domingo, 23 de setembro de 2018

O contrato de Luizinho

O vice presidente do América, que também acumula a vice presidência de futebol, Eliel Tavares falou a respeito do contrato do técnico Luizinho Lopes.

Nós temos um contrato de um ano com Luizinho e esse contrato vai ser cumprido. Ele vai começar os trabalhos a partir de agora e até o final do mês de setembro de 2019 é o contrato que nós temos com ele. A ideia é cumprir o contrato. E vamos cumprir porque a determinação que ele tem, com empenho, a vontade que ele tem, com as credenciais que ele apresentou aqui com o América, com certeza nós vamos ter sucesso. E aí com certeza também nós vamos renovar, postergar por mais um ano. Porque se tiver sucesso, nós vamos postergar sem dúvida nenhuma. 

"O América vai sair dessa"

O novo técnico americano Luizinho Lopes falou sobre sua volta ao clube, o passado vitorioso no América, a pressão do cargo e a representatividade dos técnicos potiguares.

Volta ao América
É com grande satisfação que a gente retorna literalmente a uma casa que a gente teve grande convivência e bastante tempo. (...) Para tentar ser objetivo, queria dizer que é emocionante retornar aqui nessa condição que a gente retorna. Eu cheguei ao América em 96. O América, para simplificar esse objetivo, o América foi o clube que me deu oportunidade de me integrar em uma categoria de base em 96, ainda no sub-15. E aí sequenciei no sub-17, no sub-20. Foi o clube que me deu a primeira oportunidade de jogar profissionalmente também. Posterior a isso, fui estudar, fui me capacitar quando encerrei minha carreira ainda jovem. Recebi a minha primeira oportunidade de ser técnico de uma categoria de base, do sub-17, posteriormente sub-20, e coordenador das categorias de base também. E aí também tive a oportunidade de iniciar no profissional como auxiliar técnico. Então, aí já fala por si só. Agora chegou o momento de uma responsabilidade maior. Assumo para vocês até confidencialmente que isso era um sonho. Quando eu entrei no América para ser técnico do sub-17, eu objetivava no futuro ser técnico do futebol profissional. (...) Eu tinha convicção que isso ia acontecer. Tinha convicção absoluta porque nós percorremos um grande caminho ainda jovem, mas eu costumo dizer que a experiência não está relacionada só à idade, e sim à intensidade [com] que você vive as coisas. E eu venho vivendo essa minha profissão intensamente. Imaginava, de repente, que fosse um pouco antes, mais tarde, mas eu tinha convicção que esse momento ia chegar. E prontamente, quando me foi feito o convite, já mexeu bastante comigo. A gente entende, reconhece a dificuldade. O América não é um clube de Série D. Todas as vezes que aqui trabalhei, trabalhei em nível de Série B, nem Série C. Nos momentos em que estive no América, o América ou era Série A, ou Série B. Vejo nas dificuldades, que são naturais da posição do América, eu vejo uma grande oportunidade. Para mim, eu estou chegando num clube grande, centenário, de uma camisa reconhecida nacionalmente. Então em nenhum momento me passa que eu estou assumindo uma responsabilidade de um clube que é de Série D. Ele está, é uma questão momentânea. O América vai sair dessa e esse momento de dificuldade eu vejo uma grande oportunidade de mais uma vez fazer história.  Todas as vezes em que aqui estive as coisas deram certo, então, isso também me motivou a estar aqui. (...) É uma curiosidade, mas eu faço questão de falar porque isso mostra uma ligação com relação à positividade: eu fui campeão(...) com relação a campeonato estadual, sub-15 como atleta, sub-17 como atleta, sub- 20... Se forem buscar aí na história, vocês vão encontrar. Como atleta, dentro de campo, 2 vezes - 2002 e 2003. 2002 com Adilson [Batista] e 2003 com Ferdinando [Teixeira]. Como auxiliar, como técnico de sub-20, coordenador, então, eu tenho uma história muito bacana e eu sonhava em concluir essa história agora como técnico de futebol profissional. Espero que as coisas aconteçam. Prometo muita dedicação, muito profissionalismo, cuidado diariamente com o clube, viver intensamente e respeito. O que eu tenho para falar para o torcedor é que trabalho não vai faltar, até porque eu vejo o torcedor como o principal patrimônio do clube. Esse respeito, essa dedicação não vai faltar. Junto a isso, espero que os resultados nos acompanhem porque a gente sabe que precisamos bastante para dar continuidade no trabalho. 

