segunda-feira, 22 de maio de 2017

Elenco do América hoje

Goleiros: Ewerton, Fred, Matheus e Júlio César
Zagueiros: Cleyton, Dão, Paulão e Richardson 
Laterais: Danilo, Guilherme, Robert e Vanvan
Volantes: Guto, Jonathas, Judson, Juninho, Robson, Sidney e Somália
Meias: Anthony, Beleu, Cascata, Geovani, João Gabriel, Marcelinho e Marcos Júnior
Atacantes: Jean Silva, Lucão, Tadeu, Thiago, Uederson e Wellington Sabão
Total: 32

Dois anúncios

Hoje o América fez dois anúncios importantes. O primeiro deles foi a respeito do grande tumulto que fez com que milhares de torcedores só entrassem na Arena das Dunas com o jogo em andamento. O clube teve a grandeza de pedir desculpas  pelo ocorrido. Vale a conferir a nota oficial aqui.

O segundo anúncio agradou a quem perdeu a chance de adquirir o pacote antecipado de jogos. O clube retomará as vendas a partir desta terça-feira com um novo valor (R$ 60), já que agora restam apenas 2 jogos na primeira fase. Pelo entusiasmo da torcida antes mesmo do placar de 3x0, a decisão é acertadíssima.

É esperar que a direção tanto do América como da Arena das Dunas tenham aprendido a lição e se preparem para um público muito maior para América x Jacobina. E que os torcedores também não deixem para adquirir o pacote minutos antes do jogo porque podem perder a chance de adquirir ingressos mais em conta.

"Eu gosto da bola no chão"

Seguindo o velho estilo "dê-me uma pergunta e eu devolvo uma palestra", o técnico Leandro Campos só precisou de uma pergunta para falar tudo o que transcrevo abaixo. Mas não se enganem com a divisão de assuntos! Ele falou tudo de um fôlego só.

