O técnico Moacir Júnior analisou a goleada histórica do América e o novo momento da equipe.
América 8x0 Serrano
A gente fez o nosso trabalho bem feito durante a semana. Tivemos algumas situações que a gente queria provar, queria experimentar, e outras realmente foi necessidade, mas o mais importante foi o América, como eu falei para eles, provar que tem um grupo e que não tem um time. Eu acho que a melhor resposta foi essa, apesar da situação do adversário, que não cabe a mim nem a ninguém. O pior é se você pega um adversário desse e você não faz o que a gente fez. Tudo que se tinha de trabalhar de triangulações, de bola parada, tivemos gols aí de todas as formas: de fora da área, de dentro da área, chegando de linha de fundo. E isso mostra o trabalho. Então é para isso que a gente está aqui. E a gente está feliz por esse momento que a gente está atravessando, só que agora é pra valer, e o nosso time já mostrou também que pra valer ele joga. Tivemos principalmente dois mata-matas, como eu qualifico aí a final do estadual e a virada do turno com o Bahia de Feira, foram dois mata-matas. Vamos para o terceiro agora. E eu espero que nesse terceiro a gente tenha êxito, não fique pelo caminho.
Indefinição do adversário na próxima fase
Preocupa, claro. Eu espero que isso não aconteça porque é um momento que a gente vive sublime, não só como grupo. Amanhã a gente já está trabalhando de novo, tem jogo- treino para aqueles que não jogaram hoje, que não atuaram hoje, amanhã vão atuar e a todo vapor. Vamos começar a semana muito forte, como fizemos essa semana também muito forte de treinamento. Eu acho que o grande diferencial do América é esse: é não tirar o pé. E não sabe jogar com 70% - 80%; é de 90% para cima, acelerando, se dedicando, tendo atenção o tempo todo. Eu cobro muito isso deles e a gente está vivendo um ano muito bom, só que agora a gente sabe que tem o "bom", agora já passamos para o "muito bom". Em cima do "muito bom" tem o "ótimo" e tem o "excelente". E se a gente conseguir esse acesso, vai ser um ano excelente, a gente sabe disso. Agora eu não sei a nível de história se já houve alguma vitória de 8x0 em campeonatos brasileiros pelo América, é uma coisa aí para vocês consultarem o Google, Wikipedia, tudo. Eu falei no intervalo que esse era outro objetivo. A partir do momento que virou 5x0, a gente tinha objetivo de ganhar. E se você vê que a gente teve acho que 3 gols anulados e bola na trave e etc. Então realmente foi um domingo de festa, mais um domingo de festa com muito trabalho. Os jogadores trabalharam muito para proporcionar essa festa aí para o torcedor e agora acabou a festa. Agora é pra valer e eu espero que a gente possa ser merecedores como a gente vem sendo merecedores de emplacar o 9.º jogo invicto . Acho que isso aí é muito importante.
Formação
O time que vai jogar sábado que vem, domingo que vem, não é esse time que jogou hoje. Agora qual o time que vai ser? Isso aí é bom o nosso adversário pegar o vídeo desse jogo e do jogo passado e do atrasado, e ele ficar com a dúvida na cabeça dele, entendeu? Eu só vou definir nos últimos minutos mesmo. A gente está criando alternativas. Chega agora talvez a última contratação. Eu queria, não com as minhas palavras, mas eu gostaria de mostrar dentro de campo que a gente tem opção de substituir o Kayke, que não toma cartão amarelo, que não machuca. Então a gente queria mostrar isso. Hoje eu tenho a opção ofensiva do Vinícius, tenho a opção defensiva do Geninho, eu tenho o Adenilson como opção também. Então, graças a Deus, é um ano de muita lucidez para a diretoria, para a comissão técnica que formou um grupo muito competitivo, versátil e a gente está colhendo os frutos disso e a gente espera agora poder fechar com chave de ouro esse grande trabalho de 2019.
Supersticioso
Como todo treinador. Todo treinador que falar que não é... Na verdade, eu tenho aí meu lado de superstição como todos têm. Mas a gente está muito tranquilo em relação a isso. Eu acho que é importante você manter aquilo que está dando certo e as coisas que a gente gosta também. O torcedor mesmo tem me procurado, me abordado às vezes, falam com o meu assessor de imprensa "Não... A camisa do título", para que não tire a camisa do título. (...) Se ela [a camisa dele] resistir... Ela foi comprada aqui em Natal, então ela ainda está em bom uso. (...) Foi no segundo jogo, a partir do segundo jogo eu já passei, comprei e deu certo. A gente foi... e o torcedor agora lá em Pernambuco, o pessoal pediu "Pelo amor de Deus", eu entrei no jogo com uma camisa branca e pediram para eu botar a vermelha. Isso aí eu acho que é importante, faz parte do futebol também. A gente gosta de vivenciar isso junto com o pessoal aí.