Trabalho no Confiança
A gente que analisa desempenho e não só resultado... eu, como profissional de futebol, tenho que analisar desempenho. O resultado obviamente que fala, diz muita coisa, ou diz tudo no futebol, mas a gente que analisa desempenho, o trabalho no Confiança foi muito regular. Como você bem frisou, até aquele momento que nós viemos jogar aqui contra o América, nós saímos invictos do campeonato estadual. Nós fizemos 14 rodadas de G4. Eu saí do Confiança ainda no G4. Nós lideramos por 5 rodadas no 1.º turno. Terminando o 1.º turno, de 9 jogos, em 2.º lugar. Fomos até o jogo contra o ABC aqui na 2.ª posição. Foram 12 rodadas de G2. O que aconteceu no Confiança é que nós estávamos numa sequência de 9 jogos sem perder. Eram 3 vitórias, já na Série C, e aí vieram muitos empates. Mas nesses empates houve muito bons desempenhos também. Em consequência de uma sequência grande de empates, veio uma sequência de 3 derrotas. Mas se você pegar uma média de 30 jogos que nós fizemos, nós temos computadas apenas 5 derrotas. Então foi uma sequência crítica na competição. Criou-se uma expectativa muito grande pela campanha que o Confiança nunca tinha feito na Série C, mas foi um trabalho muito proveitoso, garantiu uma renda que o clube vai conseguir se programar para a próxima temporada - a própria Copa do Nordeste que hoje a gente lamenta em estar sem cota aqui. Enfim, a gente vai tentar de outras maneiras suprir essa falta. Mas foi um trabalho muito proveitoso, uma experiência fantástica porque é um clube que tem muita tradição, muita torcida. E em comum acordo a gente decidiu seguir um outro caminho e agora a gente está no América, o que é realmente o que nos interessa. Mas foi um trabalho muito regular em que houve ótimo desempenho. O que passou foi que eram 9 jogos invictos, e aí essa sequência de empates, quando veio, não veio uma vitória, e aí vocês sabem como é que funciona o futebol brasileiro. A gente entende isso. E a gente achou melhor - foi decisão até nossa em comum acordo - que um outro profissional desse continuidade no trabalho lá.

Contratações
Obviamente por ser um profissional de futebol a gente tem catalogado inúmeros jogadores, mas cada situação requer uma observação diferente. O Armando, executivo, ele já está no clube por cerca de um mês e já vinha trabalhando, já vinha apresentando nomes para a diretoria, e eu estou chegando agora e, a partir de agora, primeiramente, a gente vai analisar o que já estava sendo proposto. A gente já está começando as reuniões. A gente vai passar por um primeiro confronto de nomes para que a gente definir realmente uma ideia que caiba na nossa realidade em acordo com o que a gente projeto para o nosso modelo de jogo. A partir de agora oficialmente a gente vai começar a confrontar essas ideias, a estar em reuniões diárias para que, num segundo momento, possa começar a fazer contatos. Mas obviamente que nós temos uma característica, todo treinador tem uma característica. A minha não foge muito do momento atual do futebol brasileiro. (...) Nós vamos definir uma forma de jogar futebol no América e aí vamos definir características por posição e função. E que a gente consiga fidelizar isso para que, num contexto final, favorece aquilo que a gente tem como ideia de jogar futebol no América. Obviamente que já se tem nomes, eu tenho vários nomes. Agora eu deixo claro para vocês que eu estive 2 anos e alguns meses num clube em que eu tinha total autonomia para contratar, para montar elenco, mas meu compromisso a partir de agora é com o América. (...) Eu não tenho compromisso com jogador, nem muito menos com empresários, e sim agora com o meu executivo de futebol e com o América. Obviamente se algum jogador que trabalhou comigo encaixar na característica dos critérios que nós vamos adotar, pode vir a trabalhar. Facilita o entendimento da minha forma de trabalho, mas não me prendo a isso. (...) Quando eu fui para o Confiança, acho que um atleta já tinha trabalhado comigo. No Globo, nunca um atleta que já havia trabalhado comigo em outros momentos trabalhou comigo lá. A gente vai definir um modelo de jogo. Existe uma estratégia de montagem de elenco e a gente vai tentar ser fiel a isso. Acredito na grandeza da camisa, no nome do América, porque a gente tem um pouquinho mais de facilidade para trazer alguns jogadores de nível. Porque jogador que está no mercado de Série B, de Série A, até de alguns clubes de Série C, clubes que têm aportes aí de cotas, dificulta. 

