sábado, 6 de outubro de 2018

Today's headlines (10/6)

The headline for good: With 8 years of job gains, unemployment is lowest since 1969.

The others: 2018 Nobel prize awarded to Yazidi activist and Congolese doctor, Head of Interpol disappears, and eyes turn toward China and Far-right candidate Jair Bolsonaro widens lead in Brazil's presidential race.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Pela democracia

Os 30 anos da promulgação da Constituição Cidadã e os riscos a que ela está exposta neste momento.


A eleição do xadrez

Além da eleição da vergonha, a eleição presidencial atual no Brasil também pode ser tida como a eleição do xadrez. Nada de xadrez eleitoral, vivemos um verdadeiro xadrez político. 

Acostumados que estávamos entre embates PT x PSDB, fomos apresentados a uma onda extremista, radical, fanática de direita que ameaça varrer todos os direitos políticos Brasil afora.

Dentre 13 candidatos, um personifica iminente ameaça à jovem democracia brasileira. Com apenas 30 anos, essa jovem vê crescer o apoio a um discurso que prega loas à ditadura militar, que rejeita a igualdade entre homens e mulheres, brancos e negros, heteros e gays. Um discurso que enaltece a repressão de direitos trabalhistas enraizados na economia brasileira, como o 13.° salário e o adicional de férias (para quem acha que esses direitos não põem a roda da economia para girar, veja o afundamento da economia potiguar pela falta de pagamento do 13.° salário pelo governador Robinson Faria em dezembro passado). Um discurso que entende que a solução para a violência é que cada cidadão deste país carregue a sua própria arma na cintura (como ela será adquirida pelos pobres mortais é questão de menor importância), ainda que bandidos sempre contem com o elemento surpresa a seu favor.

Um discurso que entende que a solução para a educação de base neste país é o ensino à distância, imaginando um mundo de fantasia onde pessoas que nem têm o que comer nos mais distantes rincões deste país terão computador e internet, isso para não falar da sandice de pensar que tal metodologia seja aplicável a crianças. Ou talvez o objetivo seja o escárnio puro com os problemas reais dos brasileiros.

De todo jeito, tudo é muito lógico para quem tem o WhatsApp como fonte primordial de informações. Imprensa tradicional, essa que pode ser processada em caso de notícias falsas, é fake news. O que vale são aquelas correntes que produzem vídeos grosseiramente montados, imagens truncadas para incitar ódio e palavras nunca ditas como mantra diário de intolerância, tudo muito bem escondido em perfis falsos para impedir a aplicação da lei.

Não, nunca, jamais vivemos uma eleição assim. 

O que está em jogo não é a eleição de partido X ou Y; são os princípios constitucionais do Estado Democrático de Direito. O direito de votar, de se expressar, de pensar, até de existir. Logo, não se trata de uma mera eleição, mas sim de posicionamento político. E isso exige um mudança de postura de quem sabe o valor da democracia.

Nunca, absolutamente nunca mudei minha intenção de voto baseada em pesquisas. Afinal, eleição é defender ideias, propostas. Pesquisa é retrato de um momento. Mas, como disse antes, não estamos diante de uma eleição comum. Vive-se um verdadeiro plebiscito a respeito da continuidade da democracia no Brasil, embora muita gente insista em não querer ver - ou até veja, quem sabe?

Neste grave momento, estamos num xadrez político, não eleitoral. E para jogar xadrez é preciso ser estrategista.

Simpatizo com as ideias de alguns candidatos postos. Alguns até tiveram meu voto em outras eleições. No entanto, meu ideal político coincide com as propostas de Marina Silva. Um governo de transição, um país que sabe dialogar para resolver seus problemas e a certeza de que não há um salvador da pátria. Sobre isso, achei que havíamos aprendido essa lição com o Caçador de Marajás que caçou de fato a poupança dos brasileiros.

Marina tem muitos pontos de vista diferentes do meu, mas sabe que numa democracia o futuro é construído a muitas mãos. Meu Deus, como eu gostaria de ver um perfil assim como chefe de nossa nação! Alguém que enfim motivasse a nossa sociedade a ter iniciativa, e não morrer reclamando e esperando que a salvação venha do céu ou do governo.

