sexta-feira, 6 de julho de 2018

Já tem campeão

O Bolão 2018 ainda segue, mas já tem campeão. Com os resultados do dia e pelos prognósticos que faltam para os participantes, Fabrício, com 405 pontos, não pode mais ser alcançado e sagrou-se campeão.

Pela primeira vez, um homem venceu a disputa. Fabrício quebrou o tabu e se juntou a Elisiane, Rita, Cidlene e Mariza como vencedor do já tradicional Bolão da Copa.

Parabéns, Fabrício! 




Bolão 2018: Ranking e pontuação de 06/07

Pontuação do dia (inclusive 30 pontos para quem apontou Neymar como artilheiro do Brasil)
Carol, Fabrício, Janaina, Raissa - 50
Rebekka - 30
Águeda, Alissa, Mariza, Rita - 20
Eliano, Iraciara, Jussara - 0

Ranking
1.° Fabrício - 405
2.° Janaina - 395
3.° Carol - 385
4.° Rita - 380
5.° Raissa - 360
6.° Rebekka - 355
7.° Alissa - 350
      Jussara - 350
9.° Eliano - 335
10.° Mariza - 330
11.° Iraciara - 305
12.° Águeda - 285

Copa 2018: Resultados de 06/07

Quartas de final - 1.° dia
Uruguai 0x2 França - Varane, de cabeça, e Griezmann
Brasil 1x2 Bélgica - Renato Augusto, de cabeça, Fernandinho, contra, e De Bruyne

Só amanhã

O Podcast de hoje, por motivos óbvios, fica para amanhã às 19h.

Até lá.

Bolão 2018: Prognósticos de 06/07

Classificados para as semifinais
  • Uruguai x França
França
Águeda, Alissa, Carol, Fabrício, Janaina, Mariza, Raissa, Rita
  • Brasil x Bélgica
Brasil
Águeda, Alissa, Carol, Eliano, Fabrício, Iraciara, Janaina, Jussara, Mariza, Raissa, Rebekka, Rita

Copa 2018: Jogos de 06/07

Quartas de final - 1.° dia
11h - Nizhny Novgorod Stadium - Uruguai x França
15h - Kazan Arena - Brasil x Bélgica

Manchetes do dia (06/07)

A manchete do bem: Percentual de famílias endividadas recua pelo 3.° mês consecutivo.

As outras: Governo pagará folha de junho, mas não tem data para concluir 13.°, Em 3 anos, número de servidores estaduais cai 11% e Fotógrafa Jéssica Bittencourt abre exposição hoje, às 19h, no Mahalila Café e Livros.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (07/06)

The headline for good: A moment of silence and reporting help for the Capital Gazette.

The others: A Thai rescue diver died while on a supply run to the 12 boys and their coach who are trapped in a flooded cave, For Europe, cutting the flow of migrants challenges basic ideals and Supreme Court front-runner once argued for impeachment.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Descaso persiste

É triste a situação do América. O clube centenário entrou numa espiral negativa que o impede de voltar às glórias do tamanho de sua tradição.

As diretrizes do clube agora incluem um enorme descaso em relação aos funcionários que não entram em campo, mesmo com a continuidade dos trabalhos nas categorias de base.

Segundo relato de Marcos Lopes, há quem esteja sem receber salário já há dois meses. Apenas quem recebe salário mínimo teve os vencimentos colocados em dia. Aos outros nem mesmo uma satisfação foi prestada.

Aliás, dar satisfação não parece ser mesmo do feitio dos dirigentes americanos. A torcida bem sabe disso. 

Por dentro do STF - parte 2

De volta ao retrato das entranhas do STF feito pela Veja (Roberto Pompeu de Toledo) em maio deste ano, segue abaixo a parte 2. 

Clicando aqui, o leitor pode conferir a parte 1 para não ficar perdido, apesar de eu duvidar muito que isso ocorra pela independência das partes em que o texto foi dividido. Mas vale conferir cada pedacinho.