ABC e América com treinadores potiguares
Muito me envaidece porque a gente levanta mesmo a bandeira de ser um acadêmico, de ser local, de ter se dedicado muito até aqui. A história de Ranielle coincide muito com a minha, inclusive na cidade, no início, ele era um salonista, eu também era salonista, a gente da mesma época. Duelamos nas quadras, depois Ranielle, um estudioso, foi para a UFRN, eu também. Quando eu ainda era atleta, o admirava com relação à formação - ele logo cedo entrou na universidade, eu ainda continuei jogando, depois percorri, trilhei o mesmo caminho acadêmico. Fiquei feliz pelo sucesso do amigo, é um cara que eu gozo de respeito, sobretudo profissional. E é uma satisfação enorme. Isso aí para a minha área de treinador serve de exemplo para esses jovens que estão estudando. Tem várias universidades com curso de Educação Física e muitos almejam ser treinador de futebol, é um sonho de muitos. Eu fico feliz por representar ainda tão jovem e ter esse grande oportunidade, essa grande responsabilidade que eu quero encarar com muito otimismo, vendo nas dificuldades uma grande oportunidade. Esse é o lema que eu quero trilhar no América. Muito se chega falando das dificuldades, eu tenho que chegar otimista. Eu estou chegando agora, não estava participando de todos esses problemas. Quero ver nisso tudo uma grande oportunidade para a gente continuar fazendo história dentro desse clube.

Oportunidade para os atletas da base
Eu vivo o futebol intensamente, 24 horas. A partir do momento do acerto, a gente já começou a estudar várias situações. (...) Ainda não tive a oportunidade de sentar com o departamento das categorias de base, mas as minhas portas vão estar abertas 24 horas. Eu fui coordenador da base e tive a oportunidade de estar lincado com o profissional. Tenho uma história dentro da base. Obviamente que as oportunidades de estarem próximos, dos atletas serem vistos, de acompanhar o trabalho, isso aí vai ser diário, isso aí da minha parte não vai faltar. Agora a gente vai prometer utilizar realmente aquele atleta que tenha condição de atuar e fazer a diferença no elenco de profissionais. Uma coisa eu já adianto: a oportunidade de estar próximo do profissional... Por exemplo, a ideia que nós já tivemos junto com o diretor executivo, o elenco será reduzido, será objetivo. A gente tem que deixar margem, aquele volume para oportunizar aos garotos da base. A partir do momento que você monta um elenco inchado num clube dessa grandeza, você já fecha as portas até para treinamento. E minha metodologia, que é nossa metodologia - está casando muito com as ideias do diretor e do executivo também - é um elenco reduzido para que a gente oportunize os atletas. Eu venho de 2 clubes aí que atletas muito jovens se destacaram conosco. Recentemente agora no Confiança, Iago foi para o CRB, Léo foi para o Vitória. Eram jogadores que não tinham minutagem no clube e conosco tiveram minutagem absoluta , tiveram uma sequência de 90 minutos. O Léo hoje é titular absoluto do Vitória, inclusive já fazendo gols. O Iago já ascendeu para uma Série B. No Globo, nem se fala. No Globo a gente tinha um G1 e um G2 e o G2 era montado basicamente por garotos da base. Agora a gente está chegando. Vamos observar. Espero encontrar qualidade. O trabalho também do Jocian, do professor André também não têm muito tempo. Tem sido a curto prazo, 2 meses. Ninguém faz mágica. Um jogador de sub-20. para ele estar pronto, ele já tem que ter passado por um processo lá no sub-15, sub-17. De repente, a gente encontra alguns atletas que precisam um pouco mais de aprimoramento. Mas a aceitação é enorme. Quero encontrar juventude, jogadores com sede, com gana. Talvez por dar essa oportunidade e por observar, nos clubes por onde eu passei muitos atletas se destacaram. No período que passei aqui no América também na base, a gente conseguiu colocar os atletas no profissional. A vontade é enorme para que a gente consiga utilizar. Agora a gente precisa ter a qualidade, que o atleta realmente tenha condição de fazer valer jogar em uma equipe como o América. Eu lembro que em minha última passagem aqui, eu acho que muitos estiveram ali no elenco. Acho que Macena, Judson, Rivaldo, Gláucio, Jamerson, tinha uma turma que já estava ali ativamente participando. E tenho sentido falta disso no América, olhando à distância. De jogador que possa efetivamente fazer uma diferença. O atleta... você também não pode dizer "Ah, é um menino da base, vai jogar". Ele tem que dar uma condição da gente conquistar resultado. A gente também não pode agora jogar toda a responsabilidade nessa nova gestão que acabou de chegar, mas eu vejo com futuro, que a dedicação tem sido imensa. Ainda vou me orientar, mas a atenção será dada e, como eu falei, as intenções são as melhores com relação à base. 

