Não vou falar sobre o jogo em si, só do que me chamou a atenção.
Cheguei tarde por causa de um trânsito infernal para entrar no estacionamento da Arena das Dunas.
Pela primeira vez vi um jogo no Leste Superior. Entrei depois dos absurdos extintores, mas isso não foi suficiente para evitar as manchas vermelhas na pele e nas roupas.
A torcida do América deu mais uma vez grande demonstração de apreço por seu clube, ainda que a fase seja lastimável. Quase 19 mil pessoas empolgaram o cenário da partida.
Vi Hiltinho pagar um pouco de sua enorme dívida marcando um golaço de bicicleta com 1 minuto de jogo.
Vi Rodrigo Rodrigues se aproveitar do que me pareceu uma falha de Ewerton e empatar o jogo.
Depois vi um jogo um pouco mais favorável ao América do que ao ABC.
Mas aí veio o 2.º tempo. Se logo no início o América parecia que queria mesmo vencer, com o cansaço retirando qualquer chance de aproveitamento de Tony, a impressão sumiu.
Moacir também cismou com Diego no meio e ele foi a barata tonta do jogo. Colocou Jean Patrick, mas ninguém o acionou em velocidade, sua única característica aproveitável. Deve ter tirado Gabriel por cansaço porque ele esteve bem para uma estreia.
Vi Ewerton errar várias cobranças de tiro de meta e o estreante Boris Sagredo perder dois gols, um mais inacreditável do que o outro.
Outras coisas me desagradaram. Um torcedor do América sofreu convulsões na arquibancada bem perto de onde eu estava. Uma angústia só.
No Setor Norte, um grupo de torcedores do ABC se engalfinhava no intervalo do jogo. E durante o jogo um rojão foi acionado.
Na saída, o velho tumulto das chamadas torcidas organizadas deu às caras pela Lima e Silva.
No estacionamento, um único torcedor do ABC se achou no direito de passar por nós fazendo gestos obscenos, dizendo palavrões e nos xingando de tudo que lhe vinha à mente. Parecia possuído por um ódio mortal por 3 mulheres e 1 homem que apenas se dirigiam a um carro cada qual trajando uma camisa do América. Fico imaginando o que ele teria feito se seu time, ao invés de vencedor, saísse derrotado. Quando já se afastava, foi repreendido por outro torcedor do ABC.
Mas o que vi mesmo foi uma freguesia inquestionável do América frente ao ABC de 2016 para cá. E olha que nessa final o América tinha uma vantagem de encher os olhos de qualquer um: mando de campo com a esmagadora maioria da torcida lhe apoiando e o empate para garantir o título do turno. Nem isso foi capaz de interromper a sequência de derrotas do Mecão para o alvinegro, mesmo com o América tendo aberto o placar com apenas 1 minuto de jogo.
Infelizmente também vi uma característica preocupante do time americano após o 2.º gol do ABC: o time se entregou. Tempo disponível, um golzinho para o título e os jogadores sentiram o golpe e nada de reanimação em campo. Isso é mais aterrador do que o resultado em si. Tanto que só houve uma chance real com Adriano Pardal, que esteve muito abaixo do que vem apresentando nesta temporada. E como o América vem se resumindo a Pardal + 10...
Do lado do ABC, sobra confiança. Se joga o clássico em casa, vence. Se joga fora, também. Se marca primeiro, goleia. Se começa perdendo, vira.
Não tenho os números aqui, mas sou capaz de apostar que de 2016 para cá só houve um empate (3x3 numa final também com essa desgraça de extintores em que o América foi para o intervalo vencendo por 2x0) e uma única vitória por 3x0 do América no estadual (houve um 1x0, salvo engano, pela Série C daquele ano).
E, cá para nós, quando teve mais tempo de trabalho, Moacir me pareceu mais perdido nas substituições, talvez por falta de opções. Clássico no 3.º jogo é prova de fogo.
Sobre extintores, vou falar de novo. Acho um absurdo que as autoridades daqui permitam o lançamento de uma substância que impregna nas roupas, na pele, no cabelo, no chão, nas cadeiras da Arena. Agora imaginem como ficaram os nossos pulmões!
