segunda-feira, 22 de junho de 2020

Manchetes do dia (22/6)

A manchete do bem: No interior da Paraíba, estação histórica renasce após dois anos de restauração.

As outras: Corinthians registra 21 casos de coronavírus em 27 jogadores testados, Flávio contrata ex-advogado de Sérgio Cabral para o lugar de Wassef e Gestão Bolsonaro acumula ao menos 13 medidas para reduzir transparência oficial.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (6/22)

The headline for good: Vast federal aid has capped rise in poverty, studies find.

The others: Stabbing at U.K. park is declared a 'terrorist incident,' As symbols of the Confederacy fall, activists say Mississippi's flag should be next, and Trump poses 'danger for the Republic' if re-elected, John Bolton charges.

Good morning.

Source: NY Times

domingo, 21 de junho de 2020

Boa adaptação


Não é fácil adaptar uma peça de teatro para um filme, ainda mais sendo uma de origem francesa no cinema espanhol, mas Toc Toc, disponível na Netflix, passa bem pelo teste.

O enredo envolve pacientes com Transtorno Obsessivo Compulsivo aguardando uma consulta com um médico super atrasado. É boa comédia, com bons diálogos, boas atuações e com a linguagem do teatro ainda presente aqui e ali em sua 1h36 de duração.

Digo mais: é quase impossível não reconhecer alguma mania própria dentre as tormentas dos pacientes apresentados neste filme de 2017, mas nada a se preocupar. Pequenos hábitos estranhos permeiam a humanidade sem que isso represente algum grave distúrbio das faculdades mentais. É a frequência que faz o sinal de alerta, especialmente quando interfere na rotina. 

Assista sem neuras.

Assintomáticos e pré-sintomáticos

Na discussão sobre o momento da volta do futebol, o que eu sempre destaco como positivo é a testagem de um universo que atualmente está fora dos números oficiais: os assintomáticos e os pré-sintomáticos, ambos com capacidade de transmissão, os últimos, inclusive, com alta capacidade de contágio justamente nos dois dias que antecedem o surgimento dos primeiros sintomas.

Os clubes têm testado atletas, comissão técnica, funcionários de apoio, diretores mais envolvidos com o dia-a-dia do futebol e familiares. E essa testagem tem trazido à luz as pessoas sem sintomas e que carregam o Sars-Cov-2 ou anticorpos dele originados.

O último da lista foi o Corinthians que testou 190 pessoas e apresentou 8 atletas e 5 funcionários contaminados, nenhum deles com qualquer sintoma da doença.

Esse é o retrato do perigo silencioso que nos ronda: as pessoas que estão bem e acreditam estar livres do Sars-Cov-2, mas seguem contaminando familiares, amigos e todos mais que cruzam seu caminho.

O remédio segue sendo distanciamento de 2 metros, uso de máscara e higiene das mãos antes de tocar olhos, nariz e boca. E só sair de casa para o essencial.

Podcast: Cego em tiroteio

O futebol brasileiro e a pandemia.




Listen to "Cego em tiroteio - Só Futebol? Não! com Raissa" on Spreaker.

Curtinhas do RN (21/6)

Conforme anunciado pela governadora Fátima Bezerra na última segunda-feira (15), a data prevista para a retomada é 24 de junho, mas será confirmada mediante cumprimento das metas sanitárias.

O documento é uma contribuição da sociedade civil aos poderes públicos municipais e estadual abrangendo a capital e sua Região Metropolitana.

Em decorrência do Dia Mundial do Refugiado, foi realizada neste sábado (20), uma reunião junto ao Comitê Estadual Intersetorial de Atenção aos Refugiados, Apátridas e Migrantes do Rio Grande do Norte (Ceram/RN).
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Disque Prevenção ao Coronavírus - 0800 281 4012 | das 7h às 23h 
Informações e esclarecimentos
Acolhimento Psicológico
Doações RN+Unido

Fonte: Governo do RN

Manchetes do dia (21/6)

A manchete do bem: Catarina Rochamonte e Gabriela Prioli estreiam como colunistas.

As outras: Pesquisas mostram Biden com vantagem menor do que Hillary em 2016, Corinthians tem 8 jogadores e mais 5 funcionários com Covid e Fátima Bernardes revela que é favorável à legalização das drogas e do aborto.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (6/21)

The headline for good: Judge rejects Trump request for order blocking Bolton's memoir.

The others: Latin America's virus villains: Corrupt officials collude with price gougers for body bags and flimsy masks, Law will tighten Beijing's grip on Hong Kong with Chinese security force, and Russians eat burgers in gloves. Should everyone?

Good morning.