Pressão da torcida e limitação financeira
Um dos motivos que me fizeram vir foi a aceitação do torcedor. Obviamente que a gente precisa de resultado. Eu não me iludo, eu sou um profissional do futebol. E quando eu venho para o América, eu não venho porque eu não vou dizer para vocês "Ah, eu sou um torcedor do América". Eu tenho uma identificação muito grande com o América, mas acima de tudo eu sou profissional. Essa identificação com o clube me traz com muita felicidade, com muito otimismo, na minha cidade, num clube que eu tenho um carinho... o clube que me deu todas as oportunidades no futebol. Esse foi o primeiro momento de voltar. Em segundo, o torcedor, que nesse momento nos passa muita confiança, tem passado uma credibilidade muito grande, mas a gente sabe que vai precisar de resultados. Eu vejo uma grande oportunidade. A gente já não chega com desconfiança. Obviamente que sempre vai ter uma discordância ou outra, mas pelo que a gente tem visto nos bastidores, a gente acompanha tudo, no dia-a-dia na cidade, essa identificação, esse respeito mútuo que nós temos e essa receptividade do torcedor, que eu creio que é o maior patrimônio do clube... Eu me peguei observando as redes sociais do clube, você vai ver jogos da Série D decisivos, você vê uma coisa fantástica - o torcedor numa Série D recebendo a torcida como recebe na Arena das Dunas para jogos decisivos. Então, é um fator motivante, é uma grande responsabilidade, mas a gente que almeja chegar em um lugar acima, numa divisão acima, a gente não vai encontrar momento em que você não tenha pressão. O América é um clube grande. Eu estou me preparando para isso. Eu me preparei para isso, para esse momento. A dedicação, o respeito não vão faltar e eu espero que eu possa corresponder às expectativas do torcedor. E entenderei completamente que a torcida também não me veja como, porque eu sou do América, a gente vai ser blindado com relação à crítica. A crítica, ela é natural do futebol, do processo acho que no mundo corporativo. Se você não dá resultado, isso é natural. Mas uma coisa eu garanto: é dedicação exclusiva. E essa identificação muito contribuiu para vir. De repente, poderiam existir algumas coisas até financeiramente que pudessem ser uma coisa mais abastada, mas eu acho que o conjunto identificação-torcida muito pesaram para que abraçasse esse grande desafio, essa grande responsabilidade. Tenho convicção que eu venho sabendo exatamente do momento do América. E pronto para assumir essa responsabilidade. 

"Nós estamos no caminho certo"

Eis os destaques do que falou o presidente do América Eduardo Rocha na apresentação de Luizinho Lopes como novo técnico da equipe profissional. 

