O técnico Moacir Júnior deu entrevista coletiva após América 3x0 ABC e ressaltou o crescente desempenho de sua equipe.
Sequência
A gente já tinha feito um jogo muito bom lá contra o Potiguar e depois contra o Santos, no 1.º tempo, quando as valências físicas e técnicas poderia ser comparadas e foram equiparadas. No 2.º tempo, a obrigação do Santos era realmente apresentar o que apresentou, mas a gente transpôs, eu falei para eles que a gente tinha que transpor aquele 1.º tempo do Santos em dois tempos hoje no clássico. Claro que eu não participei do primeiro, mas participei do segundo, e existia sim, óbvio, dentro do clube, no seio do torcedor, uma certa necessidade extra, vamos colocar assim, de se ganhar o clássico, que eu classifico sempre como um campeonato à parte. Então, eu falei para eles isso, que a gente está com um trabalho muito bom. A gente conseguiu melhorar algumas valências que precisavam ser melhoradas, mas, independente disso, é importante a gente comemorar hoje, mas não esquecer que não ganhamos nada ainda. Temos a liderança. Temos um compromisso agora direto, na liderança, que pode nos incomodar. Então hoje é dia de comemorar e amanhã, já de manhã, pensar só no Globo. E, lógico, nesse momento de euforia, a gente tem também que pensar no Adriano [Alves]. A gente tem uma notícia de que ele já está acordado e tudo, mas dedicar a ele, um profissional que vem se mostrando muito dedicado, a ponto disso, de dar a vida, de dar uma topada tão forte como deu aí um trauma que ocasionou ele ficar desacordado. Mas agora a gente vai voltar as atenções para o Globo. E dedicar à Semana Internacional das Mulheres, a todas as mulheres americanas e as mulheres da minha família, que hoje estavam lá sofrendo, contra o Santos também, mas hoje o sofrimento foi menor porque o time conseguiu encaixar um bom jogo nos dois tempos. A proposta funcionou e eu acho que é uma vitória sem contestação. Não tem contestação em cima daquilo que a gente criou porque a equipe não menosprezou em momento nenhum o adversário. Sempre jogou com respeito e buscando o gol até quando estava 3x0. Então isso mostra que o pessoa estava realmente... Essa é a forma de respeitar o adversário - é você não ter bola perdida, não perder divididas. Só que foi uma guerra bonita, uma festa bonita. Hoje a festa foi dos americanos, hoje Natal é vermelha e a gente fica feliz por proporcionar isso a eles.
Joazi e Roger Gaúcho
Joazi é um jogador que eu lancei no Náutico em 2015. Trabalhou no Boa, fez uma Série B no Náutico também. É um jogador jovem, mas um jogador com saúde, um jogador que tem valências muito boas. O Roger Gaúcho a gente já conhecia. Toda vez que fala de uma carência, a gente passa uma lista de atletas que a gente já jogou ou a favor, ou contra, porque aí tem a característica que ele tem. A gente precisava de um meia agudo. O América precisava disso e o Roger é esse meia. E hoje ele trabalhou , ele fez uma dupla função - ele marcava por fora e jogava por dentro - e fez isso com maestria. Ele foi o dono do 1.º tempo, una eficiência. Nós criamos 3 chances no 1.º tempo, fizemos 2 gols. Então, ser cirúrgico num clássico é fundamental para uma vitória.
Diego
Uma grata surpresa. Eu falei para ele que a versão 2019 dele de lateral, só se for necessário, porque é um jogador que tem muita qualidade técnica, tanto de armação, quanto de proteção de bola. E isso para um lateral, eu gosto muito dos meus laterais mais agudos. O lateral, inclusive o Kaike, no final do jogo, estava passando ali igual uma bala. Então isso, às vezes, o jogador acima de 30 anos e com a qualidade que ele tem, como foi o Júnior no Flamengo um dia, não vai mais. O Júnior veio para o meio campo. Então eu expliquei isso para ele. Eu acho que é uma posição em que ele pode se adaptar bem e mostrar para o Brasil que ele ainda tem muito futebol para jogar não só na lateral numa emergência, mas eventualmente ele vai brigar pelo espaço dele na meia cancha.