Source: NY Times

sábado, 20 de junho de 2020

Filmaço

Desde 2016 que tenho vontade de assistir a A Chegada, mas infelizmente perdi seu tempo no cinema e fiquei à espera de sua exibição em algum canal a que tenho acesso. Mais uma vez foi a Netflix que me salvou.


A estória de uma professora de linguística chamada a decifrar a comunicação com alienígenas é enredo para agarrar o telespectador e só soltá-lo, já sem fôlego por seu suspense de prender a respiração, quando os créditos avançam na tela.

O filme foi feito de forma a nos colocar o tempo todo no lugar da Dra. Louise Banks em suas sensações. E que atuação de Amy Adams!

Se não assistiu ainda, corra, porque ele só está disponível na Netflix até 23 de junho. Depois disso é tchau e bênção! 

Imunidade de rebanho

Estou longe de ser especialista, mas sou curiosa e adoro informação. E se o assunto é tão palpitante quanto o mistério do Sars-Cov-2 e a Covid-19, logicamente que o interesse cresce, até por questão de sobrevivência mesmo.

Seguindo um pouco com o assunto do podcast de hoje (O que já sabemos), deixei o tema da imunidade de rebanho para ser tratado por escrito por absoluta falta de tempo disponível.

Na verdade, nem sei se devemos mesmo usar o termo "imunidade de rebanho" ante a realidade que os simpatizantes bolsonaristas costumam ser pejorativamente denominados de "gado", e isso causaria uma ambiguidade inaceitável. "Imunidade coletiva" seria mais adequado. O problema é que o primeiro termo tem uso mais espalhado e é de maior compreensão. 

Essa imunidade é um freio para epidemias em geral. Normalmente é atingida, a grosso modo, quando entre 40-80%, a depender da epidemia, da população já desenvolveu anticorpos, seja por já ter superado a doença em si, seja por vacina, contra o agente causador da doença em questão.

No Jornal da Globo da última segunda-feira, o professor Eduardo Massaud, da Fundação Getúlio Vargas, explicava que Manaus já sente os efeitos dessa imunidade, mesmo a porcentagem não sendo a ideal para a população toda. É que o isolamento tem deixado de 40-50% da população em casa, colocando isso ou um pouco mais nas ruas, expondo-se à doença. Calculando-se a porcentagem então apenas na população que está nas ruas, ele afirmou que os efeitos da imunidade de rebanho já são sentidos em Manaus e já, já em São Paulo e Belém.

Sobre Natal, ele afirmou que, pela ocupação de 100% das UTIs, em mais 1-2 semanas, a cidade também atingirá os efeitos da imunidade de rebanho e as novas infecções devem cair. 

Segundo ele, com a reabertura, a tal segunda onda vai então atingir os 50% isolados da população, sendo necessário novo alcance da imunidade de rebanho.

Pensando nisso e nos números dos testes rápidos da Prefeitura de Natal que revelaram algo em torno de 20% de contaminados dentre o universo testado, dá mesmo para imaginar que essa imunidade de rebanho esteja mesmo próxima daqui, com o pico de casos se aproximando. O problema me parece ser a reabertura da movimentação das pessoas já sendo vislumbrada para 24 de junho, sem nem mesmo alívio na ocupação das UTIs daqui, desafogo até para cidades do interior.

Há ainda um detalhe intrigante e desanimador nisso tudo: ninguém sabe por quanto dura a imunidade advinda da doença. Daí a irresponsabilidade de deixar que a população se infectasse livremente. Um estudo chinês de pequena escala revelou que assintomáticos perderam 81% dos anticorpos imunizantes após 8 semanas da detecção. No caso dos sintomáticos, a perda foi de 62%. Isso parece indicar uma imunidade de apenas 3 meses, mas os cientistas ainda pesquisam sobre a possibilidade de reinfecção, já que a memória do Sars-Cov-2 pode permanecer no sistema imunológico, teoricamente viabilizando uma resposta mais rápida em caso de novo contato, com manifestação mais leve da doença. Tudo ainda não confirmado, eu reforço.

Em casa ou não, precisamos mesmo é que a população abrace a causa do distanciamento social (2 metros), do uso de máscara corretamente e do toque nos olhos, no nariz e na boca apenas após as mãos terem sido adequadamente lavadas com água e sabão ou higienizadas com álcool 70%, que são nossas únicas armas até o momento.

Temos notícia de novos medicamentos para o tratamento em casos mais graves e também de vacinas que, caso se mostrem eficientes, serão disponibilizadas a pelo menos 2 bilhões de pessoas no mundo até o fim de 2020, o que pode enfim libertar a humanidade da maldição que se impôs sobre nós. Até lá, façamos nossa parte para que tenhamos menos vítimas da Covid-19 e de outras doenças por lotação dos leitos hospitalares: fiquemos em casa o máximo que pudermos, de lá saindo apenas para serviços essenciais.