Nesta semana, vivi uma quarta-feira quase inigualável. Saí de casa para acompanhar 2 programações culturais e acabei levando 4 de lambuja.
As esperadas eram o 3.º Salão Dorian Gray de Arte Potiguar, que começaria às 18h30 no Museu Café Filho, e o show
Eu e a Máquina, de Yrahn Barreto, às 20h no Sesc. Estacionamos o carro próximo ao Sesc e fomos a pé até o Museu Café Filho, que fica na Rua da Conceição, por trás da Assembleia Legislativa do RN. 200 obras de 100 artistas potiguares me esperavam. O que eu não esperava era que essa noite fosse tão concorrida. O espaço ficou absurdamente lotado. Muita gente aparentemente não tinha ideia do que é apreciar um quadro.
Selfies irritantes e gente escorada nas próprias obras (isso mesmo!) quase me fizeram infartar de estresse. Também não houve ar-condicionado que desse conta daquela ocupação.
Museu Café Filho
Imagem minha
Apesar dos pesares, consegui conferir uma boa parte dos trabalhos. Não sei se meu senso ficou muito contaminado pelo ambiente inóspito, mas acho que apenas umas 7 ou 8 obras me agradaram de fato. 2 tinham até potencial para adornar as paredes daqui de casa, uma mais do que a outra. No tumulto, só lembro o sobrenome do pintor: Neves.
Como a mostra segue até setembro, vou tentar visitá-la mais uma vez - queira Deus sem esse tumulto inicial para que possa entender melhor o que se passa.
Saímos dali de volta ao Sesc. Como ficou show a praça construída e bem iluminada na frente da Secretaria Municipal de Tributação (ainda é?)! Local agradabilíssimo. Até reencontramos o flanelinha do tempo em que fazíamos musculação no Sesc.
Já no Sesc, fomos encaminhadas a uma outra exposição, ou
vernissage, dessa feita, do artista Lucas MDS:
A estrada é longa, que também fica em cartaz até setembro. Adorei! Todos os quadros são retratos impactantes, vivos. Há ainda alguns MP3 players com headphones para apreciarmos poesia nordestina. Todas nós preferimos essa exposição àquela.
Nós n'A Estrada é Longa no Sesc
Imagens minhas
No lado de fora, uma banda tocava num clima "música de rua". Ainda deu tempo de conferirmos a execução de Anunciação, de Alceu Valença, muito empolgantemente acompanhada pelas vozes de todos que prestigiavam a banda - infelizmente não peguei o nome.
Também fiquei impressionada com a nova estrutura da academia do Sesc, nem de longe a mesma dos nossos tempos de musculação.
Por fim, vibramos com Yrahn Barreto (postagem própria abaixo) e fomos acompanhadas até o carro pelo antigo jovem flanelinha.
Foi uma senhora noite cultural. Vai demorar a se repetir com tanta maestria e dificilmente sairá de nossas memórias. E sabem quanto custou? 0, zero, nada. Tudo gratuito. Quem disse que é preciso gastar muito para se ter uma boa programação?