segunda-feira, 11 de março de 2019
"A proposta funcionou"
O técnico Moacir Júnior deu entrevista coletiva após América 3x0 ABC e ressaltou o crescente desempenho de sua equipe.
Sequência
A gente já tinha feito um jogo muito bom lá contra o Potiguar e depois contra o Santos, no 1.º tempo, quando as valências físicas e técnicas poderia ser comparadas e foram equiparadas. No 2.º tempo, a obrigação do Santos era realmente apresentar o que apresentou, mas a gente transpôs, eu falei para eles que a gente tinha que transpor aquele 1.º tempo do Santos em dois tempos hoje no clássico. Claro que eu não participei do primeiro, mas participei do segundo, e existia sim, óbvio, dentro do clube, no seio do torcedor, uma certa necessidade extra, vamos colocar assim, de se ganhar o clássico, que eu classifico sempre como um campeonato à parte. Então, eu falei para eles isso, que a gente está com um trabalho muito bom. A gente conseguiu melhorar algumas valências que precisavam ser melhoradas, mas, independente disso, é importante a gente comemorar hoje, mas não esquecer que não ganhamos nada ainda. Temos a liderança. Temos um compromisso agora direto, na liderança, que pode nos incomodar. Então hoje é dia de comemorar e amanhã, já de manhã, pensar só no Globo. E, lógico, nesse momento de euforia, a gente tem também que pensar no Adriano [Alves]. A gente tem uma notícia de que ele já está acordado e tudo, mas dedicar a ele, um profissional que vem se mostrando muito dedicado, a ponto disso, de dar a vida, de dar uma topada tão forte como deu aí um trauma que ocasionou ele ficar desacordado. Mas agora a gente vai voltar as atenções para o Globo. E dedicar à Semana Internacional das Mulheres, a todas as mulheres americanas e as mulheres da minha família, que hoje estavam lá sofrendo, contra o Santos também, mas hoje o sofrimento foi menor porque o time conseguiu encaixar um bom jogo nos dois tempos. A proposta funcionou e eu acho que é uma vitória sem contestação. Não tem contestação em cima daquilo que a gente criou porque a equipe não menosprezou em momento nenhum o adversário. Sempre jogou com respeito e buscando o gol até quando estava 3x0. Então isso mostra que o pessoa estava realmente... Essa é a forma de respeitar o adversário - é você não ter bola perdida, não perder divididas. Só que foi uma guerra bonita, uma festa bonita. Hoje a festa foi dos americanos, hoje Natal é vermelha e a gente fica feliz por proporcionar isso a eles.
Joazi e Roger Gaúcho
Joazi é um jogador que eu lancei no Náutico em 2015. Trabalhou no Boa, fez uma Série B no Náutico também. É um jogador jovem, mas um jogador com saúde, um jogador que tem valências muito boas. O Roger Gaúcho a gente já conhecia. Toda vez que fala de uma carência, a gente passa uma lista de atletas que a gente já jogou ou a favor, ou contra, porque aí tem a característica que ele tem. A gente precisava de um meia agudo. O América precisava disso e o Roger é esse meia. E hoje ele trabalhou , ele fez uma dupla função - ele marcava por fora e jogava por dentro - e fez isso com maestria. Ele foi o dono do 1.º tempo, una eficiência. Nós criamos 3 chances no 1.º tempo, fizemos 2 gols. Então, ser cirúrgico num clássico é fundamental para uma vitória.
Diego
Uma grata surpresa. Eu falei para ele que a versão 2019 dele de lateral, só se for necessário, porque é um jogador que tem muita qualidade técnica, tanto de armação, quanto de proteção de bola. E isso para um lateral, eu gosto muito dos meus laterais mais agudos. O lateral, inclusive o Kaike, no final do jogo, estava passando ali igual uma bala. Então isso, às vezes, o jogador acima de 30 anos e com a qualidade que ele tem, como foi o Júnior no Flamengo um dia, não vai mais. O Júnior veio para o meio campo. Então eu expliquei isso para ele. Eu acho que é uma posição em que ele pode se adaptar bem e mostrar para o Brasil que ele ainda tem muito futebol para jogar não só na lateral numa emergência, mas eventualmente ele vai brigar pelo espaço dele na meia cancha.
Manchetes do dia (11/3)
A manchete do bem: Suposta escultura feita por Leonardo da Vinci é revelada em Florença.
As outras: Em SP, merenda volta a priorizar industrializados, Bolsonaro divulga relato deturpado de conversa de jornalista e Seis minutos após decolar, avião da Ethiopian Airlines cai com 157 pessoas a bordo.