É com a decantada arte da hospitalidade mineira que a ministra Cármen Lúcia acolhe o autor deste trabalho. Estamos na sala da presidência do STF, ampla, de talvez mais de 100 metros quadrados, para a primeira das prometidas visitas aos ministros. Ela convida o visitante a aproximar-se da mesa, mas evita sentar-se na cadeira do chefe. Toma assento a seu lado, nas cadeiras opostas; uma terceira cadeira é ocupada pela diretora de Comunicação Social que trouxe para trabalhar consigo, a jornalista Mariangela Hamu. Vem à baila o assunto das pichações no prédio de sua residência em Belo Horizonte, e Mariangela informa que Cármen Lúcia vai assumir a despesa pelo estrago. "Não tem jeito, a responsabilidade é minha", diz a ministra. (Outro assessor informará que a operação não será simples, e a despesa pode chegar à casa dos 30.000 reais.) O assunto seguinte é o "trabalho insano" que a ministra encontrou na presidência. A função implica cuidar da administração da casa, assumir em paralelo a presidência do Conselho Nacional de Justiça e exercer os papéis de representação do Judiciário perante os outros poderes e os países estrangeiros. Não bastasse, a presidente ainda vota nas sessões plenárias, como os outros ministros, o que acarreta ter de estudar os assuntos e preparar os votos. Em 19 de janeiro do ano passado, depois de meses sem sair de Brasilia, ela decidiu ir a Belo Horizonte para visitar o pai. Ao desembarcar no Aeroporto de Confins, soube da morte do ministro Teori Zavascki; de imediato, tomou um avião de volta.

O Supremo Tribunal Federal acumula três funções. É um tribunal de apelações, em primeiro lugar, e nele desembocam os recursos, "ordinários e extraordinários", das ações que já esgotaram as três instâncias anteriores. Também lhe cabe responder à saraivada de pedidos de habeas-corpus que, por via direta, podem vir tanto de humildes presidiários como de figurões da política. Em segundo lugar é um tribunal constitucional, encarregado de, ao interpretar a Constituição, harmonizar a legislação do país e fixar diretrizes às instâncias judiciais inferiores. E em terceiro lugar, sua função hoje mais vistosa, é um tribunal penal de primeira instância, incumbido de julgar os detentores de cargos públicos com prerrogativa de foro. Isso lhe acarreta um total anual de processos hoje na casa dos 48.000, e que já foi maior. Era de 75.000 quando Cármen Lúcia se encontrou com a justice (nome que se dá aos ministros por lá) Sonia Sotomayor, da Suprema Corte dos Estados Unidos. "Setenta e cinco mil?", estranhou a americana. "Você quer dizer 75..." Não, era 75.000 mesmo, e Sotomayor perguntou: "E você tem tempo para dormir?". Na Suprema Corte americana os ministros escolhem, no início de cada ano, entre as 5.000 ações recebidas, as que vão julgar - seja por considerá-las as mais prementes, sob o ponto de vista da fixação de uma interpretação constitucional, seja por vê-las como as mais agudas entre as demandas e os conflitos a reclamar pacificação na sociedade. As escolhas nunca somam mais de 100, a ser destrinchadas ao longo do ano. As ações que ficam de fora, irresolvidas, considera-se que resolvidas estão.

Cármen Lúcia é a segunda mulher a ser nomeada ministra do STF e a segunda a presidi-lo. Nas duas condições, foi antecedida por Ellen Gracie, nomeada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Um amigo de Ellen Gracie ouviu-a queixar-se de um tratamento, da parte dos colegas, que ia de observações descuidadas a invasões de seu gabinete para lhe dar lições. Essa circunstância teria pesado em sua decisão de ir embora. E Cármen Lúcia, que diria a respeito? "Não reclamo, mas tenho sensibilidade para a questão", responde. No julgamento do habeas-corpus de Lula, Cármen Lúcia e Rosa Weber foram interrompidas e contestadas de modo brusco pelos ministros Marco Aurélio e Lewandowski. O que um e outro queriam dizer a uma e outra, segundo a jornalista Giuliana Vallone, da Folha de S.Paulo, era: "Não, querida, você não está fazendo sentido, deixa eu te explicar". Para Cármen Lúcia, "nós mulheres trabalhamos mais para chegar ao mesmo lugar". Cita o caso da primeira mulher a ser promovida a embaixadora do Brasil - ela dizia que era exibida "como um troféu" - e antes da despedida conduz o visitante até a outra extremidade da sala, para mostrar-lhe as duas fotos de Sebastião Salgado que mandou pendurar na parede. São duas enormes e impressionantes imagens de Serra Pelada e da Floresta Amazônica. "A destruição e a conservação", explica Cármen. A despedida requer cuidado. Ela está pesando 37 quilos. Dá medo de, a um toque mais distraído, machucá-la.

