos de Trump, Dinamarca vai abater milhões de animais por temor de mutação de coronavírus Lojas de conveniência sem funcionários crescem em condomínios na pandemia.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (11/9)

The headline for good: A step forward in the promise of ultrafast 'hyperloops'. 

The others: Alex Trebek, longtime host of 'Jeopardy!,' dies at 80, What's next for Trump? The family business awaits his return, and China extends reach in the Caribbean, unsettling the U.S..

Good morning.

Source: The New York Times

domingo, 8 de novembro de 2020

"Nós estamos no caminho certo"

O técnico Paulinho Kobayashi analisou Afogados 0x4 América.

Afogados 0x4 América
Eu penso que a nossa equipe conseguiu jogar um bom futebol. No começo, nós tivemos algumas dificuldades principalmente no posicionamento, mas os atletas já corrigiram rápido. Quando nós tivemos também no intervalo, nós conseguimos corrigir. O importante é que a equipe está conseguindo fazer os gols e eu acredito que nós estamos no caminho certo. Os atletas estão conseguindo desenvolver um bom futebol e fazer os gols, o que é o mais importante para conseguir a vitória.

Classificação antecipada
Nós temos que pensar no todo. O grupo é bom, todos têm qualidade, mas nós ainda temos ainda temos o objetivo de terminar em 1.° ou 2.°. Então nós temos que valorizar tudo isso. Quando tiver que dar oportunidade, com certeza a oportunidade vai ser dada a todos eles para que eles possam também mostrar o futebol, porque eles estão entendendo bastante o nosso trabalho. Todos que entram estão dando conta do recado, então a gente precisa dar uma oportunidade para todos eles, e aos poucos pode ter certeza de que a gente vai colocando todos eles. 

Viagens em sequência
Isso é o que tem atrapalhado um pouco nossos jogos. No jogo do Globo, o cansaço interferiu um pouco no resultado. O Globo tinha jogado no sábado, teve uma semana de descanso. Nós chegamos na madrugada de quarta-feira e para jogar logo no sábado, então, dificultou bastante. Agora nós vamos voltar na madrugada também para jogar no sábado. Tem que viajar também na quarta ou na quinta-feira. Isso tem atrapalhado um pouco, mas, graças a Deus, nós conseguimos nosso objetivo, que foi a classificação, e agora o máximo que a gente puder descansar, pode ter certeza que os atletas vão se recuperar o mais rápido possível e conseguir o objetivo, que é terminar em 1.° ou 2.°.

Bem diferente



Filmado em preto e branco com câmera trêmula, The Forty-Year-Old Version é lançamento da Netflix que atira no que vê e acerta no que não vê.

O filme escrito, dirigido e estrelado por Radha Blank aponta para a perspectiva dos negros, especialmente da mulher negra, e acerta profundamente além, com a crise de identidade de uma artista na meia idade após a morte de sua mãe.

Não sou fã de comédias, mas esse estilo de comédia dramática, ou comédia da vida real, ou agruras e alegrias da vida de cada um normalmente me atraem e recebi até mais do que esperava com a recomendação do algoritmo da Netflix. 

O mundo retratado por Radha costuma não ser mostrado com tanta verdade em nossas telas, daí o título desta postagem. E o final não decepciona.

Desconectar é preciso

2020, mesmo ainda não tendo chegado ao fim, testou todos os limites do ser humano. Fomos trancados em casa e só saímos com máscaras,  perdemos pessoas queridas, saúde, emprego, renda e, em muitos momentos, a esperança de viver. 

O contato social, presencial, foi perigosamente substituído pelo convívio digital. Os níveis de ansiedade e estresse chegaram a um ponto talvez jamais experimentado pela maioria de nós. Os danos são indiscutíveis, embora nem tenhamos ainda ideia precisa de sua extensão.

No meio de tudo isso, uma polarização intolerante que vem de antes, mas foi aumentada exponencialmente pelo ambiente de incerteza de uma pandemia e uma eleição desgastante sob todos os aspectos na maior potência do mundo.

O sentimento que parece ser coletivo é o de exaustão. Estamos exaustos, esgotados. Tememos o que não sabemos e esperamos o que não temos certeza se virá. Estamos à beira de um colapso como indivíduos.

A cada postagem no Twitter ou no Facebook, a renovação dos processos de alerta/defesa. Não há relato médico ou científico de que isso seja em alguma medida saudável ou pelo menos sustentável.

De vez em quando, ouço/leio o mesmo lamento: estou cansado (a) das redes sociais. É tão somente a constatação dos prejuízos causados à nossa saúde por essa exposição exarcebada a julgamentos. 

Sim, julgamos e somos julgados a cada renovação da timeline, ainda que opiniões sejam livres e possam mudar ao sabor dos ventos. Queremos um mundo de concordância e levamos a discordância como ataque pessoal. Viramos gladiadores sempre a postos para lutar. Isso não pode fazer bem a indivíduo algum. Não mesmo.

2020 pode ser o ano em que passaremos a enxergar que há muito mais a viver do que checar indefinidamente timelines. Ou talvez 2021, quando enfim retomarmos um curso mais apropriado em nossas vidas. É possível que voltemos a valorizar o real, o palpável, não a representação, a foto, a filmagem, o virtual.

Até lá é respirar, inspirar e relaxar. Evitar embarcar em arenas de gladiadores de opinião é mais do que necessário. Deixar de lado o celular em troca de atividades de lazer descompromissadas, como não fazer nada, ou ler um livro de literatura, ouvir uma música por ouvir, ou jogar um jogo de tabuleiro, rir da piada de um amigo ou parente, brincar com os pais, os filhos, os pets, observar a natureza sem hora marcada. 

Nossas mentes clamam por um refúgio desse ambiente combativo ao extremo. Respirar, inspirar, relaxar. Vamos em busca da tranquilidade perdida antes que seja tarde demais. Por nós e pelos outros. Pela vida.

P.S.: este texto foi originalmente construído com uso de papel e caneta.