Bom dia, minha gente!
Fonte: Folha de S.Paulo
Today's headlines (3/11)
The headline for good: As Hillary Clinton steps away, a political era for women wanes.
The others: U.S. airstrikes kill hundreds in Somalia as shadowy conflict ramps up, Boeing faces questions about its new 737 Max jet after Ethiopia crash, and Footage contradicts U.S. claim that Maduro burned aid convoy.
Good morning, everyone!
Source: The New York Times
domingo, 10 de março de 2019
Quando encaixa
Há muito o que falar de América 3x0 ABC. Tanto do que aconteceu antes do jogo como durante a sua realização. Vamos lá.
Antes do jogo, as duas partidas pela Copa do Brasil de quinta-feira mexeram muito com o que seria visto em campo neste domingo.
Pelo lado americano, apesar da goleada para o Santos, a certeza de que a equipe passa por uma evolução que claramente começou com um novo jeito de jogar desde lá atrás, ainda contra o Santa Cruz, e que também contou com a estreia de Leandro Melo como pitbull americano.
O América tornou-se uma equipe que não abafa os adversários, tem uma grande noção defensiva e aguarda pacientemente por um bote em velocidade. Isso diminuiu a ansiedade da equipe, o nível de exigência física - o que não pode ser desprezado numa equipe de média alta de idade - e aumentou a necessidade de empenho de seus adversários para superá-la.
Com tudo isso, ficou ainda mais fácil de identificar exatamente o que já saltava aos olhos: com reforços pontuais a equipe cresceria. Assim foi com Leandro Melo. Assim foi com a saída de Hiltinho para a entrada de Roger Gaúcho e seu poder de finalização.
Pelo lado abecedista, o jogo contra o Moto Club deixou um trauma. O péssimo desempenho no 1.º tempo e o 2.º gol de video game de Márcio Diogo deixaram transparecer que Joilson deveria ser titular. E aqui começa o primeiro encaixe para o América.
Imaginando o grande desgaste de ambas as equipes, Ranielle abdicou de trabalhar bolas pelo meio ao escalar 3 volantes e nenhum meia, imaginando que encontraria o espaço de sempre pelas laterais. Acreditava firmemente num América ansioso para vencer logo o jogo, atirando-se ao ataque como se não houvesse amanhã.
Como eu disse, o América já não é mais assim desde o Santa Cruz. Logo, Ranielle deu ao time de Moacir exatamente o que ele queria: previsibilidade. E aí a confiança americana foi aumentando ao passo que a abecedista mostrava abalo pelo desacerto das jogadas. E quando elas enfim davam certo, era Ewerton quem impedia a comemoração.
Aos 19 minutos, a velocidade de Jean achou o garçom Adriano Pardal, que serviu ao habilidoso e finalizador Roger Gaúcho, que, por sua vez, agradeceu ao presente da melhor forma possível - gol.
A torcida americana finalmente se empolgou. E o jogo seguiu na mesma tônica. Nada de abafa do América.
Mas eis que na empolgação de alguns torcedores, o alvo passou a ser a cria americana Adalberto, hoje zagueiro titular do ABC. Coincidência ou não, no lance seguinte, aos 36 minutos, o velho Adalba presenteou Roger Gaúcho com uma senhora assistência. E ele mais uma vez agradeceu como se deve - gol.
Poucos minutos depois, o América sofreu o primeiro baque: Adriano Pardal se lesionou e foi substituído por Max. O artilheiro da Arena, do América e do Estadual estava fora ainda no 1.º tempo.
Para piorar, Max entrou e já tomou um cartão amarelo por um rapa no adversário. Apreensão dupla.
No 2.º tempo, Ranielle tentou se refazer da mesmice dos 3 volantes, tirando um deles e colocando um meia e um atacante. Isso aumentou um pouco o repertório alvinegro, mas a confiança americana estava inabalável.
No entanto, aos 14 minutos, em mais uma grande intervenção de Ewerton, um choque entre ele e o zagueiro Adriano Alves levou desespero a todos que estavam na Arena das Dunas. Adriano já caiu no gramado inconsciente e o que se viu foi um festival vergonhoso. Uma ambulância que simplesmente não prestava o socorro porque sua equipe não estava dentro.
Depois de muito corre-corre, inclusive de um pique do quarto árbitro para lá, uma das ambulâncias pôs-se a fazer manobras para entrar em campo. E tome tempo perdido. Depois soubemos o motivo do balé do veículo: a Arena das Dunas simplesmente não permitiu que o veículo adentrasse o gramado para prestar o socorro. O deslocamento teria que ser feito por fora. Eu nem vou escrever aqui o quanto esse tipo de atitude é mesquinha.