Meus ideiais seguem firmes. Mas não posso fechar os olhos para o perigo que nos espreita. Não pretendo que meu voto nesta eleição seja o último da minha vida. Logo, não posso negar a realidade premente de que há um outro candidato capaz de unir o Brasil contra a ameaça que nos ronda feito um cão raivoso, pronto a dilacerar nossos ossos na menor brecha que aparecer.

Todas as pesquisas mostram que Ciro Gomes é o único candidato com potencial para derrotar o projeto X e o projeto Y que tanto ódio andam gerando numa nação reconhecida mundialmente como pacifista.

Mesmo não concordando com 100% de suas ideias, Ciro é um especialista em Direito Constitucional. Sendo eu também uma, sei que compreende bem os princípios que nos são tão caros na nossa Constituição Cidadã, uma das mais avançadas do mundo. 

Para completar, ele ainda tem muitas propostas de bom propósito para o futuro da nação.

Pelo clima de terror que solapa nossa democracia, só me resta tomar parte de vez neste xadrez político e traçar meus movimentos para evitar o xeque mate no nosso Brasil.

Sendo assim, sem renunciar à semente que plantou Marina, defino agora o voto em Ciro Gomes como têm feito tantos milhões de brasileiros desde ontem, numa jogada estratégica que pode mudar o destino desse nosso xadrez político.

O voto é o que nos resta de igualdade numa nação tão desigual. Trabalhemos para que não nos tirem até isso.

Por tudo isso, no domingo, eu vou de Ciro na urna.

Manchetes do dia (5/10)

A manchete do bem: Mudança na taxa de exportação do melão para EUA beneficia RN.

As outras: Valor médio da cesta básica em Natal cai 1,58%, Governo anuncia R$ 600 milhões para Ensino Médio e Três obras de autores potiguares estão entre os finalistas do Prêmio Jabuti.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (10/5)

The headline for good: MacArthur Foundation announces 25 new 'genius' fellowships.

The others: Kavanaugh has regreats about testimony: 'I said a few things I should not have said', Russia targeted investigators trying to expose its misdeeds, Western allies say and Hamas chief calls for cease-fire in Gaza as tensions rise with Israel.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Brincar é preciso

Em tempos de devoção doentia a redes socias, a Academia Americana de Pediatria recomendou  no mês passado que pediatras passem a estimular o aprendizado lúdico de crianças. Ou seja, brincar é preciso para um bom desenvolvimento mental e social dos pequenos.

Nessa batida da AAP, a Veja (5/9, página 67) publicou com ajuda do pediatra Mauro Fisberg um pequeno manual da diversão, com dicas de brincadeira para crianças de até 11 anos. Seguem as dicas.


  1. Manuseio de objetos - Entreter-se com brinquedos coloridos, que fazem barulho e podem ser levados à bica, como os chocalhos. Brincar de carrinho, de boneca e com blocos de montar. Benefícios: desenvolve a coordenação motora, a capacidade de comunicação e o pensamento abstrato.
  2. O faz de conta - Brincar de casinha, de escolinha ou de qualquer coisa criada pela imaginação infantil. Benefícios: ensina a negociar regras e desenvolve habilidades do funcionamento executivo (capacidade de planejamento e resolução de problemas).
  3. Atividade locomotora - andar de bicicleta, brincar de esconde-esconde, lutas e bate-mãos. Benefícios: estimula a habilidade e a inteligência emocional (competências para aprender a perder, a ganhar e a arriscar).
  4. Brincadeiras ao ar livre - Brincar no parque e jogar futebol, queimada, basquete. Benefícios: reforçam amizades, desenvolvem o conhecimento social e linguístico e ajudam a controlar impulsos individuais.

Manchetes do dia (4/10)

A manchete do bem: Justiça proíbe dono da Havan de realizar atos políticos com funcionários e compara a 'voto de cabresto'.

As outras: Morre Leon Lederman, Nobel de Física que cunhou a expressão 'partícula de Deus', Por Enem, governo adia horário de verão para 18 de novembro e Constituição, 30: Carta permitiu período democrático mais longo da história do país.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (10/4)

The headline for good: Use of evolution to design molecules nets Nobel prize in Chemistry for 3 scientists.