Arena América
Ela [camisa comemorativa da Arena América] já está à venda - a camisa 'Eu ajudei a construir'. Este é o objetivo precípuo do clube: é jogarmos em janeiro na nossa casa, onde lá nós faremos uma outra história no América Futebol Clube. Dizer que é uma satisfação, uma honra.

Luizinho Lopes
Dizer que o bom filho à casa retorna. É o caso de Luiz. Luiz já foi nosso atleta de base, foi nosso atleta amador. A posteriori chegou a ser nosso atleta profissional. Depois foi auxiliar técnico do clube. Antes foi treinador de base, foi coordenador da base. Depois foi auxiliar técnico. E, aliás, foi auxiliar técnico da última conquista que nós tivemos, coincidentemente eu, ele e o atual vice presidente Eliel. Juntos - na época o treinador era Roberto Fernandes - ganhávamos na casa do adversário, que acredito que eles nunca esqueçam isso, até porque já estavam com a comemoração lá deles toda pronta, e nós fomos bicampeões do Centenário. E espero que, com o retorno dele, nós tenhamos o mesmo sucesso. Está vindo com a comissão técnica reconhecida pela capacidade - a parte de preparação física com o Lawrence, a parte de analista de [desempenho], o Victor Hugo. Estão sendo assessorados em tudo, dando todas as condições a eles, o nosso executivo de futebol, o Armando, o nosso coordenador das bases, o Jocian. Nós temos o apoio integral do Conselho Deliberativo do clube. Ninguém melhor para representar do que o presidente daquela instância superior do clube, que é o presidente do Conselho Deliberativo, o Dr. José Rocha, que está aqui nos prestigiando. Alguns outros diretores não puderam vir por questões particulares. Estão em momento de ocupação e um inclusive está viajando, que é o Ricardo Valério. No mais é dizer que o América está integrado. O América está unido mais do que nunca em busca de recuperar a hegemonia do futebol potiguar. Sabemos que vai ser muito difícil. Tem times com muito mais recursos do que o América, como é o caso do Globo e do próprio rival nosso, mas vamos tentar fazer do pouco muito e vamos tentar dar alegria a esse torcedor. Alegria essa que poderá começar desde hoje [quinta-feira passada] com o bicampeonato das categorias de base no sub-19. (...) Nosso futuro treinador (...) é um vencedor. Foi quem levou o Globo à Série C. Foi campeão, no ano passado, estadual pelo Confiança. Tem já uma história no futebol e eu desejo a ele todo sucesso do mundo aqui no América para que nós reencontremos o caminho das vitórias. E esse estádio é fundamental para que isso possa ocorrer. Então eu faço uma convocação aos torcedores que participem de todas as campanhas para o estádio, que acredito que, até o término de dezembro, já vai estar pronto para o primeiro jogo amistoso e o jogo de sua abertura, se Deus permitir.

Processo de escolha
Quando nós contratamos o nosso executivo de futebol, o Armando, eu e o Eliel, que é o vice presidente e vice presidente de futebol também, chegamos à conclusão de darmos carta branca a ele para que ele fosse ao mercado e visse alguns nomes. Entre esses nomes, ele mesmo é quem traz o nome do Luizinho. Me perguntou como teria sido a passagem dele aqui no América. Nós dissemos. E traz outros nomes, que, a essa altura, por terem sido preteridos, eu acho mais conveniente não estarmos colocando o nome desses outros profissionais em respeito a eles próprios. Obviamente só um seria escolhido. Mas o Armando fez uma garimpagem de pelo menos 5 bons profissionais e depois nós fomos reduzindo. Chegamos ao número de 3. Desses 3, nós reduzimos para 2. Acho até que vocês sabem quem foi o 2.º, mas eu, por respeito a ele, também prefiro não mencionar. E nos 2, aí nós tivemos uma reunião definitiva só nós 3 - eu, Eliel e Armando - e chegamos à conclusão que o melhor nome, o perfil melhor para o América, até por ter uma história dentro do clube, e uma história vitoriosa, que é o Luiz. Como ele muito bem colocou, sempre pegou o América em nível de Série B, quando não de Série A. Quer dizer, é um momento atípico que o América está passando, um momento de dificuldade do ponto de vista futebolístico, mas de muita união e de muito trabalho que a gente vem fazendo desde que a gente ficou fora da Série D no mês de junho. Estamos trabalhando duro. Estamos investindo o que nunca investimos em nossa categoria de base para que ela também nos dê um esteio no final do ano com as competições de Copa do Nordeste e logo no começo do ano com a competição em São Paulo, que é a famosa Copinha. Mas voltando ao assunto, a escolha se deu, de forma objetiva, ouvindo o executivo de futebol, vendo as características de cada treinador e vendo que, por ter uma história dentro do América, uma história vitoriosa, e ser um treinador que já demonstrou em pouco tempo de trabalho como treinador profissional uma capacidade muito grande, inclusive no nosso estado, quando dirigiu o Globo de Ceará-Mirim. Essas foram as características que nos fizeram, nos moveram e nos motivaram  a contratar o profissional, traz a sua equipe técnica, uma equipe que também é vitoriosa. O Lawrence foi muito bem avaliado aqui no América. Já faz um tempo que estava em outras equipes. O Victor Hugo da mesma forma. E nós esperamos que os 3 juntos, com esses outros 2 que eu já citei - Jocian e Armando - e com os demais profissionais do América, possam levar o América a grandes conquistas. 

