Antigamente, esse tipo de fim-de-semana era bem mais comum em minha rotina. Mas sabem como é, né? A idade vai passando e o corpo cobra a conta por qualquer noitezinha mal dormida.
Da sexta para o sábado, enfrentei uma verdadeira maratona zumbi. Primeiro, porque estava (ainda estou) meio abalada por reação à vacina da gripe. Para completar, tinha uma extensa programação cultural e de trabalho pela frente.
Nem fui para o escritório para não ter que acordar tão cedo. Mas relógio biológico é fogo - trabalhar de casa me deixou com apenas mais 40 minutos de sono.
O dia transcorreu como de sempre: cheio de tarefas e imprevistos e... tchau, planilha de corrida.
Quando dei fé, já era hora do Podcast sobre assuntos variados. Fim do danadinho. Hora de correr para o banho e os preparativos para o show de Oswaldo Montenegro. Chegamos quase às 21h no Teatro Riachuelo, mas a incrível fila para entrar assustava. Assistimos ao show de um novo ponto - recebi ingressos para o camarote. Ponto de vista interessante. A exemplo da Arena das Dunas, qualquer lugar daquele teatro tem boa visão do espetáculo.
Nunca havia ido a um show de Oswaldo Montenegro. Gostei, apesar de achar alguns arranjos meio repetitivos. Mas para quem esperava um show deprê voz e violão, o show foi um arraso! Algumas músicas me cativaram mesmo. Ponto negativo é o descuido de engenharia de som do teatro: o som estava insuportavelmente alto na maior parte do tempo. Não era assim. Temi ficar surda. Aliás, o mesmo problema dos últimos shows que vi na Arena, especialmente o de Roberto Carlos. Som alto demais tira o prazer até de música de qualidade...
No estacionamento, encontramos Ilana Albuquerque, super fã de Oswaldo. Disse que o show tinha sido o melhor dele dos últimos tempos justamente pela presença da banda. Escapamos mesmo de um show deprê, então. Mas Oswaldo é muito brincalhão, diga-se de passagem. Desejamos boa sorte aos nossos times na rodada das Séries B e D na despedida. E deu certo: o ABC empatou com o Inter e o América venceu o Murici.
A caminho de casa, marcamos com mais uma companheira na maratona zumbi: Elisiane. Marcamos de sair lá de casa rumo à Pink Elephant para ver o show de Double You (Please don't go...).
Chegamos ao local já no sábado. Carro na rua mesmo. Flanelinha cobrou R$ 10. Neste Brasil de pouco interesse público pela segurança das ruas, melhor pagar. Mas paguei na volta.
A boate me surpreendeu positivamente. Acesso tranquilo. A mesa nos esperava como prometido. Público bem mais maduro. Serviço cortês e eficiente. Comida boa (raridade em boates). Som perfeito. Banheiro absolutamente limpo. Show, show, show! Voltarei.
Reencontramos Rita no meio da balada. Disse que me viu assim que abriu a porta. Também pudera! Eu estava com uma blusa de um amarelo super discreto, para não dizer o contrário...
Double You esbanjou animação e simpatia. O som mostrou certo desacerto no início - grande esforço dos cantores para que as vozes fossem ouvidas. Mas deu certo depois. E nos divertimos muito.
Apesar de convidativa, saí da balada por volta das 3h10. Tive direito de dormir apenas das 4h às 7h. Mas o velho relógio biológico não deixou: acordei às 6h40. Banho tomado, café da manhã nos conformes da dieta e trabalho!
Ainda restava almoçar. A fome por coisa que não presta aumenta depois de não dormir direito. Terminei a última etapa da maratona zumbi no Midway Mall. Fui comer um contra-filé (olha a gordura!) apimentada com uma saladinha El Ranchito. Depois, me afoguei num McFlurry misto de Ovomaltine. Dieta? Que dieta?
Bateu aquele banzo depois do almoço. Botei minha tradicional playlist de jazz no Spotify e fui ler. Dormi 50 minutos, mas acordei revigorada. Continuei minha leitura e o jazz. Vi o jogo do ABC e finalmente dormi de vez.
No dia seguinte, jornal e Podcast. Almoço fora porque a falta de uma noite de sono impede o juízo de querer cozinhar. De novo, comida que não presta é o que o cérebro pede. Fomos de Beirute de camarão no Pittsburg, bem movimentado pela torcida americana se preparando para o jogo. Compramos uma temporada para um amigo. Voltamos para casa para descansar por uma hora e partimos para a epopéia de entrar na Arena das Dunas para assistir a América 3x0 Murici.
Hora do jantar. Dieta? Que nada! Beto Lanches.
Resumindo: maratona zumbi destrói a saúde e a dieta em dois tempos. Mas essa foi tão legal que eu faria tudo de novo. Só preciso de mais alguns meses de recuperação...