quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Manchetes do dia (25/10)

A manchete do bem: Temer libera R$ 1 bilhão para obras de infraestrutura.

As outras: PF investiga ataques a ministros do TSE, Fecomércio pleteia novo voo charter para Natal e Decoração natalina custará R$ 2,1 milhões.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (10/25)

The headline for good: Japan and China, Asian rivals, are trying to get along.

The others: Pipe bombs sent to Hillary Clinton, Barack Obama and CNN offices, Slumping stock market enters negative territory for the year and New York sues Exxon Mobil, saying it deceived shareholders on climate change.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Manchetes do dia (24/10)

A manchete do bem: Preço da gasolina nas refinarias cai 3,8%.

As outras: Em 10 anos, estado perde 594 leitos do SUS, Peritos acham restos mortais de jornalista e Concursos de fotografia valorizam história de Natal e Parnamirim.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (10/24)

The headline for good: #MeToo brought down 201 powerful men. Nearly half of their replacements are women.

The others: Prince and president escalate battle over Khashoggi killing, Battling dementia, Sandra Day O'Connor leaves public life with plea for bipartisanship and 'Use that word!': Trump embraces the 'nationalist' label.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Fim da dívida

A informação é quentinha e oriunda de Canindé Pereira, assessor de imprensa do América.

"Em relação ao débito que o clube teria junto ao STJD, notícia veiculada no Twitter, informamos que o mesmo foi quitado no dia 15 de outubro conforme comprovante em anexo."


Manchetes do dia (23/10)

A manchete do bem: RN gera 1.726 novas vagas de emprego em setembro.

As outras: Atacar o Poder Judiciário é atacar a Democracia, afirma Dias Toffoli, TSE e TREs pedem respeito às instituições e Facebook remove páginas e contas.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte 

Today's headlines (10/23)

The headline for good: How the Blockchain could break big tech's hold on A.I..

The others: Ryanair under fire for ignoring passenger's racist rant, Paying a 'resort fee' when you're not a resort and At rallies and online, transgender people say they #WontBeErased.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Marina me representa

Nessa tarde, Marina Silva, candidata à presidência pela Rede Sustentabilidade, publicou no Facebook seu posicionamento neste 2.º turno das eleições presidenciais, que segue abaixo. Há tempos não via uma opinião para expressar quase 100% do meu pensamento.

Por isso, já alerto: Marina Silva me representa.

POSICIONAMENTO NO SEGUNDO TURNO

Neste segundo turno a Rede Sustentabilidade já recomendou a seus filiados e simpatizantes que não votem em Bolsonaro, pelo perigo que sua campanha anuncia contra a democracia, o meio-ambiente, os direitos civis e o respeito à diversidade existente em nossa sociedade.

Do outro lado, a frente política autointitulada democrática e progressista não se mostra capaz de inspirar uma aliança ou mesmo uma composição. Mantém o jogo do faz-de-conta do desespero eleitoral, segue firme no universo do marketing, sem que o candidato inspire-se na gravidade do momento para virar a própria mesa, fazer uma autocrítica corajosa e tentar ser o eixo de uma alternativa democrática verdadeira. Alianças vêm de propósitos comuns, de valores políticos e éticos, de programas e projetos compartilhados, que só são possíveis em um ambiente de confiança em que, diante de inaceitáveis e inegáveis erros, a crítica é livre e a autocrítica é sincera.

Cada um de nós tem, em sua consciência, os valores que definem seu voto. Sei que, com apenas 1% de votação no primeiro turno, a importância de minha manifestação, numa lógica eleitoral restrita, é puramente simbólica. Mas é meu dever ético e político fazê-la.

