Desfalques consideráveis, jogadores importantes ainda abaixo do que se espera, treinador chegando com o barco andando. Tudo isso me ajuda a dar título a essa postagem.
Paulinho Kobayashi armou sua equipe com 3 zagueiros que nunca atuaram juntos assim. Eu já fico toda arrepiada com 3 zagueiros. E quando vi que Edimar seria o homem da saída de bola pelo meio, o filme dos chutões com Roberto Fernandes passou pela minha cabeça.
Mas é preciso lembrar que a falta de opções para a lateral direita e para a marcação no meio campo merece consideração nessa escolha.
Dito isso, o 1.° tempo até que não foi tão ruim. O América de Kobayashi já mostrou que toca a bola desde o tiro de meta. Tivesse um lateral direito de verdade, a história do 1.° tempo teria sido outra. Mesmo com o time "penso" pela esquerda, o mandante encurralou o adversário e criou algumas oportunidades de gol.
O Campinense também não queria muita coisa. Esperar um erro para um contra-ataque já estava de bom tamanho. E assim também algumas boas finalizações saíram.
Sobre a condição física dos jogadores do América, Zé Eduardo não apareceu. Wallace Pernambucano, até engrenar, já havia matado uns dois ataques e fornecido um contra-ataque quase mortal.
No 2.° tempo, como era de se esperar, a coisa piorou. O cansaço foi tomando conta dos que iniciaram o jogo. Os que entraram também nada acrescentaram, à exceção de Augusto, e alguns deles também cansaram ao fim dos 45 finais.
Eu temi que nem o 0x0 desse para manter. Entretanto, para sorte do América, o técnico do Campinense resolveu que seria a hora de colocar Jobson em campo, que estava mais morto fisicamente do que os atletas defensivos. Não fosse isso, talvez o meu texto fosse lamentando uma derrota na estreia. Erro crasso do adversário.
Dentre mortos e feridos, salvaram-se todos. É deixar de lado a chateação do resultado inesperado e observar os pontos que avançaram, os que pioraram e os que não saíram do lugar.
Não tenho dúvida de que a melhora da condição física do elenco, algo esperado desde antes da pandemia e que parece sem fim, a volta do pessoal do DM e um maior tempo de trabalho tanto para entrosamento como de encaixe das ideias do técnico trarão frutos mais à frente.
Que a paciência que se tem com alguns jogadores há muito tempo seja pelo menos do mesmo tamanho com um trabalho que está apenas começando e que já mostrou pontos positivos em duas partidas.
Ajustes em sintonia fina e o resultado virá.