O abalo foi geral. Alisson Brand entrou, mas o América aí sim se mostrou um tanto quanto incapaz de tocar a bola. E logo em seguida, o goleiro Ewerton também não aguentou seguir em campo e foi substituído por Rafael Copetti, que fez sua estreia - bem, diga-se de passagem.
Antes disso, Adalberto sentiu e saiu de campo ovacionado pela torcida do América - sim, do América - para a entrada do também zagueiro Henrique. E, cá para nós, como o short de Henrique estava apertadinho, viu? Dava a impressão de que rasgaria a qualquer momento.
De todo jeito, o destino parecia bem cruel com Moacir, que fez todas as substituições por lesão e sendo todos os jogadores importantes: o goleiro, o melhor zagueiro até então na temporada e o artilheiro. Já Ranielle só perdeu uma substituição assim, as outras duas ocorreram por estratégia.
Aos 36 minutos, Diego deixou Max na cara do gol e o matador voltou a dar as caras na temporada. América 3x0 ABC. Mas preciso dizer que, antes disso, um gol de Jean foi anulado por um impedimento que não existiu e que Roger Gaúcho pintou e bordou na área abecedista e só não fez um golaço porque um jogador do ABC (não consegui ver quem foi na hora) salvou em cima da linha.
Mesmo assim, ressalto que o ABC não se entregou em momento algum do jogo. Seguiu tentando seu gol até o apito final, que só ocorreu 10 minutos após o tempo regulamentar por tudo que já relatei acima.
Sobre a arbitragem, a cisma com Pablo Ramon segue por parte da torcida americana. Aposto que a torcida abecedista também tem suas ressalvas.
Sobre o uniforme branco, por tudo o que ocorreu de vergonhoso no jogo Santos 4x0 América, não duvido que ele tenha sido utilizado por falta de material vermelho. Mas sabem como é superstição, né? Capaz de virar o número um até o fim do estadual.
No mesmo quesito, aposto que mosaico e extintores (o pó continua lá em todo lugar do Setor Leste e até no escudo da minha blusa, mesmo tantos dias após àquela final) também vão dar um mergulho profundo como preparação de jogos grandes.
Sobre Kaike, as mesmas dificuldades, embora com alguns lampejos. Diego, outra preocupação, esteve melhor no 2.º tempo. Entendo que a volta de Gabriel Nunes deve colocar Diego no lugar de Kaike.
Enfim, o América encaixou com a velocidade de Jean Patrick, a lucidez e a garra de Leandro Melo, o talento de Adenilson e o poder de finalização de Roger Gaúcho. Desde quando o América oscilava estava claro que um jogador no lugar certo já faria todo mundo melhorar. Leandro e Roger são os melhores exemplos.
Ranielle não pareceu entender esse novo momento do América sob o comando de Moacir, como sua escalação inicial demonstrou.
De todo jeito, o América é líder do 2.º turno com propriedade - 100% de aproveitamento, ainda estando um jogo atrás de seus concorrentes mais próximos.
Agora é manter o foco porque o Globo anda botando as manguinhas de fora. E manter o embalo neste estadual é tudo que o América pode querer para entrar firme e forte na Série D.
Presidente de novo
Ontem no Twitter numa discussão sobre vitórias do América no clássico, Marcel, torcedor do ABC, terminou perguntando a Alex Padang, ex-presidente do América, se ele estava querendo voltar a presidir o Orgulho do RN.
No velho estilo Padang, ele foi direto: "Tô!".
Segue a reprodução da parte final do diálogo.
Manchetes do dia (10/3)
A manchete do bem: Ação de rally leva médicos e doação de óculos ao sertão.
As outras: Moro nomeia 'mãe da Lava Jato' para órgão que detectou transações de Queiroz, PEC da Previdência antecipa reforma trabalhista de Bolsonaro e Demissão de embaixador reacende chama de perseguição no Itamaraty.
Bom domingo, minha gente!
Fonte: Folha de S.Paulo
Today's headlines (3/10)
The headline for good: Thousands of new millionaires are about to eat San Francisco alive.
The others: How ISIS is rising in the Philippines as it dwindles in the Middle East, Of civil wars and family feuds: Brexit is more divisive than ever, and U.S. continues to separate migrant families despite rollback of policy.
Good morning, everyone!
Source: The New York Times
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