Importa destacar que, como já afirmei ao final do primeiro turno, serei oposição, independentemente de quem seja o próximo presidente do Brasil, e continuarei minha luta histórica por um país politicamente democrático, economicamente próspero, socialmente justo, culturalmente diverso, ambientalmente sustentável, livre da corrupção, e empenhado em se preparar para um futuro no qual os grandes equívocos do modelo de desenvolvimento sejam superados por uma nova concepção de qualidade de vida, de justiça, de objetivos pessoais e coletivos. O meu apoio à Operação Lava-Jato, desde o início, faz parte dessa concepção, na qual o Estado não é um bunker de poder de grupos, mas um instrumento de procura do bem público. 

Vejo no projeto político defendido pelo candidato Bolsonaro, risco imediato para três princípios fundamentais da minha prática política: primeiro, promete desmontar a estrutura de proteção ambiental conquistada ao longo de décadas, por gerações de ambientalistas, fazendo uso de argumentos grotescos, tecnicamente insustentáveis e desinformados. Chega ao absurdo de anunciar a incorporação do Ministério do Meio Ambiente ao Ministério da Agricultura. Com isso, atenta contra o interesse da sociedade e o futuro do país. Ademais, desconsidera os direitos das comunidades indígenas e quilombolas, anunciando que não será demarcado mais um centímetro de suas terras, repetindo discursos que já estão desmoralizados e cabalmente rebatidos desde o início da segunda metade do século passado.

Segundo, é um projeto que minimiza a importância de direitos e da diversidade existente na sociedade, promovendo a incitação sistemática ao ódio, à violência, à discriminação. Por fim, em terceiro lugar, é um projeto que mostra pouco apreço às regras democráticas, acumula manifestações irresponsáveis e levianas a respeito das instituições públicas e põe em cheque as conquistas históricas desde a Constituinte de 1988.

Por sua vez, a campanha de Haddad, embora afirmando no discurso a democracia e os direitos sociais, evocando inclusive algumas boas ações e políticas públicas que, de fato, realizaram na área social em seus governos, escondem e não assumem os graves prejuízos causados pela sua prática política predatória, sustentada pela falta de ética e pela corrupção que a Operação Lava-Jato revelou, além de uma visão da economia que está na origem dessa grave crise econômica e social que o país enfrenta. Os dirigentes petistas construíram um projeto de poder pelo poder, pouco afeito à alternância democrática e sempre autocomplacente: as realizações são infladas, não há erros, não há o que mudar.

Ao qualificar ambos os candidatos desta forma, não tenho a intenção de ofender seus eleitores, milhões de pessoas que acreditam sinceramente em um deles ou que recusam o outro, com muitas e justificadas razões. E creio que os xingamentos e acusações trocados nas redes sociais e nas ruas só trazem prejuízos à democracia, mas é visível que, na maioria das vezes, essas atitudes são estimuladas pelos discursos dos candidatos e de seus apoiadores. A política democrática deve estar fortemente aliançada no respeito à Constituição e às instituições, exercida em um ambiente de cultura de paz e não-violência.

Outro motivo importante para a definição e declaração de meu voto é a minha consciência cristã, valor central em minha vida. Muitos parecem esquecer, mas Jesus foi severo em palavras e duro em atitudes com os que têm dificuldade de entender o mandamento máximo do amor.

É um engano pensar que a invocação ao nome de Deus pela campanha de Bolsonaro tem o objetivo de fazer o sistema político retornar aos fundamentos éticos orientados pela fé cristã que são tão presentes em toda a cultura ocidental. A pregação de ódio contra as minorias frágeis, a opção por um sistema econômico que nega direitos e um sistema social que premia a injustiça, faz da campanha de Bolsonaro um passo adiante na degradação da natureza, da coesão social e da civilização. Não é um retorno genuíno ao mandamento do amor, é uma indefensável regressão e, portanto, uma forma de utilizar o nome de Deus em vão.

É melhor prevenir. Crimes de lesa humanidade não têm como se possa reparar. E nem adianta contar com o alívio do esquecimento trazido pelo tempo se algo irreparável acontecer. Crimes de lesa humanidade o tempo não apaga, permanecem como lição amarga, embora nem todos a aprendam.