A estreia
"Olha, nós estamos felizes pelo desenvolvimento do América. É natural que nós tenhamos aí acertos, erros. Isso faz parte de um primeiro jogo. E até pelas circunstâncias que foi. Nós pegamos uma equipe que talvez não tenha tido um bom desenvolvimento, mas é uma boa equipe, uma equipe que fez uma campanha muito boa no campeonato alagoano. E nós estávamos preparados para as dificuldades do jogo. Agora, nós também, dentro do que nós tínhamos como meta, como estratégia, como estrutura de jogo, nós tínhamos que ter essa composição na valorização do fator casa, que é fundamental nessa competição. Vocês vejam bem que as duas equipes que jogaram em casa venceram,né? O Jacobina também venceu lá o time do Sergipe e nós conseguimos aqui confirmar o serviço. Agora é lógico que, dentro do desenvolvimento do jogo em si, nós tivemos um poder de organização bom. Até não me surpreendeu, mas me deixou realmente satisfeito pela assimilação no grupo do que nós tínhamos de desenvolver. A equipe conseguiu uma boa definição de marcação. Tanto é que o Fred, ele só fez uma intervenção no segundo tempo. Então é uma sinal que realmente a nossa marcação estava muito bem casada, muito bem organizada. Nós não permitimos que o adversário criasse. Inclusive essa marcação, ela já começou no campo do adversário, com a função dos 3 homens de frente, procurando realmente diluir um pouco mais essa bola quando chegava no nosso campo de defesa. Mas a equipe não ficou retida somente à marcação, mesmo porque nós tínhamos a obrigação de sairmos mais para o campo do adversário para buscarmos o gol. É lógico que nós sabíamos que teríamos alguns problemas com relação a esse imprevisto que aconteceu, que seria a não utilização do Robert. Eu gostaria muito de ter iniciado com o Marcos Júnior fazendo a função de 3.° homem pra ele ter mais versatilidade, mais força nessa chegada à frente, e, infelizmente, nós fomos forçados a trabalhar com Guto. Inclusive não era o nosso pensamento iniciar com Guto nessa condição, até mesmo porque o atleta estava vindo de uma lesão e eu estava até certo ponto preocupado com relação ao rendimento físico do atleta. Mas vocês vejam bem o seguinte: a escolha foi boa. Inclusive me fez lembrar uma situação até anterior, quando eu estava no ABC, que eu fui muito criticado quando eu usei o Edson pela lateral direita em 2010. E o Edson acabou se efetivando como lateral direito e dali ele foi para o Fluminense e Bahia. Não quero fazer a mesma coisa com o Marcos Júnior, né? Mas, se houver necessidade no próximo jogo, é um jogador que já me deu hoje, e foi a primeira vez que ele fez essa função, já me deu hoje essa confiança até da utilização dele no próximo jogo fazendo essa função da ala direita. Vocês vejam bem que ele não ficou restrito à marcação. Ele criou uma condição de projeção, jogadas de frente, cruzamentos, e eu fiquei realmente surpreso pela assimilação muito boa do atleta. Tivemos ali uma composição boa com os zagueiros, com os volantes. Realmente muito precisos na marcação, embora em algumas situações, fizemos algumas ligações diretas que fogem um pouquinho até da própria qualidade do gramado. Nós temos que evitar ao máximo as ligações diretas, a não ser que seja uma ligação direta com objetivos ofensivos, pra se criar uma jogada rápida, onde se coloque um atacante numa condição de uma ação ofensiva. Agora nos desfazermos da bola com essas ligações diretas eu não gosto. Eu gosto da bola no chão. E o nosso campo aqui, ele tem condições pleno de desenvolvimento. É lógico que houve alguns desacertos com relação à nossa função de frente, algumas confusões com relação aos posicionamentos. O próprio Jean e o Cascata usando os mesmos setores em algumas situações. E perdemos um pouco de referência. Inclusive em algumas situações o próprio Lucão flutuando no tempo errado. Mas tudo isso dentro de uma previsão. Ninguém acharia que faria um jogo perfeito hoje, que nós seríamos realmente super organizados porque [no] futebol não existe isso. Nós sabemos que estamos trabalhando com seres humanos, jogadores que têm, lógico, um Q.I. alto, mas é necessário que se dê tempo ao tempo. E eu penso que, dentro do próprio desenvolvimento, até relacionando o que foi desenvolvido na segunda etapa, vocês vejam bem que eu retardei bastante as substituições, lógico que com o objetivo real, que era dar uma sequência maior até na condição de aquisição. Eu sei que o torcedor, ele fica impaciente, até com opções que nós teríamos com relação... Mas isso aí é uma situação proposital. Tanto é que, queira ou não, no tempo certo, todos trabalharam bem, tiveram uma aquisição boa com relação ao ritmo, o desenvolvimento, que nós precisamos formar um time. E é importante que esse time, ele tenha consistência física. E esse jogo acaba criando esse equilíbrio, esse desenvolvimento. E quando realmente esses atletas chegaram no limite de desenvolvimento, vocês vejam bem que a primeira substituição, ela foi aos 37, depois 40, 45 praticamente... Hoje é o primeiro jogo profissional do Juninho, que é um jogador nosso, dos juniores, é um volante, mas que tem um futuro brilhantíssimo pela frente. Então é um processo que nós também temos que trabalhar, né, o trabalho de formação desses jogadores mais jovens para que eles possam adquirir uma maturidade e chegar aos poucos numa condição de equilíbrio. Agora 3x0, né? Eu penso que foi um resultado que não deixa dúvidas em relação à superioridade da equipe do América. Nós não permitimos que o adversário criasse. Nós criamos inclusive, com todo o respeito à equipe do Murici... acho que o placar poderia até ser um pouquinho mais dilatado em cima do que nós criamos. Então eu vou realmente satisfeito pra casa, sabendo-se que é apenas o 1.° jogo. Nós temos ainda muita lenha pra queimar."