The others: In risky shift, Trump and G.O.P. directly assail Kavanaugh's accuser, 'Presidential alert' goes to millions of cellphones across the U.S. and This New York Film Festival is definitely not boring.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Centro de Informação e Desempenho

Parece mesmo que o América está decidido a trilhar o caminho do profissionalismo pelo menos em relação ao futebol.

Uma excelente matéria do Globoesporte.com abordou o Centro de Informação e Desempenho que o clube incorporou ao futebol com a junção dos departamentos de Fisiologia e de Análise de Desempenho.  A ideia foi do fisiologista Igor Melo e do analista de desempenho Paulo Victor, que agora terão a companhia dos competentes Lawrence Borba e Victor Hugo.

O CID fez o América investir em tecnologia para captação dos dados, como o GPS. E com a folga do futebol profissional, ele foi totalmente aplicado à base, tendo contribuído na conquista do Estadual Sub-19.

Há também uma curiosidade que descobri ainda na apresentação de Luizinho Lopes: a análise de desempenho ficou em família no América. Paulo Victor e Victor Hugo são irmãos. Mais afinidade, impossível. 

De todo jeito, vamos a alguns trechos das entrevistas de Igor Melo e Paulo Victor, mas já digo que vale a pena acompanhar a reportagem completa no link acima.

A criação do CID
Igor Melo: A evolução do futebol nos leva a um trabalho integrado. O atleta precisa ser compreendido em uma perspectiva global. (...) Percebemos a necessidade de criar um mecanismo de integração das áreas do clube com o objetivo de otimizar a coleta e o armazenamento de informações, e fazendo com que esse banco de dados venha a ser o nosso maior instrumento para municiar a comissão técnica [para] (...) decisões de uma forma embasada, diminuindo a margem de erro.

Da base ao profissional
Igor Melo: Estamos tentando implementar uma metodologia única do trabalho que vai seguir até o profissional. Atualmente, nosso trabalho na base é de observação e de trabalhar essa questão da transição da base para o profissional. Paulo Victor e eu começamos a planejar o profissional e vamos ficar sem tempo para a base, mas a ideia é continuar esse trabalho com outras pessoas.

Trabalho na prática
Igor Melo: Nos treinamentos, a gente consegue analisar a frequência cardíaca média, máxima e mínima dos atletas, distâncias percorridas, velocidades. Este trabalho nos dá muitas informações para podermos graduar as intensidades dos treinamentos, os desgastes, como seriam os processos de recuperação, dor tardia. O fisiologista é um elo de ligação entre a nutrição, fisioterapia, departamento médico, análise de desempenho, além das funções básicas de avaliação, monitoramento e prescrição.
Paulo Victor: Utilizamos as análises de dados através das coletas de ações individuais em treinos e jogos. Além disso, também monitoramos os atletas em suas características mentais e táticas, através de observação 'in loco' ou filmagens. Utilizamos alguns programas específicos da modalidade, onde conseguimos caracterizar várias valéncias dos atletas. Depois recolhemos todos os dados das áreas do clube, como fisioterapia, fisiologia, preparação física e montamos um perfil interdisciplinar para cada atleta.

Quem diria?

De onde menos se espera é de onde mais se sai é o dito popular. Alvo de extremistas de esquerda e de direita, a Constituição Federal foi defendida na segunda-feira pelo Ministro do STF Gilmar Mendes.

Não que o ministro não seja um constitucionalista. Tenho inclusive um de seus livros no meu acervo. Mas como é chegado a apoiar discursos políticos estapafúrdios, a defesa da nossa CF/88 não deixou de surpreender. 

A nota a respeito saiu na coluna Notas & Comentários da Tribuna do Norte dessa terça-feira e segue abaixo.

Constituição preservada
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconheceu nesta segunda-feira, 1.° de outubro, que a Constituição Federal tem defeitos, mas espera que, em vez de o país discutir novas constituintes, o debate seja sobre como a Carta de 1988, que completa 30 anos, vai conduzir o Brasil a mais 30 anos de "normalidade institucional". "A Constituição, sem nenhuma dúvida, tem defeitos, é uma obra de seres humanos, detalhada, analítica, que nos prepara inúmeras armadilhas na sua aplicação. No entanto, em vez de falarmos sobre novas constituintes, que possamos discutir os próximos 30 anos numa mesma quadra de normalidade institucional", disse.