terça-feira, 17 de outubro de 2017

Manchetes do dia (17/10)

A manchete do bem: Papa canoniza Mártires do RN.

As outras: TJRN não enviou determinação de estorno de auxílio-moradia, MPRN questiona novo cálculo sobre gastos com pessoal e TCE retoma julgamento de desembargadores do TJRN na quarta-feira.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Guerra de comunicados

Aparentemente a relação entre jogadores e clube se deteriora num ritmo acelerado no ABC. Depois do bafafá do fim da concentração, agora, segundo o blog Marcos Lopes, o clube enviou aos jogadores a seguinte mensagem, transcrita como grafada:

"COMUNICADO
A direção vem comunicar que a partir de amanhã 16.10 (segunda) o restaurante ficará fechado e só reabrirá em dias de concentração."

Os jogadores, então, responderam à direção com um novo comunicado, também transcrito como grafado:

"COMUNICADO
Os jogadores vem comunicar que a partir de amanhã 16.10 ( segunda ) só irão treinar um período, por falta de estrutura de trabalho."

E cada um dos lados defende sua posição argumentando que o outro lado não fala a verdade.

A crise do ABC é técnica, financeira e administrativa. E sem solução à vista.

Provocou

Mesmo sem se enfrentarem dentro de campo há muitos meses, o América não perdeu a chance de provocar o rival ABC nas redes sociais.

Desta vez, o motivo foi o fraco público de ABC 1x0 Boa, quando apenas 896 pessoas estiveram na Arena das Dunas no sábado para acompanhar a vitória do alvinegro.

No domingo, o América recebeu cerca de 2.000 pessoas em sua sede social para um evento que comemorava o fia das crianças.

Com um público de mais do que o dobro do público do rival num evento que não era esportivo, o América tascou a seguinte provocação, aparentemente para acalmar a Arena das Dunas em seu prejuízo:


Today's headlines (10/16)

The headline for good: After the Las Vegas shooting, concertgoers became medics.

The others: Mogadishu truck bombings are deadliest attack in decades, The world once laughed at North Korean cyberpower. No more and California fires leave many homeless where housing was already scarce.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

domingo, 15 de outubro de 2017

Pequeno retrato

15/10, dia do(a) professor(a), profissão tão fundamental e ao mesmo tempo tão desvalorizada no estado de coisas atual desta nação. Lembrei do depoimento de uma professora/diretora (Mariana Alves, 35 anos) publicado em Veja (27/09, páginas 64-65) como um bom retrato de uma das muitas angústias enfrentadas por quem se arrisca a querer ensinar:

"Acordei com a mensagem de uma aluna apitando em meu celular. Era sucinta, mas dizia tudo: 'A Rocinha está em guerra. Bandido contra bandido. Estudamos para nada'. Aquela jovem havia se esforçado meses e meses com determinação comovente, e justamente no dia do vestibular, aguardado com tanta ansiedade, o morro explodiu em violência. A saraivada de tiros de fuzil espalhou terror, perfurou carros e casas, ceifou vidas e interrompeu o sonho dos meus estudantes, que ficaram trancados em casa, imóveis, sem poder comparecer à prova. Pensavam agora só na sobrevivência.

Como diretora do cursinho pré-vestibular que recebe gratuitamente os alunos da Rocinha, vizinho à favela na Zona Sul do Rio de Janeiro, sou testemunha do inferno que esses jovens vivem para tentar romper o ciclo da pobreza e da brutalidade. Um era traficante, perdeu um amigo no crime e agora estuda para ser diplomata. Eles têm a ambição, mas lhes falta o básico: com a escalada da violência, perderam a liberdade de ir e vir. Às vezes, os bandidos ditam o toque de recolher - todo mundo corre para casa, sem dar um pio. Eles andam fortemente ameaçados, donos do pedaço. Quando se sentem ameaçados, abordam o suspeito. Aconteceu com um aluno. Ele voltava do cursinho e, de repente, viu-se na mira de um revólver contra o queixo. Assim mesmo, do nada. Foi liberado depois de o marginal entender que ele não era inimigo. Era só um estudante.

Ambicionar a universidade em um ambiente como esse é muito mais do que enfrentar uma pesada rotina de estudos; é enfrentar bandido e polícia ao mesmo tempo a caminho da sala de aula. Meus estudantes são parados na rua por PMs que questionam de que lado da guerra estão. A todo momento eles precisam provar que são pessoas do bem. Mostram documentos, o uniforme da escola, o que tiverem à mão. Muitos faltam à aula. Preocupados, os pais suplicam que fiquem em casa. A taxa de abandono no cursinho é ainda enorme - neste ano, quinze dos sessenta matriculados já se foram. Os que persistem ainda precisam ouvir: tem certeza de que esse negócio de faculdade é para você?