Todas essas reflexões me inquietam, mas mostram o caminho da firmeza, do equilíbrio na análise e a necessidade de pagar o preço da coerência, seja ele qual for.

E assim chegamos, neste segundo turno, ao ponto extremo de uma narrativa antiga na política brasileira, a do "rouba, mas faz" e depois, do "rouba, mas faz reformas", mas ajuda os pobres, mas é de direita, mas é de esquerda etc.. De reducionismo em reducionismo, inauguramos agora o triste tempo do "pelo menos".

Diante do pior risco iminente, de ações que, como diz Hannah Arendt, "destroem sempre que surgem", "banalizando o mal", propugnadas pela campanha do candidato Bolsonaro, darei um voto crítico e farei oposição democrática a uma pessoa que, "pelo menos" e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas de proteção ambiental, que é o professor Fernando Haddad.

Melhoramos

Se é certo que ainda há muito a fazer, também não podemos fechar os olhos para o avanço brasileiro em termos de educação, habitação e mesmo em relação ao progresso material de todas as classes sociais entre 1995 e 2015 - em 20 anos, portanto - como apontaram dados do Plano CDE e o IBGE utilizados pelos autores do livro O Brasil Mudou Mais do que Você Pensa, pesquisadores que são da Fundação Getúlio Vargas.

A revista Veja de 03/10/18 (páginas 74 e 75) trouxe alguns dados em gráfico para ilustrar esse avanço, que passo a listar aqui.

O número de brasileiros no ensino superior aumentou 2,6 vezes nas classes A e B (de 1,7 milhão para 4,4 milhões) e impressionantes 24 vezes nas classes C, D e E (de parcos 87 mil para 2,1 milhões).

A escolaridade média também subiu. Saiu de 3,9 anos para 8,4 anos nas classes D e E, de 5,4 anos para 9,7 anos na classe C e de 8,2 anos para 11,6 anos nas classes A e B.

O perfil das moradias brasileiras também foi bastante modificado. Eram 1,6 milhão de domicílios com um ou dois cômodos (dentre sala, quarto e cozinha) apenas. Esse foi o único número que caiu - 1,1 milhão em 2015.

Já os domicílios com seis a dez cômodos saltaram de 9,5 milhões para 21 milhões. E com três a cinco cômodos saíram de 14,3 milhões para 27,3 milhões.

Em relação ao progresso material, a reportagem mostrou a porcentagem de domicílios com máquina de lavar roupa. Nas classes D e E, eram 5% e passaram a 35%. Na classe C, os 10% de domicílios com o eletrodoméstico passaram a 53%. E nas classes A e B, o salto foi de 42% para 79%.

Se falássemos em aparelhos de celular, aí seria assustador. 

Não custa nada lembrar que esse avanço se deu dentro do mais longo período de democracia que este Brasilzão já viu - estes 30 anos da Constituição Cidadã. Tem como não ser fã da democracia?

Explicando o liberalismo

Mario Vargas Llosa, 82 anos, escritor peruano ganhador do Nobel de Literatura e defensor do liberalismo, explicou o conceito deste numa entrevista a Veja de 03/10/18 (páginas amarelas). Vale relembrar.

Houve dois movimentos que deturparam o conceito liberal: um à esquerda e o outro à direita. Ele foi usado de forma muito arbitrária por partidos reacionários e conservadores, e também por aqueles que patrocinaram ditadores, como foi o caso do Somoza, na Nicarágua, que se dizia um liberal. Ocorre que há uma grande diferença entre um governo liberal e um governo que empreende algumas medidas de abertura econômica. A liberdade é inseparável do liberalismo. E a liberdade não pode ser só liberdade econômica: deve avançar ao mesmo tempo nos campos econômico, político, social e cultural. Por mais que um regime autoritário empreenda certas políticas de mercado, não pode ser chamado de liberal. Nem Pinochet, nem os militares argentinos, tampouco os generais desenvolvimentistas brasileiros foram liberais.