Experiência
Eu diria até que Luizinho, em que pese ser um jovem, mas do ponto de vista de treinador, já tem uma experiência, já tem uma certa bagagem para o curto tempo dele como treinador. Então eu não diria que ele viesse como... é jovem na idade, mas eu entendo ele como um treinador já com rodagem, como se diz na gíria futebolística. 

Profissionalização do clube
A repaginação nossa começa quando a gente profissionaliza os setores do clube com a vinda de 2 profissionais que eu já citei outras vezes e é desnecessário citar novamente. Então, há um intuito nosso nesse sentido. E numa outra reunião que nós tivemos aqui, outra coletiva, me foi perguntado se houvesse um não prosseguimento nesta ideia nossa de modernizar, de profissionalizar mesmo, se nós iríamos mudar alguma coisa. Nós não vamos mudar absolutamente nada. Nós estamos no caminho certo e espero que esse caminho nos leve ao local certo. 

Finanças
Do ponto de vista financeiro, nós estamos envidando todos os esforços para trazermos novos parceiros. Estamos tendo sucesso nas nossas investidas, haja vista que já assinamos o contrato com o novo patrocinador que vai nos fornecer o material esportivo e de jogo, e, coincidentemente, esse patrocinador patrocina outro clube do sudeste, e na sua camisa, especificamente no ombro da camisa tinha um outro patrocinador e esse outro patrocinador já está praticamente fechado também com o América Futebol Clube. Então, caberá à diretoria envidar esforços junto com a torcida, que é o maior patrocinador do clube, o maior patrimônio do nosso clube, que é a nossa torcida, que é a maior do estado do Rio Grande do Norte. A prova maior é que... o teste para mim de maior torcida é quem vai ao campo de jogo. O América há 3 anos seguidamente tem a torcida maior em campo, em que pese estar na Série D. Gostaria de fazer aqui menção ao trabalho incansável do nosso diretor de base, o Dr. Dário, que está aqui presente na mesa. É o responsável por nós estarmos chegando à disputa do título de campeão. Dei carta branca ao mesmo e não me arrependo. Tem se saído muito bem, em que pese ser novo no mundo do futebol, mas tem levado o América adiante. 

Danilo
É um grande jogador, interessa ao América, mas passa por algumas nuances. Se o Cuiabá quiser ficar com o atleta, tem dois caminhos - ou a negociação, ou ele depositar a multa do atleta. Acredito que haverá interesse do Cuiabá, até porquanto é um jogador que lá tem se saído muito bem, é titular absoluto, inclusive com 3 gols marcados como lateral e 4 assistências. Quer dizer, no futebol brasileiro, isso hoje, num curto espaço de tempo, é um grande jogador. Luizinho até já falou sobre ele. Se puder ficar, ótimo. Também se não puder ficar, se para ele profissionalmente for preferível ficar lá no Cuiabá, que vai para a Série B, e desde que o América seja ressarcido, o América não vai ser o maior óbice nem o maior obstáculo. Mas uma coisa o América vai fazer valer: desde que nós entramos aqui, o América só faz negócio se o América tiver algum benefício. Fora disso, o América não tem negócio. 