Depois de a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) se instalar no morro, em 2012, houve esperança, mas naquele domingo 17, em que meus alunos ficaram entocados em casa, ela tinha se dissipado por completo. Três mil estudantes da favela estão sem aula, incluindo os do cursinho - às portas do Enem, por tempo indeterminado. Não tenho certeza de quantos afinal conseguiram vencer a barreira de bandidos para prestar o vestibular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que aconteceu no fatídico dia em que a guerra explodiu. Como as linhas de transmissão foram atingidas, a comunicação ficou comprometida. O cenário era de terra arrasada no sombrio dia seguinte: corpos esquartejados e carbonizados no meio da rua, mais tiro, mais toque de recolher, mais medo, e a polícia sem saber o que fazer.

Na véspera do tiroteio, estavam todos na aula de literatura às voltas com A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, leitura obrigatória para a prova que acabariam não fazendo. A famosa frase 'É tempo de morangos', extraída da obra, contagiou a turma. É tempo de oportunidades, pensaram. Estavam verdadeiramente entusiasmados, cientes de que tinham diante de si a chance de começar a traçar um caminho diferente. Aquela mensagem que pipocou no meu celular logo pela manhã, seguida de tantas outras com imagens aterrorizantes da área conflagrada, me tomou de um sentimento de impotência. O texto de minha aluna encerrava-se com uma única palavra cortante: 'Chorei'. Ela, eu e todos os professores. Aliás, é ótima aluna e quer ser advogada. Sei que terá sua oportunidade. De meu lado, fica um pedido a esses jovens sobreviventes da guerra: não desistam da universidade. Eu certamente não desistirei de vocês."

Longa espera

De acordo com o jornalista Lauro Jardim, na coluna que leva o seu nome  republicada na Tribuna do Norte deste domingo, a longa espera do público brasileiro por um show do cantor Phil Collins pode estar com os dias contados:

"Quase fechado. Trazido pela Live Nation, está praticamente fechada a vinda de Phil Collins para shows no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre entre o final de fevereiro e início de março. Serão os seus primeiros espetáculos solo no Brasil - em 1977, tocou por aqui como vocalista do Genesis justamente nestas três cidades."

Definitivamente, mais um dia pra mim e pra você no paraíso se a notícia se confirmar.

Fico só me perguntando quando a Arena das Dunas vai ter coragem de trazer um show assim para Natal...

Imaginem hoje

O Jornal de WM, coluna do jornalista Woden Madruga publicada na Tribuna do Norte, normalmente traz no domingo uma carta/matéria escrita há muitos anos.

Neste domingo, a coluna trouxe uma entrevista do cartunista Henfil para o jornal Folha de São Paulo quando ainda residia em Natal (sim, Henfil morou por 2 anos na Cidade do Sol), mais precisamente em 14/06/78.

Henfil falou sobre a experiência de viver no Nordeste, dentre outras coisas, e por que partira de Natal para São Paulo para morar.

Lá para as tantas, Henfil fala sobre uma tal "sulmaravilhação". Acompanhem:

"Um outro aspecto da minha experiência aqui é ver a transformação que o Nordeste sofreu e que foi uma coisa que me chocou muito que é a 'sulmaravilhação' do Nordeste. O Nordeste está se transformando pra pior, em muitas coisas, como, por exemplo, eu vim muito pra ver música nordestina e o que tem é sambão. O que tem é discotech, o que tem é pessoal todo se vestindo como no sul, falando como no sul, ligado na televisão do sul, lendo as coisas do sul, que era algo que eu estava fugindo."

Agora imaginem se Henfil assistisse ao Bom Dia RN ou ao RN TV de hoje em dia...

À toda prova

Não canso de apontar a gentileza de todo mundo que zanza pelo Só Futebol? Não!, sejam fontes ou leitores. Todos são de uma gentileza à toda prova.

Ontem, por ocasião do Oktoberfest cancelado do Paddy's Emporium, que, aliás, soube transformar algo negativo em  uma experiência super positiva, eu tive a oportunidade de conhecer pessoalmente Cláudio Formiga, com quem já trocava ideias por aqui. 

E quando digo que o pessoal é gentil é porque é mesmo. Estávamos eu e amigos numa mesa com poucas cadeiras para nós. Pois não é que Cláudio viu de longe e pediu ao garçom que levasse uma das cadeiras de sua mesa para a nossa? 

Batemos um bom papo sobre o América, claro. Algumas coisas mais estressantes, outras esperançosas. Cláudio tem arregaçado as mangas em prol do Mecão. Mas a impressão é de que 2018 será bem melhor do que foi 2017, especialmente pela famosa união que reina nos bastidores do clube.

Sempre, sempre agradeço pela oportunidade de presenciar tanta gentileza. Afinal, é disso que o mundo precisa.

Muito obrigada a Cláudio e a todos que, de um jeito ou de outro, fazem parte do Só Futebol? Não!

Podcast: O que restará

A arrecadação da CBF, as oportunidades da 2ª divisão do estadual, a ameaça financeira ao ABC e os rumos do América.
https://www.spreaker.com:443/episode/13039128


ABC 1x0 Boa