O jogo contra o Sergipe
Já sabemos que vamos enfrentar dificuldades lá no jogo contra o Sergipe. O Sergipe está vindo de uma derrota e, com certeza, vai ser o jogo da vida do Sergipe. Vai querer naturalmente recuperar esse jogo que não foi vitorioso. E nós teremos que ter paciência. Temos aí a chegada de alguns bons jogadores. Vão se somar com os demais que estão trabalhando. O nosso Departamento Médico também está nessa luta aí pra colocar em condições alguns jogadores que estão ainda no Departamento Médico, precisando logicamente entrar o mais rápido na transição, pra que eles estejam à disposição. Na verdade, hoje, eu tive muitos problemas. Tivemos dificuldades. E eu fico feliz porque das dificuldades nós acabamos criando uma situação que é positiva, inclusive até melhorando essas alternâncias de opções que nós podemos ter."

Não bate

Talvez ainda demore alguns dias para que o verdadeiro público de América 3x0 Murici seja divulgado. A Arena das Dunas divulgou público de 3.849 pagantes e  renda de pouco mais de R$ 59 mil. Mas a conta não bate. 

Se considerarmos que todo mundo que pagou tinha direito à meia entrada (hipótese quase absurda), a renda seria de R$ 115.470,00 (3.849 x R$ 30).

Além disso, torcedores noticiaram ontem que duas catracas travaram e que os ingressos passaram a ser recolhidos sem leitura óptica, o que pode ter influenciado na renda divulgada. Teremos uma ideia quando a CBF publicar o boletim financeiro.

De minha parte, aposto que o público ficou dentro da expectativa que revelei no Podcast de domingo: entre 4 e 5 mil torcedores. Aguardemos.

Destacando

Não posso deixar passar alguns detalhes do jogo de ontem. Eu até já falei da falta de fé do América e da Arena das Dunas na presença da torcida americana, o que causou grandes transtornos, a ponto do jogo começar com muita gente ainda do lado de fora. Isso não pode se repetir para América x Jacobina. A questão da interdição da rua do estacionamento na hora da saída também passa longe de ser inteligente.

Sobre o jogo, é preciso destacar a atuação ruim tanto do árbitro paraibano como do assistente norte-rio-grandense, que ficou do lado do setor Leste. Até a metade do segundo tempo, os mesmos tipos de lance eram marcados apenas a favor do Murici. Não houvesse o América se agigantado perante sua torcida, a história poderia ser outra hoje.

Agora as boas coisas: a torcida jogou junto. As poucas almas sujas que insistiram em criticar X ou Y foram sumariamente engolidas pela maioria ávida por fazer o time subir.

A orquestra de frevo foi devidamente aprovada e garantiu o clima de festa até no intervalo da partida.

Os gols foram devidamente comemorados, mas o destaque foi a break dance de Lucão. Show!

Ainda sobre os gols, além de destacar a habilidade de Danilo e Geovani com os pés e a cabeça mortal de Lucão, é preciso aplaudir os passes magistrais de Jonathas, Jean Silva e Cascata, respectivamente. A visão de jogo do bem recuado Jonathas, por exemplo, que achou Danilo se enfiando lá do outro lado, desmantelou a defesa do Murici, que não se achou mais.

Gostei de todo mundo, mas fiquei particularmente encantada com Guto. Incansável. E ainda mostrou bons passes quando avançava. Robson também confirmou a boa impressão que tinha dele. Não perde viagem e ainda chuta bem de fora.

Como disse na postagem anterior sobre o jogo, todo mundo se entregou em prol do América do primeiro ao último minuto do jogo.