Em setembro, a presidência será transferida a Dias Toffoli. Seu gabinete é nossa próxima parada. Na antessala há um retrato a óleo representando-o no momento da posse. "Foi presente de um amigo", explica a chefe de gabinete, Daiane Nogueira. O retratado veste o traje de gala, toga mais robusta e mais vistosa e colarinho alto, de branco imaculado, ressaltando da camisa. De óculos (atualmente ele não os usa mais) e cabelos repartidos para o lado (hoje ele os puxa para trás), tem na mão a caneta com que assina o termo de posse num grosso livro. O sorriso apenas esboçado é de satisfação,e a fisionomia muito jovem, tão jovem, e com tão vetustos trajes, que se diria um formando da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, onde estudou, mas do século XIX, não de sua época.

A formalidade, os ritos e a vetustez são marcas do Supremo Tribunal Federal. Antes os costumes eram ainda mais rígidos, explica Dias Toffoli, ao iniciarmos a conversa. Não se podia dispensar a gravata nem no interior dos gabinetes. (Toffoli está neste momento de colarinho aberto, sem gravatá e sem paletó.) A antiguidade se fazia valer mesmo na relação entre os carros oficiais dos ministros, cujas placas ostentavam numeração tanto mais baixa quanto mais antigo fosse seu ocupante. O ministro aposentado Carlos Veloso conta que, ainda novato na corte, pediu ao motorista que acelerasse, porque estava atrasado para um compromisso. O motorista respondeu que não podia fazê-lo porque à frente ia o carro de ministro mais antigo. Havia uma etiqueta entre os veículos. Hoje os carros não mais se identificam como do STF, por questões de segurança - mas a antiguidade ainda se faz valer na distribuição dos ministros em plenário, o decano no primeiro lugar à direita da mesa da presidência, o segundo mais antigo no primeiro à esquerda, o terceiro no segunda lugar à direita, e assim num trançado até o nomeado mais recente. Antes, continua Dias Toffoli, a antiguidade prevalecia mesmo na mesa retangular em que era servido o lanche, no intervalo das sessões. Na presidência do ministro Nelson Jobim (2004-2006), uma mesa redonda substituiu a retangular, e acabaram-se as precedências.

Dias Toffoli faz boa descrição da natureza e do alcance da posição que em breve lhe caberá. "A figura do presidente do Supremo deve ser vista por duplo ângulo: antes e depois de Nelson Jobim, e antes e depois do Conselho Nacional de Justiça, ambos coincidentes no tempo", explica. Até então, o presidente era uma figura secundária. O STF era (e continua sendo) pequeno, e administrá-lo revelava-se "uma beleza", diz Toffoli - tarefa fácil. Mais importante e mais poderosa era a outra presidência que a lei reserva a um ministro do STF, a do Tribunal Superior Eleitoral. É um órgão maior, de capilaridade que o imbrica nos tribunais regionais, e de decisiva importância política. Dias Toffoli diz já ter ouvido dos ex-ministros Carlos Velloso e Sepúlveda Pertence que foram mais felizes na presidência do TSE do que na do STF. Para que gosta de gestão, permite inovações como a criação da urna eletrônica e, agora, da identificação biométrica do eleitor.

Ao presidente do STF não cabia nem comandar a pauta, função hoje tão decisiva e que tem gerado críticas a Cármen Lúcia, por não pautar ações contrárias à prisão depois da condenação em segunda instância. A pauta ficava por conta da burocracia da casa, que a consolidava numa "papeleta". O presidente pedia a papeleta ao secretário do tribunal e seguia a ordem nela contida. Foi Jobim quem, na presidência, introduziu a "pauta dirigida", ao talante do presidente.

A criação do Conselho Nacional de Justiça, em 2004, e sua instalação, em 2005, representaram reforço ainda mais considerável aos poderes da presidência. O presidente do Supremo passou a ser, simultaneamente, presidente do CNJ, e com isso o título de "chefe do Poder Judiciário", que já lhe era atribuído, mas tinha apenas valor simbólico, ganhou efetividade. Ao CNJ cabe vigiar a totalidade da magistratura nacional e punir seus desvios e desmandos. "O desembargador de não importa que estado ou o juiz singular sabem que o presidente do STF, na condição de presidente do CNJ, pode vir a puni-los", diz Toffoli. "Isso é particularmente importante", acrescenta, "quando se sabe que historicamente os juízes se mesclaram às elites locais." O CNJ, ao investigar tudo, passou a exercer "uma violência simbólica". Dito isso, Toffoli mais não diz. Fica para setembro anunciar o que fará, uma vez investido dos poderes da presidência.