Se a galera que promove a festa não se importa com isso (as autoridades não estão nem aí), eu apelo para o lado supersticioso e que pelo menos se perceba que o acionamento de extintores só termina em decepção para a torcida americana e que então seja a festa incrementada de outra forma.
Por fim, parabéns ao ABC por essa grande conquista, revertendo tamanha vantagem do adversário. Mais um grande feito. Agora é administrar o 2.º turno.
Mas aí veio o 2.º tempo. Se logo no início o América parecia que queria mesmo vencer, com o cansaço retirando qualquer chance de aproveitamento de Tony, a impressão sumiu.
Moacir também cismou com Diego no meio e ele foi a barata tonta do jogo. Colocou Jean Patrick, mas ninguém o acionou em velocidade, sua única característica aproveitável. Deve ter tirado Gabriel por cansaço porque ele esteve bem para uma estreia.
Vi Ewerton errar várias cobranças de tiro de meta e o estreante Boris Sagredo perder dois gols, um mais inacreditável do que o outro.
Outras coisas me desagradaram. Um torcedor do América sofreu convulsões na arquibancada bem perto de onde eu estava. Uma angústia só.
No Setor Norte, um grupo de torcedores do ABC se engalfinhava no intervalo do jogo. E durante o jogo um rojão foi acionado.
Na saída, o velho tumulto das chamadas torcidas organizadas deu às caras pela Lima e Silva.
No estacionamento, um único torcedor do ABC se achou no direito de passar por nós fazendo gestos obscenos, dizendo palavrões e nos xingando de tudo que lhe vinha à mente. Parecia possuído por um ódio mortal por 3 mulheres e 1 homem que apenas se dirigiam a um carro cada qual trajando uma camisa do América. Fico imaginando o que ele teria feito se seu time, ao invés de vencedor, saísse derrotado. Quando já se afastava, foi repreendido por outro torcedor do ABC.
Mas o que vi mesmo foi uma freguesia inquestionável do América frente ao ABC de 2016 para cá. E olha que nessa final o América tinha uma vantagem de encher os olhos de qualquer um: mando de campo com a esmagadora maioria da torcida lhe apoiando e o empate para garantir o título do turno. Nem isso foi capaz de interromper a sequência de derrotas do Mecão para o alvinegro, mesmo com o América tendo aberto o placar com apenas 1 minuto de jogo.
Infelizmente também vi uma característica preocupante do time americano após o 2.º gol do ABC: o time se entregou. Tempo disponível, um golzinho para o título e os jogadores sentiram o golpe e nada de reanimação em campo. Isso é mais aterrador do que o resultado em si. Tanto que só houve uma chance real com Adriano Pardal, que esteve muito abaixo do que vem apresentando nesta temporada. E como o América vem se resumindo a Pardal + 10...
Do lado do ABC, sobra confiança. Se joga o clássico em casa, vence. Se joga fora, também. Se marca primeiro, goleia. Se começa perdendo, vira.
Não tenho os números aqui, mas sou capaz de apostar que de 2016 para cá só houve um empate (3x3 numa final também com essa desgraça de extintores em que o América foi para o intervalo vencendo por 2x0) e uma única vitória por 3x0 do América no estadual (houve um 1x0, salvo engano, pela Série C daquele ano).
E, cá para nós, quando teve mais tempo de trabalho, Moacir me pareceu mais perdido nas substituições, talvez por falta de opções. Clássico no 3.º jogo é prova de fogo.
Sobre extintores, vou falar de novo. Acho um absurdo que as autoridades daqui permitam o lançamento de uma substância que impregna nas roupas, na pele, no cabelo, no chão, nas cadeiras da Arena. Agora imaginem como ficaram os nossos pulmões!
Se a galera que promove a festa não se importa com isso (as autoridades não estão nem aí), eu apelo para o lado supersticioso e que pelo menos se perceba que o acionamento de extintores só termina em decepção para a torcida americana e que então seja a festa incrementada de outra forma.
Por fim, parabéns ao ABC por essa grande conquista, revertendo tamanha vantagem do adversário. Mais um grande feito. Agora é administrar o 2.º turno.