Palmas também para o bom trabalho de Leandro Campos. Soube utilizar o tempo de preparação com a equipe que tinha em mãos e muitas jogadas ensaiadas foram vistas em campo, além do posicionamento tático. Claro que defeitos normais de primeiro jogo foram vistos.  Mas a impressão geral do jogo é que o Murici havia tido um ou dois jogadores expulsos, ante a boa movimentação do América por todo o campo. E é bom lembrar que o Murici era cantado em verso e prosa como o mais perigoso adversário por ter mantido grande base do estadual e da Copa do Brasil (boa campanha), tendo apenas alguns reforços pontuais.

Se mantiver o nível de atuação, o América de Leandro Campos será uma equipe muito difícil de ser batida e venderá por alto preço eventuais derrotas.

A luta agora passa para a casa do adversário que já bateu o América duas vezes neste ano: Sergipe. Nada fácil. Mas é o que se tem para esta semana.  

Assim sobe

Quem foi viu. Quem não foi confere agora o que rolou em América 3x0 Murici.

Today's headlines (05/22)

Let's start with the headline for good: Lack of workers, not work, weighs in Utah's economy.

Now the others: After 146 years, the Ringling Brothers circus takes its final bow, Trump softens tone on Islam but calls for purge of "foot soldiers of evil", and A new look at the top of women's tennis: it's wide open.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

domingo, 21 de maio de 2017

Aqui não!

O Murici era tido como o melhor conjunto do grupo do América. Teve bom desempenho nas competições iniciais e recebeu reforços pontuais, exatamente o contrário do América.

Mas o que aconteceu? O América de Leandro Campos olhou para o Murici e disse "Aqui não!". Em nenhum segundo do jogo, o Murici pôde respirar. Em nenhum segundo do jogo, os jogadores do América abdicaram da marcação. Foi um jogo de 110% de entrega e dedicação. Até Cascata não aliviou em divididas.

Pequenos erros aconteceram, mas sem consequências. E olha que ainda há desentrosamento e espaço para melhorar, especialmente individualmente.

Mas, mesmo com a improvisação na lateral direita, mesmo com o recuo dos volantes na marcação (Jonathas tava quase de 3.° zagueiro), o América dominou o Murici nos 90 minutos de jogo, trocou passes com maestria e o 3x0 só não virou 4x0 ou 5x0 pelos pequenos defeitos típicos de jogo inicial.

Achei Jean Silva meio doidinho, mas dedicado na marcação e dedicado coletivamente. Lucão é brigador e tem boa impulsão - o problema ainda está na bola com os pés. Mas todos, absolutamente todos os jogadores jogaram com muita entrega e dedicação do primeiro ao último minuto em campo e é assim que uma equipe conquista um acesso.

A torcida começou a atender o chamado da diretoria, mas parece que América e Arena das Dunas não entenderam a expectativa que se formava para o jogo. Um único portão de acesso para o setor Leste e atraso na abertura do acesso para o setor Premium causaram enorme estresse e muitos (muitos mesmo!) torcedores só conseguiram entrar na Arena com o jogo rolando já há certo tempo. Um tumulto irritante e desnecessário.

Desde já deixo o aviso para América x Jacobina, no dia 04/06, às 16h, na Arena das Dunas: a presença da torcida vai aumentar exponencialmente a cada partida e mais portões de acesso devem ser disponibilizados. A torcida também deve cuidar de chegar mais cedo porque a batida será essa agora: casa cada vez mais cheia.

Outra coisa: tá bom da Arena e da SEMOB repensarem a interdição daquela rua que deságua na BR 101. Perto do fim do jogo, o trecho que começa no portão de saída do estacionamento até a BR 101 poderia ser liberado para que o fluxo de saída dos carros seja dividido. Se assim não for feito, a saída somente pela Av. Prudente de Moraes tende a ficar cada vez mais precária com o aumento exponencial de carros a cada rodada. Melhor oferecer um pouco mais de conforto aos clientes, né?

No cartão sim! E ainda parcela.


Podcast: O dia do reencontro

O empate do ABC na Série B e a enorme expectativa para o reencontro do América com sua torcida na estreia da Série D 17.