Violência das organizadas
Eu prefiro o torcedor desorganizado, que vai a campo torcer tão-somente.

América no pódio

Imagem: Canindé Pereira/América

O América acabou de conquistar o 3.º lugar no Campeonato Brasileiro de Beach Soccer ao vencer o União-SE por 6x3 em João Pessoa-PB.

Parabéns a todos o que fazem o Orgulho do RN!

Podcast: Definindo rumos

América no Beach Soccer feminino, a rodada da 2.ª divisão estadual, o bicampeonato do América no sub-19, o fórum do ABC, os desafios de Luizinho Lopes no América e o que eu perguntei Eduardo Rocha após a coletiva de quinta-feira.



Série C 18: Balanço das finais - volta

Cuiabá 0x1 Operário - Bruno Batata

O Operário sagrou-se campeão.

Manchetes do dia (23/09)

A manchete do bem: Facebook anuncia medidas para combater contas falsas.

As outras: Neurocientistas descobrem  como algumas células podem auxiliar no tratamento de ansiedade e medo, 40% dos que estão no setor privado não têm carteira e Pets: mercado que não tem crise.

Bom domingo a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (09/23)

The headline for good: Tentative deal reached for Kavanaugh accuser to testify on Thursday.

The others: Nicaraguan migrants fleeing turmoil test Costa Rica's good will, Workers overdose on the job, and employers struggle to respond and China and Vatican reach deal on appointment of bishops.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

sábado, 22 de setembro de 2018

O que eu perguntei a Eduardo

Logo após a coletiva, como fiz da outra vez, me aproximei de Eduardo para algumas perguntas individuais. Mas isso é assunto para o Podcast de domingo (amanhã), às 10h.

Até lá.

O que eu perguntei a Luizinho

Mais uma vez tive a enorme sorte de comparecer a uma entrevista coletiva do América, dessa feita, para apresentação do técnico Luizinho Lopes e dos novos membros de sua comissão: Lawrence Borba, preparador físico, e Victor Hugo, analista de desempenho.

Na oportunidade, fiz três perguntas já no fim da coletiva para o novo treinador americano. Vamos a elas e, obviamente, suas respectivas respostas.

De 2015 para cá, o que mudou no América, daquele momento em que você saiu e quando chegou agora, e o que mudou em você?
Primeiramente, quando eu cheguei aqui, eu já me deparei com um ambiente mais estruturado a partir da sede. Eu ainda não voltei ao CT com relação à questão estrutural, mas já existem indicativos de melhoria. O pouco tempo que eu conversei com Jocian, ele já me deu várias novidades. Eu acredito que as coisas crescem muito nas crises. A gente não pode negar que existe uma grande crise com relação sobretudo à categoria em que o clube se encontra hoje com relação à divisão, que é isso que determina o patamar do clube, porque com isso vêm as cotas, o patamar financeiro. Mas vejo também na construção do estádio uma grande oportunidade para ressurgimento. Isso vai ser uma arma potente que nós vamos ter. Um dos motivos que me fizeram também acreditar, porque eu já estou pensando na estratégia, não é só dizer que vou ser técnico do América, já na estratégia de jogo em si, a Arena [América] será de fundamental importância. Geralmente quando você constrói um estádio novo, quando um clube se inicia, ele tem sucesso. Eu vejo nisso uma renovação gigante. Vai ser um marco. Isso é uma grande oportunidade. Com relação à questão de estrutura é isso. Essa questão de ter a Arena [das Dunas] ali à disposição também. No início, ali em 2015, eu participei. Continua com a Arena também e isso nos dá uma condição fantástica como clube. Administrativamente, eu ainda vou me inteirar mais. Com relação à minha condição, adquiri muito mais experiência. Acho que com a vivência do dia-a-dia na prática é que você consegue ir aprimorando os seus conhecimentos, dando segurança. Hoje eu garanto a você que eu chego no América muito mais preparado do que eu era em 2015. Passou aí um tempo não muito longo, mas foram dias intensos de muita dedicação ao futebol. Isso nos dá a preparação para a gente iniciar o trabalho. Eu diria para você que eu chego muito preparado para esse momento. Obviamente que os resultados é que vão garantir se esse nível de preparação é suficiente para a gente dirigir o América. Mas o nível de preparação eu creio que casou com o momento. Acho que foi o momento ideal para vir para o América.

Sem ter visto ainda as contratações, qual o perfil que você imagina do time em campo?
O América sempre primou por ter um futebol vistoso, um jogo bem jogado, jogadores técnicos, um futebol de qualidade. Nos melhores América, sempre tivemos ótimos meio campistas, um jogo vistoso. Desde os acessos à Copa do Nordeste. E é um jogo que eu gosto de praticar, um jogo bem jogado. Nós teremos 2 praças que nos darão essa condição. A nossa Arena, que eu tive oportunidade de treinar lá com o Confiança, ficou fantástica. Eu até queria elogiar o gramado top. O da Arena  [das Dunas] também. Então, isso vai nos proporcionar um treino com qualidade para que a gente possa trazer os jogadores que nos dê essa condição de ter um jogo que a gente prime pela posse [de bola] quando a gente esteja com ela, não fique rifando, que a gente tenha um jogo bem jogado, vistoso, que o torcedor gosta de assistir. Obviamente que isso requer tempo para a gente criar uma identidade para a gente enraizar. Mas vejo nos 2 meses de pré-temporada uma oportunidade para a gente já iniciar com uma cara. A ideia será essa. Obviamente que, sem a bola, um time muito competitivo. Nós vamos trabalhar todas as fases do jogo para que a gente tenha competência com a bola, que não seja um time que se [desfaz] da bola a qualquer custo, que seja uma equipe consciente, que busque jogar de forma organizada através de ações, e sem a bola uma equipe competitiva, o que pede o futebol. Não poderia dizer "Ah, quero uma característica" e você vai ter só uma característica. Tem que ser uma equipe que atinja os objetivos em todas as fases do jogo - o momento ofensivo, o momento defensivo, as transições, a bola parada. Então, a gente vai pensar inclusive com relação à estatura da equipe, que hoje é uma fase muito importante do jogo. Tem muita coisa para a gente trabalhar, mas eu diria para você que a gente idealiza um futebol vistoso. E aí queira Deus que a gente consiga contratar realmente quem a gente almeja. Nós vamos para uma realidade de Série D em que você não vai encontrar uma grande maioria de jogadores com nível técnico tão acima, mas jogadores que a gente consiga construir um jogo decente para que a gente possa conquistar bons resultados. 

Já tem uma data para a pré-temporada?
A gente está trabalhando em meados de novembro. Ainda vamos cravar uma data. Como eu falei, é recente. Na segunda-feira que a gente fechou, mas a gente já está começando a trabalhar nos bastidores. Um outro grande motivo, como eu frisei, essa oportunidade de fazer uma pré-temporada com tempo. Até isso me motivou. Eu gosto de ter um tempo para a gente organizar. Nós vamos ter 2 meses, 8 semanas, para trabalhar todas as fases do jogo com muita tranquilidade, realizar os amistosos. Então, não vou ter o que reclamar com relação a tempo de trabalho para início. Me preocupa não ter uma base. Ainda estamos em fase de conversação. Nós vamos ter que remontar a equipe. Eu acho que até deve porque a gente tem que tentar reconstruir uma equipe vitoriosa, o que, de fato, nós não tivemos na última temporada, respeitando obviamente... isso aqui é um processo natural do futebol. Mas eu acho que também existiam algumas coisas positivas que se a gente puder dar continuidade... tinham muitos jogadores interessantes nessa temporada. Nós vamos tentar aproveitá-los. Mas esse tempo muito me motiva. Vai dar para a gente fazer um bom trabalho. Eu não vou ter desculpa, que geralmente os treinadores do futebol brasileiro têm: "Ah, eu não vou ter tempo de fazer uma pré-temporada". Excelente o tempo e a condição que a diretoria do América nos dá.